Comments on: Para Abortar É Preciso Engravidar .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: lincoln oliveira .././comment-page-1/#comment-512 lincoln oliveira Wed, 22 Apr 2009 23:11:09 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-512 Legalizar o aborto não é ser a favor do aborto. Criar políticas públicas com a intenção de interromper uma gravidez pode vir acompanhadas de programas de educação e informação sexual. Legalizado ou não os abortos continuaram sendo realizados sem segurança e sem os programas acessórios. Quem pode pagar vai uma clínica , vai a um médico, quem não não pode vai à enfermeira do bairro ou nos fundos de uma farmácia qualquer. A Igreja não deve palpitar neste assunto já que o que ela deseja é fazer o papel do Estado. O Estado de legislar, criar leis condicionantes ao aborto, à Igreja cabe o poder de influenciar as pessoas dentro de seus currais a não fazer o aborto já que não podem usar camisinha mas também não podem deixar de praticar sexo! Legalizar o aborto não é ser a favor do aborto. Criar políticas públicas com a intenção de interromper uma gravidez pode vir acompanhadas de programas de educação e informação sexual. Legalizado ou não os abortos continuaram sendo realizados sem segurança e sem os programas acessórios. Quem pode pagar vai uma clínica , vai a um médico, quem não não pode vai à enfermeira do bairro ou nos fundos de uma farmácia qualquer. A Igreja não deve palpitar neste assunto já que o que ela deseja é fazer o papel do Estado. O Estado de legislar, criar leis condicionantes ao aborto, à Igreja cabe o poder de influenciar as pessoas dentro de seus currais a não fazer o aborto já que não podem usar camisinha mas também não podem deixar de praticar sexo!

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-511 Sergio de Biasi Tue, 31 Mar 2009 23:20:15 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-511 Oi Bruno, Respondi ao seu comentário em ../../.././31/questionando-os-fundamentos/ Saudações, Sergio Oi Bruno,

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Saudações,
Sergio

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By: Bruno .././comment-page-1/#comment-510 Bruno Tue, 31 Mar 2009 05:11:23 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-510 Olá Sérgio! Tenho achado o debate que vem se desenrolando aqui bem interessante sob vários pontos de vista. Só lamento que - a exemplo do que ocorre frequentemente em vários espaços da rede - a discussão se mostre meio caótica, em grande parte devido a certa “ausência de método”, corriqueira, e até natural, em tais contextos. Dito isto, lhe peço permissão para – fugindo um pouco do tema principal – fazer algumas perguntas que, no entanto, acredito serem úteis para compreender melhor seu ponto de vista no tocante à série de questões que vc tem abordado nos últimos posts e comentários. São elas: 1- Para você, existem atitudes certas ou erradas (moral ou eticamente falando)? 2- Em caso de resposta afirmativa, o que define uma atitude como certa ou errada? 3 –A que vc se refere quando fala em “vida humana”? 4 - Existe um critério de razoabilidade* para definir algo como “vida humana”?O que define algo como “vida humana”? 5 – Em que consiste o valor da “vida humana”? Existe um critério de razoabilidade para definir o valor da “vida humana”? Qual? 76– Você fala bastante em “liberdade”. O que é liberdade para vc? 7 – Você também parece dar muito valor a esta liberdade. Existe um critério de razoabilidade para este valor? Qual? 8 - É possível haver situações onde a coação é legítima? O que se dá nesses casos, caso existam, que justifica a coação? 9 - Você fala bastante em “verdade”. Como vc definiria a verdade? 10 - Você também parece dar muito valor a esta verdade. Existe um critério de razoabilidade para este valor? Qual? 11 – Respostas reformáveis podem orientar uma práxis de consequências irreformáveis? “Por que” ou “em que condições”? *chamo de “critério de razoabilidade” a motivos lógicos/racionais não fundados meramente em estados afetivos e/ou volitivos. Aguardo ansiosamente suas respostas como subsídio para uma leitura mais compreensiva de seus textos. Quando julgar possuir uma idéia clara de suas opiniões talvez comente sobre um tema mais específico - caso julgue ter algo a acrescentar! Obrigado! PS: Sei que as respostas não são "fáceis", mas seria realmente enriquecedor conhecê-las bem -caso existam - pelo que peço que as responda de forma clara e sintética, não importando o tempo para a elaboração das mesmas. Grato! Olá Sérgio!

Tenho achado o debate que vem se desenrolando aqui bem interessante sob vários pontos de vista. Só lamento que – a exemplo do que ocorre frequentemente em vários espaços da rede – a discussão se mostre meio caótica, em grande parte devido a certa “ausência de método”, corriqueira, e até natural, em tais contextos.
Dito isto, lhe peço permissão para – fugindo um pouco do tema principal – fazer algumas perguntas que, no entanto, acredito serem úteis para compreender melhor seu ponto de vista no tocante à série de questões que vc tem abordado nos últimos posts e comentários. São elas:

1- Para você, existem atitudes certas ou erradas (moral ou eticamente falando)?

2- Em caso de resposta afirmativa, o que define uma atitude como certa ou errada?

3 –A que vc se refere quando fala em “vida humana”?

4 – Existe um critério de razoabilidade* para definir algo como “vida humana”?O que define algo como “vida humana”?

5 – Em que consiste o valor da “vida humana”? Existe um critério de razoabilidade para definir o valor da “vida humana”? Qual?

76– Você fala bastante em “liberdade”. O que é liberdade para vc?

7 – Você também parece dar muito valor a esta liberdade. Existe um critério de razoabilidade para este valor? Qual?

8 – É possível haver situações onde a coação é legítima? O que se dá nesses casos, caso existam, que justifica a coação?

9 – Você fala bastante em “verdade”. Como vc definiria a verdade?

10 – Você também parece dar muito valor a esta verdade. Existe um critério de razoabilidade para este valor? Qual?

11 – Respostas reformáveis podem orientar uma práxis de consequências irreformáveis? “Por que” ou “em que condições”?

*chamo de “critério de razoabilidade” a motivos lógicos/racionais não fundados meramente em estados afetivos e/ou volitivos.

Aguardo ansiosamente suas respostas como subsídio para uma leitura mais compreensiva de seus textos. Quando julgar possuir uma idéia clara de suas opiniões talvez comente sobre um tema mais específico – caso julgue ter algo a acrescentar!

Obrigado!

PS: Sei que as respostas não são “fáceis”, mas seria realmente enriquecedor conhecê-las bem -caso existam – pelo que peço que as responda de forma clara e sintética, não importando o tempo para a elaboração das mesmas. Grato!

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-509 Sergio de Biasi Mon, 30 Mar 2009 16:44:52 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-509 <blockquote>Você é mesmos escravo do mundo, do mundo de ideologias.</blockquote> Não, eu sou livre para pensar com autonomia. Aqueles que acham que têm que aceitar e defender e promover o que o papa diz, esses são escravos de ideologias.

Você é mesmos escravo do mundo, do mundo de ideologias.

Não, eu sou livre para pensar com autonomia. Aqueles que acham que têm que aceitar e defender e promover o que o papa diz, esses são escravos de ideologias.

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By: Fernando .././comment-page-1/#comment-508 Fernando Mon, 30 Mar 2009 13:22:14 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-508 Sérgio, Você é mesmos escravo do mundo, do mundo de ideologias. Fernando Sérgio,

Você é mesmos escravo do mundo, do mundo de ideologias.

Fernando

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-507 Sergio de Biasi Fri, 27 Mar 2009 17:44:14 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-507 <blockquote>Nao, eu não me agarraria a nada, é esta liberdade que quero.</blockquote> Suponho que você esteja falando da liberdade de cair até o fim do precipício e bater no chão sem ficar se angustiando com tentar evitar o inevitável? Bem, acho que não é o que *eu* escolheria, porque nunca se sabe quando realmente um certo fim é inevitável, mas suponho que é uma escolha válida em o fim parecendo ser certo. Mas nesse caso não entendo por que você citou esse exemplo. Não era pra estar ilustrando algo sobre religião? <blockquote>Mas ainda assim fico pensando no futuro dos meus netos ( nem despontaram ainda ), onde as mulheres ( anencéfalas a meu ver ) se livrariam de todos os fardos, quem sabe até do enfadonho ciclo menstrual, podendo satisfazer seu relegado sonho de ser mãe exibindo suas bonecas no parque, novas roupinhas…que fofas não??? NÂO, isto não é a Igreja católica que promove, assim como também não promove a ilusão da vida eterna na terra, exaltando uma mercadologia insana de silicones, cirurgias plásticas, robôs sexualizados, multiplicando ao infinito nossa finitude.</blockquote> Ah, agora estou entendendo melhor o seu link para o site dos bebês de plástico. Ora, a grande maioria das mulheres que realiza aborto não o faz porque não queira ter filhos. Elas o fazem porque não querem tem filhos *naquele momento*. Muitas, inclusive, porque já tem filhos! Não acho que esse negócio de ter bebês de plástico seja nada de novo, nem nada de perigoso. Desde sempre as mulheres brincam com bonecas como forma de expressarem seus instintos maternais, e ninguém acha nada de mais. O estranho é ver mulheres em idade adulta fazendo isso. Mas não me parece uma tendência significativa ou com qualquer chance previsível de substituir a idéia de ter filhos reais para uma fração relevante das mulheres. Sobre "multiplicar a nossa finitude", ora, a finitude é um fato. Cada um escolhe lidar com isso de seu próprio jeito, e acho que cada um *deve* ser livre para lidar de seu próprio jeito. Os católicos escolhem lidar com a finitude fingindo que ela não existe e se escondendo dela. Para mim isso é esquizofrênico e pouco saudável, mas é prerrogativa deles. O problema é que eles não ficam satisfeitos em fazerem pessoalmente o que acham certo e querem impor (em oposição a divulgar) suas ilusões aos seus filhos, à sua comunidade, a todos que puderem. <blockquote>Vamos RECITAR então para que estas mulheres leiam os textos libertários!</blockquote> "Recitar"? Eu diria "torcer". <blockquote>Mas esta não seria uma pretensão tao descabida quanto a da Igreja quando espera a perfeição de seus fiéis?</blockquote> A igreja não espera a perfeição dos seus fiéis. O que ela diz é que se eles se comportarem bem e forem suficientemente subservientes, terão acesso à perfeição após a morte. E eu, ao contrário da igreja católica, não espero que cada pessoa no mundo se torne adepta de precisamente as mesmas idéias que as minhas. O que eu quero é exatamente o oposto, que cada um seja deixado livre para viver de acordo com suas próprias idéias. Se os católicos não querem fazer abortos, não façam. Se não querem fazer sexo ants do casamento, não façam. Se não querem ter relações homossexuais, não tenham. Mas não venham querer coagir os outros a seguir o mesmo sistema de valores e a professar as mesmas idéias.

Nao, eu não me agarraria a nada, é esta liberdade que quero.

Suponho que você esteja falando da liberdade de cair até o fim do precipício e bater no chão sem ficar se angustiando com tentar evitar o inevitável?

Bem, acho que não é o que *eu* escolheria, porque nunca se sabe quando realmente um certo fim é inevitável, mas suponho que é uma escolha válida em o fim parecendo ser certo.

Mas nesse caso não entendo por que você citou esse exemplo. Não era pra estar ilustrando algo sobre religião?

Mas ainda assim fico pensando no futuro dos meus netos ( nem despontaram ainda ), onde as mulheres ( anencéfalas a meu ver ) se livrariam de todos os fardos, quem sabe até do enfadonho ciclo menstrual, podendo satisfazer seu relegado sonho de ser mãe exibindo suas bonecas no parque, novas roupinhas…que fofas não??? NÂO, isto não é a Igreja católica que promove, assim como também não promove a ilusão da vida eterna na terra, exaltando uma mercadologia insana de silicones, cirurgias plásticas, robôs sexualizados, multiplicando ao infinito nossa finitude.

Ah, agora estou entendendo melhor o seu link para o site dos bebês de plástico. Ora, a grande maioria das mulheres que realiza aborto não o faz porque não queira ter filhos. Elas o fazem porque não querem tem filhos *naquele momento*. Muitas, inclusive, porque já tem filhos!

Não acho que esse negócio de ter bebês de plástico seja nada de novo, nem nada de perigoso. Desde sempre as mulheres brincam com bonecas como forma de expressarem seus instintos maternais, e ninguém acha nada de mais. O estranho é ver mulheres em idade adulta fazendo isso. Mas não me parece uma tendência significativa ou com qualquer chance previsível de substituir a idéia de ter filhos reais para uma fração relevante das mulheres.

Sobre “multiplicar a nossa finitude”, ora, a finitude é um fato. Cada um escolhe lidar com isso de seu próprio jeito, e acho que cada um *deve* ser livre para lidar de seu próprio jeito. Os católicos escolhem lidar com a finitude fingindo que ela não existe e se escondendo dela. Para mim isso é esquizofrênico e pouco saudável, mas é prerrogativa deles. O problema é que eles não ficam satisfeitos em fazerem pessoalmente o que acham certo e querem impor (em oposição a divulgar) suas ilusões aos seus filhos, à sua comunidade, a todos que puderem.

Vamos RECITAR então para que estas mulheres leiam os textos libertários!

“Recitar”? Eu diria “torcer”.

Mas esta não seria uma pretensão tao descabida quanto a da Igreja quando espera a perfeição de seus fiéis?

A igreja não espera a perfeição dos seus fiéis. O que ela diz é que se eles se comportarem bem e forem suficientemente subservientes, terão acesso à perfeição após a morte.

E eu, ao contrário da igreja católica, não espero que cada pessoa no mundo se torne adepta de precisamente as mesmas idéias que as minhas. O que eu quero é exatamente o oposto, que cada um seja deixado livre para viver de acordo com suas próprias idéias. Se os católicos não querem fazer abortos, não façam. Se não querem fazer sexo ants do casamento, não façam. Se não querem ter relações homossexuais, não tenham. Mas não venham querer coagir os outros a seguir o mesmo sistema de valores e a professar as mesmas idéias.

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By: eliane .././comment-page-1/#comment-506 eliane Fri, 27 Mar 2009 10:39:49 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-506 Nao, eu não me agarraria a nada, é esta liberdade que quero. Mas ainda assim fico pensando no futuro dos meus netos ( nem despontaram ainda ), onde as mulheres ( anencéfalas a meu ver ) se livrariam de todos os fardos, quem sabe até do enfadonho ciclo menstrual, podendo satisfazer seu relegado sonho de ser mãe exibindo suas bonecas no parque, novas roupinhas...que fofas não??? NÂO, isto não é a Igreja católica que promove, assim como também não promove a ilusão da vida eterna na terra, exaltando uma mercadologia insana de silicones, cirurgias plásticas, robôs sexualizados, multiplicando ao infinito nossa finitude. Vamos RECITAR então para que estas mulheres leiam os textos libertários! Mas esta não seria uma pretensão tao descabida quanto a da Igreja quando espera a perfeição de seus fiéis? Abraço, Eliane Nao, eu não me agarraria a nada, é esta liberdade que quero.

Mas ainda assim fico pensando no futuro dos meus netos ( nem despontaram ainda ), onde as mulheres ( anencéfalas a meu ver ) se livrariam de todos os fardos, quem sabe até do enfadonho ciclo menstrual, podendo satisfazer seu relegado sonho de ser mãe exibindo suas bonecas no parque, novas roupinhas…que fofas não??? NÂO, isto não é a Igreja católica que promove, assim como também não promove a ilusão da vida eterna na terra, exaltando uma mercadologia insana de silicones, cirurgias plásticas, robôs sexualizados, multiplicando ao infinito nossa finitude.

Vamos RECITAR então para que estas mulheres leiam os textos libertários! Mas esta não seria uma pretensão tao descabida quanto a da Igreja quando espera a perfeição de seus fiéis?

Abraço,

Eliane

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-505 Sergio de Biasi Fri, 27 Mar 2009 02:39:21 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-505 <blockquote>O link das bonecas, é o horror. Jamais pensei em te comover. Assista o video no final de página que você vai entender melhor.</blockquote> Não entendi direito qual é o argumento baseado no site das bonecas.

O link das bonecas, é o horror. Jamais pensei em te comover. Assista o video no final de página que você vai entender melhor.

Não entendi direito qual é o argumento baseado no site das bonecas.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-504 Sergio de Biasi Thu, 26 Mar 2009 22:25:43 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-504 <blockquote>UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ: “O PAPA ESTÁ CERTO”. MAS ESSA NOTÍCIA FOI DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES. Vai ser aqui também? http://www.ilsussidiario.net/articolo.aspx?articolo=14614</blockquote> Mas caramba, essa acusação histérica não faz qualquer sentido. Como é que se pode "sonegar" ao criticar o papa uma entrevista que foi dada EM RESPOSTA ÀS CRITICAS À ENTREVISTA DO PAPA? Mas os católicos estão tão acostumados com sua política de apresentar os fatos apenas como lhes convém que assumem automaticamente que todos compartilhem de seu desamor pela verdade. Eu pessoalmente desconhecia a tal entrevista ao escrever meu texto e não tenho qualquer problema em que ninguém tenha acesso a ela. Agora, para começar, note-se : se formos <a href="http://www.harvardaidsprp.org/faculty-staff/edward-c-green-bio.html" rel="nofollow">ao site do Edward Green (o entrevistado) em Harvard</a> , encontraremos por exemplo na parte de "selected publications" a seguinte : <a href="http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=4511418" rel="nofollow">Uganda AIDS Prevention Primarily Due to Condoms</a>. Então não só esse é um dado novo, e surpreendente, como ainda mal compreendido. Não é como se o papa não fosse contra camisinhas desde sempre, seja lá qual fosse o impacto que isso tiver sobre a epidepmia de AIDS. Além disso, chega a ser cômico comparar a manchete com o que está na entrevista. A manchete é "AFRICA/ Green (Harvard): as a liberal, I say the Pope is right", enquanto que a parte da entrevista sendo citada é <blockquote>I am a liberal on social issues and it’s difficult to admit, but the Pope is indeed right. The best evidence we have shows that condoms do not work as an intervention intended to reduce HIV infection rates, in Africa. (They have worked in e.g. Thailand and Cambodia, which have very different epidemics)</blockquote> Para começar, a manchete é completamente mentirosa ao dar a impressão de que a opinião do entrevistado deriva do fato de ele ser liberal, quando ele está dizendo exatamente o oposto; seria muito mais honesto dizer "In spite of being a liberal, I say the Pope is right." Além disso, o papa estaria certo (segundo o entrevistado, segundo os dados disponíveis) sobre o que disse acerca de campanhas para distribuir camisinhas na África não ajudarem no combate à epidemia. Só isso. Não necessariamente em outros lugares, e não *combater* o uso da camisinha como de fato o papa faz. Isso tudo é uma desonestidade abjeta da parte dos católicos, apresentar uma posição que na verdade é teológica e doutrinária como se fosse para o bem da saúde pública. Os católicos continuariam e continuam sendo contra a camisinha independentemente do efeito que isso tenha sobre a epidemia de AIDS! Eles querem ensinar que usar camisinha é ERRADO, a nível individual, e não que essa não seja a melhor estratégia a nível de grandes populações para combater AIDS na África! Eis aqui por exemplo um site cristão que publicou uma entrevista com o Edward Green : <a href="http://www.christianitytoday.com/ct/2009/marchweb-only/111-53.0.html" rel="nofollow">Condoms, HIV, and Pope Benedict</a> Agora vejam o comentário que um dos leitores cristãos fez à entrevista, exemplificando o que eu falei : <blockquote>Jim Posted: March 24, 2009 9:55 AM I think Pope Benedict is absolutely right and I applaud him for standing up for the truth. Condoms are not the solution to the consequences of sexual immorality. I think thats what the Pope is trying to say. Repentance and prayer are. (...) God Bless. </blockquote> <blockquote>Eu não sou católica Sergio, eu só descobri, com a sua ajuda aliás, que é preciso ter muito cuidado antes de sair atacando uma religião desta maneira.</blockquote> Parabéns por não ser católica. Meus pêsames por não perceber a ameaça que as religiões - a católica em particular - representam à nossa liberdade e à saúde da nossa sociedade. E por não ver os milhões de furos e incongruências óbvios nos argumentos dos católicos. Pois então, se eu exibo claramente dúzias de instâncias em que eles estavam claramente MENTINDO, inclusive sobre suas próprias crenças e a história de sua própria religião, você não se impressiona. Se eles dizem que quem não segue seus preceitos está em pecado e será atirado ao fogo eterno do sofrimento infernal quando morrer, ora, isto não é agressivo. Não, agressivo devo ser eu, que cometi a indelicadeza de exibir o tamanho da hipocrisia deles. <blockquote>Você defende a liberdade não é? Liberdade se mostra pela crítica desapegada, o contrário do que se vê aqui.</blockquote> Eu nem sequer concordo com isso que você disse, mas fala sério que você está chamando os católicos de desapegados. <blockquote>Sei, a Igreja católica é que …. Se eu te empurrasse de um precipício, você se agarraria em que?</blockquote> Eu tentaria me agarrar a um galho, a uma rocha, a um urubu que fosse. Mas se eu entendi direito o espírito da sua pergunta, você aparentemente está dizendo que você se agarraria à igreja católica, ou à fé, ou aos espíritos divinos, ou a algo assim. Talvez o seu argumento seja o de que você morreria confortada pela ilusão de que seria salva. Aliás essa é realmente a base da religião. Infelizmente ela leva a toda uma infinidade de absurdos.

UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ: “O PAPA ESTÁ CERTO”. MAS ESSA NOTÍCIA FOI DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES. Vai ser aqui também? http://www.ilsussidiario.net/articolo.aspx?articolo=14614

Mas caramba, essa acusação histérica não faz qualquer sentido. Como é que se pode “sonegar” ao criticar o papa uma entrevista que foi dada EM RESPOSTA ÀS CRITICAS À ENTREVISTA DO PAPA? Mas os católicos estão tão acostumados com sua política de apresentar os fatos apenas como lhes convém que assumem automaticamente que todos compartilhem de seu desamor pela verdade. Eu pessoalmente desconhecia a tal entrevista ao escrever meu texto e não tenho qualquer problema em que ninguém tenha acesso a ela.

Agora, para começar, note-se : se formos ao site do Edward Green (o entrevistado) em Harvard , encontraremos por exemplo na parte de “selected publications” a seguinte : Uganda AIDS Prevention Primarily Due to Condoms. Então não só esse é um dado novo, e surpreendente, como ainda mal compreendido. Não é como se o papa não fosse contra camisinhas desde sempre, seja lá qual fosse o impacto que isso tiver sobre a epidepmia de AIDS.

Além disso, chega a ser cômico comparar a manchete com o que está na entrevista. A manchete é “AFRICA/ Green (Harvard): as a liberal, I say the Pope is right”, enquanto que a parte da entrevista sendo citada é

I am a liberal on social issues and it’s difficult to admit, but the Pope is indeed right. The best evidence we have shows that condoms do not work as an intervention intended to reduce HIV infection rates, in Africa. (They have worked in e.g. Thailand and Cambodia, which have very different epidemics)

Para começar, a manchete é completamente mentirosa ao dar a impressão de que a opinião do entrevistado deriva do fato de ele ser liberal, quando ele está dizendo exatamente o oposto; seria muito mais honesto dizer “In spite of being a liberal, I say the Pope is right.”

Além disso, o papa estaria certo (segundo o entrevistado, segundo os dados disponíveis) sobre o que disse acerca de campanhas para distribuir camisinhas na África não ajudarem no combate à epidemia. Só isso. Não necessariamente em outros lugares, e não *combater* o uso da camisinha como de fato o papa faz.

Isso tudo é uma desonestidade abjeta da parte dos católicos, apresentar uma posição que na verdade é teológica e doutrinária como se fosse para o bem da saúde pública. Os católicos continuariam e continuam sendo contra a camisinha independentemente do efeito que isso tenha sobre a epidemia de AIDS! Eles querem ensinar que usar camisinha é ERRADO, a nível individual, e não que essa não seja a melhor estratégia a nível de grandes populações para combater AIDS na África!

Eis aqui por exemplo um site cristão que publicou uma entrevista com o Edward Green :

Condoms, HIV, and Pope Benedict

Agora vejam o comentário que um dos leitores cristãos fez à entrevista, exemplificando o que eu falei :

Jim Posted: March 24, 2009 9:55 AM
I think Pope Benedict is absolutely right and I applaud him for standing up for the truth. Condoms are not the solution to the consequences of sexual immorality. I think thats what the Pope is trying to say. Repentance and prayer are. (…) God Bless.

Eu não sou católica Sergio, eu só descobri, com a sua ajuda aliás, que é preciso ter muito cuidado antes de sair atacando uma religião desta maneira.

Parabéns por não ser católica. Meus pêsames por não perceber a ameaça que as religiões – a católica em particular – representam à nossa liberdade e à saúde da nossa sociedade. E por não ver os milhões de furos e incongruências óbvios nos argumentos dos católicos.

Pois então, se eu exibo claramente dúzias de instâncias em que eles estavam claramente MENTINDO, inclusive sobre suas próprias crenças e a história de sua própria religião, você não se impressiona. Se eles dizem que quem não segue seus preceitos está em pecado e será atirado ao fogo eterno do sofrimento infernal quando morrer, ora, isto não é agressivo. Não, agressivo devo ser eu, que cometi a indelicadeza de exibir o tamanho da hipocrisia deles.

Você defende a liberdade não é? Liberdade se mostra pela crítica desapegada, o contrário do que se vê aqui.

Eu nem sequer concordo com isso que você disse, mas fala sério que você está chamando os católicos de desapegados.

Sei, a Igreja católica é que …. Se eu te empurrasse de um precipício, você se agarraria em que?

Eu tentaria me agarrar a um galho, a uma rocha, a um urubu que fosse. Mas se eu entendi direito o espírito da sua pergunta, você aparentemente está dizendo que você se agarraria à igreja católica, ou à fé, ou aos espíritos divinos, ou a algo assim. Talvez o seu argumento seja o de que você morreria confortada pela ilusão de que seria salva. Aliás essa é realmente a base da religião. Infelizmente ela leva a toda uma infinidade de absurdos.

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By: eliane .././comment-page-1/#comment-503 eliane Thu, 26 Mar 2009 17:41:14 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-503 O link das bonecas, é o horror. Jamais pensei em te comover. Assista o video no final de página que você vai entender melhor. Eliane O link das bonecas, é o horror. Jamais pensei em te comover. Assista o video no final de página que você vai entender melhor.

Eliane

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By: eliane .././comment-page-1/#comment-502 eliane Thu, 26 Mar 2009 17:13:01 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-502 UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ: “O PAPA ESTÁ CERTO”. MAS ESSA NOTÍCIA FOI DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES. Vai ser aqui também? http://www.ilsussidiario.net/articolo.aspx?articolo=14614 Eu não sou católica Sergio, eu só descobri, com a sua ajuda aliás, que é preciso ter muito cuidado antes de sair atacando uma religião desta maneira. Você defende a liberdade não é? Liberdade se mostra pela crítica desapegada, o contrário do que se vê aqui. Sei, a Igreja católica é que .... Se eu te empurrasse de um precipício, você se agarraria em que? Eliane UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ: “O PAPA ESTÁ CERTO”. MAS ESSA NOTÍCIA FOI DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES. Vai ser aqui também?

http://www.ilsussidiario.net/articolo.aspx?articolo=14614

Eu não sou católica Sergio, eu só descobri, com a sua ajuda aliás, que é preciso ter muito cuidado antes de sair atacando uma religião desta maneira.

Você defende a liberdade não é? Liberdade se mostra pela crítica desapegada, o contrário do que se vê aqui. Sei, a Igreja católica é que …. Se eu te empurrasse de um precipício, você se agarraria em que?

Eliane

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-501 Sergio de Biasi Thu, 26 Mar 2009 15:42:10 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-501 <blockquote>O erros da igreja católica não são erros grosseiros, e a intenção não é maléfica como você enxerga.</blockquote> Isso era pra ser o começo de um argumento, não O argumento. <blockquote>Começo a acreditar que sua intenção é desmistificar pelo gosto de exibir um talento demolidor.É claro que entendo o seu ponto de vista e até certo ponto eu concordo. Mas o que acontece aqui é uma suspeita generalizada, um nihilismo meio infernal. Isso destrói, se é que você me entende. </blockquote> Essa é precisamente a falta de senso crítico demonstrada por grande parte das pessoas que defendem a igreja católica - achar que qualquer um que seja contra o sistema de valores católico, ou contra religiões em geral, seja automaticamente niilista. O que ocorre em geral é precisamente o contrário. Quem tem um sistema de valores suficientemente forte não quer vê-lo subvertido por ordens aleatórias provenientes de entidades arbitrárias. <blockquote>Ter o direito de conhecer a fundo uma pessoa antes de se casar… hummm, que louco, este é um argumento que se usa contra a Igreja que lida com populações extremamente carentes?</blockquote> É a igreja católica que quer impedir as pessoas de conhecerem profundamente seus parceiros antes de casar, não eu. <blockquote>E me desculpe a insistência, na Suécia o seu argumento NÂO se comprova : 1) o índice de gravidez entre adolescentes é maior do que na Itália, França, Espanha, Bélgica, etc.. 2) 47% dos casos de estupro acontecem dentro de casa ( entre suecos) 3) a incidência de aids tem crescido consideravelmente. ANOTE aí: é a Igreja Luterana que tem mais expressão na Suécia. Além disso, o ateísmo é forte, e os suecos recebem plena educação sexual nas escolas. Não tem aqui um ponto de interrogação ? Não, você prefere me atribuir um raciocínio rasteiro né?</blockquote> Você sugeriu que nesse tipo de circunstâncias proibir o aborto seria uma boa idéia!!! <blockquote>A descriminalização do aborto destrói o senso de dignidade das mulheres mais ainda.</blockquote> Discordo absolutamente, e a maior parte das entidades que defendem os direitos das mulheres também. <blockquote>Que tal esta sobremesa http://reborndolls.org para aquelas que lutam por essa “liberdade”.</blockquote> É uma liberdade, sim, sem aspas. E o fato de que bebês são fofinhos não muda o fato de que um aglomerado de células não é um bebê. <blockquote>A liberdade de uma mulher se define por sua maturidade espiritual, assim como a de um povo.Talvez leve uma vida para entender isso, nada convence um jovem como você.</blockquote> Por outro lado, a velhice freqüentemente leva à noção de que o maior e único objetivo da vida seria se proteger de tudo que possa ser remotamente perigoso, sem qualquer consideração por liberdade, dignidade ou sentimentos. <blockquote>É assombroso pensar que estamos caminhando para uma realidade onde se espera que jovens de treze anos tenham uma educação sexual tão escancarada.</blockquote> Assombroso? É um progresso enorme! Não há qualquer problema em sexo ser "escancarado" e não há qualquer motivo para proteger adolescentes de sexo. Aliás, pelo contrário, se eles estiverem bem informados, poderão tomar muito melhores decisões, inclusive se for para escolherem a abstinência. Aliás, eu tenho certeza absoluta de que muitos adolescentes, se estivessem mais bem informados, escolheriam a abstinência, e não por ficarem com MEDO de sexo, e sim porque não precisariam FAZER sexo para descobrir como é. Essa atitude que você expressa, de que haja algo a esconder sobre sexo, é profundamente perniciosa para a juventude viver uma sexualidade saudável. Evidentemente existe lugar e ocasião para tudo, mas não há qualquer motivo para esconder sexo de adolescentes, muito pelo contrário. <blockquote>Depois de uma aula dessas sobra algum espaço para o encantamento, para a intuição?</blockquote> Encantamento? Intuição? O que você está defendendo é a ignorância total! O que destrói o encantamente e a intuição são o medo, a insegurança, e a culpa! <blockquote>E o tempo de descoberta do sexo de cada um, é preservado?</blockquote> Claro que é, ninguém precisa *fazer* nada. Não que eu ache que educação sexual deva ser feita da mesma forma que uma aula de físíca, isso tende a levar a besteiras. <blockquote>Não, agora passa a ser uma imposição. Exatamente como o uso de drogas, se você não experimenta é discriminado, não faz parte da galera, é um excluído da classe. Mas tudo bem, longe de nós a realidade das mães da periferia que assistem seus filhos enlouquecerem né?</blockquote> Ah, e ao invés disso fazer com que as pessoas mantenham abstinência porque senão você vai ser discriminado e perseguido, como aliás historicamente já foi, isso sim é ótimo e lindo, né? Se a igreja católica quer fazer um trabalho de pregar a abstinência como a forma mais equilibrada de lidar com a sexualidade na juventude, isso é uma coisa. Outra é fazer essa campanha baseada não nos méritos e benefícios de manter a abstinência, e sim pintando quem não a mantém como um pecador pervertido, e negando informações sobre sexo a quem a deseja. <blockquote>O que você defende é exatamente o contrário do que você pretende. Que estranho.</blockquote> Você não apresentou absolutamente nenhum argumento em suporte dessa afirmação. Quem faz isso é a igreja católica, que diz querer salvar as pessoas da epidemia de AIDS e então recomenda que ninguém use camisinha.

O erros da igreja católica não são erros grosseiros, e a intenção não é maléfica como você enxerga.

Isso era pra ser o começo de um argumento, não O argumento.

Começo a acreditar que sua intenção é desmistificar pelo gosto de exibir um talento demolidor.É claro que entendo o seu ponto de vista e até certo ponto eu concordo. Mas o que acontece aqui é uma suspeita generalizada, um nihilismo meio infernal. Isso destrói, se é que você me entende.

Essa é precisamente a falta de senso crítico demonstrada por grande parte das pessoas que defendem a igreja católica – achar que qualquer um que seja contra o sistema de valores católico, ou contra religiões em geral, seja automaticamente niilista. O que ocorre em geral é precisamente o contrário. Quem tem um sistema de valores suficientemente forte não quer vê-lo subvertido por ordens aleatórias provenientes de entidades arbitrárias.

Ter o direito de conhecer a fundo uma pessoa antes de se casar… hummm, que louco, este é um argumento que se usa contra a Igreja que lida com populações extremamente carentes?

É a igreja católica que quer impedir as pessoas de conhecerem profundamente seus parceiros antes de casar, não eu.

E me desculpe a insistência, na Suécia o seu argumento NÂO se comprova : 1) o índice de gravidez entre adolescentes é maior do que na Itália, França, Espanha, Bélgica, etc.. 2) 47% dos casos de estupro acontecem dentro de casa ( entre suecos) 3) a incidência de aids tem crescido consideravelmente. ANOTE aí: é a Igreja Luterana que tem mais expressão na Suécia. Além disso, o ateísmo é forte, e os suecos recebem plena educação sexual nas escolas. Não tem aqui um ponto de interrogação ? Não, você prefere me atribuir um raciocínio rasteiro né?

Você sugeriu que nesse tipo de circunstâncias proibir o aborto seria uma boa idéia!!!

A descriminalização do aborto destrói o senso de dignidade das mulheres mais ainda.

Discordo absolutamente, e a maior parte das entidades que defendem os direitos das mulheres também.

Que tal esta sobremesa http://reborndolls.org para aquelas que lutam por essa “liberdade”.

É uma liberdade, sim, sem aspas. E o fato de que bebês são fofinhos não muda o fato de que um aglomerado de células não é um bebê.

A liberdade de uma mulher se define por sua maturidade espiritual, assim como a de um povo.Talvez leve uma vida para entender isso, nada convence um jovem como você.

Por outro lado, a velhice freqüentemente leva à noção de que o maior e único objetivo da vida seria se proteger de tudo que possa ser remotamente perigoso, sem qualquer consideração por liberdade, dignidade ou sentimentos.

É assombroso pensar que estamos caminhando para uma realidade onde se espera que jovens de treze anos tenham uma educação sexual tão escancarada.

Assombroso? É um progresso enorme! Não há qualquer problema em sexo ser “escancarado” e não há qualquer motivo para proteger adolescentes de sexo. Aliás, pelo contrário, se eles estiverem bem informados, poderão tomar muito melhores decisões, inclusive se for para escolherem a abstinência. Aliás, eu tenho certeza absoluta de que muitos adolescentes, se estivessem mais bem informados, escolheriam a abstinência, e não por ficarem com MEDO de sexo, e sim porque não precisariam FAZER sexo para descobrir como é. Essa atitude que você expressa, de que haja algo a esconder sobre sexo, é profundamente perniciosa para a juventude viver uma sexualidade saudável. Evidentemente existe lugar e ocasião para tudo, mas não há qualquer motivo para esconder sexo de adolescentes, muito pelo contrário.

Depois de uma aula dessas sobra algum espaço para o encantamento, para a intuição?

Encantamento? Intuição? O que você está defendendo é a ignorância total! O que destrói o encantamente e a intuição são o medo, a insegurança, e a culpa!

E o tempo de descoberta do sexo de cada um, é preservado?

Claro que é, ninguém precisa *fazer* nada. Não que eu ache que educação sexual deva ser feita da mesma forma que uma aula de físíca, isso tende a levar a besteiras.

Não, agora passa a ser uma imposição. Exatamente como o uso de drogas, se você não experimenta é discriminado, não faz parte da galera, é um excluído da classe. Mas tudo bem, longe de nós a realidade das mães da periferia que assistem seus filhos enlouquecerem né?

Ah, e ao invés disso fazer com que as pessoas mantenham abstinência porque senão você vai ser discriminado e perseguido, como aliás historicamente já foi, isso sim é ótimo e lindo, né?

Se a igreja católica quer fazer um trabalho de pregar a abstinência como a forma mais equilibrada de lidar com a sexualidade na juventude, isso é uma coisa. Outra é fazer essa campanha baseada não nos méritos e benefícios de manter a abstinência, e sim pintando quem não a mantém como um pecador pervertido, e negando informações sobre sexo a quem a deseja.

O que você defende é exatamente o contrário do que você pretende. Que estranho.

Você não apresentou absolutamente nenhum argumento em suporte dessa afirmação. Quem faz isso é a igreja católica, que diz querer salvar as pessoas da epidemia de AIDS e então recomenda que ninguém use camisinha.

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By: eliane .././comment-page-1/#comment-500 eliane Thu, 26 Mar 2009 11:01:36 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-500 Jogo dos 7 erros; absolutamente tudo neste trecho está errado. O erros da igreja católica não são erros grosseiros, e a intenção não é maléfica como você enxerga. Começo a acreditar que sua intenção é desmistificar pelo gosto de exibir um talento demolidor.É claro que entendo o seu ponto de vista e até certo ponto eu concordo. Mas o que acontece aqui é uma suspeita generalizada, um nihilismo meio infernal. Isso destrói, se é que você me entende. Ter o direito de conhecer a fundo uma pessoa antes de se casar... hummm, que louco, este é um argumento que se usa contra a Igreja que lida com populações extremamente carentes? E me desculpe a insistência, na Suécia o seu argumento NÂO se comprova : 1) o índice de gravidez entre adolescentes é maior do que na Itália, França, Espanha, Bélgica, etc.. 2) 47% dos casos de estupro acontecem dentro de casa ( entre suecos) 3) a incidência de aids tem crescido consideravelmente. ANOTE aí: é a Igreja Luterana que tem mais expressão na Suécia. Além disso, o ateísmo é forte, e os suecos recebem plena educação sexual nas escolas. Não tem aqui um ponto de interrogação ? Não, você prefere me atribuir um raciocínio rasteiro né? A descriminalização do aborto destrói o senso de dignidade das mulheres mais ainda. Que tal esta sobremesa http://reborndolls.org para aquelas que lutam por essa “liberdade”. A liberdade de uma mulher se define por sua maturidade espiritual, assim como a de um povo.Talvez leve uma vida para entender isso, nada convence um jovem como você. É assombroso pensar que estamos caminhando para uma realidade onde se espera que jovens de treze anos tenham uma educação sexual tão escancarada. Depois de uma aula dessas sobra algum espaço para o encantamento, para a intuição? E o tempo de descoberta do sexo de cada um, é preservado? Não, agora passa a ser uma imposição. Exatamente como o uso de drogas, se você não experimenta é discriminado, não faz parte da galera, é um excluído da classe. Mas tudo bem, longe de nós a realidade das mães da periferia que assistem seus filhos enlouquecerem né? O que você defende é exatamente o contrário do que você pretende. Que estranho. Eliane Jogo dos 7 erros; absolutamente tudo neste trecho está errado.

O erros da igreja católica não são erros grosseiros, e a intenção não é maléfica como você enxerga. Começo a acreditar que sua intenção é desmistificar pelo gosto de exibir um talento demolidor.É claro que entendo o seu ponto de vista e até certo ponto eu concordo. Mas o que acontece aqui é uma suspeita generalizada, um nihilismo meio infernal. Isso destrói, se é que você me entende.

Ter o direito de conhecer a fundo uma pessoa antes de se casar… hummm, que louco, este é um argumento que se usa contra a Igreja que lida com populações extremamente carentes?

E me desculpe a insistência, na Suécia o seu argumento NÂO se comprova : 1) o índice de gravidez entre adolescentes é maior do que na Itália, França, Espanha, Bélgica, etc.. 2) 47% dos casos de estupro acontecem dentro de casa ( entre suecos) 3) a incidência de aids tem crescido consideravelmente. ANOTE aí: é a Igreja Luterana que tem mais expressão na Suécia. Além disso, o ateísmo é forte, e os suecos recebem plena educação sexual nas escolas. Não tem aqui um ponto de interrogação ? Não, você prefere me atribuir um raciocínio rasteiro né?

A descriminalização do aborto destrói o senso de dignidade das mulheres mais ainda. Que tal esta sobremesa http://reborndolls.org para aquelas que lutam por essa “liberdade”. A liberdade de uma mulher se define por sua maturidade espiritual, assim como a de um povo.Talvez leve uma vida para entender isso, nada convence um jovem como você. É assombroso pensar que estamos caminhando para uma realidade onde se espera que jovens de treze anos tenham uma educação sexual tão escancarada. Depois de uma aula dessas sobra algum espaço para o encantamento, para a intuição? E o tempo de descoberta do sexo de cada um, é preservado? Não, agora passa a ser uma imposição. Exatamente como o uso de drogas, se você não experimenta é discriminado, não faz parte da galera, é um excluído da classe. Mas tudo bem, longe de nós a realidade das mães da periferia que assistem seus filhos enlouquecerem né?

O que você defende é exatamente o contrário do que você pretende. Que estranho.

Eliane

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-499 Sergio de Biasi Thu, 26 Mar 2009 00:31:06 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-499 <blockquote>Veja bem, você é católico? Te pergunto isso porque o ódio para com os costumes, regras e dogmas católicas, são gigantescos, e é um ódio absolutamente infundado, pois ninguem vai te impedir de usar camisinha. </blockquote> Para começar, eu fico sim indignado com o mal que a igreja católica faz às pessoas que acreditam nela, mesmo quando não sou afetado diretamente. É como se você argumentasse "ora, nós podemos executar católicos por heresia, qual é o problema, você não é católico..." Agora, além disso, como eu já disse repetidamente, a igreja católica busca sim influenciar currículos escolares, políticas de saúde pública e legislação que afetam a *todos*, inclusive a mim, e não apenas os católicos. <blockquote>Quanto ao aborto, na dúvida se é ou não uma pessoa, acho que é pura irresponsabilidade fazê-lo. </blockquote> Esse argumento não faz nenhum sentido e eu já respondi extensamente a ele em outros textos. <blockquote>Agora se vc quer fazer pague um assassino para fazer. O estado não tem o direito de contribuir financeiramente para isso.</blockquote> Eu nunca disse que tinha. Eu não acharia particularmente absurdo que fosse parte do sistema de saúde, mas eu nem toquei nessa questão. O que estou dizendo é que não deve ser crime.

Veja bem, você é católico? Te pergunto isso porque o ódio para com os costumes, regras e dogmas católicas, são gigantescos, e é um ódio absolutamente infundado, pois ninguem vai te impedir de usar camisinha.

Para começar, eu fico sim indignado com o mal que a igreja católica faz às pessoas que acreditam nela, mesmo quando não sou afetado diretamente. É como se você argumentasse “ora, nós podemos executar católicos por heresia, qual é o problema, você não é católico…”

Agora, além disso, como eu já disse repetidamente, a igreja católica busca sim influenciar currículos escolares, políticas de saúde pública e legislação que afetam a *todos*, inclusive a mim, e não apenas os católicos.

Quanto ao aborto, na dúvida se é ou não uma pessoa, acho que é pura irresponsabilidade fazê-lo.

Esse argumento não faz nenhum sentido e eu já respondi extensamente a ele em outros textos.

Agora se vc quer fazer pague um assassino para fazer. O estado não tem o direito de contribuir financeiramente para isso.

Eu nunca disse que tinha. Eu não acharia particularmente absurdo que fosse parte do sistema de saúde, mas eu nem toquei nessa questão. O que estou dizendo é que não deve ser crime.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-469 Sergio de Biasi Wed, 25 Mar 2009 23:13:56 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-469 <blockquote>Oras, se a Igreja Católica realmente tivesse essa voz toda, este não seria o país do Carnaval. Será que o Sergio acha mesmo que as campanhas da CNBB, quase todas politicamente corretas, fazem essa diferença? Se estamos falando do mesmo Brasil, é claro que não.</blockquote> Bem, em primeiro lugar, entre os católicos razoavelmente sérios o que a CNBB diz, o que o papa diz, o que os padres dizem, tem sim muita influência sobre suas decisões. Conheço muitos e muitos católicos que não usam métodos anticoncepcionais para seguir as recomendações da igreja. Mas mesmo entre a população em geral o impacto é significativo. Não tanto por causa de campanhas da CNBB, que não dizem tanto a não-católicos, mas por causa das ações políticas da igreja para barrar legislações, ementas escolares e políticas de saúde pública que desaprova e que na prática acabam impedindo uma divulgação de informação de métodos anticoncepcionais que poderia ser muito, muito mais ampla e universal. Ou seja, não é que as pessoas sigam as ordens da CNBB. É que a CNBB trabalha duro para mantê-las ignorantes das opções de que dispõem.

Oras, se a Igreja Católica realmente tivesse essa voz toda, este não seria o país do Carnaval. Será que o Sergio acha mesmo que as campanhas da CNBB, quase todas politicamente corretas, fazem essa diferença? Se estamos falando do mesmo Brasil, é claro que não.

Bem, em primeiro lugar, entre os católicos razoavelmente sérios o que a CNBB diz, o que o papa diz, o que os padres dizem, tem sim muita influência sobre suas decisões. Conheço muitos e muitos católicos que não usam métodos anticoncepcionais para seguir as recomendações da igreja.

Mas mesmo entre a população em geral o impacto é significativo. Não tanto por causa de campanhas da CNBB, que não dizem tanto a não-católicos, mas por causa das ações políticas da igreja para barrar legislações, ementas escolares e políticas de saúde pública que desaprova e que na prática acabam impedindo uma divulgação de informação de métodos anticoncepcionais que poderia ser muito, muito mais ampla e universal.

Ou seja, não é que as pessoas sigam as ordens da CNBB. É que a CNBB trabalha duro para mantê-las ignorantes das opções de que dispõem.

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By: Fernando .././comment-page-1/#comment-498 Fernando Wed, 25 Mar 2009 18:54:09 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-498 Sérgio, Veja bem, você é católico? Te pergunto isso porque o ódio para com os costumes, regras e dogmas católicas, são gigantescos, e é um ódio absolutamente infundado, pois ninguem vai te impedir de usar camisinha. Quem é de fato católico não usa camisima, agora o resto da população não católica cerca de 97% fique a vontade! Não sei por que todo mundo fica absolutamente estérico com isso. Quanto ao aborto, na dúvida se é ou não uma pessoa, acho que é pura irresponsabilidade fazê-lo. Agora se vc quer fazer pague um assassino para fazer. O estado não tem o direito de contribuir financeiramente para isso. Sérgio,

Veja bem, você é católico? Te pergunto isso porque o ódio para com os costumes, regras e dogmas católicas, são gigantescos, e é um ódio absolutamente infundado, pois ninguem vai te impedir de usar camisinha. Quem é de fato católico não usa camisima, agora o resto da população não católica cerca de 97% fique a vontade! Não sei por que todo mundo fica absolutamente estérico com isso.
Quanto ao aborto, na dúvida se é ou não uma pessoa, acho que é pura irresponsabilidade fazê-lo. Agora se vc quer fazer pague um assassino para fazer. O estado não tem o direito de contribuir financeiramente para isso.

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By: nenemfóbico « .././comment-page-1/#comment-497 nenemfóbico « Tue, 24 Mar 2009 15:14:14 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-497 [...] 24, 2009 in ranhetices O Sergio de Biasi, no alto de sua sensatez renascentista, disse que: “No Brasil por exemplo, disparadamente uma das maiores causas desse número tão grande de [...] [...] 24, 2009 in ranhetices O Sergio de Biasi, no alto de sua sensatez renascentista, disse que: “No Brasil por exemplo, disparadamente uma das maiores causas desse número tão grande de [...]

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-496 Sergio de Biasi Tue, 24 Mar 2009 10:16:57 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-496 <blockquote>Sérgio, você acha que se você fosse abortado seria melhor pra você e pra sua mãe? Sério, responda sinceramente isto.</blockquote> Não, eu não acho. Mas isso é porque minha mãe não *queria* abortar. Será que é tão difícil de entender que a defesa de que o aborto deve ser *permitido* a quem escolhê-lo *não* é o mesmo que defender que todo mundo que engravida deveria abortar ou mesmo ser incentivado a abortar? Caso minha mãe *quisesse* abortar, talvez tivesse sido melhor, mas isso é uma especulação difícil de fazer sem mudar completamente a história toda. Se as circunstâncias fossem completamente diferentes, e minha mãe de fato *quisesse* abortar, então minha vida seria completamente diferente, e aí talvez tivesse sido melhor sim, para ambos, ela abortar. Mas *mesmo* que não fosse melhor, e fosse um equívoco (isto é, ela abortasse quanto teria sido melhor para todos ela não abortar) essa é uma decisão que cabe a ela, não ao governo, à igreja, ou ao resto da sociedade. E o fundamento moral que dou a isso ser uma decisão que cabe a ela é que na minha avaliação um óvulo fecundado ainda não é um ser humano. <blockquote>Dois, é engraçado que você me chama de ignorante, e pra isso cita vários artigos sobre o tema “papa e camisinha”. Que tal usar um que eu escrevi? http://blog.veritatis.com.br/index.php/2009/03/21/o-papa-na-africa-a-aids-e-os-preservativos/ </blockquote> Excelente link. Obrigado pela citação. Diante disso, só posso mesmo concluir que não se trata de ignorância sobre o que o papa diz, e sim de apresentar o que o papa diz (e o que a igreja católica faz) de uma forma desonesta. Afinal de contas, o que você disse em um comentário anterior não foi *apenas* no sentido de buscar justificar como certa e desejável a política da igreja de buscar desincentivar as pessoas a usar métodos anticoncepcionais. O que você disse foi : "Em nenhum momento você provou que a Igreja atua para que <i>não se fale de camisinha</i> e que <i>não se ensinem os métodos contraceptivos</i>." Só que sim, a igreja de fato atua buscando precisamente isso : para que "não se fale de camisinha" e para que “não se ensinem os métodos contraceptivos”. A igreja de fato não quer que métodos anticoncepcionais sejam incluído em currículos escolares, nem ensinados por assistentes sociais, nem promovidos por campanhas contra a AIDS, nem aconselhados pelos pais a seus filhos. Insinuar que ela não faça isso, como você fez ao dizer que eu não "provei" que ela faça é desonesto. Se você acha que a igreja está certa em atuar para que "não se fale de camisinha" e para que "não se ensinem os métodos contraceptivos", por achar que os motivos são excelentes e que isso leva ao maior bem de todos como parte de uma política maior, isso é uma coisa. Outra é fingir que isso não seja verdade e que não é isso que a igreja faz. Note, a posição da igreja não é apenas que métodos anticoncepcionais não sejam *suficientes*. A posição é de que eles objetivamente *aumentam o problema*, como você colocou, grifou, e defendeu. Aliás, num contexto mais amplo, com ou sem AIDS, a posição da igreja católica não é apenas de que os métodos anticoncepcionais seja ineficazes ou indesejáveis do ponto de saúde pública. A posição da igreja é de que eles são *moralmente errados* e em princípio ninguém deveria usá-los. Portanto sim, abundantemente a igreja quer que "não se fale de camisinha" e "não se ensinem os métodos contraceptivos". <blockquote>Você não consegue entender o que eu digo. Sim, a Igreja é contra os métodos contraceptivos, sempre foi e sempre será.</blockquote> Certo, porque isso é uma posição que não tem nada a ver com saúde pública, e aliás nem sequer com impedir abortos, e sim com desincentivar sexo pré-marital. Eu entendo perfeitamente a sua posição, provavelmente bem melhor do que a maioria das pessoas que ouvem apenas a parte do discurso que fala em defender fetos indefesos. <blockquote>Daí a dizer que ela é responsável pelo alto índice de gravidezes indesejadas é um salto que você não prova.</blockquote> Isso é algo que naturalmente é difícil de se "provar" com o mesmo grau de objetividade com que se provaria uma equação matemática, mas sim, em geral as pesquisas feitas sobre o assunto indicam que é exatamente o que ocorre, e no texto meu que presentemente comentamos eu aponto precisamente dados científicos sobre isso. Caso você queira questionar os dados dessas pesquisas específicas que citei existem muitas mais. Nas comunidades onde a igreja católica (ou outros movimentos religiosos cristãos) consegue impor a sua vontade de impedir que haja programas públicos de divulgação e incentivo ao uso de métodos anticoncepcionais, a quantidade de sexo que as pessoas fazem não muda muito, mas a quantidade de gestações indesejadas aumenta. <blockquote>Ora, a Igreja critica MUITO MAIS e age MUITO MAIS contra o sexo pré-marital do que o uso de preservativos. Mas isso você finge não perceber.</blockquote> É você que finge não perceber que a igreja de fato e muito concretamente age contra o uso não só de preservativos como de quaisquer outros métodos anticoncepcionais. Ela explicitamente prega que nenhum método deve ser usado, e os católicos sérios estão em princípio obrigados a obedecer. Mas não satisfeita em dizer isso aos católicos, ela busca ativamente influenciar as políticas de saúde pública, no Brasil e no mundo, nesse sentido. O fato de ela ser "MUITO MAIS" contra o sexo pré-marital do que contra o uso de contraceptivos não altera o fato de que ela é radicalmente contra o uso de contraceptivos. Adicionalmente, eu acho completamente absurda e perversa a visão de que haja algo moralmente errado com sexo pré-marital (aliás muito pelo contrário, eu acho um erro gigantesco um casal se casar sem antes ter tido sexo) e também completamente absurdo e perverso a igreja católica achar que seja MUITO MAIS importante tentar impedir as pessoas de fazerem sexo casual do que impedir que elas morram de AIDS.

Sérgio, você acha que se você fosse abortado seria melhor pra você e pra sua mãe? Sério, responda sinceramente isto.

Não, eu não acho. Mas isso é porque minha mãe não *queria* abortar. Será que é tão difícil de entender que a defesa de que o aborto deve ser *permitido* a quem escolhê-lo *não* é o mesmo que defender que todo mundo que engravida deveria abortar ou mesmo ser incentivado a abortar? Caso minha mãe *quisesse* abortar, talvez tivesse sido melhor, mas isso é uma especulação difícil de fazer sem mudar completamente a história toda. Se as circunstâncias fossem completamente diferentes, e minha mãe de fato *quisesse* abortar, então minha vida seria completamente diferente, e aí talvez tivesse sido melhor sim, para ambos, ela abortar. Mas *mesmo* que não fosse melhor, e fosse um equívoco (isto é, ela abortasse quanto teria sido melhor para todos ela não abortar) essa é uma decisão que cabe a ela, não ao governo, à igreja, ou ao resto da sociedade. E o fundamento moral que dou a isso ser uma decisão que cabe a ela é que na minha avaliação um óvulo fecundado ainda não é um ser humano.

Dois, é engraçado que você me chama de ignorante, e pra isso cita vários artigos sobre o tema “papa e camisinha”. Que tal usar um que eu escrevi? http://blog.veritatis.com.br/index.php/2009/03/21/o-papa-na-africa-a-aids-e-os-preservativos/

Excelente link. Obrigado pela citação. Diante disso, só posso mesmo concluir que não se trata de ignorância sobre o que o papa diz, e sim de apresentar o que o papa diz (e o que a igreja católica faz) de uma forma desonesta. Afinal de contas, o que você disse em um comentário anterior não foi *apenas* no sentido de buscar justificar como certa e desejável a política da igreja de buscar desincentivar as pessoas a usar métodos anticoncepcionais. O que você disse foi : “Em nenhum momento você provou que a Igreja atua para que não se fale de camisinha e que não se ensinem os métodos contraceptivos.”

Só que sim, a igreja de fato atua buscando precisamente isso : para que “não se fale de camisinha” e para que “não se ensinem os métodos contraceptivos”. A igreja de fato não quer que métodos anticoncepcionais sejam incluído em currículos escolares, nem ensinados por assistentes sociais, nem promovidos por campanhas contra a AIDS, nem aconselhados pelos pais a seus filhos. Insinuar que ela não faça isso, como você fez ao dizer que eu não “provei” que ela faça é desonesto. Se você acha que a igreja está certa em atuar para que “não se fale de camisinha” e para que “não se ensinem os métodos contraceptivos”, por achar que os motivos são excelentes e que isso leva ao maior bem de todos como parte de uma política maior, isso é uma coisa. Outra é fingir que isso não seja verdade e que não é isso que a igreja faz.

Note, a posição da igreja não é apenas que métodos anticoncepcionais não sejam *suficientes*. A posição é de que eles objetivamente *aumentam o problema*, como você colocou, grifou, e defendeu. Aliás, num contexto mais amplo, com ou sem AIDS, a posição da igreja católica não é apenas de que os métodos anticoncepcionais seja ineficazes ou indesejáveis do ponto de saúde pública. A posição da igreja é de que eles são *moralmente errados* e em princípio ninguém deveria usá-los. Portanto sim, abundantemente a igreja quer que “não se fale de camisinha” e “não se ensinem os métodos contraceptivos”.

Você não consegue entender o que eu digo. Sim, a Igreja é contra os métodos contraceptivos, sempre foi e sempre será.

Certo, porque isso é uma posição que não tem nada a ver com saúde pública, e aliás nem sequer com impedir abortos, e sim com desincentivar sexo pré-marital. Eu entendo perfeitamente a sua posição, provavelmente bem melhor do que a maioria das pessoas que ouvem apenas a parte do discurso que fala em defender fetos indefesos.

Daí a dizer que ela é responsável pelo alto índice de gravidezes indesejadas é um salto que você não prova.

Isso é algo que naturalmente é difícil de se “provar” com o mesmo grau de objetividade com que se provaria uma equação matemática, mas sim, em geral as pesquisas feitas sobre o assunto indicam que é exatamente o que ocorre, e no texto meu que presentemente comentamos eu aponto precisamente dados científicos sobre isso. Caso você queira questionar os dados dessas pesquisas específicas que citei existem muitas mais. Nas comunidades onde a igreja católica (ou outros movimentos religiosos cristãos) consegue impor a sua vontade de impedir que haja programas públicos de divulgação e incentivo ao uso de métodos anticoncepcionais, a quantidade de sexo que as pessoas fazem não muda muito, mas a quantidade de gestações indesejadas aumenta.

Ora, a Igreja critica MUITO MAIS e age MUITO MAIS contra o sexo pré-marital do que o uso de preservativos. Mas isso você finge não perceber.

É você que finge não perceber que a igreja de fato e muito concretamente age contra o uso não só de preservativos como de quaisquer outros métodos anticoncepcionais. Ela explicitamente prega que nenhum método deve ser usado, e os católicos sérios estão em princípio obrigados a obedecer. Mas não satisfeita em dizer isso aos católicos, ela busca ativamente influenciar as políticas de saúde pública, no Brasil e no mundo, nesse sentido.

O fato de ela ser “MUITO MAIS” contra o sexo pré-marital do que contra o uso de contraceptivos não altera o fato de que ela é radicalmente contra o uso de contraceptivos.

Adicionalmente, eu acho completamente absurda e perversa a visão de que haja algo moralmente errado com sexo pré-marital (aliás muito pelo contrário, eu acho um erro gigantesco um casal se casar sem antes ter tido sexo) e também completamente absurdo e perverso a igreja católica achar que seja MUITO MAIS importante tentar impedir as pessoas de fazerem sexo casual do que impedir que elas morram de AIDS.

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By: Luís Guilherme Fernandes Pereira .././comment-page-1/#comment-495 Luís Guilherme Fernandes Pereira Tue, 24 Mar 2009 03:45:03 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-495 Sérgio, você acha que se você fosse abortado seria melhor pra você e pra sua mãe? Sério, responda sinceramente isto. Dois, é engraçado que você me chama de ignorante, e pra isso cita vários artigos sobre o tema "papa e camisinha". Que tal usar um que eu escrevi? http://blog.veritatis.com.br/index.php/2009/03/21/o-papa-na-africa-a-aids-e-os-preservativos/ Você não consegue entender o que eu digo. Sim, a Igreja é contra os métodos contraceptivos, sempre foi e sempre será. Daí a dizer que ela é responsável pelo alto índice de gravidezes indesejadas é um salto que você não prova. Ora, a Igreja critica MUITO MAIS e age MUITO MAIS contra o sexo pré-marital do que o uso de preservativos. Mas isso você finge não perceber. Sérgio, você acha que se você fosse abortado seria melhor pra você e pra sua mãe? Sério, responda sinceramente isto.

Dois, é engraçado que você me chama de ignorante, e pra isso cita vários artigos sobre o tema “papa e camisinha”. Que tal usar um que eu escrevi? http://blog.veritatis.com.br/index.php/2009/03/21/o-papa-na-africa-a-aids-e-os-preservativos/

Você não consegue entender o que eu digo. Sim, a Igreja é contra os métodos contraceptivos, sempre foi e sempre será. Daí a dizer que ela é responsável pelo alto índice de gravidezes indesejadas é um salto que você não prova. Ora, a Igreja critica MUITO MAIS e age MUITO MAIS contra o sexo pré-marital do que o uso de preservativos. Mas isso você finge não perceber.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-494 Sergio de Biasi Tue, 24 Mar 2009 00:28:42 +0000 ../../../../.././?p=329#comment-494 <blockquote>E esses caras se dizem liberais, com a rolha na mão para tapar a boca dos católicos!</blockquote> Bem, para começar, eu (suponho que "esses caras" inclua eu) nunca defendi nem defendo que a igreja católica deva ser *coagida* a se calar, nem pelo governo, nem por ninguém. No meu entender, eles devem ter a liberdade de pregar todas as insanidades que quiserem a todos que conseguirem alcançar - fiéis ou não - dentro das mesmas normas genéricas de liberdade de expressão que governam as outras espécies de discurso público numa sociedade "democrática". Porém, isso não significa que eu tenha que concordar, ou que eu ache que o que eles dizem seja benéfico para a sociedade. Já começa por aí. Além disso, eu acho que religião é algo opressivo e danoso ao caráter, e que devemos nos opor ao discurso católico, expor o mal que ele faz, e trabalhar se possível para que ele um dia desapareça completamente da face da terra (não convém esperar em pé). Mas *não* através da violência, da repressão coercitiva, do sistema jurídico, ou mesmo da lavagem cerebral, e sim através do diálogo, da informação, e do convencimento. E realisticamente o mais provável é que sempre - ou pelo menos por um longo tempo - haverá quem acredite no discurso católico, assim como sempre se encontram pessoas para acreditar em praticamente qualquer disparate por mais alucinado que seja. O que aliás é muito mais liberdade do que os católicos historicamente permitiram, quando em posição de poder, àqueles que ousaram defender idéias diferentes das deles. <blockquote>Ora, antas, se não são católicos - por que se sentem admoestados pela pregação da Igreja a seus fiéis?</blockquote> Entre outras coisas, e foi assim que a dicussão corrente surgiu, porque a igreja católica não fica contente em admoestar seus fiés, ou mesmo toda a sociedade, e resolve que tem que tornar lei obrigatórias para todos regras baseadas em seus dogmas de fé - nesse caso pregando, defendendo e lutando ativamente pela ilegalidade e criminalização do aborto no Brasil. <blockquote>Contra a moral islamita os distintos se calam. É respeito ou medo?</blockquote> Bem, acho que eu não preciso realmente responder à segunda parte, porque não me calo sobre a primeira. Eu acho que religiões em geral são ruins, e isso inclui o islamismo. E uso recorrentemente como exemplo (espero) óbvio de "onde não queremos ir" o que ocorre nas sociedades islâmicas, como burcas, etc. Agora, se temos falado tanto de questões especificamente relacionadas ao catolicismo aqui é porque o catolicismo ainda é a religião dominante no Brasil e estamos todos cercados por ele. Se fôssemos japoneses talvez estivéssemos debatendo budismo. Além disso a totalidade das pessoas que têm deixado comentários defendendo religião são católicas e falam de temas católicos.

E esses caras se dizem liberais, com a rolha na mão para tapar a boca dos católicos!

Bem, para começar, eu (suponho que “esses caras” inclua eu) nunca defendi nem defendo que a igreja católica deva ser *coagida* a se calar, nem pelo governo, nem por ninguém. No meu entender, eles devem ter a liberdade de pregar todas as insanidades que quiserem a todos que conseguirem alcançar – fiéis ou não – dentro das mesmas normas genéricas de liberdade de expressão que governam as outras espécies de discurso público numa sociedade “democrática”.

Porém, isso não significa que eu tenha que concordar, ou que eu ache que o que eles dizem seja benéfico para a sociedade. Já começa por aí. Além disso, eu acho que religião é algo opressivo e danoso ao caráter, e que devemos nos opor ao discurso católico, expor o mal que ele faz, e trabalhar se possível para que ele um dia desapareça completamente da face da terra (não convém esperar em pé).

Mas *não* através da violência, da repressão coercitiva, do sistema jurídico, ou mesmo da lavagem cerebral, e sim através do diálogo, da informação, e do convencimento. E realisticamente o mais provável é que sempre – ou pelo menos por um longo tempo – haverá quem acredite no discurso católico, assim como sempre se encontram pessoas para acreditar em praticamente qualquer disparate por mais alucinado que seja.

O que aliás é muito mais liberdade do que os católicos historicamente permitiram, quando em posição de poder, àqueles que ousaram defender idéias diferentes das deles.

Ora, antas, se não são católicos – por que se sentem admoestados pela pregação da Igreja a seus fiéis?

Entre outras coisas, e foi assim que a dicussão corrente surgiu, porque a igreja católica não fica contente em admoestar seus fiés, ou mesmo toda a sociedade, e resolve que tem que tornar lei obrigatórias para todos regras baseadas em seus dogmas de fé – nesse caso pregando, defendendo e lutando ativamente pela ilegalidade e criminalização do aborto no Brasil.

Contra a moral islamita os distintos se calam. É respeito ou medo?

Bem, acho que eu não preciso realmente responder à segunda parte, porque não me calo sobre a primeira. Eu acho que religiões em geral são ruins, e isso inclui o islamismo. E uso recorrentemente como exemplo (espero) óbvio de “onde não queremos ir” o que ocorre nas sociedades islâmicas, como burcas, etc. Agora, se temos falado tanto de questões especificamente relacionadas ao catolicismo aqui é porque o catolicismo ainda é a religião dominante no Brasil e estamos todos cercados por ele. Se fôssemos japoneses talvez estivéssemos debatendo budismo. Além disso a totalidade das pessoas que têm deixado comentários defendendo religião são católicas e falam de temas católicos.

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