Comments on: Desconstruindo Adesivos .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-6141 Sergio de Biasi Sat, 04 Sep 2010 08:48:46 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-6141 Oi Léo, Interessante você trazer essa discussão à tona exatamente agora, pois esta semana mesmo por coincidência eu tive uma conversa sobre esse assunto quando me perguntaram o que exatamente significaria "gostosa" em português. :-) A conversa era em inlgês, e eu não consegui pensar em nenhuma palavra que transmitisse a idéia certa. Me perguntaram se seria "pretty" ou "beautiful" ou "attractive" mas não é exatamente nenhuma dessas coisas. Então eu tive que explicar várias coisas sobre a cultura brasileira para o termo fazer mais sentido. E aí claro acabou que mais exemplos foram surgindo, entre eles o classiquissimamente intraduzível "saudade", mas também outros cuja dificuldade de mapear diz *muito* sobre a cultura americana, como "namoro". A palavra "namoro" muito não corresponde exatamente ao que os americanos chamam de "dating", que mais parece uma entrevista de emprego com um ano de duração. Agora, se formos olhar para esse fenômeno dando mais alguns passos para trás, de fato existe aqui uma reflexão fundamental a ser feita sobre o quanto uma restrição de vocabulário limita nossas possibilidade cognitivas. As palavras muito não são instrumentos apenas de comunicação, mas blocos para construção das idéias mesmas; são digamos "sub-rotinas" que chamamos quando necessárias para que não seja necessário re-explicar um conceito do zero (idéias exploradas extensamente por exemplo por <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Vygotsky" rel="nofollow">Vygotsky</a>). E como tal, se prestam também à mais deslavada manipulação, como magistralmente imaginado no canônico exemplo da <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Newspeak" rel="nofollow">novilíngua</a> de George Orwell... Abraços, Sergio Oi Léo,

Interessante você trazer essa discussão à tona exatamente agora, pois esta semana mesmo por coincidência eu tive uma conversa sobre esse assunto quando me perguntaram o que exatamente significaria “gostosa” em português. :-) A conversa era em inlgês, e eu não consegui pensar em nenhuma palavra que transmitisse a idéia certa. Me perguntaram se seria “pretty” ou “beautiful” ou “attractive” mas não é exatamente nenhuma dessas coisas. Então eu tive que explicar várias coisas sobre a cultura brasileira para o termo fazer mais sentido. E aí claro acabou que mais exemplos foram surgindo, entre eles o classiquissimamente intraduzível “saudade”, mas também outros cuja dificuldade de mapear diz *muito* sobre a cultura americana, como “namoro”. A palavra “namoro” muito não corresponde exatamente ao que os americanos chamam de “dating”, que mais parece uma entrevista de emprego com um ano de duração.

Agora, se formos olhar para esse fenômeno dando mais alguns passos para trás, de fato existe aqui uma reflexão fundamental a ser feita sobre o quanto uma restrição de vocabulário limita nossas possibilidade cognitivas. As palavras muito não são instrumentos apenas de comunicação, mas blocos para construção das idéias mesmas; são digamos “sub-rotinas” que chamamos quando necessárias para que não seja necessário re-explicar um conceito do zero (idéias exploradas extensamente por exemplo por Vygotsky). E como tal, se prestam também à mais deslavada manipulação, como magistralmente imaginado no canônico exemplo da novilíngua de George Orwell…

Abraços,
Sergio

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By: Leonardo Villa-Forte .././comment-page-1/#comment-6136 Leonardo Villa-Forte Fri, 03 Sep 2010 23:49:15 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-6136 "a desnecessidade de uma palavra para se referir a um certo conceito é provavelmente indicativa da (falta de) importância do conceito numa certa cultura" Acho essa reflexão particularmente interessante. É por isso que no Brasil temos tantos indicativos afetivos quanto a um(a) parceiro(a): meu amor, meu bem, meu docinho, minha linda, gata, bebê, môr, gatinha... e por aí vai. É por isso também que na Escandinávia há muitos nomes para o nosso "branco", e na Alemanha há muitos termos que querem dizer "doença" ou até mesmo "epilepsia". E aqui no Brasil, herança dos escravos, passado colonial, há tantas palavras para chicote: chibata, açoite, habena... e por aí vai. Acredito que as palavras que existem numa língua e não em outra possibilitam e fazem mesmo com que numa língua o campo de reflexão e percepção sobre determinado assunto seja mais largo do que em outras. “a desnecessidade de uma palavra para se referir a um certo conceito é provavelmente indicativa da (falta de) importância do conceito numa certa cultura”

Acho essa reflexão particularmente interessante. É por isso que no Brasil temos tantos indicativos afetivos quanto a um(a) parceiro(a): meu amor, meu bem, meu docinho, minha linda, gata, bebê, môr, gatinha… e por aí vai. É por isso também que na Escandinávia há muitos nomes para o nosso “branco”, e na Alemanha há muitos termos que querem dizer “doença” ou até mesmo “epilepsia”. E aqui no Brasil, herança dos escravos, passado colonial, há tantas palavras para chicote: chibata, açoite, habena… e por aí vai.

Acredito que as palavras que existem numa língua e não em outra possibilitam e fazem mesmo com que numa língua o campo de reflexão e percepção sobre determinado assunto seja mais largo do que em outras.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3853 Sergio de Biasi Sat, 10 Apr 2010 16:52:27 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3853 Oi Daniel, Pois é, mas precisamente por ser mágico ele *não* acredita em mágica. :-) A não ser, claro, mais uma vez, que seja uma afirmação que não é para ser levada literalmente, e sim metaforicamente. Saudações, Sergio Oi Daniel,

Pois é, mas precisamente por ser mágico ele *não* acredita em mágica. :-)

A não ser, claro, mais uma vez, que seja uma afirmação que não é para ser levada literalmente, e sim metaforicamente.

Saudações,
Sergio

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3852 Sergio de Biasi Sat, 10 Apr 2010 16:50:29 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3852 Oi Carla, Bem, nisso você tem total razão, certamente é possível acreditar em alguns tipo de mágica e não em outros. :-) Aliás, inclusive, eu diria que é comuníssimo. Às vezes estamos conversando com alguém e o sujeito está vociferando contra, sei lá, superstições e crendices, falando muito mal de quem acredita em simpatias ou pais de santo ou astrologia ou etc, e aí nós começamos a concordar, e então acabamos por dizer algo do tipo "pois é, tem também aqueles sujeitos que acham que a Terra é oca e no centro dela tem uma base alienígena" e então o sujeito olha para você e retruca algo na linha de "peraí, mas ISSO AÍ claramente é verdade". Então de fato, é quase impossível, raríssimo mesmo encontrar alguém que não tenha alguma crença alucinada, mesmo que não seja exatamente mística. Eu sinto uma certa solidão nesse aspecto. :-) Quase a totalidade das pessoas tem algum tipo de crença desse tipo; conheço uma meia dúzia de exceções. Agora, se por um lado acreditar em duendes na maior parte das vezes tem poucas conseqüências práticas, infelizmente esse tipo de incoerência / inconsistência ocorre também em outras áreas menos desconectadas da realidade, como política. Por vezes estamos falando com alguém que se coloca como libertário, e o sujeito está vociferando, sei lá, contra as restrições impostas pelas teocracias muçulmanas às liberdades pessoais, ou contra o totalitarismo comunista na China, e começamos a concordar e a nos identificarmos... até o ponto em que o sujeito começa a falar que concorda que tem mesmo é que <a href="http://www.cbc.ca/world/story/2010/03/30/france-council-veil-ban.html" rel="nofollow">proibir as pessoas de usarem burca na França</a>, tem mesmo é que <a href="http://www.nytimes.com/2009/11/30/world/europe/30swiss.html" rel="nofollow">proibir a construção de novos minaretes na Suíça</a>, tem mesmo é que proibir, censurar, apreender livros iconoclastas, revisionistas ou com conteúdo "revolucionário", e assim por diante. Então o sujeito se coloca na mesma situação de quem ao mesmo tempo prega na traseira de seu carro um peixe com pernas e um adesivo dizendo "eu acredito em mágica". É raro, raríssimo encontrar pessoas que consigam criticar em si mesmas precisamente os mesmos comportamentos contra os quais ferozmente vociferam em grupos com os quais não simpatizam. Beijos, Sergio Oi Carla,

Bem, nisso você tem total razão, certamente é possível acreditar em alguns tipo de mágica e não em outros. :-) Aliás, inclusive, eu diria que é comuníssimo.

Às vezes estamos conversando com alguém e o sujeito está vociferando contra, sei lá, superstições e crendices, falando muito mal de quem acredita em simpatias ou pais de santo ou astrologia ou etc, e aí nós começamos a concordar, e então acabamos por dizer algo do tipo “pois é, tem também aqueles sujeitos que acham que a Terra é oca e no centro dela tem uma base alienígena” e então o sujeito olha para você e retruca algo na linha de “peraí, mas ISSO AÍ claramente é verdade”. Então de fato, é quase impossível, raríssimo mesmo encontrar alguém que não tenha alguma crença alucinada, mesmo que não seja exatamente mística. Eu sinto uma certa solidão nesse aspecto. :-) Quase a totalidade das pessoas tem algum tipo de crença desse tipo; conheço uma meia dúzia de exceções.

Agora, se por um lado acreditar em duendes na maior parte das vezes tem poucas conseqüências práticas, infelizmente esse tipo de incoerência / inconsistência ocorre também em outras áreas menos desconectadas da realidade, como política. Por vezes estamos falando com alguém que se coloca como libertário, e o sujeito está vociferando, sei lá, contra as restrições impostas pelas teocracias muçulmanas às liberdades pessoais, ou contra o totalitarismo comunista na China, e começamos a concordar e a nos identificarmos… até o ponto em que o sujeito começa a falar que concorda que tem mesmo é que proibir as pessoas de usarem burca na França, tem mesmo é que proibir a construção de novos minaretes na Suíça, tem mesmo é que proibir, censurar, apreender livros iconoclastas, revisionistas ou com conteúdo “revolucionário”, e assim por diante. Então o sujeito se coloca na mesma situação de quem ao mesmo tempo prega na traseira de seu carro um peixe com pernas e um adesivo dizendo “eu acredito em mágica”. É raro, raríssimo encontrar pessoas que consigam criticar em si mesmas precisamente os mesmos comportamentos contra os quais ferozmente vociferam em grupos com os quais não simpatizam.

Beijos,
Sergio

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By: Daniel .././comment-page-1/#comment-3846 Daniel Sat, 10 Apr 2010 02:37:04 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3846 Ao ver os adesivos me veio em mente a figura do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Penn_Jillette/" rel="nofollow">Penn Jillette</a>, do programa de tv <a href="http://www.sho.com/site/ptbs/home.do" rel="nofollow">Penn & Teller: Bullshit!</a>, que é mágico, libertário e ateu. Ao ver os adesivos me veio em mente a figura do
Penn Jillette, do programa de tv Penn & Teller: Bullshit!, que é mágico, libertário e ateu.

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By: Carla Teixeira .././comment-page-1/#comment-3845 Carla Teixeira Sat, 10 Apr 2010 02:11:54 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3845 Quando você mostra ter ficado curioso com o fato de haver peixes em cima e mágica em baixo, por exemplo, acho que esquece a possibilidade de haver seres múltiplos, contraditórios etc. :-) Aproveito para felicitá-lo pelo texto anterior, muito bom mesmo. :-) Quando você mostra ter ficado curioso com o fato de haver peixes em cima e mágica em baixo, por exemplo, acho que esquece a possibilidade de haver seres múltiplos, contraditórios etc. :-)
Aproveito para felicitá-lo pelo texto anterior, muito bom mesmo. :-)

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3843 Sergio de Biasi Fri, 09 Apr 2010 17:27:06 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3843 Um motivo absolutamente não elimina o outro. Além disso é nitidamente possível construir acrósticos sob demanda para se adaptar a qualquer palavra. Não se deve subestimar a importância que astrologia tinha na antigüidade, muito mais ainda num contexto místico / religioso. Saudações, Sergio Um motivo absolutamente não elimina o outro. Além disso é nitidamente possível construir acrósticos sob demanda para se adaptar a qualquer palavra. Não se deve subestimar a importância que astrologia tinha na antigüidade, muito mais ainda num contexto místico / religioso.

Saudações,
Sergio

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By: Leonardo .././comment-page-1/#comment-3842 Leonardo Fri, 09 Apr 2010 15:29:32 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3842 Sei lá, essa conversa de fim da era de Áries e começo da era de Peixes é muito "Zeitgeist", um vislumbramento matuto diante das religiões comparadas... O fato do peixe ser um acróstico de "Jesus Cristo Filho de Deus Salvador" em grego já é motivo mais direto. Sei lá, essa conversa de fim da era de Áries e começo da era de Peixes é muito “Zeitgeist”, um vislumbramento matuto diante das religiões comparadas… O fato do peixe ser um acróstico de “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador” em grego já é motivo mais direto.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3841 Sergio de Biasi Fri, 09 Apr 2010 15:05:27 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3841 Oi Tiago, Sim, evidentemente o peixe é uma modificação de um tradicional <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Christian_fish" rel="nofollow">símbolo cristão</a>, o qual em si mesmo tem uma história transbordante de simbolismo. História a qual, aliás, muito não é simplesmente "ah, os primeiros cristãos eram pescadores". Jesus é uma figura mítica associada ao sol seguindo a tradição de grande parte das religiões que precederam o cristianismo. Existe aqui então um fortíssimo significado astrológico de Jesus ter vindo para marcar definitivamente <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Astrological_age" rel="nofollow">o fim da era de Áries e o começo da era de Peixes</a>; a transição do sol de uma constelação para a outra ocorreu por volta da época em que a mitologia cristã situa o nascimento de Jesus. O simples ato de colocar pernas nele coloca toda uma outra camada de séculos de símbolismo moderno. Talvez fosse até mais interessante se não tivesse o "Darwin" escrito; o texto é tipo o narrador que entra para explicar o que aconteceu. :-) Sobre o adesivo sobre mágica, pois é, pode ser, entre outros 1) ironia 2) outra pessoa da mesma família 3) metafórico 4) maluquice incoerente mesmo :-) Saudacões, Sergio Oi Tiago,

Sim, evidentemente o peixe é uma modificação de um tradicional símbolo cristão, o qual em si mesmo tem uma história transbordante de simbolismo. História a qual, aliás, muito não é simplesmente “ah, os primeiros cristãos eram pescadores”. Jesus é uma figura mítica associada ao sol seguindo a tradição de grande parte das religiões que precederam o cristianismo. Existe aqui então um fortíssimo significado astrológico de Jesus ter vindo para marcar definitivamente o fim da era de Áries e o começo da era de Peixes; a transição do sol de uma constelação para a outra ocorreu por volta da época em que a mitologia cristã situa o nascimento de Jesus.

O simples ato de colocar pernas nele coloca toda uma outra camada de séculos de símbolismo moderno. Talvez fosse até mais interessante se não tivesse o “Darwin” escrito; o texto é tipo o narrador que entra para explicar o que aconteceu. :-)

Sobre o adesivo sobre mágica, pois é, pode ser, entre outros 1) ironia 2) outra pessoa da mesma família 3) metafórico 4) maluquice incoerente mesmo :-)

Saudacões,
Sergio

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By: Tiago .././comment-page-1/#comment-3839 Tiago Fri, 09 Apr 2010 12:08:00 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3839 O peixe deve ser uma zoação com adesivos religiosos, que têm formato igual mas com a palavra Jesus dentro. Peixes são freqüentemente associados a Jesus. O que me leva a supor que o adesivo debaixo é uma ironia com pessoas que acreditam em deuses/religiões, dizendo que é a mesma coisa que acreditar em mágica. O peixe deve ser uma zoação com adesivos religiosos, que têm formato igual mas com a palavra Jesus dentro. Peixes são freqüentemente associados a Jesus.

O que me leva a supor que o adesivo debaixo é uma ironia com pessoas que acreditam em deuses/religiões, dizendo que é a mesma coisa que acreditar em mágica.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3818 Sergio de Biasi Tue, 06 Apr 2010 13:50:55 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3818 Leonardo, Pois é, se começamos a prestar atenção de verdade rapidamente fica claro como grande parte da estrutura da realidade em que navegamos cotidianamente é incoerente, arbitrária, mentirosa, revoltante, ou todos acima. Saudações, Sergio Leonardo,

Pois é, se começamos a prestar atenção de verdade rapidamente fica claro como grande parte da estrutura da realidade em que navegamos cotidianamente é incoerente, arbitrária, mentirosa, revoltante, ou todos acima.

Saudações,
Sergio

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3817 Sergio de Biasi Tue, 06 Apr 2010 13:47:40 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3817 Oi Leonardo, Bem, sobre o peixe, a questão é a quantidade de idéias e símbolos concentrados em um único lugar. Não que a interpretação seja particularmente misteriosa, mas se formos traçar a história de cada componente e de como eles acabaram juntas pregadas na traseira de um carro e especialmente se forma considerar como essa combinação consegue sinteticamente transmitir toda uma (provável) atitude sobre uma série de questões sem que tenhamos sido previamente expostos a ela, me parece que isso começa a ficar interessante. Saudações, Sergio Oi Leonardo,

Bem, sobre o peixe, a questão é a quantidade de idéias e símbolos concentrados em um único lugar. Não que a interpretação seja particularmente misteriosa, mas se formos traçar a história de cada componente e de como eles acabaram juntas pregadas na traseira de um carro e especialmente se forma considerar como essa combinação consegue sinteticamente transmitir toda uma (provável) atitude sobre uma série de questões sem que tenhamos sido previamente expostos a ela, me parece que isso começa a ficar interessante.

Saudações,
Sergio

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By: Leonardo .././comment-page-1/#comment-3765 Leonardo Mon, 05 Apr 2010 02:39:07 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3765 Ou ainda, mostrando minha super-interpretação do adesivo da direita, ele também pode simplesmente querer dizer que a realidade atentamente contemplada só pode gerar a reação ao absurdo! Que adesivo mais rico, hahah. Abraços! Ou ainda, mostrando minha super-interpretação do adesivo da direita, ele também pode simplesmente querer dizer que a realidade atentamente contemplada só pode gerar a reação ao absurdo!

Que adesivo mais rico, hahah.

Abraços!

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By: Leonardo .././comment-page-1/#comment-3764 Leonardo Mon, 05 Apr 2010 01:14:56 +0000 ../../../../.././?p=1943#comment-3764 Olá, Sergio. Primeiro uso o espaço dos comentários pra prevenir a minha ignorância: tem alguma sutileza na imagem do peixe com pernas que eu não tenha entendido e que "uma análise semiótica (...) em particular [seja] especialmente interessante"? rs. Sobre o "I believe in magic", pode ser o caso de um "crente sincrético", que sintetize esse sincretismo com a imagem do evangelho perfeitamente conciliada com a referência a Darwin, e ao mesmo tempo registre a sua abertura à espiritualidade com uma menção genérica a "magic". Talvez o "magic", com certa ingenuidade, diga até respeito a "milagres" de um ponto de vista "não-doutrinário". Ou seja, um cara que não se importa em agregar muitas coisas na sua crença, independente das barreiras que essas crenças estabeleçam com as suas doutrinas. Os outros são adesivos conservadores, e o da direita eu até gostaria de tentar entender melhor com você: primeiro, "outraged" pode ser tanto "revoltado" quanto, no seu cognato em português, "ultrajado", que vai manter o mesmo sentido da frase? É que vejo que é uma frase que, por um lado, pode indicar que todas as pessoas pertencem a alguma minoria possivelmente estigmatizada e facilmente ressentida, e que não tem jeito. E por outro que o politicamente correto é o grau de implicância ("atenção") que você resolve ter com qualquer discurso. Em ambos os casos é uma crítica ao politicamente-correto, e não uma defesa, né? Bom, pode também estar se referindo à paranóia anti-disléxica de enxergar a sutileza das coisas que são ditas, ou ainda bem mais simplesmente a uma intransponibilidade de identificação com o que o outro está falando... E acho que "adesivo" é uma boa tradução pra esses casos! Abraço! Olá, Sergio.

Primeiro uso o espaço dos comentários pra prevenir a minha ignorância: tem alguma sutileza na imagem do peixe com pernas que eu não tenha entendido e que “uma análise semiótica (…) em particular [seja] especialmente interessante”? rs.

Sobre o “I believe in magic”, pode ser o caso de um “crente sincrético”, que sintetize esse sincretismo com a imagem do evangelho perfeitamente conciliada com a referência a Darwin, e ao mesmo tempo registre a sua abertura à espiritualidade com uma menção genérica a “magic”. Talvez o “magic”, com certa ingenuidade, diga até respeito a “milagres” de um ponto de vista “não-doutrinário”. Ou seja, um cara que não se importa em agregar muitas coisas na sua crença, independente das barreiras que essas crenças estabeleçam com as suas doutrinas.

Os outros são adesivos conservadores, e o da direita eu até gostaria de tentar entender melhor com você: primeiro, “outraged” pode ser tanto “revoltado” quanto, no seu cognato em português, “ultrajado”, que vai manter o mesmo sentido da frase? É que vejo que é uma frase que, por um lado, pode indicar que todas as pessoas pertencem a alguma minoria possivelmente estigmatizada e facilmente ressentida, e que não tem jeito. E por outro que o politicamente correto é o grau de implicância (“atenção”) que você resolve ter com qualquer discurso. Em ambos os casos é uma crítica ao politicamente-correto, e não uma defesa, né? Bom, pode também estar se referindo à paranóia anti-disléxica de enxergar a sutileza das coisas que são ditas, ou ainda bem mais simplesmente a uma intransponibilidade de identificação com o que o outro está falando…

E acho que “adesivo” é uma boa tradução pra esses casos!

Abraço!

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