Pessoas Aleatórias Tocando No Metrô de Nova York

August 4th, 2007 by Sergio de Biasi

Continuando a série, aqui está uma cena em que um sujeito demonstra sua habilidade de batucar em um balde.

Isso me leva a querer comentar que não, todas as produções culturais não têm igual valor e relevância. Mas será que ainda é permitido dizer isso?

Tarde demais, agora já disse.

8 Responses to “Pessoas Aleatórias Tocando No Metrô de Nova York”

  1. Fez bem em dizer, Sérgio. Quando todas as produções culturais tiverem realmente “igual valor e relevância” – e há quem pense assim! -, então não haverá diferença entre ler Shakespeare ou algum romancinho kardecista.

  2. Carla Cristina says:

    Certamente que todas as produções culturais não têm igual valor e relevância, há o aprimoramento que falta a muitas e se manifesta em outras. Esse cara, por exemplo, tem até certo talento, mas precisa estudar mais, tocar numa bateria de fato e num local mais apropriado. Deve ser insuportável ouvir uma barulheira dessa num momento de espera.:-)

  3. Sergio Biasi says:

    Carla – pois é, chegou um momento em que eu pensei que provavelmente ele ganharia mais dinheiro colocando um cartaz dizendo “give me one dollar and I’ll stop for 5 minutes”.

  4. Daniel says:

    “…pois é, chegou um momento em que eu pensei que provavelmente ele ganharia mais dinheiro colocando um cartaz dizendo ‘give me one dollar and I’ll stop for 5 minutes’”.

    Isso não seria “protection racket”?

    Daniel

  5. Sergio Biasi says:

    Daniel – Nessas circunstâncias, não sei. Mas se ele estivesse na frente de uma loja, com certeza. Inclusive ele poderia montar uma organização e contratar capangas para percorrerem toda a rua recolherendo “contribuições” diretamente dos lojistas. Algo do tipo, se você não pagar, aparece um cara com um balde e fica o dia inteiro batucando na frente da sua loja. Hey, it’s a free country!

  6. Thiago says:

    Provavelmente,a Suprema Corte acabaria decidindo que chatear as pessoas não é um direito protegido pela Constituição e “bater balde na frente de lojas” acabaria fazendo companhia ao célebre “gritar fogo em um teatro lotado” como exemplo de comportamento não-protegido pela Primeira Emenda.Os republicanos acabariam alegando que prejudicar o comércio enfraquece a Economia,enfraquecer a Economia enfraquece as Forças Armadas e enfraquecer as Forças Armadas é favorecer os terroristas.Logo,”bater balde” é colaborar com o Terror.Em pouco tempo,os bateristas improvisados estariam em Guantânamo,vestindo macacões laranjas,sem culpa formada,esperando julgamento por tribunais militares especiais.Enquanto isso,os democratas tentariam aprovar uma emenda proibindo o porte de baldes por civis.Apesar dos esforços da NBA (National Bucket Association)-”Baldes não pertubam pessoas.Pessoas pertubam pessoas”,”Quando os baldes estiverem fora da lei,só foras-da-lei terão baldes” e “Uma sociedade que troca seu balde por ordem perderá ambos e não merece nenhum dos dois”-a Emenda é aprovada.O Mercado Negro de baldes explode,Impérios do Crime são erguidos da noite para o dia,a corrupção controla o País,boa parte das autoridades está na folha de pagamento dos criminosos,planos de tolerância zero falham um depois do outro.O Povo começa a aceitar medidas autoritárias para combater os “gangsters”.A América começa a trilhar a “Estrada da Servidão” (copyright Hayek).

    Se essa não é uma idéia genial para um filme ruim,eu não seio que é. Será que a Petrobrás se interessa? :)

  7. Sergio Biasi says:

    Thiago – Provavelmente essa idéia ainda está boa demais para ser aprovada pela Petrobrás. Entre outros problemas, não houve nenhuma cena mostrando favelados ou miséria, logo o filme não tem relevância social. :-)

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