Sinceramente, é de desanimar. Vejam esta notícia :
Mr Blair’s strategy is to create “a new, more explicit contract between the State and citizen”
Tony Blair is keen to base new policies on his idea of linking rights and responsibilities, using a range of new contracts between citizens and the State.
Mr Blair’s strategy is to create “a new, more explicit contract between the State and citizen on agreed public outcomes”, according to Cabinet Office papers reported in the Guardian today.
Examples could include making parents agree to support their child’s education by ensuring good behaviour and that homework is completed on time.
Primeiro, eles cobram impostos ABSURDOS para sustentar um sistema ABSURDO de educação, saúde, assistência social que você não escolheu e nem quer. Agora, eles querem forçar você a seguir ordens arbitrárias do governo para poder usufruir dos “benefícios” que eles dão, interferindo diretamente em todos os aspectos da sua vida. Note que em alguns casos, usufruir dos “benefícios” sequer é opcional, como no caso de as crianças irem à escola. Aí eles têm o descaramento de dizer que isso é um avanço no sentido de tornar mais claro o “contrato” entre o governo e o público. “Contrato”? Contrato é um acordo voluntário e opcional entre partes livres para recusá-lo. Se é mesmo um contrato, eu acho ótimo – então eu não pago impostos e eles não me prestam qualquer “serviço”. Estaria muito bom para mim.
Só que mais uma vez estamos no reino da novilíngua, em que paz significa guerra, liberdade significa escravidão, e contrato significa aceitação incondicional de “direitos” e “deveres” que você não escolheu. É literalmente algo assim: você tem o “direito” de ser obrigado a mandar seus filhos para a escola que o governo mandar, por quanto tempo o governo determinar, para aprender as coisas que o governo escolher, e em “troca” você tem o dever de obrigar seu filho a não questionar o sistema escolar. Ah, e evidentemente você tem que pagar pela coisa toda. Tente anunciar que não vai mais pagar impostos para ver o que acontece. Aliás, para assalariados isso nem sequer é possível.
É como se eu fosse um senhor de engenho e reunisse meus escravos para dizer: “Resolvi tornar nosso contrato mais explícito. A partir de agora vocês têm que trabalhar 12 horas por dia e não tentar fugir, e eu lhes dou comida suficiente para vocês não morrerem.” Até soa como uma “troca”. Deixa sequer de parecer quando se explicita “senão eu te bato até você morrer”. Isso é uma troca tanto quanto sua “negociação” com um assaltante: me deixe vivo e eu te dou minha carteira. É essa a diferença entre um emprego e a escravidão, entre uma transação comercial e um assalto : a liberdade de escolher. Tente ver se funciona dizer para o senhor de engenho: que tal você me deixar em paz e eu me viro para achar a minha comida?
O totalitarismo vem aí, e com força total, e no mundo inteiro. E um bando de alienados aplaude entusiasticamente a cada novo “direito” criado pelo governo. Como reverter isso? Como escapar disso?
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