Aqui em Nova York, continuam os conflitos por causa da questão da imigração. Ou será que é só isso?
Outro dias uns estudantes republicanos decidiram chamar o fundador dos Minuteman para falar em Columbia. (Para quem não sabe, o Minuteman Project é uma organização civil que decidiu, em resumo, patrulhar e cercar as fronteiras americanas por conta própria – eles são encarados como meio malucos por aqui.) Bem o problema é que quando o sujeito começou a falar, uma turba de manifestantes tomou o palco, criando muita confusão e na prática interrompendo tudo e impedindo o sujeito de continuar.
Isso teve várias repercussões, e ficou em todos os noticiários durante alguns dias. Aqui tem por exemplo uma notícia do prefeito se pronunciando sobre o assunto : Mayor criticizes Columbia students who stormed stage
Um aspecto interessante da questão é que os manifestantes estão surpresíssimos com a reação geral de repúdio e com o fato de terem sido censurados pela administração da universidade (mesmo sem que qualquer conseqüência real tenha ocorrido até o momento).
Aqui está um bem humorado relato do evento no Daily Show.
Eles invadiram o palco de forma intimidatória e impediram o sujeito de falar, o que eles esperavam?
Ah, eles acham que isso que é exercer pacificamente sua liberdade de expressão. Vejam o que uma das alunas organizadoras desse absurdo tem a dizer.
Eu não sei onde acaba a hipocrisia e começa a burrice, mas impedir alguém de falar não é desobediência civil. É mera arrogância autoritária.
Eu só posso ficar um pouquinho feliz de que apesar de terem conseguido o que queriam (impedir idéias de que não gostam de serem divulgadas), eles não puderam contar com o apoio escancarado e unânime da universidade e da imprensa. Mesmo que a administração tenha repudiado oficialmente o comportamento intolerável dos manifestantes somente porque seria inconcebível não fazê-lo, isso já é mais do que se pode dizer de algumas “Ivy League” no Brasil.
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