Comments on: Reflexões Sobre A Prostituição Em Tempos Modernos .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-20915 Sergio de Biasi Tue, 02 Aug 2011 05:08:50 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-20915 Oi, concordo com a maior parte do seu texto, de fato grande parte dos casamentos - e dos "relacionamentos" - é uma farsa total que produz homens e mulheres frustradíssimos, e uma parte crucial disso é o sexo ser usado como ferramenta de manipulação. Isso sim é desonesto. Se for pra fazer desse jeito, melhor que os termos estejam explícitos e cada um faça sua parte. Agora, quem escreveu este texto não foi o Pedro não, e sim eu. Saudações, Sergio Oi, concordo com a maior parte do seu texto, de fato grande parte dos casamentos – e dos “relacionamentos” – é uma farsa total que produz homens e mulheres frustradíssimos, e uma parte crucial disso é o sexo ser usado como ferramenta de manipulação. Isso sim é desonesto. Se for pra fazer desse jeito, melhor que os termos estejam explícitos e cada um faça sua parte.

Agora, quem escreveu este texto não foi o Pedro não, e sim eu.

Saudações,
Sergio

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By: Ronaldo Brito Roque .././comment-page-1/#comment-20913 Ronaldo Brito Roque Tue, 02 Aug 2011 04:25:10 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-20913 Pedro, estou com você. A legalização seria o melhor caminho. As mulheres que não gostassem da profissão poderiam simplesmente mudar de emprego, como fazem tantos trabalhadores em tantos momentos da vida. Já escrevi outro artigo, abordando o mesmo tema, e chegando basicamente às mesmas conclusões. Te convido a dar uma olhada. http://jornalplasticobolha.blogspot.com/2011/03/sobre-brunas-e-raqueis.html Pedro, estou com você. A legalização seria o melhor caminho. As mulheres que não gostassem da profissão poderiam simplesmente mudar de emprego, como fazem tantos trabalhadores em tantos momentos da vida. Já escrevi outro artigo, abordando o mesmo tema, e chegando basicamente às mesmas conclusões. Te convido a dar uma olhada.

http://jornalplasticobolha.blogspot.com/2011/03/sobre-brunas-e-raqueis.html

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By: Tanja Krämer e a Assombrosa Falta de Autocrítica « O Indivíduo .././comment-page-1/#comment-2214 Tanja Krämer e a Assombrosa Falta de Autocrítica « O Indivíduo Wed, 30 Dec 2009 08:20:45 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-2214 [...] vejamos, ela cita um texto que escrevi sobre prostituição. Deixo claro no texto e reitero aqui que não vejo absolutamente qualquer problema moral com [...] [...] vejamos, ela cita um texto que escrevi sobre prostituição. Deixo claro no texto e reitero aqui que não vejo absolutamente qualquer problema moral com [...]

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By: Cristiana Soares .././comment-page-1/#comment-120 Cristiana Soares Sun, 28 Oct 2007 02:10:16 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-120 "Nem a Daslu conseguiu impedir. Daspu na Bienal. A grife de roupas criada pela ONG Davida, que promove a cidadania das prostitutas, está exposta no Ibirapuera num estande de 130 metros quadrados localizado no terceiro andar." Continue lendo aqui: http://blogtalk-cristiana.blogspot.com/2006/10/daspu-na-bienal.html Sérgio, amei o texto e a conversa gerada por ele. Acima, minha contribuição. Beijos Cris “Nem a Daslu conseguiu impedir. Daspu na Bienal. A grife de roupas criada pela ONG Davida, que promove a cidadania das prostitutas, está exposta no Ibirapuera num estande de 130 metros quadrados localizado no terceiro andar.”

Continue lendo aqui:

http://blogtalk-cristiana.blogspot.com/2006/10/daspu-na-bienal.html

Sérgio, amei o texto e a conversa gerada por ele. Acima, minha contribuição.

Beijos

Cris

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-102 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 23:45:35 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-102 Edvaldo - Uma parte do problema, e o ponto no qual tenho que concordar parcialmente com você, é que o objetivo de nossos instintos não é nos fazerem felizes. É nos manterem vivos e nos impelirem em direção à replicação, em direção a atos que provavelmente (evolutivamente falando) nos levarão à propagação do nosso material genético. Portanto, mesmo sem entrar em questões morais, ceder descontroladamente aos nossos instintos muito possivelmente não nos fará sequer felizes. Por outro lado, ignorar nossos instintos também não é uma opção muito realista. No nível mais tosco, fingir que eles não existem e nem sequer reconhecê-los - isso pra mim é claramente problemático. Em os conhecendo, aí sim podemos realmente escolher exercê-los ou não. Aí é preciso considerar muito bem custos e benefícios e ter consciência das consequências (para os outros e para si mesmo). É preciso entender as nossas próprias necessidades psicológicas, e as dos outros, assim como as questões práticas envolvidas. Agora, a meu ver, é responsabilidade e privilégio de cada ser humano fazer essas escolhas. Elas não cabem à família, à sociedade ou ao governo. Edvaldo – Uma parte do problema, e o ponto no qual tenho que concordar parcialmente com você, é que o objetivo de nossos instintos não é nos fazerem felizes. É nos manterem vivos e nos impelirem em direção à replicação, em direção a atos que provavelmente (evolutivamente falando) nos levarão à propagação do nosso material genético.

Portanto, mesmo sem entrar em questões morais, ceder descontroladamente aos nossos instintos muito possivelmente não nos fará sequer felizes.

Por outro lado, ignorar nossos instintos também não é uma opção muito realista. No nível mais tosco, fingir que eles não existem e nem sequer reconhecê-los – isso pra mim é claramente problemático.

Em os conhecendo, aí sim podemos realmente escolher exercê-los ou não. Aí é preciso considerar muito bem custos e benefícios e ter consciência das consequências (para os outros e para si mesmo). É preciso entender as nossas próprias necessidades psicológicas, e as dos outros, assim como as questões práticas envolvidas.

Agora, a meu ver, é responsabilidade e privilégio de cada ser humano fazer essas escolhas. Elas não cabem à família, à sociedade ou ao governo.

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By: Edvaldo Sousa .././comment-page-1/#comment-93 Edvaldo Sousa Thu, 02 Aug 2007 13:26:29 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-93 Sérgio, concordo com vários argumentos, como outros nem tanto. Achei sua perspectiva freudiana demais. O sexo, estando na explicação da maioria das neuroses, mais condena que explica, que o diga as obras culturais baseadas em tal assertiva. À maneira do Pedro, sem querer condenar, mas sem querer corroborar também, creio que nossa represa deve situar-se um pouco acima dos genitais. Abraço Sérgio, concordo com vários argumentos, como outros nem tanto.

Achei sua perspectiva freudiana demais. O sexo, estando na explicação da maioria das neuroses, mais condena que explica, que o diga as obras culturais baseadas em tal assertiva.

À maneira do Pedro, sem querer condenar, mas sem querer corroborar também, creio que nossa represa deve situar-se um pouco acima dos genitais.

Abraço

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-94 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 12:57:51 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-94 safiri - Sim, concordo que por algum motivo maluco existem muitos homens que ainda não estão preparados para lidar de forma tranqüila e construtiva com mulheres que aceitem e expressem com naturalidade sua própria sexualidade, mesmo que sejam perfeitamente carinhosas e afetivas, e sem haver qualquer prostituição envolvida. Por outro lado, também é um saco para os homens terem que ficar ouvindo "você é um tarado" repetido de forma absolutamente acéfala diante das expressões mais banais de sexualidade masculina. O que só vem a reforçar meu ponto - uma grande porcentagem de ambos os lados não está sabendo lidar direito com a questão da sexualidade. Isso é ainda pior nos EUA. As pessoas precisam entender melhor a própria sexualidade, e a do sexo oposto, para então saberem respeitar um pouco mais as escolhas alheias assim como terem condições de buscar (e aceitar) um parceiro que as complemente. safiri – Sim, concordo que por algum motivo maluco existem muitos homens que ainda não estão preparados para lidar de forma tranqüila e construtiva com mulheres que aceitem e expressem com naturalidade sua própria sexualidade, mesmo que sejam perfeitamente carinhosas e afetivas, e sem haver qualquer prostituição envolvida.

Por outro lado, também é um saco para os homens terem que ficar ouvindo “você é um tarado” repetido de forma absolutamente acéfala diante das expressões mais banais de sexualidade masculina.

O que só vem a reforçar meu ponto – uma grande porcentagem de ambos os lados não está sabendo lidar direito com a questão da sexualidade. Isso é ainda pior nos EUA.

As pessoas precisam entender melhor a própria sexualidade, e a do sexo oposto, para então saberem respeitar um pouco mais as escolhas alheias assim como terem condições de buscar (e aceitar) um parceiro que as complemente.

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By: safiri .././comment-page-1/#comment-95 safiri Thu, 02 Aug 2007 12:12:08 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-95 sobre este trecho da resposta 13 "Para uma mulher interessada em uma relação romântica baseada em sentimentos mútuos, <strong>não ter que ficar se preocupando tão recorrentemente com “será que esse cara só está atrás de uma mulher para comer”</strong> é um GRANDE benefício." existe um outro ponto, o daquelas mulheres que gostam demais de sexo. elas se deparam com esse blá blá blá de homens que falam sobre falta de sexo, tão cheios de fantasias, falta de mulher que os satisfaçam, mas quando se deparam com uma, assustam-se e vão embora. senão denigrem a imagem de cada ou a história se espalha e e aí sim, estão atrás dela apenas para comê-la. sobre este trecho da resposta 13 “Para uma mulher interessada em uma relação romântica baseada em sentimentos mútuos, não ter que ficar se preocupando tão recorrentemente com “será que esse cara só está atrás de uma mulher para comer” é um GRANDE benefício.”

existe um outro ponto, o daquelas mulheres que gostam demais de sexo. elas se deparam com esse blá blá blá de homens que falam sobre falta de sexo, tão cheios de fantasias, falta de mulher que os satisfaçam, mas quando se deparam com uma, assustam-se e vão embora. senão denigrem a imagem de cada ou a história se espalha e e aí sim, estão atrás dela apenas para comê-la.

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-96 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 05:54:02 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-96 Carla - Oi, concordo em essência com tudo o que você disse. Só observaria que não é claro para mim que não haja "qualquer problema" em uma mulher se prostituir. Eu acho que não deve ser proibido, e acho que ela não deve ser tratada como um monstro. Colocado isso, acho que se prostituir provavelmente carrega uma grande chance de traumas e seqüelas afetivas e emocionais - além de riscos objetivos. Evidentemente, diferentes mulheres lidarão com isso de formas diferentes. Para algumas, não será nada demais, enquanto que para outras será insuportável. Da mesma forma, pessoas diferentes terão relações diferentes com álcool, por exemplo. Algumas poderão destruir suas vidas enquanto que outras vão simplesmente se divertir. Não dá pra ser ultrafundamentalista e concluir que álcool é produto do demôôôôônio e que deve ser completamente banido para o bem estar da sociedade. Isso é simultaneamente totalitário, irreal e contraproducente. Ou seja, agride as pessoas, não é atingível, e provavelmente geraria uma sociedade *mais* e não menos problemática. Está errado em todos os níveis. Mas daí deduzir que "todo mundo devia beber", "beber é o maior barato" ou mesmo algo mais brando como "beber não faz mal algum", aí já é discutível. Só que se formos ser fanáticos com isso, comer um pedaço de pizza também pode ser considerado uma má idéia. Seria mais "saudável" comer um pedaço de aipo com queijo cottage. O fato, como eu disse em outro comentário, é que viver faz mal à saúde, é responsabilidade e privilégio de cada um de nós administrar como vamos percorrer o caminho da saúde até a inexistência. Gostaria também de dizer que exercer ativamente sua identidade sexual é provavelmente uma forma muito mais efetiva de conhecê-la do que pensar sobre ela. Para muitos, não me parece que ocuparia apenas um papel de "desabafo" como você coloca, mas também de exploração e aprendizado. Ou até de recreação, por que não? Não que refletir não seja importantíssimo, mas estranhamente em grande parte dos casos não dá pra "deduzir" quem eu sou; muitas vezes nós nos descobrimos é vivendo mesmo. Aliás, o paralelo entre contratar uma prostituta e contratar um terapeuta levanta um ponto muito interessante. Por que é socialmente aceitável contratar alguém para ouvir seus problemas íntimos e discuti-los com você mas não é aceitável contratar alguém para ajudá-lo com suas necessidade sexuais? Mas basicamente concordo com tudo o que você disse. Abraços! Carla – Oi, concordo em essência com tudo o que você disse.

Só observaria que não é claro para mim que não haja “qualquer problema” em uma mulher se prostituir. Eu acho que não deve ser proibido, e acho que ela não deve ser tratada como um monstro.

Colocado isso, acho que se prostituir provavelmente carrega uma grande chance de traumas e seqüelas afetivas e emocionais – além de riscos objetivos. Evidentemente, diferentes mulheres lidarão com isso de formas diferentes. Para algumas, não será nada demais, enquanto que para outras será insuportável.

Da mesma forma, pessoas diferentes terão relações diferentes com álcool, por exemplo. Algumas poderão destruir suas vidas enquanto que outras vão simplesmente se divertir. Não dá pra ser ultrafundamentalista e concluir que álcool é produto do demôôôôônio e que deve ser completamente banido para o bem estar da sociedade. Isso é simultaneamente totalitário, irreal e contraproducente. Ou seja, agride as pessoas, não é atingível, e provavelmente geraria uma sociedade *mais* e não menos problemática. Está errado em todos os níveis.

Mas daí deduzir que “todo mundo devia beber”, “beber é o maior barato” ou mesmo algo mais brando como “beber não faz mal algum”, aí já é discutível.

Só que se formos ser fanáticos com isso, comer um pedaço de pizza também pode ser considerado uma má idéia. Seria mais “saudável” comer um pedaço de aipo com queijo cottage. O fato, como eu disse em outro comentário, é que viver faz mal à saúde, é responsabilidade e privilégio de cada um de nós administrar como vamos percorrer o caminho da saúde até a inexistência.

Gostaria também de dizer que exercer ativamente sua identidade sexual é provavelmente uma forma muito mais efetiva de conhecê-la do que pensar sobre ela. Para muitos, não me parece que ocuparia apenas um papel de “desabafo” como você coloca, mas também de exploração e aprendizado. Ou até de recreação, por que não? Não que refletir não seja importantíssimo, mas estranhamente em grande parte dos casos não dá pra “deduzir” quem eu sou; muitas vezes nós nos descobrimos é vivendo mesmo.

Aliás, o paralelo entre contratar uma prostituta e contratar um terapeuta levanta um ponto muito interessante. Por que é socialmente aceitável contratar alguém para ouvir seus problemas íntimos e discuti-los com você mas não é aceitável contratar alguém para ajudá-lo com suas necessidade sexuais?

Mas basicamente concordo com tudo o que você disse.

Abraços!

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-97 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 05:14:47 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-97 Carlos - A comparação é evidentemente imprópria já que os judeus não foram consultados sobre sua participação no holocausto. Impedir o holocausto de fato protege certas pessoas da agressão de outras. Já impedir por coação as pessoas de darem a bunda, ou de fumar maconha, ou de rodar bolsinha na esquina é meramente impor seu sistema pessoal de valores aos outros. Não se trata de defender a integridade de ninguém de ataques externos, e sim de "proteger" a pessoa de decisões voluntárias que você não aprova. Não consigo ver legitimidade nisso ser feito com seres humanos adultos em plena posse de suas faculdades. E eu não estou dizendo aqui que "todo mundo deveria se prostituir", estou dizendo que na minha opinião quem assim escolher não deve ser proibido à força pelo estado de fazê-lo, nem ser tratado como um monstro. Por que é tão difícil explicar a "revolucionária" idéia de defender o direito das pessoas fazerem coisas com as quais não concordamos e/ou que não faríamos? Carlos – A comparação é evidentemente imprópria já que os judeus não foram consultados sobre sua participação no holocausto. Impedir o holocausto de fato protege certas pessoas da agressão de outras.

Já impedir por coação as pessoas de darem a bunda, ou de fumar maconha, ou de rodar bolsinha na esquina é meramente impor seu sistema pessoal de valores aos outros. Não se trata de defender a integridade de ninguém de ataques externos, e sim de “proteger” a pessoa de decisões voluntárias que você não aprova. Não consigo ver legitimidade nisso ser feito com seres humanos adultos em plena posse de suas faculdades.

E eu não estou dizendo aqui que “todo mundo deveria se prostituir”, estou dizendo que na minha opinião quem assim escolher não deve ser proibido à força pelo estado de fazê-lo, nem ser tratado como um monstro.

Por que é tão difícil explicar a “revolucionária” idéia de defender o direito das pessoas fazerem coisas com as quais não concordamos e/ou que não faríamos?

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-98 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 04:49:06 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-98 André - ei, genial o link. No mesmo site tem outras pérolas como essa aqui : Ministério do Trabalho e Emprego Classificação Brasileira de Ocupações 5198 :: Profissionais do sexo Condições gerais de exercício Trabalham por conta própria, na rua, em bares, boates, hotéis, porto, rodovias e em garimpos. Atuam em ambientes a céu aberto, fechados e em veículos, em horários irregulares. No exercício de algumas das atividades podem estar expostos à inalação de gases de veículos, a intempéries, a poluição sonora e a discriminação social. Há ainda riscos de contágios de DST, e maus-tratos, violência de rua e morte. Formação e experiência Para o exercício profissional requer-se que os trabalhadores participem de oficinas sobre sexo seguro, oferecidas pelas associações da categoria. Outros cursos complementares de formação profissional, como por exemplo, cursos de beleza, de cuidados pessoais, de planejamento do orçamento, bem como cursos profissionalizantes para rendimentos alternativos também são oferecidos pelas associações, em diversos Estados. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos; a escolaridade média está na faixa de quarta a sétima séries do ensino fundamental. O pleno desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência. André – ei, genial o link. No mesmo site tem outras pérolas como essa aqui :

Ministério do Trabalho e Emprego

Classificação Brasileira de Ocupações

5198 :: Profissionais do sexo

Condições gerais de exercício

Trabalham por conta própria, na rua, em bares, boates, hotéis, porto, rodovias e em garimpos. Atuam em ambientes a céu aberto, fechados e em veículos, em horários irregulares. No exercício de algumas das atividades podem estar expostos à inalação de gases de veículos, a intempéries, a poluição sonora e a discriminação social. Há ainda riscos de contágios de DST, e maus-tratos, violência de rua e morte.

Formação e experiência

Para o exercício profissional requer-se que os trabalhadores participem de oficinas sobre sexo seguro, oferecidas pelas associações da categoria. Outros cursos complementares de formação profissional, como por exemplo, cursos de beleza, de cuidados pessoais, de planejamento do orçamento, bem como cursos profissionalizantes para rendimentos alternativos também são oferecidos pelas associações, em diversos Estados. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos; a escolaridade média está na faixa de quarta a sétima séries do ensino fundamental. O pleno desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência.

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-99 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 04:43:26 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-99 Engraçadinho - Pois é, eu estava lendo uma notícia outro dia sobre alguns adolescentes americanos que viram uma notícia no jornal sobre o enterro de uma jovem muito bonita. Eles viram a foto da garota e decidiram que seria uma ótima idéia ir ao cemitério, literalmente cavar o caixão e fazer sexo com ela. Porém, quanto estavam executando o plano, foram pegos. Daí queriam acusá-los de crime sexual, porém nada do que haviam feito se enquadrava nisso, simplesmente não havia uma lei que se aplicasse, então criou-se uma certa confusão, pois se os condenassem por algum delito não sexual bobo como invasão de propriedade ou vandalismo não haveria justificativa para registrá-los como "sex offenders" - algo que é um grande assunto aqui nos EUA. Mas enfim, assim como o canibalismo, necrofilia também é algo que não me pareça fazer intrinsecamente mal a ninguém. Pode-se suspeitar que alguém que faça isso tenha um parafuso a menos, mas isso também vale para sujeitos que ficam berrando sozinhos olhando para o teto em estações de metrô. Novamente, não acho que nossa moralidade deva ser cegamente baseada em automaticamente proibir e estigmatizar tudo aquilo que nos provoque algum tipo de repulsa. Abraços! Engraçadinho – Pois é, eu estava lendo uma notícia outro dia sobre alguns adolescentes americanos que viram uma notícia no jornal sobre o enterro de uma jovem muito bonita. Eles viram a foto da garota e decidiram que seria uma ótima idéia ir ao cemitério, literalmente cavar o caixão e fazer sexo com ela. Porém, quanto estavam executando o plano, foram pegos. Daí queriam acusá-los de crime sexual, porém nada do que haviam feito se enquadrava nisso, simplesmente não havia uma lei que se aplicasse, então criou-se uma certa confusão, pois se os condenassem por algum delito não sexual bobo como invasão de propriedade ou vandalismo não haveria justificativa para registrá-los como “sex offenders” – algo que é um grande assunto aqui nos EUA.

Mas enfim, assim como o canibalismo, necrofilia também é algo que não me pareça fazer intrinsecamente mal a ninguém. Pode-se suspeitar que alguém que faça isso tenha um parafuso a menos, mas isso também vale para sujeitos que ficam berrando sozinhos olhando para o teto em estações de metrô.

Novamente, não acho que nossa moralidade deva ser cegamente baseada em automaticamente proibir e estigmatizar tudo aquilo que nos provoque algum tipo de repulsa.

Abraços!

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-100 Sergio Biasi Thu, 02 Aug 2007 04:30:40 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-100 Nisia - Bem, tecnicamente, os casais não são necessários para a preservação da humanidade. Isso, aliás, está cada vez mais claro na sociedade moderna, onde as pessoas têm filhos sem formar casais. Existe uma rede de suporte social tão forte que encontrar um parceiro para suporte material não é mais um requisito tão crucial. Aliás, mais do que isso, estamos caminhando tecnologicamente para o próprio ato sexual ser cada vez menos necessário à reprodução. Adicionalmente, com a medicina e recursos modernos de produção, apenas uma taxa moderadíssima de reprodução (evolutivamente falando) é necessária para manter a população. Portanto, não me parece forte o argumento de que "temos que formar casais senão a humanidade vai desaparecer". O problema básico aqui não tanto preservar a existência material da humanidade, que não me parece ameaçada por este fenômeno, como resgatar a integridade afetiva e psicológica dos seres humanos que a constitutem. Estamos vivendo uma neurose coletiva resultante em grande parte do fato que evoluímos num contexto em que sexo, reprodução e família eram todos inextricavelmente interligados, mas em um curto século tudo isso deixou de valer. A receita de milhares de anos não vale mais. Talvez não tenha havido tempo para nos adaptarmos biológica e instintivamente a isso. Quanto à lavagem cerebral contínua das mulheres para o tempo todo seduzirem e buscarem aprovação, concordo - ela é tão horrível quanto a lavagem cerebral contínua que os homens recebem para quererem comer loiras peitudas e com bundão e ignorarem todas as outras características femininas (incluindo genuína compatibilidade sexual!) que poderiam realmente complementá-los e produzir um relacionamento frutífero. Quanto a mulheres não ficarem mais gentis e sim mais loucas com o "aumento da concorrência", bem - esse é justamente o ponto, essa é a motivação para num segundo momento se tornarem mais gentis. A tentação atual de usar o poder sexual para impor sua vontade ou cultivar padrões de comportamento inaceitavelmente anti-sociais é muito grande. Uma sociedade na qual os homens pudessem satisfazer seus instintos sexuais sem se submeterem a isso seria muito mais saudável para todos. Aí as pessoas poderiam se concentrar em ficarem juntas por motivos como amizade, companheirismo, admiração mútua, etc. Imagino que você prefira um milhão de vezes um homem sexualmente satisfeito que escolha livremente ficar com você porque prefere a sua companhia do que a de outras mulheres, certo? Nisia – Bem, tecnicamente, os casais não são necessários para a preservação da humanidade. Isso, aliás, está cada vez mais claro na sociedade moderna, onde as pessoas têm filhos sem formar casais. Existe uma rede de suporte social tão forte que encontrar um parceiro para suporte material não é mais um requisito tão crucial. Aliás, mais do que isso, estamos caminhando tecnologicamente para o próprio ato sexual ser cada vez menos necessário à reprodução. Adicionalmente, com a medicina e recursos modernos de produção, apenas uma taxa moderadíssima de reprodução (evolutivamente falando) é necessária para manter a população. Portanto, não me parece forte o argumento de que “temos que formar casais senão a humanidade vai desaparecer”. O problema básico aqui não tanto preservar a existência material da humanidade, que não me parece ameaçada por este fenômeno, como resgatar a integridade afetiva e psicológica dos seres humanos que a constitutem.

Estamos vivendo uma neurose coletiva resultante em grande parte do fato que evoluímos num contexto em que sexo, reprodução e família eram todos inextricavelmente interligados, mas em um curto século tudo isso deixou de valer. A receita de milhares de anos não vale mais. Talvez não tenha havido tempo para nos adaptarmos biológica e instintivamente a isso.

Quanto à lavagem cerebral contínua das mulheres para o tempo todo seduzirem e buscarem aprovação, concordo – ela é tão horrível quanto a lavagem cerebral contínua que os homens recebem para quererem comer loiras peitudas e com bundão e ignorarem todas as outras características femininas (incluindo genuína compatibilidade sexual!) que poderiam realmente complementá-los e produzir um relacionamento frutífero.

Quanto a mulheres não ficarem mais gentis e sim mais loucas com o “aumento da concorrência”, bem – esse é justamente o ponto, essa é a motivação para num segundo momento se tornarem mais gentis. A tentação atual de usar o poder sexual para impor sua vontade ou cultivar padrões de comportamento inaceitavelmente anti-sociais é muito grande. Uma sociedade na qual os homens pudessem satisfazer seus instintos sexuais sem se submeterem a isso seria muito mais saudável para todos. Aí as pessoas poderiam se concentrar em ficarem juntas por motivos como amizade, companheirismo, admiração mútua, etc. Imagino que você prefira um milhão de vezes um homem sexualmente satisfeito que escolha livremente ficar com você porque prefere a sua companhia do que a de outras mulheres, certo?

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By: André .././comment-page-1/#comment-101 André Thu, 02 Aug 2007 01:36:46 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-101 Quanta chatice. Muito, muito chato. Leia isso aqui. - http://www.mtecbo.gov.br/busca/competencias.asp?codigo=5198 Chato. Quanta chatice. Muito, muito chato.

Leia isso aqui. – http://www.mtecbo.gov.br/busca/competencias.asp?codigo=5198

Chato.

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By: Carla Cristina .././comment-page-1/#comment-106 Carla Cristina Wed, 01 Aug 2007 18:40:41 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-106 Oi Eu adoraria viver numa sociedade em que as escolhas individuais (que não atentassem contra ninguém) fossem respeitadas e legitimadas. A meu ver não há nenhum problema em uma mulher se prostituir desde que o faça por livre, espontânea, e consciente vontade. Observo que mulheres têm tanto desejo sexual quanto os homens, a forma como ambos lidam com isso é o que os diferencia (às vezes até os iguala), assim como lidam com as dificuldades, existentes tanto para um quanto para outro, de se conseguir um parceiro, pois não basta a mim, mulher, ter homens me desejando se não os desejo etc. Muitas mulheres não admitem a prostituição, porque tal aceitação romperia com pensamentos tradicionais (sobretudo religiosos) arraigados, e não por medo de "perder homens", pois sabe-se que tais homens diferenciam (e escolhem, por vezes de modo preconceituoso) as mulheres com que se relacionar. Quanto ao aspecto sexual, ouso dizer que tais indivíduos seriam menos ansiosos (e menos problemáticos) sexualmente (e em outros âmbitos da própria vida) se assim como eles “desabafam” no sexo, “desabafassem” também com um analista ou outro terapeuta, se buscassem mais conhecimento de si mesmos. Oi

Eu adoraria viver numa sociedade em que as escolhas individuais (que não atentassem contra ninguém) fossem respeitadas e legitimadas. A meu ver não há nenhum problema em uma mulher se prostituir desde que o faça por livre, espontânea, e consciente vontade. Observo que mulheres têm tanto desejo sexual quanto os homens, a forma como ambos lidam com isso é o que os diferencia (às vezes até os iguala), assim como lidam com as dificuldades, existentes tanto para um quanto para outro, de se conseguir um parceiro, pois não basta a mim, mulher, ter homens me desejando se não os desejo etc. Muitas mulheres não admitem a prostituição, porque tal aceitação romperia com pensamentos tradicionais (sobretudo religiosos) arraigados, e não por medo de “perder homens”, pois sabe-se que tais homens diferenciam (e escolhem, por vezes de modo preconceituoso) as mulheres com que se relacionar. Quanto ao aspecto sexual, ouso dizer que tais indivíduos seriam menos ansiosos (e menos problemáticos) sexualmente (e em outros âmbitos da própria vida) se assim como eles “desabafam” no sexo, “desabafassem” também com um analista ou outro terapeuta, se buscassem mais conhecimento de si mesmos.

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By: Engraçadinho .././comment-page-1/#comment-103 Engraçadinho Wed, 01 Aug 2007 15:56:31 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-103 "Sexo não é apenas sobre orgasmo. Se fosse, masturbação seria suficente e os homens não gastariam tanto tempo, dinheiro, esforço, saúde, paciência, dignidade e reputação *cavando* - muitas vezes desesperadamente - uma parceira sexual." (grifou-se) Cavando? Necrofilia? Freud explica? Just kidding, man. “Sexo não é apenas sobre orgasmo. Se fosse, masturbação seria suficente e os homens não gastariam tanto tempo, dinheiro, esforço, saúde, paciência, dignidade e reputação *cavando* – muitas vezes desesperadamente – uma parceira sexual.” (grifou-se)

Cavando? Necrofilia? Freud explica?

Just kidding, man.

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By: Nisia .././comment-page-1/#comment-104 Nisia Wed, 01 Aug 2007 14:17:21 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-104 Sergio, Concordo em todos os aspectos. E o assunto é tão complexo que acho que não vale a pena falar sobre isso de forma despretensiosa. Porém, queria aproveitar para acrescentar um ponto de vista sobre a questão cultural, que a meu ver se liga diretamente à escravização ao sexo. A propaganda que se faz é que sexo é parte absolutamente necessária à felicidade. Não faço a menor idéia se é ou não. Mas, o que se deseja realmente em um relacionamento? Será algo físico ou espiritual? Ou os dois? Quanta disciplina é necessária para que consigamos conciliar os apelos do corpo físico às necessidades da alma? Quantos em uma multidão conseguem sequer ter essa consciência? (e o que é mais cruel, quanto tempo dura o apelo físico em um relacionamento?) ... Ocorre que as meninas são criadas desde o nascimento para serem "atrativas". O primeiro elogio que se faz a uma menina é "que bonitinha!". A primeira coisa que se faz é colocar brincos, antes mesmo de sair da maternidade. Pois bem. O que mulheres aprendem é que é preciso seduzir sempre, e, claro, considerando a aptidão natural masculina, isso provoca tensão constante no ambiente. Logo, nenhuma concorrência será bem-vinda. E não acho que nos tornaria mais gentis, mas mais loucas, com certeza. Aliás, a auto-estima feminina mede-se pelo tanto que ela é capaz de perturbar um ambiente. É duro vencer essa condição infantilizada, carente de aprovação. Tudo isso para dizer que, se existe algo que pode realmente trazer benefícios nesse campo é uma melhor educação das mulheres, conscientizando-as da sua capacidade para criar problemas. Mais recato, talvez. Menos apelos. Menos pornografia. Menos submissão aos apelos físicos. Mais responsabilidade... Sabemos a receita, e já está escrita há milhares de anos. Quanto à prostituição, acho que devemos deixá-la onde socialmente está, á margem, como uma breve concessão que fazemos aos pequenos vícios, que na verdade ninguém gosta de admitir. ... Terminando: é necessário que se formem os casais, mesmo que por motivos incertos e imperfeitos, caso contrário a humanidade desapareceria. Sergio,

Concordo em todos os aspectos. E o assunto é tão complexo que acho que não vale a pena falar sobre isso de forma despretensiosa. Porém, queria aproveitar para acrescentar um ponto de vista sobre a questão cultural, que a meu ver se liga diretamente à escravização ao sexo. A propaganda que se faz é que sexo é parte absolutamente necessária à felicidade.

Não faço a menor idéia se é ou não.

Mas, o que se deseja realmente em um relacionamento? Será algo físico ou espiritual? Ou os dois? Quanta disciplina é necessária para que consigamos conciliar os apelos do corpo físico às necessidades da alma? Quantos em uma multidão conseguem sequer ter essa consciência?

(e o que é mais cruel, quanto tempo dura o apelo físico em um relacionamento?)

Ocorre que as meninas são criadas desde o nascimento para serem “atrativas”. O primeiro elogio que se faz a uma menina é “que bonitinha!”. A primeira coisa que se faz é colocar brincos, antes mesmo de sair da maternidade. Pois bem. O que mulheres aprendem é que é preciso seduzir sempre, e, claro, considerando a aptidão natural masculina, isso provoca tensão constante no ambiente.

Logo, nenhuma concorrência será bem-vinda. E não acho que nos tornaria mais gentis, mas mais loucas, com certeza.

Aliás, a auto-estima feminina mede-se pelo tanto que ela é capaz de perturbar um ambiente.

É duro vencer essa condição infantilizada, carente de aprovação.

Tudo isso para dizer que, se existe algo que pode realmente trazer benefícios nesse campo é uma melhor educação das mulheres, conscientizando-as da sua capacidade para criar problemas. Mais recato, talvez. Menos apelos. Menos pornografia. Menos submissão aos apelos físicos. Mais responsabilidade…

Sabemos a receita, e já está escrita há milhares de anos. Quanto à prostituição, acho que devemos deixá-la onde socialmente está, á margem, como uma breve concessão que fazemos aos pequenos vícios, que na verdade ninguém gosta de admitir.

Terminando: é necessário que se formem os casais, mesmo que por motivos incertos e imperfeitos, caso contrário a humanidade desapareceria.

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-105 Sergio Biasi Wed, 01 Aug 2007 02:13:17 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-105 Em alguns comentários mais ou menos mal educados que recebi para este texto, pessoas me perguntam se eu aprovaria / gostaria que membros da minha família do sexo feminino resolvessem se dedicar à prostituição. Resolvi comentar esse ponto específico porque ele sugere a premissa implícita de que seria legítimo proibir ou pelo menos estigmatizar tudo aquilo que não aprovamos. Para tornar o exemplo mais realista, existem de fato membros da minha família que, por exemplo, fumam. Eu preferia que não fumassem, tanto porque acho isso incômodo quanto porque faz mal à saúde deles, com a qual me importo. Porém, não parto daí para automaticamente acreditar que fumar deveria ser proibido. Também não compartilho da idéia de que ficar fazendo chantagens ou imposições quanto a esse assunto seja razoável. Expresso claramente minha opinião, e em certas circunstâncias (quando me sinto agredido em meu bem estar) peço civilizadamente que não fumem. Mas não me passa pela cabeça dizer "ou você para de fumar ou não fale mais comigo", ou tratá-los como monstros ou párias. Nesse contexto (e em vários outros) eu encaro ter uma atitude dessas como intolerante, agressivo e totalitário. Viver faz mal à saúde e todos nós temos que administrar continuamente o quão rapidamente estamos dispostos a gastar o crédito que temos. Em alguns comentários mais ou menos mal educados que recebi para este texto, pessoas me perguntam se eu aprovaria / gostaria que membros da minha família do sexo feminino resolvessem se dedicar à prostituição.

Resolvi comentar esse ponto específico porque ele sugere a premissa implícita de que seria legítimo proibir ou pelo menos estigmatizar tudo aquilo que não aprovamos.

Para tornar o exemplo mais realista, existem de fato membros da minha família que, por exemplo, fumam. Eu preferia que não fumassem, tanto porque acho isso incômodo quanto porque faz mal à saúde deles, com a qual me importo.

Porém, não parto daí para automaticamente acreditar que fumar deveria ser proibido. Também não compartilho da idéia de que ficar fazendo chantagens ou imposições quanto a esse assunto seja razoável. Expresso claramente minha opinião, e em certas circunstâncias (quando me sinto agredido em meu bem estar) peço civilizadamente que não fumem. Mas não me passa pela cabeça dizer “ou você para de fumar ou não fale mais comigo”, ou tratá-los como monstros ou párias. Nesse contexto (e em vários outros) eu encaro ter uma atitude dessas como intolerante, agressivo e totalitário. Viver faz mal à saúde e todos nós temos que administrar continuamente o quão rapidamente estamos dispostos a gastar o crédito que temos.

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-112 Sergio Biasi Wed, 01 Aug 2007 01:01:07 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-112 Um amigo, por email, citando um trecho do texto : "Mas no caso geral, o que é mais degradante, dar prazer a um estranho ou ser forçado a aceitar que um editor mexa aleatoriamente em um texto que você escreveu?" ==> me pergunto a mesma coisa Meu comentário : Pois é. Tem tantas escolhas que fazemos profissionalmente, ou por dinheiro, ou por imposições sociais, que provocam um sentimento absoluto de prostituição. Aliás, freqüentemente, o sentimento é pior do que o de prostituição - a qual pelo menos ainda pode ser voluntária e previamente acordada. Muitas vezes o sentimento é de estupro mesmo. Por que a violação do nosso espírito seria menos importante do que a violação do nosso corpo? O mais fantástico é que grande parte das pessoas alegremente prostitui suas idéias, seu corpo, a verdade, e muitas outras coisas fundamentais de formas não sexuais com a desculpa de "it's just a job" e isso é socialmente aceito sem qualquer problema. Mas mais do que isso, até mesmo trocar ESCANCARADAMENTE sexo por dinheiro é perfeitamente bem aceito pela sociedade em quase qualquer outro contexto. As prostitutas nesse aspecto são, pelo contrário, para mim claramente moralmente superiores a alguém cujo plano de vida é "casar-se com alguém rico". Pense bem. O que *realmente* se detesta nas prostitutas é a sua sinceridade. É expor e colocar na mesa algo que se gostaria de manter fora do radar. Um amigo, por email, citando um trecho do texto :

“Mas no caso geral, o que é mais degradante, dar prazer a um estranho ou ser forçado a aceitar que um editor mexa aleatoriamente em um texto que você escreveu?” ==> me pergunto a mesma coisa

Meu comentário :

Pois é. Tem tantas escolhas que fazemos profissionalmente, ou por dinheiro, ou por imposições sociais, que provocam um sentimento absoluto de prostituição. Aliás, freqüentemente, o sentimento é pior do que o de prostituição – a qual pelo menos ainda pode ser voluntária e previamente acordada. Muitas vezes o sentimento é de estupro mesmo. Por que a violação do nosso espírito seria menos importante do que a violação do nosso corpo?

O mais fantástico é que grande parte das pessoas alegremente prostitui suas idéias, seu corpo, a verdade, e muitas outras coisas fundamentais de formas não sexuais com a desculpa de “it’s just a job” e isso é socialmente aceito sem qualquer problema.

Mas mais do que isso, até mesmo trocar ESCANCARADAMENTE sexo por dinheiro é perfeitamente bem aceito pela sociedade em quase qualquer outro contexto. As prostitutas nesse aspecto são, pelo contrário, para mim claramente moralmente superiores a alguém cujo plano de vida é “casar-se com alguém rico”. Pense bem. O que *realmente* se detesta nas prostitutas é a sua sinceridade. É expor e colocar na mesa algo que se gostaria de manter fora do radar.

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By: Sergio Biasi .././comment-page-1/#comment-111 Sergio Biasi Tue, 31 Jul 2007 18:02:17 +0000 http://oindividuo.com/?p=472#comment-111 Oi Nisia. Veja bem, na minha opinião sexo (tanto para homens quanto para mulheres) é sempre muito mais complexo do que estímulo físico. Existe um anseio por uma situação de encontro, de contato muito próximo com outro ser humano. Se não fosse assim, como eu disse no texto original, masturbação daria conta. Na nossa sociedade atual, eu afirmo, como homem, que está ocorrendo uma reversão de papéis. O papel tradicionalmente associado à psique feminina é de não querer sexo sem afetividade e continuidade. Paralelamente, o papel tradicionalmente masculino é de buscar sexo indistintamente com qualquer mulher, sem necessidade (ou às vezes repudiando) continuidade ou ligação afetiva. Pois bem, não é de forma alguma isso que eu observo olhando ao meu redor. Mais e mais, eu vejo homens querendo namorar, ter filhos, constituir famílias, frustradíssimos por só encontrarem mulheres interessadas em ficadas aleatórias e one-night stands. A grande crítica feminista à "objetificação" das mulheres se concretizou com uma objetificação ainda mais cínica e abjeta dos homens. Um retrocesso e não uma conquista, na minha opinião. Aliás, dado o contexto altamente ideologizado em que tais assuntos se encontram modernamente, nem ao menos a situação é simétrica. Se eu fico com uma mulher numa boate, acabamos indo para o motel, e no dia seguinte eu telefono para ela e ela não quer nada mais comigo, considera-se que ela está plenamente em seus direitos, e se eu insistir no assunto eu sou um chato, stalker, creepy, não sei respeitar limites, etc. Mas se o contrário ocorre, e a mulher me ligar no dia seguinte e eu não quiser mais nada com ela, eu sou um player, insensível, estou usando as mulheres, etc. Somos culpados por default. Onde ficam os sentimentos dos homens? Naturalmente que casamento não é garantia de sexo constante e satisfatório. Mas estatisticamente, pessoas casadas de ambos os sexos são muito mais sexualmente satisfeitas e realizadas do que pessoas solteiras. A idéia de que estar solteiro lhe dá mais opções é uma quimera. Para a maioria das pessoas isso resulta somente em solidão na maior parte do tempo. Aliás, falando em mitos, é altamente questionavel a noção de que homens sejam mais infiéis que as mulheres. A diferença é que a grande maioria das mulheres não precisa pagar para ter sexo. Se estão receptivas à infidelidade e sexualmente carentes, basta dizerem "sim" para um dos 3482 homens interessados em fazer sexo com ela que encontrarão na sua vida cotidiana. Você acha que as mulheres estão desesperadas por qualquer afeto masculino? Experimente ser homem por uma semana. Tenho certeza de que sob o aspecto de carência de atenção sexual ficará imensamente aliviada em ser mulher. Uma mulher comum tem infinitamente mais opções sexuais do que um homem comum. Não tem nem como comparar. Isso é algo que acho que não é plenamente bem compreendido nem por homens nem por mulheres, tão díspares são as experiências. Concordo que a prostituição não interessa a uma parte das mulheres - aquelas que pretendem usar escassez na oferta de sexo como forma de "prender" um homem. Porém, não me parece que seja bom um homem ingressar numa relação afetiva com uma mulher de quem não realmente gosta ou admira como forma de garantir uma parceira sexual. Isso me parece destrutivo para ambos os lados. Adicionalmente, a meu ver, muito mais provavelmente levará à infelicidade feminina do que masculina, pois o homem nessa situação se resignou conscientemente a aceitá-la enquanto que a mulher muitas vezes ansiará por genuína apreciação que nunca virá. Oi Nisia. Veja bem, na minha opinião sexo (tanto para homens quanto para mulheres) é sempre muito mais complexo do que estímulo físico. Existe um anseio por uma situação de encontro, de contato muito próximo com outro ser humano. Se não fosse assim, como eu disse no texto original, masturbação daria conta.

Na nossa sociedade atual, eu afirmo, como homem, que está ocorrendo uma reversão de papéis. O papel tradicionalmente associado à psique feminina é de não querer sexo sem afetividade e continuidade. Paralelamente, o papel tradicionalmente masculino é de buscar sexo indistintamente com qualquer mulher, sem necessidade (ou às vezes repudiando) continuidade ou ligação afetiva.

Pois bem, não é de forma alguma isso que eu observo olhando ao meu redor. Mais e mais, eu vejo homens querendo namorar, ter filhos, constituir famílias, frustradíssimos por só encontrarem mulheres interessadas em ficadas aleatórias e one-night stands. A grande crítica feminista à “objetificação” das mulheres se concretizou com uma objetificação ainda mais cínica e abjeta dos homens. Um retrocesso e não uma conquista, na minha opinião.

Aliás, dado o contexto altamente ideologizado em que tais assuntos se encontram modernamente, nem ao menos a situação é simétrica. Se eu fico com uma mulher numa boate, acabamos indo para o motel, e no dia seguinte eu telefono para ela e ela não quer nada mais comigo, considera-se que ela está plenamente em seus direitos, e se eu insistir no assunto eu sou um chato, stalker, creepy, não sei respeitar limites, etc. Mas se o contrário ocorre, e a mulher me ligar no dia seguinte e eu não quiser mais nada com ela, eu sou um player, insensível, estou usando as mulheres, etc. Somos culpados por default. Onde ficam os sentimentos dos homens?

Naturalmente que casamento não é garantia de sexo constante e satisfatório. Mas estatisticamente, pessoas casadas de ambos os sexos são muito mais sexualmente satisfeitas e realizadas do que pessoas solteiras. A idéia de que estar solteiro lhe dá mais opções é uma quimera. Para a maioria das pessoas isso resulta somente em solidão na maior parte do tempo.

Aliás, falando em mitos, é altamente questionavel a noção de que homens sejam mais infiéis que as mulheres. A diferença é que a grande maioria das mulheres não precisa pagar para ter sexo. Se estão receptivas à infidelidade e sexualmente carentes, basta dizerem “sim” para um dos 3482 homens interessados em fazer sexo com ela que encontrarão na sua vida cotidiana. Você acha que as mulheres estão desesperadas por qualquer afeto masculino? Experimente ser homem por uma semana. Tenho certeza de que sob o aspecto de carência de atenção sexual ficará imensamente aliviada em ser mulher. Uma mulher comum tem infinitamente mais opções sexuais do que um homem comum. Não tem nem como comparar. Isso é algo que acho que não é plenamente bem compreendido nem por homens nem por mulheres, tão díspares são as experiências.

Concordo que a prostituição não interessa a uma parte das mulheres – aquelas que pretendem usar escassez na oferta de sexo como forma de “prender” um homem. Porém, não me parece que seja bom um homem ingressar numa relação afetiva com uma mulher de quem não realmente gosta ou admira como forma de garantir uma parceira sexual. Isso me parece destrutivo para ambos os lados. Adicionalmente, a meu ver, muito mais provavelmente levará à infelicidade feminina do que masculina, pois o homem nessa situação se resignou conscientemente a aceitá-la enquanto que a mulher muitas vezes ansiará por genuína apreciação que nunca virá.

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