Comments on: O Papa e a Camisinha .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-5255 Sergio de Biasi Fri, 02 Jul 2010 14:13:56 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-5255 Eu não acho que a igreja considere beber ou fumar baseado como "pecado", então nesses assuntos essa ironicamente esta *já é* (e ainda bem) a política oficial da igreja. Eu não acho que a igreja considere beber ou fumar baseado como “pecado”, então nesses assuntos essa ironicamente esta *já é* (e ainda bem) a política oficial da igreja.

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By: Dr. House .././comment-page-1/#comment-5232 Dr. House Wed, 30 Jun 2010 01:04:20 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-5232 ...é, também acho que a igreja deveria ensinar as pessoas a enrolar baseado, a ficar 'alto' mas não fazer besteiras por aí, a beber uma cervejinha mas não sair fazendo loucuras no transito. Afinal as pessoas podem fazer tudo isso, e é melhor que a igreja ensine; melhor previnir do que remediar! …é, também acho que a igreja deveria ensinar as pessoas a enrolar baseado, a ficar ‘alto’ mas não fazer besteiras por aí, a beber uma cervejinha mas não sair fazendo loucuras no transito. Afinal as pessoas podem fazer tudo isso, e é melhor que a igreja ensine; melhor previnir do que remediar!

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-568 Sergio de Biasi Wed, 29 Apr 2009 00:40:27 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-568 <blockquote>“[...]Eu não vejo absolutamente qualquer problema moral com quem quer ter sexo com vacas. ” De tudo que você falou, deixando como fator extrínseco a total ausência de valores morais, o que mais chocou foi isto. Ter sexo com vacas caracteriza uma parafilia, parafilia são distúrbios sérios, muitas vezes oriundos de abandono, indiferença etc. É óbvio que sou contrário ao tratamento arbitrário do indivíduo, mas não mostrar a ele que existe outras possibilidade de cura, é desumano.</blockquote> Se o sujeito estiver feliz transando com vacas eu não acho que haja nada a ser "curado". E além disso, mesmo no caso de o sujeito estar insatisfeito, não acho que haja problema *moral*, no máximo há um problema psicológico.

“[...]Eu não vejo absolutamente qualquer problema moral com quem quer ter sexo com vacas. ”

De tudo que você falou, deixando como fator extrínseco a total ausência de valores morais, o que mais chocou foi isto. Ter sexo com vacas caracteriza uma parafilia, parafilia são distúrbios sérios, muitas vezes oriundos de abandono, indiferença etc. É óbvio que sou contrário ao tratamento arbitrário do indivíduo, mas não mostrar a ele que existe outras possibilidade de cura, é desumano.

Se o sujeito estiver feliz transando com vacas eu não acho que haja nada a ser “curado”. E além disso, mesmo no caso de o sujeito estar insatisfeito, não acho que haja problema *moral*, no máximo há um problema psicológico.

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By: bebeto_maya .././comment-page-1/#comment-567 bebeto_maya Tue, 28 Apr 2009 22:23:14 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-567 "[...]Eu não vejo absolutamente qualquer problema moral com quem quer ter sexo com vacas. " De tudo que você falou, deixando como fator extrínseco a total ausência de valores morais, o que mais chocou foi isto. Ter sexo com vacas caracteriza uma parafilia, parafilia são distúrbios sérios, muitas vezes oriundos de abandono, indiferença etc. É óbvio que sou contrário ao tratamento arbitrário do indivíduo, mas não mostrar a ele que existe outras possibilidade de cura, é desumano. “[...]Eu não vejo absolutamente qualquer problema moral com quem quer ter sexo com vacas. ”

De tudo que você falou, deixando como fator extrínseco a total ausência de valores morais, o que mais chocou foi isto. Ter sexo com vacas caracteriza uma parafilia, parafilia são distúrbios sérios, muitas vezes oriundos de abandono, indiferença etc. É óbvio que sou contrário ao tratamento arbitrário do indivíduo, mas não mostrar a ele que existe outras possibilidade de cura, é desumano.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-566 Sergio de Biasi Tue, 28 Apr 2009 07:30:30 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-566 <blockquote>“Essa é uma afirmação absurda. A prostituição não é o flagelo da humanidade por nenhum critério.” Por vários critérios a prostituição é um dos flagelos da humanidade.</blockquote> Não mesmo. Isso é uma afirmação totalmente histérica e descabida. É como dizer que "os carros são um dos flagelos da humanidade" porque muitas pessoas morrem em acidente automobilísticos. <blockquote>Desde Roma antiga até hoje. A prostituição é um recurso desesperador, para o qual as mulheres singram quando todas as possibilidade estão esgotadas. É sintomático, onde a prostituição prospera com mais força, como na Tailândia, países miseráveis da America Latina, Cuba dentre outros, pode ter certeza: miséria e DST. Leia esta matéria: O Cruel Negócio da Prostituição : http://www.sof.org.br/publica/pdf_ff/43.pdf</blockquote> Isso simplesmente não é verdade. Eu discordo da maior parte das afirmações feitas no artigo citado. Nos países minimamente civilizados, disparadamente o maior problema enfrentado pelas prostitutas é a ilegalidade. E dizer que prostituição não é livre escolha porque é causada por necessidades econômicas e etc é argumento péssimo. Como se alguém fosse limpar banheiro dos outros senão premido pela necessidade econômica. Em países ocidentas a absoluta maioria das prostitutas lá está de forma completamente livre e se há alguma exploração é no sentido oposto - as mulheres explorando as necessidades psicológicas, afetivas e biológicas dos homens para extorquir quantidades imensas de dinheiro. Uma visão mais realista é que todos os envolvidos lá estão porque querem e ninguém está sendo oprimido por ninguém. <blockquote>“O real problema é como controlar a epidemia preservando a maior quantidade possível de livre escolha sexual das pessoas, onde livre escolha é isso mesmo, deixar cada um livre para decidir.” Estas escolhas não podem desintegrar a sociedade. Este seu princípio é utópico, é quase um socialismo.</blockquote> Essa afirmação não fez nenhum sentido. Com muito boa vontade seria possível comparar com anarquismo. Mas socialismo? <blockquote>A livre escolha, no seu entender, é um relativismo frankfurtiano. Uma escolha daninha, é patológica, como o hábito de fumar. Deve ser combatido, reitero, não proíbido, caso os indivíduos queiram continuar…Problema deles. Mas foram avisados.</blockquote> Eu discordo enfaticamente que deva haver qualquer campanha para tornar os fumantes párias sociais. Concordo e até apoio que haja campanhas informativas, mas *sem* qualquer tentativa de manipular a consciência coletiva para discriminar os fumantes. <blockquote>Definitivamente, as campanhas públicas não avisam das largas margens de ineficácia do preservativo (algo em torno de 50%) contra o HPV, por exemplo. Resultado: Estima-se que 50% das mulheres têm essa doença potencialmente cancerígena. Fica claro: Prostituição dissemina HPV, camisinha abranda, mas não resolve, idem ao sexo promíscuo. Deste modo, as pessoas devem ser conscientizadas de suas escolhas.</blockquote> É quase impossível se proteger do HPV. Mas novamente, acho que as campanhas devem se informativas e não "moralizantes". <blockquote>“Se não deve ser proibida, então será combatida como?” Ora, proibir não é o mesmo que combater. Combate se faz tornando o negócio indesejável.</blockquote> Precisamente! Eu discordo completamente dessa estratégia. <blockquote> Definitivamente, não há nenhum interesse nisso por parte da sociedade.</blockquote> Exatamente. Então que tal deixas as pessoas em paz para julgarem por si mesmas? Continuo apoiando a educação e a informação. Mas sou contra pretender tornar artificalmente desagradável as vidas das pessoas que não concordarem com o que eu acho que seria a forma mais saudável de administrarem suas vidas. Se houver conseqüências ruins, que venham de suas próprias ações. <blockquote>“[...]As outras pessoas colocadas em risco não foram obrigadas a transar e podem escolher não transar caso tenham receio de se contaminar.” Não, mas quem recebeu transfusão de sangue, sim. Parceiras de maridos bissexuais, também foram vítimas.</blockquote> Naturalmente que eu não acho exatamente sensacional que maridos peguem AIDS e passem pras suas mulheres. E eu não acho que haja exatamente grande aprovação social a isso, ou a contaminar um banco de sangue. <blockquote>Jovens imaturos também. Isso criou as ramificações do HIV. Se ele tivesse usado camisinha, verdade, teria sido melhor, embora não resolvesse. Outro problema foram as saunas gay, onde haviam os “surubões” em São Francisco.</blockquote> Novamente, para mim o problema de "surubões" e coisas assim é prático, não moral. E esse é exatamente o caso em que ninguém estava lá por acaso ou sem saber no que estava se metendo. <blockquote>“. Aliás, fazer sexo com mesmo uma única pessoa é menos “seguro” e mais “promíscuo” do que com nenhuma.” Mas muito mais seguro do que com 100 parceiros/mês. Sem dúvida, há uma relação direta entre número de parceiros e incidência de infecção pelo HIV (vide prostitutas), seu raciocínio foi bem maniqueísta.</blockquote> O seu raciocínio é que é maniqueísta : ter muitos parceiros sexuais pior a epidemia, então ok, vamos fazer uma campanha dizendo que ter muitos parceiros sexuais é errado, desconsiderando as necessidades sexuais das pessoas. Muito mais honesto e relevantes e fazer campanhas informando às pessoas quais os reais riscos que correm ao incorrerem em diversos comportamentos para que possam usar seu julgamento para pesar as conseqüências versus as suas necessidades. <blockquote> “Faria muita diferençe se as pessoas pudessem falar abertamente sobre suas necessidades sexuais sem serem imediatamente taxadas de pervertidas ou doentes (e muitas vezes por práticas absolutamente comuns).” Se algumas dessas necessidades causam desequilíbrio orgânico, então está pessoa é doente, de fato.</blockquote> Eu estou falando de um sem número de práticas absolutamente comuns que não causam em si mesmas qualquer mal à saúde de ninguém e no entanto são alvo de constante neurotização por parte de igrejas e outros grupos histéricos. Até mesmo sadomasoquismo como praticado pela maioria absoluta das pessoas não causa qualquer dano à saúde. <blockquote>Esta é uma postura politicamente correta. Certamente o indivíduo que sente prazer transando com uma vaca, me desculpe, é doente.</blockquote> Ironicamente você deu um exemplo em que se o cara for cuidadoso representa poucos riscos à saúde, e na verdade não tem nada a ver com saúde pública, combate à AIDS, etc. E mais uma vez de evidências na direção de que a questão aqui para você *não é* proteger a saúde de ninguém e sim combater comportamentos sexuais que você desaprova. Eu não vejo absolutamente qualquer problema moral com quem quer ter sexo com vacas. E mesmo no caso em que seja resultado de distúrbios emocionais, ora bolas, quem de nós não tem lá suas questões? Ninguém está sendo prejudicado com isso. A idéia de que quem faz coisas que não compreendemos ou aprovamos seja automaticamente "doente" e deva ser reprimido é extremamente intolerante e opressiva. <blockquote>Ele tem uma parafilia. Tudo bem, se o cara quiser falar de suas “necessidades”, tudo bem se um drogado, um canibal quiserem fazer o mesmo, mas o fato não muda: São todos doentes, alguns criminosos.</blockquote> Novamente, não vejo qualquer problema moral com canibalismo. Acho que você deixou aqui sua posição bem clara : quem faz coisas que eu desaprovo é doente.

“Essa é uma afirmação absurda. A prostituição não é o flagelo da humanidade por nenhum critério.”
Por vários critérios a prostituição é um dos flagelos da humanidade.

Não mesmo. Isso é uma afirmação totalmente histérica e descabida. É como dizer que “os carros são um dos flagelos da humanidade” porque muitas pessoas morrem em acidente automobilísticos.

Desde Roma antiga até hoje. A prostituição é um recurso desesperador, para o qual as mulheres singram quando todas as possibilidade estão esgotadas. É sintomático, onde a prostituição prospera com mais força, como na Tailândia, países miseráveis da America Latina, Cuba dentre outros, pode ter certeza: miséria e DST. Leia esta matéria: O Cruel Negócio da Prostituição : http://www.sof.org.br/publica/pdf_ff/43.pdf

Isso simplesmente não é verdade. Eu discordo da maior parte das afirmações feitas no artigo citado. Nos países minimamente civilizados, disparadamente o maior problema enfrentado pelas prostitutas é a ilegalidade. E dizer que prostituição não é livre escolha porque é causada por necessidades econômicas e etc é argumento péssimo. Como se alguém fosse limpar banheiro dos outros senão premido pela necessidade econômica. Em países ocidentas a absoluta maioria das prostitutas lá está de forma completamente livre e se há alguma exploração é no sentido oposto – as mulheres explorando as necessidades psicológicas, afetivas e biológicas dos homens para extorquir quantidades imensas de dinheiro. Uma visão mais realista é que todos os envolvidos lá estão porque querem e ninguém está sendo oprimido por ninguém.

“O real problema é como controlar a epidemia preservando a maior quantidade possível de livre escolha sexual das pessoas, onde livre escolha é isso mesmo, deixar cada um livre para decidir.”

Estas escolhas não podem desintegrar a sociedade. Este seu princípio é utópico, é quase um socialismo.

Essa afirmação não fez nenhum sentido. Com muito boa vontade seria possível comparar com anarquismo. Mas socialismo?

A livre escolha, no seu entender, é um relativismo frankfurtiano. Uma escolha daninha, é patológica, como o hábito de fumar. Deve ser combatido, reitero, não proíbido, caso os indivíduos queiram continuar…Problema deles. Mas foram avisados.

Eu discordo enfaticamente que deva haver qualquer campanha para tornar os fumantes párias sociais. Concordo e até apoio que haja campanhas informativas, mas *sem* qualquer tentativa de manipular a consciência coletiva para discriminar os fumantes.

Definitivamente, as campanhas públicas não avisam das largas margens de ineficácia do preservativo (algo em torno de 50%) contra o HPV, por exemplo. Resultado: Estima-se que 50% das mulheres têm essa doença potencialmente cancerígena. Fica claro: Prostituição dissemina HPV, camisinha abranda, mas não resolve, idem ao sexo promíscuo. Deste modo, as pessoas devem ser conscientizadas de suas escolhas.

É quase impossível se proteger do HPV. Mas novamente, acho que as campanhas devem se informativas e não “moralizantes”.

“Se não deve ser proibida, então será combatida como?”

Ora, proibir não é o mesmo que combater. Combate se faz tornando o negócio indesejável.

Precisamente! Eu discordo completamente dessa estratégia.

Definitivamente, não há nenhum interesse nisso por parte da sociedade.

Exatamente. Então que tal deixas as pessoas em paz para julgarem por si mesmas? Continuo apoiando a educação e a informação. Mas sou contra pretender tornar artificalmente desagradável as vidas das pessoas que não concordarem com o que eu acho que seria a forma mais saudável de administrarem suas vidas. Se houver conseqüências ruins, que venham de suas próprias ações.

“[...]As outras pessoas colocadas em risco não foram obrigadas a transar e podem escolher não transar caso tenham receio de se contaminar.”
Não, mas quem recebeu transfusão de sangue, sim. Parceiras de maridos bissexuais, também foram vítimas.

Naturalmente que eu não acho exatamente sensacional que maridos peguem AIDS e passem pras suas mulheres. E eu não acho que haja exatamente grande aprovação social a isso, ou a contaminar um banco de sangue.

Jovens imaturos também. Isso criou as ramificações do HIV. Se ele tivesse usado camisinha, verdade, teria sido melhor, embora não resolvesse. Outro problema foram as saunas gay, onde haviam os “surubões” em São Francisco.

Novamente, para mim o problema de “surubões” e coisas assim é prático, não moral. E esse é exatamente o caso em que ninguém estava lá por acaso ou sem saber no que estava se metendo.

“. Aliás, fazer sexo com mesmo uma única pessoa é menos “seguro” e mais “promíscuo” do que com nenhuma.”
Mas muito mais seguro do que com 100 parceiros/mês. Sem dúvida, há uma relação direta entre número de parceiros e incidência de infecção pelo HIV (vide prostitutas), seu raciocínio foi bem maniqueísta.

O seu raciocínio é que é maniqueísta : ter muitos parceiros sexuais pior a epidemia, então ok, vamos fazer uma campanha dizendo que ter muitos parceiros sexuais é errado, desconsiderando as necessidades sexuais das pessoas. Muito mais honesto e relevantes e fazer campanhas informando às pessoas quais os reais riscos que correm ao incorrerem em diversos comportamentos para que possam usar seu julgamento para pesar as conseqüências versus as suas necessidades.

“Faria muita diferençe se as pessoas pudessem falar abertamente sobre suas necessidades sexuais sem serem imediatamente taxadas de pervertidas ou doentes (e muitas vezes por práticas absolutamente comuns).”
Se algumas dessas necessidades causam desequilíbrio orgânico, então está pessoa é doente, de fato.

Eu estou falando de um sem número de práticas absolutamente comuns que não causam em si mesmas qualquer mal à saúde de ninguém e no entanto são alvo de constante neurotização por parte de igrejas e outros grupos histéricos. Até mesmo sadomasoquismo como praticado pela maioria absoluta das pessoas não causa qualquer dano à saúde.

Esta é uma postura politicamente correta. Certamente o indivíduo que sente prazer transando com uma vaca, me desculpe, é doente.

Ironicamente você deu um exemplo em que se o cara for cuidadoso representa poucos riscos à saúde, e na verdade não tem nada a ver com saúde pública, combate à AIDS, etc. E mais uma vez de evidências na direção de que a questão aqui para você *não é* proteger a saúde de ninguém e sim combater comportamentos sexuais que você desaprova. Eu não vejo absolutamente qualquer problema moral com quem quer ter sexo com vacas. E mesmo no caso em que seja resultado de distúrbios emocionais, ora bolas, quem de nós não tem lá suas questões? Ninguém está sendo prejudicado com isso. A idéia de que quem faz coisas que não compreendemos ou aprovamos seja automaticamente “doente” e deva ser reprimido é extremamente intolerante e opressiva.

Ele tem uma parafilia. Tudo bem, se o cara quiser falar de suas “necessidades”, tudo bem se um drogado, um canibal quiserem fazer o mesmo, mas o fato não muda: São todos doentes, alguns criminosos.

Novamente, não vejo qualquer problema moral com canibalismo.

Acho que você deixou aqui sua posição bem clara : quem faz coisas que eu desaprovo é doente.

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By: bebeto_maya .././comment-page-1/#comment-565 bebeto_maya Tue, 28 Apr 2009 04:55:06 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-565 "Essa é uma afirmação absurda. A prostituição não é o flagelo da humanidade por nenhum critério." Por vários critérios a prostituição é um dos flagelos da humanidade. Desde Roma antiga até hoje. A prostituição é um recurso desesperador, para o qual as mulheres singram quando todas as possibilidade estão esgotadas. É sintomático, onde a prostituição prospera com mais força, como na Tailândia, países miseráveis da America Latina, Cuba dentre outros, pode ter certeza: miséria e DST. Leia esta matéria: O Cruel Negócio da Prostituição : www.sof.org.br/publica/pdf_ff/43.pdf "O real problema é como controlar a epidemia preservando a maior quantidade possível de livre escolha sexual das pessoas, onde livre escolha é isso mesmo, deixar cada um livre para decidir." Estas escolhas não podem desintegrar a sociedade. Este seu princípio é utópico, é quase um socialismo. A livre escolha, no seu entender, é um relativismo frankfurtiano. Uma escolha daninha, é patológica, como o hábito de fumar. Deve ser combatido, reitero, não proíbido, caso os indivíduos queiram continuar...Problema deles. Mas foram avisados. Definitivamente, as campanhas públicas não avisam das largas margens de ineficácia do preservativo (algo em torno de 50%) contra o HPV, por exemplo. Resultado: Estima-se que 50% das mulheres têm essa doença potencialmente cancerígena. Fica claro: Prostituição dissemina HPV, camisinha abranda, mas não resolve, idem ao sexo promíscuo. Deste modo, as pessoas devem ser conscientizadas de suas escolhas. "Se não deve ser proibida, então será combatida como?" Ora, proibir não é o mesmo que combater. Combate se faz tornando o negócio indesejável. Definitivamente, não há nenhum interesse nisso por parte da sociedade. "[...]As outras pessoas colocadas em risco não foram obrigadas a transar e podem escolher não transar caso tenham receio de se contaminar." Não, mas quem recebeu transfusão de sangue, sim. Parceiras de maridos bissexuais, também foram vítimas. Jovens imaturos também. Isso criou as ramificações do HIV. Se ele tivesse usado camisinha, verdade, teria sido melhor, embora não resolvesse. Outro problema foram as saunas gay, onde haviam os "surubões" em São Francisco. ". Aliás, fazer sexo com mesmo uma única pessoa é menos “seguro” e mais “promíscuo” do que com nenhuma." Mas muito mais seguro do que com 100 parceiros/mês. Sem dúvida, há uma relação direta entre número de parceiros e incidência de infecção pelo HIV (vide prostitutas), seu raciocínio foi bem maniqueísta. "Faria muita diferençe se as pessoas pudessem falar abertamente sobre suas necessidades sexuais sem serem imediatamente taxadas de pervertidas ou doentes (e muitas vezes por práticas absolutamente comuns)." Se algumas dessas necessidades causam desequilíbrio orgânico, então está pessoa é doente, de fato. Esta é uma postura politicamente correta. Certamente o indivíduo que sente prazer transando com uma vaca, me desculpe, é doente. Ele tem uma parafilia. Tudo bem, se o cara quiser falar de suas "necessidades", tudo bem se um drogado, um canibal quiserem fazer o mesmo, mas o fato não muda: São todos doentes, alguns criminosos. “Essa é uma afirmação absurda. A prostituição não é o flagelo da humanidade por nenhum critério.”

Por vários critérios a prostituição é um dos flagelos da humanidade. Desde Roma antiga até hoje. A prostituição é um recurso desesperador, para o qual as mulheres singram quando todas as possibilidade estão esgotadas. É sintomático, onde a prostituição prospera com mais força, como na Tailândia, países miseráveis da America Latina, Cuba dentre outros, pode ter certeza: miséria e DST. Leia esta matéria: O Cruel Negócio da Prostituição : http://www.sof.org.br/publica/pdf_ff/43.pdf

“O real problema é como controlar a epidemia preservando a maior quantidade possível de livre escolha sexual das pessoas, onde livre escolha é isso mesmo, deixar cada um livre para decidir.”

Estas escolhas não podem desintegrar a sociedade. Este seu princípio é utópico, é quase um socialismo. A livre escolha, no seu entender, é um relativismo frankfurtiano. Uma escolha daninha, é patológica, como o hábito de fumar. Deve ser combatido, reitero, não proíbido, caso os indivíduos queiram continuar…Problema deles. Mas foram avisados. Definitivamente, as campanhas públicas não avisam das largas margens de ineficácia do preservativo (algo em torno de 50%) contra o HPV, por exemplo. Resultado: Estima-se que 50% das mulheres têm essa doença potencialmente cancerígena. Fica claro: Prostituição dissemina HPV, camisinha abranda, mas não resolve, idem ao sexo promíscuo. Deste modo, as pessoas devem ser conscientizadas de suas escolhas.

“Se não deve ser proibida, então será combatida como?”

Ora, proibir não é o mesmo que combater. Combate se faz tornando o negócio indesejável. Definitivamente, não há nenhum interesse nisso por parte da sociedade.

“[...]As outras pessoas colocadas em risco não foram obrigadas a transar e podem escolher não transar caso tenham receio de se contaminar.”

Não, mas quem recebeu transfusão de sangue, sim. Parceiras de maridos bissexuais, também foram vítimas. Jovens imaturos também. Isso criou as ramificações do HIV. Se ele tivesse usado camisinha, verdade, teria sido melhor, embora não resolvesse. Outro problema foram as saunas gay, onde haviam os “surubões” em São Francisco.

“. Aliás, fazer sexo com mesmo uma única pessoa é menos “seguro” e mais “promíscuo” do que com nenhuma.”

Mas muito mais seguro do que com 100 parceiros/mês. Sem dúvida, há uma relação direta entre número de parceiros e incidência de infecção pelo HIV (vide prostitutas), seu raciocínio foi bem maniqueísta.

“Faria muita diferençe se as pessoas pudessem falar abertamente sobre suas necessidades sexuais sem serem imediatamente taxadas de pervertidas ou doentes (e muitas vezes por práticas absolutamente comuns).”

Se algumas dessas necessidades causam desequilíbrio orgânico, então está pessoa é doente, de fato. Esta é uma postura politicamente correta. Certamente o indivíduo que sente prazer transando com uma vaca, me desculpe, é doente. Ele tem uma parafilia. Tudo bem, se o cara quiser falar de suas “necessidades”, tudo bem se um drogado, um canibal quiserem fazer o mesmo, mas o fato não muda: São todos doentes, alguns criminosos.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-564 Sergio de Biasi Tue, 28 Apr 2009 02:26:09 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-564 <blockquote>Com relação a prostituição e ao sexo promíscuo, eu discordo completamente. Estamos falando de vetores de doenças mortais, as liberdades individuais não podem ser alargadas ao ponto de destruírem a própria sociedade.</blockquote> Eu concordo com o princípio do que você disse, e certamente existem limites para a liberdade individual. Não dá para permitir que as pessoas tenham armas nucleares em casa, ou que saiam pela rua dando tiros a esmo. Porém, a única justificativa que eu consigo imaginar para esses limites é seja devido a um poder imensamente grande de causar dano aos outros, seja no efetivo causamento suficientemente grande de dano impindigo aos outros contra a sua vontade ou sem o seu conhecimento. Agora, isso tudo deve ser pesado contra a preservação da liberdade; eu não quero viver numa sociedade em que para proteger minha "segurança" eu seja impedido de correr quaisquer riscos, mesmo voluntariamente. Descrever prostitutas como "vetores de doenças mortais" é verdadeiro mas colocado deste jeito parece mais impressionante e apocalíptico do que realmente é. Cigarros são um problema de saúde pública muito maior do que AIDS ou doenças venéreas em geral e a sociedade não está se desintegrando por causa disso, nem eu acho que então o fumo deva ser tornado genericamente ilegal. Estar acima do peso é fator de risco para uma série de doenças, no entanto eu sou radicalmente contra a idéia de que pessoas suficientemente obesas sejam coagidas a emagrecer, ou que comidas "não saudáveis" sejam tornadas ilegais, ambas as medidas já tendo sido (fantasticamente) chegado a serem propostas em alguns países. É opressivo, absurdo e imoral querer controlar a liberdade das pessoas para que vivam da forma que consideramos mais "saudável". E ainda por cima nem ao menos funciona. Tentativas de reprimir a prostituição consomem uma quantidade gigantesca de recursos, não auxiliam (ao contrário, prejudicam imensamente) as prostitutas, não impedem a prostituição, e repetidamente só levam a bobagens de todas as ordens. <blockquote>O governo já homologou a prostituição, sabidamente flagelo da humanidade e responsável pela sifilização da mesma.</blockquote> Essa é uma afirmação absurda. A prostituição não é o flagelo da humanidade por nenhum critério. <blockquote>A liberdade é um conceito muito frágil, uma membrana que não pode ser distendida indefinidamente. </blockquote> Não concordo que a liberdade seja um conceito frágil. Na verdade, é um conceito impressionantemente sólido, uns dos instintos e direitos mais fundamentais do ser humano, que tenazmente resiste contra tentativas organizadas, brutais e consistentes de apagá-lo. Mesmo em países muçulmanos onde a pena para a prostituição chega em alguns casos a ser a execução, não é muito difícil encontrar prostitutas. <blockquote>Não estou dizendo que deve ser proíbida, assim como o sexo promíscuo, ela deve ser combatida.</blockquote> Se não deve ser proibida, então será combatida como? A igreja é e deve mesmo ser livre para fazer as campanhas que desejar, mas quem quiser se prostituir deve para mim ter pleno direito legal de fazê-lo. Talvez por uma questão de saúde pública possa haver algum tipo de regulamentação sobre o assunto, tornando por exemplo ilegal a prostituição de quem for HIV positivo (assim como não se dá carteira de direção a quem não enxerga suficientemente bem), mas em princípio deve ser permitido a todos e quem escolher fazê-lo deve ser deixado em paz pelo governo. <blockquote>É preciso lembrar que a AIDS se propagou na América com aquele comissário de bordo, que usando sua “liberdade individual”, manteve relações com centenas de pessoas, disseminando a doença, inclusive para bancos de sangue.</blockquote> Liberdade individual sim, sem aspas. Muito ironicamente, ele não estava se prostituindo. Você está propondo cassar também a liberdade individual de quem decidir ser promíscuo gratuitamente? Ou apenas catolicamente tornar suas vidas infernais a ponto de que eles desistam de sê-lo "voluntariamente"? <blockquote>Imolar-se numa danação sexual, nesse caso, sobrepõe as liberdades individuais, porque põe em risco outras pessoas.</blockquote> Não existe qualquer danação sexual, existe danação clínica mesmo, causada pela AIDS, que é um problema prático, não moral. As outras pessoas colocadas em risco não foram obrigadas a transar e podem escolher não transar caso tenham receio de se contaminar. O que é preciso é antes de mais nada informar as pessoas, para que escolham que riscos estão dispostas a correr de acordo com seus critérios. Agora, naturalmente, é uma enorme irresponsabilidade sair por aí transando sendo conscientemente HIV positivo sem informar previamente os seus parceiros. Isso com certeza é absurdo. Mas se eu não estiver contaminado, não vejo qualquer justificativa para o estado ou a sociedade virem interferir nas minhas preferências sexuais. <blockquote>E se ele tivesse usado camisinha? Sim, teria reduzido de sobremaneira. Mas não erradicado a doença. Melhor seria, se ele tivesse um parceiro fixo, e com este utilizasse sempre preservativo, assim, talvez não tivessemos esta epidemia.</blockquote> Ué, se ele não tivesse transado com ninguém também. Se ele fosse executado ainda mais. Se todos os homossexuais fossem preventivamente executados, mais ainda. Ou então poderíamos pragmaticamente executar instantaneamente todo HIV-positivo. Isso certamente ajudaria muito, mas é patentemente absurdo. Esses argumentos são completamente unilaterais e deixam de considerar as violências e privações envolvidas para se atingir o objetivo desejado. O problema não é apenas como controlar a epidemia, é como controlá-la mantendo ao máximo possível a liberdade e a qualidade de vida das pessoas. Liberdade de escolher como viver sua vida sexual é algo muito pessoal e importante, e não acho que a sociedade ou o governo tenham nada com isso exceto em casos verdadeiramente extremos. Dizer apenas "se fizéssemos X o problema estaria resolvido" não torna X automaticamente uma boa solução. <blockquote>Um dado interessante em todas as epidemias, é que enquanto o agente patologico não for 100% erradicado, ela sempre voltará. Sabidamente, a camisinha é apenas um importante fator na erradicação. É como a história da vacinação: Não é porque você se vacinou contra tétano que vai sair por aí pisando em pregos enferrujados.</blockquote> Só que escolher seu comportamento sexual como sendo "promíscuo" tem profundas causas e significado emocional e psicológico, muito ao contrário de pisar em pregos enferrujados, que poucas pessoas fazem voluntariamente. Aliás, fazer sexo com mesmo uma única pessoa é menos "seguro" e mais "promíscuo" do que com nenhuma. Parar totalmente de fazer sexo evidentemente é o mais "seguro", mas recomendar isso é ignorar completamente quão importante sexo é para uma grande fração - provavelmente a maior parte - das pessoas. Estimular a cessação de qualquer atividade que possa levar à morte nao é necessariamente razoável. <a href="http://everything2.com/index.pl?node_id=678080" rel="nofollow">Esportes também causam a morte "desnecessariamente"</a>, deveríamos então iniciar uma campanha contra corridas de cavalo ou paraquedismo? O número de pessoas que morre em acidentes de automóveis nos Estados Unidos é maior do que as que morrem de AIDS, deveriam então os automóveis serem tornados ilegais nos EUA, ou deveriam as pessoas serem convencidas de que usar automóveis seria imoral? O sexo cumpre importantíssimas funções afetivas, sociais e psicológicas (além evidentemente das biológicas) e não faz sentido querer resolver a questão simplesmente ignorando isso. O real problema é como controlar a epidemia preservando a maior quantidade possível de livre escolha sexual das pessoas, onde livre escolha é isso mesmo, deixar cada um livre para decidir. <blockquote>Como o estudo mostra, a prevalência de HIV entre profissionais do sexo canadenses, primeiro mundo, é bastante alta. Não acredito que liberar ajuda, criminalizar, sem dúvida atrapalha.</blockquote> Pelo menos concordarmos que criminalizar atrapalha. Eu diria que não só criminalizar atrapalha como atrapalha muito. E agora já discordando, eu acho que tirar completamente o tabu do assunto ajudaria enormemente. Faria muita diferençe se as pessoas pudessem falar abertamente sobre suas necessidades sexuais sem serem imediatamente taxadas de pervertidas ou doentes (e muitas vezes por práticas absolutamente comuns). Eu não vejo absolutamente qualquer motivo moral intrínseco para cada um fazer sexo da maneira que achar melhor ser errado, e em termos de saúde pública quanto mais as pessoas puderem falar livremente e honestamente sobre a questão, melhor. As políticas públicas devem ser no sentido de buscar o caminho que melhor preserve simultaneamente a liberdade e a saúde das pessoas. Nem sempre há um equilíbrio óbvio ou perfeito, mas simplesmente jogar fora qualquer um dos dois para preservar o outro não é exatamente uma solução.

Com relação a prostituição e ao sexo promíscuo, eu discordo completamente. Estamos falando de vetores de doenças mortais, as liberdades individuais não podem ser alargadas ao ponto de destruírem a própria sociedade.

Eu concordo com o princípio do que você disse, e certamente existem limites para a liberdade individual. Não dá para permitir que as pessoas tenham armas nucleares em casa, ou que saiam pela rua dando tiros a esmo. Porém, a única justificativa que eu consigo imaginar para esses limites é seja devido a um poder imensamente grande de causar dano aos outros, seja no efetivo causamento suficientemente grande de dano impindigo aos outros contra a sua vontade ou sem o seu conhecimento.

Agora, isso tudo deve ser pesado contra a preservação da liberdade; eu não quero viver numa sociedade em que para proteger minha “segurança” eu seja impedido de correr quaisquer riscos, mesmo voluntariamente. Descrever prostitutas como “vetores de doenças mortais” é verdadeiro mas colocado deste jeito parece mais impressionante e apocalíptico do que realmente é. Cigarros são um problema de saúde pública muito maior do que AIDS ou doenças venéreas em geral e a sociedade não está se desintegrando por causa disso, nem eu acho que então o fumo deva ser tornado genericamente ilegal. Estar acima do peso é fator de risco para uma série de doenças, no entanto eu sou radicalmente contra a idéia de que pessoas suficientemente obesas sejam coagidas a emagrecer, ou que comidas “não saudáveis” sejam tornadas ilegais, ambas as medidas já tendo sido (fantasticamente) chegado a serem propostas em alguns países. É opressivo, absurdo e imoral querer controlar a liberdade das pessoas para que vivam da forma que consideramos mais “saudável”. E ainda por cima nem ao menos funciona. Tentativas de reprimir a prostituição consomem uma quantidade gigantesca de recursos, não auxiliam (ao contrário, prejudicam imensamente) as prostitutas, não impedem a prostituição, e repetidamente só levam a bobagens de todas as ordens.

O governo já homologou a prostituição, sabidamente flagelo da humanidade e responsável pela sifilização da mesma.

Essa é uma afirmação absurda. A prostituição não é o flagelo da humanidade por nenhum critério.

A liberdade é um conceito muito frágil, uma membrana que não pode ser distendida indefinidamente.

Não concordo que a liberdade seja um conceito frágil. Na verdade, é um conceito impressionantemente sólido, uns dos instintos e direitos mais fundamentais do ser humano, que tenazmente resiste contra tentativas organizadas, brutais e consistentes de apagá-lo. Mesmo em países muçulmanos onde a pena para a prostituição chega em alguns casos a ser a execução, não é muito difícil encontrar prostitutas.

Não estou dizendo que deve ser proíbida, assim como o sexo promíscuo, ela deve ser combatida.

Se não deve ser proibida, então será combatida como? A igreja é e deve mesmo ser livre para fazer as campanhas que desejar, mas quem quiser se prostituir deve para mim ter pleno direito legal de fazê-lo. Talvez por uma questão de saúde pública possa haver algum tipo de regulamentação sobre o assunto, tornando por exemplo ilegal a prostituição de quem for HIV positivo (assim como não se dá carteira de direção a quem não enxerga suficientemente bem), mas em princípio deve ser permitido a todos e quem escolher fazê-lo deve ser deixado em paz pelo governo.

É preciso lembrar que a AIDS se propagou na América com aquele comissário de bordo, que usando sua “liberdade individual”, manteve relações com centenas de pessoas, disseminando a doença, inclusive para bancos de sangue.

Liberdade individual sim, sem aspas. Muito ironicamente, ele não estava se prostituindo. Você está propondo cassar também a liberdade individual de quem decidir ser promíscuo gratuitamente? Ou apenas catolicamente tornar suas vidas infernais a ponto de que eles desistam de sê-lo “voluntariamente”?

Imolar-se numa danação sexual, nesse caso, sobrepõe as liberdades individuais, porque põe em risco outras pessoas.

Não existe qualquer danação sexual, existe danação clínica mesmo, causada pela AIDS, que é um problema prático, não moral. As outras pessoas colocadas em risco não foram obrigadas a transar e podem escolher não transar caso tenham receio de se contaminar. O que é preciso é antes de mais nada informar as pessoas, para que escolham que riscos estão dispostas a correr de acordo com seus critérios. Agora, naturalmente, é uma enorme irresponsabilidade sair por aí transando sendo conscientemente HIV positivo sem informar previamente os seus parceiros. Isso com certeza é absurdo. Mas se eu não estiver contaminado, não vejo qualquer justificativa para o estado ou a sociedade virem interferir nas minhas preferências sexuais.

E se ele tivesse usado camisinha? Sim, teria reduzido de sobremaneira. Mas não erradicado a doença. Melhor seria, se ele tivesse um parceiro fixo, e com este utilizasse sempre preservativo, assim, talvez não tivessemos esta epidemia.

Ué, se ele não tivesse transado com ninguém também. Se ele fosse executado ainda mais. Se todos os homossexuais fossem preventivamente executados, mais ainda. Ou então poderíamos pragmaticamente executar instantaneamente todo HIV-positivo. Isso certamente ajudaria muito, mas é patentemente absurdo. Esses argumentos são completamente unilaterais e deixam de considerar as violências e privações envolvidas para se atingir o objetivo desejado. O problema não é apenas como controlar a epidemia, é como controlá-la mantendo ao máximo possível a liberdade e a qualidade de vida das pessoas. Liberdade de escolher como viver sua vida sexual é algo muito pessoal e importante, e não acho que a sociedade ou o governo tenham nada com isso exceto em casos verdadeiramente extremos. Dizer apenas “se fizéssemos X o problema estaria resolvido” não torna X automaticamente uma boa solução.

Um dado interessante em todas as epidemias, é que enquanto o agente patologico não for 100% erradicado, ela sempre voltará. Sabidamente, a camisinha é apenas um importante fator na erradicação. É como a história da vacinação: Não é porque você se vacinou contra tétano que vai sair por aí pisando em pregos enferrujados.

Só que escolher seu comportamento sexual como sendo “promíscuo” tem profundas causas e significado emocional e psicológico, muito ao contrário de pisar em pregos enferrujados, que poucas pessoas fazem voluntariamente. Aliás, fazer sexo com mesmo uma única pessoa é menos “seguro” e mais “promíscuo” do que com nenhuma. Parar totalmente de fazer sexo evidentemente é o mais “seguro”, mas recomendar isso é ignorar completamente quão importante sexo é para uma grande fração – provavelmente a maior parte – das pessoas. Estimular a cessação de qualquer atividade que possa levar à morte nao é necessariamente razoável. Esportes também causam a morte “desnecessariamente”, deveríamos então iniciar uma campanha contra corridas de cavalo ou paraquedismo? O número de pessoas que morre em acidentes de automóveis nos Estados Unidos é maior do que as que morrem de AIDS, deveriam então os automóveis serem tornados ilegais nos EUA, ou deveriam as pessoas serem convencidas de que usar automóveis seria imoral? O sexo cumpre importantíssimas funções afetivas, sociais e psicológicas (além evidentemente das biológicas) e não faz sentido querer resolver a questão simplesmente ignorando isso. O real problema é como controlar a epidemia preservando a maior quantidade possível de livre escolha sexual das pessoas, onde livre escolha é isso mesmo, deixar cada um livre para decidir.

Como o estudo mostra, a prevalência de HIV entre profissionais do sexo canadenses, primeiro mundo, é bastante alta. Não acredito que liberar ajuda, criminalizar, sem dúvida atrapalha.

Pelo menos concordarmos que criminalizar atrapalha. Eu diria que não só criminalizar atrapalha como atrapalha muito. E agora já discordando, eu acho que tirar completamente o tabu do assunto ajudaria enormemente. Faria muita diferençe se as pessoas pudessem falar abertamente sobre suas necessidades sexuais sem serem imediatamente taxadas de pervertidas ou doentes (e muitas vezes por práticas absolutamente comuns). Eu não vejo absolutamente qualquer motivo moral intrínseco para cada um fazer sexo da maneira que achar melhor ser errado, e em termos de saúde pública quanto mais as pessoas puderem falar livremente e honestamente sobre a questão, melhor. As políticas públicas devem ser no sentido de buscar o caminho que melhor preserve simultaneamente a liberdade e a saúde das pessoas. Nem sempre há um equilíbrio óbvio ou perfeito, mas simplesmente jogar fora qualquer um dos dois para preservar o outro não é exatamente uma solução.

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By: bebeto_maya .././comment-page-1/#comment-563 bebeto_maya Mon, 27 Apr 2009 16:25:07 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-563 Com relação a prostituição e ao sexo promíscuo, eu discordo completamente. Estamos falando de vetores de doenças mortais, as liberdades individuais não podem ser alargadas ao ponto de destruírem a própria sociedade. O governo já homologou a prostituição, sabidamente flagelo da humanidade e responsável pela sifilização da mesma. A liberdade é um conceito muito frágil, uma membrana que não pode ser distendida indefinidamente. Não estou dizendo que deve ser proíbida, assim como o sexo promíscuo, ela deve ser combatida. É preciso lembrar que a AIDS se propagou na América com aquele comissário de bordo, que usando sua "liberdade individual", manteve relações com centenas de pessoas, disseminando a doença, inclusive para bancos de sangue. Imolar-se numa danação sexual, nesse caso, sobrepõe as liberdades individuais, porque põe em risco outras pessoas. E se ele tivesse usado camisinha? Sim, teria reduzido de sobremaneira. Mas não erradicado a doença. Melhor seria, se ele tivesse um parceiro fixo, e com este utilizasse sempre preservativo, assim, talvez não tivessemos esta epidemia. Um dado interessante em todas as epidemias, é que enquanto o agente patologico não for 100% erradicado, ela sempre voltará. Sabidamente, a camisinha é apenas um importante fator na erradicação. É como a história da vacinação: Não é porque você se vacinou contra tétano que vai sair por aí pisando em pregos enferrujados. Como o estudo mostra, a prevalência de HIV entre profissionais do sexo canadenses, primeiro mundo, é bastante alta. Não acredito que liberar ajuda, criminalizar, sem dúvida atrapalaha. Com relação a prostituição e ao sexo promíscuo, eu discordo completamente. Estamos falando de vetores de doenças mortais, as liberdades individuais não podem ser alargadas ao ponto de destruírem a própria sociedade. O governo já homologou a prostituição, sabidamente flagelo da humanidade e responsável pela sifilização da mesma. A liberdade é um conceito muito frágil, uma membrana que não pode ser distendida indefinidamente. Não estou dizendo que deve ser proíbida, assim como o sexo promíscuo, ela deve ser combatida.

É preciso lembrar que a AIDS se propagou na América com aquele comissário de bordo, que usando sua “liberdade individual”, manteve relações com centenas de pessoas, disseminando a doença, inclusive para bancos de sangue. Imolar-se numa danação sexual, nesse caso, sobrepõe as liberdades individuais, porque põe em risco outras pessoas. E se ele tivesse usado camisinha? Sim, teria reduzido de sobremaneira. Mas não erradicado a doença. Melhor seria, se ele tivesse um parceiro fixo, e com este utilizasse sempre preservativo, assim, talvez não tivessemos esta epidemia.

Um dado interessante em todas as epidemias, é que enquanto o agente patologico não for 100% erradicado, ela sempre voltará. Sabidamente, a camisinha é apenas um importante fator na erradicação. É como a história da vacinação: Não é porque você se vacinou contra tétano que vai sair por aí pisando em pregos enferrujados.

Como o estudo mostra, a prevalência de HIV entre profissionais do sexo canadenses, primeiro mundo, é bastante alta. Não acredito que liberar ajuda, criminalizar, sem dúvida atrapalaha.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-562 Sergio de Biasi Mon, 27 Apr 2009 00:27:35 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-562 <blockquote>Estou falando das campanhas públicas no Brasil. Procure as estatísticas e boletins epidemiológicos. Houve um aumento na incidência do HIV, justamente quando se intensificou a propaganda da camisinha. Na minha opinião, não porque se tenha intensificado tão publicidade, mas porque a mesma veio acompanhada do “pode tudo” das autoridades médicas brasileiras, respaldadas pela ONU, bem como de tipificadas condutas “politicamente corretas”, como a associação ao homossexualismo promíscuo (estou criticando o promíscuo e não o homossexual), mas de camisinha, e a ao entendimento público de que a camisinha é salvo conduto.</blockquote> Sim, o problema é que ambos os lados ("politicamente corretos" e igreja) querem aproveitar a epidemia para promover suas agendas. Os politicamente corretos aproveitam a idéia genérica de que vamos incentivar o uso da camisinha como forma de proteção para então incentivar certos comportamentos sexuais por motivos que não têm nada a ver com a epidemia. A igreja por outro lado aproveita a idéia de que a camisinha é longe de ser perfeita para então dizer que usá-la é "errado" e então incentivar um outro conjunto de comportamentos sexuais, novamente por motivos que não têm nada a ver com a epidemia. <blockquote>Ora, eu li claramente, um médico californiano, autoridade em saúde pública dizer com todas as letras: As pessoas gostam de ter opções, por isso devem procurar quantos parceiros quiserem.</blockquote> Eu enxergo isso da seguinte forma. Eu acho que as pessoas devem ser *livres* para procurar tantos parceiros quanto quiserem, inclusive ZERO, sem serem perturbadas nem perseguidas pela sociedade (comunidade, igreja, governo, etc). Fazer campanhas de lavagem cerebral seja numa direção, seja na outra, eu acho muito duvidoso, especialmente se a campanha incluir uma tentativa de descrever as pessoas que não seguirem o comportamento recomendado como sendo "ruins", "más", "corruptas", "ignorantes", "perturbadas", "doentes" ou coisas do gênero. Me desagrada tanto ver alguém que tem vários parceiros e é perfeitamente feliz com isso ser discriminado e demonizado quanto ver alguém que decide ser celibatário ser ridicularizado por isso. Novamente, cada um deve ser livre para dizer e pensar o que quiser, inclusive a igreja e os politicamente corretos, mas nesse caso não disfarcem suas agendas como sendo programas de saúde pública, porque aí começa a ficar desonesto. E evidentemente se for pra fazer isso gastem seu próprio dinheiro e não o dinheiro público. <blockquote> E isso inclui a promoção da prostituição, sabidamente vetor de DSTs. Algo que nosso governo já faz. A título de esclarecimento: A incidência de HIV entre profissionais do sexo é 10x maior:</blockquote> Obrigado pelas estatísticas. A questão da prostituição é complexa. Existe aí claro um problema de saúde pública, mas isso é grande parte das vezes apenas uma desculpa para impingir uma agenda que na verdade é moral. Fumar, por exemplo, é um problema de saúde pública muito maior do que prostituição, e é permitido e socialmente aceito. E eu acho que *deve* ser permitido, porque não cabe ao governo me proibir de correr riscos. O que o governo pode - e deve - fazer é me proteger de ser forçado a correr riscos indevidos contra a minha vontade ou sem o meu conhecimento. Eu acho que a melhor forma de lidar com questões como a prostituição (assim várias outras) é resgatá-la do limbo legal e social no qual em geral se encontra em grande parte dos lugares, e criar programas por exemplo para testar regularmente quem trabalha com isso. Fingir que não existe um grande mercado para prostituição é colocar a cabeça num buraco. Tentar impedir que ela ocorra é não só completamente e universalmente ineficaz como extremamente opressivo (afinal todos os envolvidos estão ali voluntariamente) e além disso acaba empurrando a atividade para as sombras onde problemas muitíssimo mais graves (tanto em termos de saúde pública como muito além disso) começa a ocorrer. Aliás, com tanta ideologia entrando no assunto, freqüentemente se ignora que provavelmente alguns dos avanços mais úteis para lidar com a questão seriam tecnológicos - camisinhas melhores e mais eficazes, testes de AIDS mais baratos, mais simples de aplicar, e com resultado instantâneo, etc.

Estou falando das campanhas públicas no Brasil. Procure as estatísticas e boletins epidemiológicos. Houve um aumento na incidência do HIV, justamente quando se intensificou a propaganda da camisinha. Na minha opinião, não porque se tenha intensificado tão publicidade, mas porque a mesma veio acompanhada do “pode tudo” das autoridades médicas brasileiras, respaldadas pela ONU, bem como de tipificadas condutas “politicamente corretas”, como a associação ao homossexualismo promíscuo (estou criticando o promíscuo e não o homossexual), mas de camisinha, e a ao entendimento público de que a camisinha é salvo conduto.

Sim, o problema é que ambos os lados (“politicamente corretos” e igreja) querem aproveitar a epidemia para promover suas agendas. Os politicamente corretos aproveitam a idéia genérica de que vamos incentivar o uso da camisinha como forma de proteção para então incentivar certos comportamentos sexuais por motivos que não têm nada a ver com a epidemia. A igreja por outro lado aproveita a idéia de que a camisinha é longe de ser perfeita para então dizer que usá-la é “errado” e então incentivar um outro conjunto de comportamentos sexuais, novamente por motivos que não têm nada a ver com a epidemia.

Ora, eu li claramente, um médico californiano, autoridade em saúde pública dizer com todas as letras: As pessoas gostam de ter opções, por isso devem procurar quantos parceiros quiserem.

Eu enxergo isso da seguinte forma. Eu acho que as pessoas devem ser *livres* para procurar tantos parceiros quanto quiserem, inclusive ZERO, sem serem perturbadas nem perseguidas pela sociedade (comunidade, igreja, governo, etc). Fazer campanhas de lavagem cerebral seja numa direção, seja na outra, eu acho muito duvidoso, especialmente se a campanha incluir uma tentativa de descrever as pessoas que não seguirem o comportamento recomendado como sendo “ruins”, “más”, “corruptas”, “ignorantes”, “perturbadas”, “doentes” ou coisas do gênero. Me desagrada tanto ver alguém que tem vários parceiros e é perfeitamente feliz com isso ser discriminado e demonizado quanto ver alguém que decide ser celibatário ser ridicularizado por isso.

Novamente, cada um deve ser livre para dizer e pensar o que quiser, inclusive a igreja e os politicamente corretos, mas nesse caso não disfarcem suas agendas como sendo programas de saúde pública, porque aí começa a ficar desonesto. E evidentemente se for pra fazer isso gastem seu próprio dinheiro e não o dinheiro público.

E isso inclui a promoção da prostituição, sabidamente vetor de DSTs. Algo que nosso governo já faz. A título de esclarecimento: A incidência de HIV entre profissionais do sexo é 10x maior:

Obrigado pelas estatísticas.

A questão da prostituição é complexa. Existe aí claro um problema de saúde pública, mas isso é grande parte das vezes apenas uma desculpa para impingir uma agenda que na verdade é moral. Fumar, por exemplo, é um problema de saúde pública muito maior do que prostituição, e é permitido e socialmente aceito. E eu acho que *deve* ser permitido, porque não cabe ao governo me proibir de correr riscos. O que o governo pode – e deve – fazer é me proteger de ser forçado a correr riscos indevidos contra a minha vontade ou sem o meu conhecimento.

Eu acho que a melhor forma de lidar com questões como a prostituição (assim várias outras) é resgatá-la do limbo legal e social no qual em geral se encontra em grande parte dos lugares, e criar programas por exemplo para testar regularmente quem trabalha com isso. Fingir que não existe um grande mercado para prostituição é colocar a cabeça num buraco. Tentar impedir que ela ocorra é não só completamente e universalmente ineficaz como extremamente opressivo (afinal todos os envolvidos estão ali voluntariamente) e além disso acaba empurrando a atividade para as sombras onde problemas muitíssimo mais graves (tanto em termos de saúde pública como muito além disso) começa a ocorrer.

Aliás, com tanta ideologia entrando no assunto, freqüentemente se ignora que provavelmente alguns dos avanços mais úteis para lidar com a questão seriam tecnológicos – camisinhas melhores e mais eficazes, testes de AIDS mais baratos, mais simples de aplicar, e com resultado instantâneo, etc.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-561 Sergio de Biasi Sun, 26 Apr 2009 23:34:56 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-561 <blockquote>Textículo: http://sognarelucido.wordpress.com/2007/12/19/com-camisinha-pode-tudo-inclusive-morrer/</blockquote> Obrigado pelo link. Eu comento o seguinte. As campanhas pelo uso de preservativos têm caráter diferente em diferentes lugares, mas com certeza em alguns, como o Brasil, elas são bastante ridículas e irresponsavelmente desinformativas. Agora, por outro lado, embora evidentemente a abstinência impeça a contaminação, ela também impede o sexo. Isso não é exatamente uma solução. É como dizer que "ok, o limite de velocidade não está funcionando, pessoas continuam morrendo em acidentes automobilísticos, vamos proibir os carros". Isso não é exatamente uma "solução". Uma "solução" real envolveria as pessoas poderem fazer usar seus carros de forma razoável - talvez não em corridas no meio da rua, mas certamente com mais liberdade do que apenas para ir e voltar ao trabalho a 20 por hora. Talvez no momento não haja uma solução perfeita, mas tudo tem que começar por dar às pessoas a informação correta que se conhece, ao invés de submetê-las a campanhas de lavagem cerebral, seja pela parte do governo, seja pela parte da igreja (que entra na história para dizer que usar cinto de segurança é imoral). Saudações, Sergio

Textículo:
http://sognarelucido.wordpress.com/2007/12/19/com-camisinha-pode-tudo-inclusive-morrer/

Obrigado pelo link.

Eu comento o seguinte. As campanhas pelo uso de preservativos têm caráter diferente em diferentes lugares, mas com certeza em alguns, como o Brasil, elas são bastante ridículas e irresponsavelmente desinformativas.

Agora, por outro lado, embora evidentemente a abstinência impeça a contaminação, ela também impede o sexo. Isso não é exatamente uma solução. É como dizer que “ok, o limite de velocidade não está funcionando, pessoas continuam morrendo em acidentes automobilísticos, vamos proibir os carros”. Isso não é exatamente uma “solução”. Uma “solução” real envolveria as pessoas poderem fazer usar seus carros de forma razoável – talvez não em corridas no meio da rua, mas certamente com mais liberdade do que apenas para ir e voltar ao trabalho a 20 por hora.

Talvez no momento não haja uma solução perfeita, mas tudo tem que começar por dar às pessoas a informação correta que se conhece, ao invés de submetê-las a campanhas de lavagem cerebral, seja pela parte do governo, seja pela parte da igreja (que entra na história para dizer que usar cinto de segurança é imoral).

Saudações,
Sergio

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By: bebeto_maya .././comment-page-1/#comment-560 bebeto_maya Sun, 26 Apr 2009 17:03:17 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-560 Estou falando das campanhas públicas no Brasil. Procure as estatísticas e boletins epidemiológicos. Houve um aumento na incidência do HIV, justamente quando se intensificou a propaganda da camisinha. Na minha opinião, não porque se tenha intensificado tão publicidade, mas porque a mesma veio acompanhada do "pode tudo" das autoridades médicas brasileiras, respaldadas pela ONU, bem como de tipificadas condutas "politicamente corretas", como a associação ao homossexualismo promíscuo (estou criticando o promíscuo e não o homossexual), mas de camisinha, e a ao entendimento público de que a camisinha é salvo conduto. Ora, eu li claramente, um médico californiano, autoridade em saúde pública dizer com todas as letras: As pessoas gostam de ter opções, por isso devem procurar quantos parceiros quiserem. E isso inclui a promoção da prostituição, sabidamente vetor de DSTs. Algo que nosso governo já faz. A título de esclarecimento: A incidência de HIV entre profissionais do sexo é 10x maior: “Sorologia para o HIV: A prevalência do HIV entre as profissionais do sexo foi de 6%. Estudo realizado em São Paulo, em 1996, mostrava um índice três vezes maior, 18%. A prevalência do HIV entre profissionais do sexo é menor que o encontrado, por exemplo, entre presidiárias de Minas Gerais, em 1998 (15%). Também é menor que entre homossexuais (11%, São Paulo, 1997). A taxa de prevalência entre profissionais do sexo no Brasil é menor que no Canadá (15%), China (10%) e Tailândia (19%) e está acima da Índia (5%) e Argentina (4%). A prevalência do HIV na população brasileira é de 0,65% e entre mulheres, 0,48%.” FONTE: http://sistemas.aids.gov.br/imprensa/Noticias.asp?NOTCod=45088 Estou falando das campanhas públicas no Brasil. Procure as estatísticas e boletins epidemiológicos. Houve um aumento na incidência do HIV, justamente quando se intensificou a propaganda da camisinha.

Na minha opinião, não porque se tenha intensificado tão publicidade, mas porque a mesma veio acompanhada do “pode tudo” das autoridades médicas brasileiras, respaldadas pela ONU, bem como de tipificadas condutas “politicamente corretas”, como a associação ao homossexualismo promíscuo (estou criticando o promíscuo e não o homossexual), mas de camisinha, e a ao entendimento público de que a camisinha é salvo conduto.

Ora, eu li claramente, um médico californiano, autoridade em saúde pública dizer com todas as letras: As pessoas gostam de ter opções, por isso devem procurar quantos parceiros quiserem. E isso inclui a promoção da prostituição, sabidamente vetor de DSTs. Algo que nosso governo já faz. A título de esclarecimento: A incidência de HIV entre profissionais do sexo é 10x maior:

“Sorologia para o HIV: A prevalência do HIV entre as profissionais do sexo foi de 6%. Estudo realizado em São Paulo, em 1996, mostrava um índice três vezes maior, 18%.

A prevalência do HIV entre profissionais do sexo é menor que o encontrado, por exemplo, entre presidiárias de Minas Gerais, em 1998 (15%). Também é menor que entre homossexuais (11%, São Paulo, 1997).

A taxa de prevalência entre profissionais do sexo no Brasil é menor que no Canadá (15%), China (10%) e Tailândia (19%) e está acima da Índia (5%) e Argentina (4%). A prevalência do HIV na população brasileira é de 0,65% e entre mulheres, 0,48%.”
FONTE: http://sistemas.aids.gov.br/imprensa/Noticias.asp?NOTCod=45088

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-559 Sergio de Biasi Sun, 26 Apr 2009 09:40:57 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-559 <blockquote>A propósito do proselitismo, o papa está parcialmente certo, mas os proponentes da camisinha estão errados, porque atrelam ao modelo o “pode tudo, desde que se use camisinha”….As estatísticas mostram que a camisinha pode falhar em até 40% dos casos, para o uso típico. Portanto, não é o salvo conduto, como afirma o governo. Porém o uso não inclui a promiscuidade.</blockquote> É bastante distorcido dizer que os proponentes da camisinha defendam universalmente o modelo "pode tudo, desde que se use camisinha". Especialmente na África, esse definitivamente não é o modelo das campanhas, que em geral associam o uso de camisinhas à promoção de relações monogâmicas assim como da abstinência. Além disso, eu particularmente nunca defendi esse modelo "com camisinha fica tudo ok", e pelo contrário, critico como criminosos e fraudulentos os que promovem irresponsavelmente a camisinha como escudo seguríssimo contra a AIDS. Minha crítica ao papa foi de outra natureza - de que ele insinuar que sua política contra camisinhas seja baseada nas mais recentes pesquisas científicas é desonesto. A posição dele seria a mesma caso as pesquisas dissessem o exato oposto. Já era essa antes e continua sendo exatamente a mesma. E além disso é óbvio que o uso *individual* da camisinha, mantidas as outras variáveis, ajuda a conter a epidemia. Ensinar para as pessoas que usar camisinha seria moralmente errado não tem absolutamente nenhum benefício para a saúde pública e só contribui para tornar as pessoas mais neuróticas e ignorantes. <blockquote>Interessante que muitos estudos apontam que o uso atrelado a redução de parceiros, um meio termo que simplesmente é ignorado por maniqueístas, é a forma mais eficaz de se erradicar a doença, visto que diante dos índices de falha, algo em torno de 10~40%, são bastante altos.</blockquote> Isso foi precisamente o que eu disse em outros comentários ao texto. <blockquote>Não, isso não é religião. É ciência.</blockquote> Eu não disse que não era. Essa de fato é a situação na África. <blockquote>E a camisinha não é “97%” eficaz contra a gravidez.</blockquote> Você sequer leu o que eu escrevi? Eu disse com todas as palavras que 97% é em condições completamente artificiais de laboratório e que na prática está mais para algo como 86% dependendo do contexto. <blockquote>Sr. Biasi, quando for discutir ciência, poste as fontes, ok? Senão é proselitismo, somente. Pegar textos parciais de cientistas não é ciência também, ok? Use artigos revisados:(...)</blockquote> Eta, você faz todo esse discurso sobre citar dados confiáveis e etc para então citar número exatamente iguais aos que eu citei. Não entendi qual foi o ponto. Acho que você não leu com cuidado o que eu escrevi sobre o assunto. <blockquote>Como você pode perceber, não há espaço nem para você, nem para a ONU, nem para a Igreja, porque se o método apresenta brechas, ele deve ser complementado com redução de parceiros, não necessariamente abstinência, e isto é ciência, o resto é proselitismo religioso e secularista.</blockquote> Eu não entendi direito o que você quis dizer com "não há espaço para você, nem para a ONU, nem para a igreja" se logo em seguida você acrescenta que é preciso usar todos os recursos disponíveis combinados - que é exatamente o contrário : todos estão parcialmente corretos. Além disso, minha crítica ao papa não se traduz automaticamente em "a solução para o problema se resume a usar camisinha". Eu não falei nada nem sequer remotamente parecido com isso. A camisinha é um método mais ou menos bom para evitar gravidez se for usado com cuidado mas eu pessoalmente recomendaria muito mais fortemente o uso da pílula anticoncepcional, disparadamente o método mais confiável. Quanto a usar camisinha para evitar doenças, é quase uma roleta, e depende *muito* do tipo de atividade sexual e do tipo de doença. Achar que vamos parar uma epidemia de AIDS como a de certos países africanos simplesmente tentando convencer as pessoas a usarem camisinhas é de fato delirante. Mas por outro lado aproveitar que há uma epidemia para promover uma agenda neurotizante de que usar métodos anticoncepcionais seria moralmente errado é só oportunista e não ajuda em nada.

A propósito do proselitismo, o papa está parcialmente certo, mas os proponentes da camisinha estão errados, porque atrelam ao modelo o “pode tudo, desde que se use camisinha”….As estatísticas mostram que a camisinha pode falhar em até 40% dos casos, para o uso típico. Portanto, não é o salvo conduto, como afirma o governo. Porém o uso não inclui a promiscuidade.

É bastante distorcido dizer que os proponentes da camisinha defendam universalmente o modelo “pode tudo, desde que se use camisinha”. Especialmente na África, esse definitivamente não é o modelo das campanhas, que em geral associam o uso de camisinhas à promoção de relações monogâmicas assim como da abstinência.

Além disso, eu particularmente nunca defendi esse modelo “com camisinha fica tudo ok”, e pelo contrário, critico como criminosos e fraudulentos os que promovem irresponsavelmente a camisinha como escudo seguríssimo contra a AIDS.

Minha crítica ao papa foi de outra natureza – de que ele insinuar que sua política contra camisinhas seja baseada nas mais recentes pesquisas científicas é desonesto. A posição dele seria a mesma caso as pesquisas dissessem o exato oposto. Já era essa antes e continua sendo exatamente a mesma. E além disso é óbvio que o uso *individual* da camisinha, mantidas as outras variáveis, ajuda a conter a epidemia. Ensinar para as pessoas que usar camisinha seria moralmente errado não tem absolutamente nenhum benefício para a saúde pública e só contribui para tornar as pessoas mais neuróticas e ignorantes.

Interessante que muitos estudos apontam que o uso atrelado a redução de parceiros, um meio termo que simplesmente é ignorado por maniqueístas, é a forma mais eficaz de se erradicar a doença, visto que diante dos índices de falha, algo em torno de 10~40%, são bastante altos.

Isso foi precisamente o que eu disse em outros comentários ao texto.

Não, isso não é religião. É ciência.

Eu não disse que não era. Essa de fato é a situação na África.

E a camisinha não é “97%” eficaz contra a gravidez.

Você sequer leu o que eu escrevi? Eu disse com todas as palavras que 97% é em condições completamente artificiais de laboratório e que na prática está mais para algo como 86% dependendo do contexto.

Sr. Biasi, quando for discutir ciência, poste as fontes, ok? Senão é proselitismo, somente. Pegar textos parciais de cientistas não é ciência também, ok? Use artigos revisados:(…)

Eta, você faz todo esse discurso sobre citar dados confiáveis e etc para então citar número exatamente iguais aos que eu citei. Não entendi qual foi o ponto. Acho que você não leu com cuidado o que eu escrevi sobre o assunto.

Como você pode perceber, não há espaço nem para você, nem para a ONU, nem para a Igreja, porque se o método apresenta brechas, ele deve ser complementado com redução de parceiros, não necessariamente abstinência, e isto é ciência, o resto é proselitismo religioso e secularista.

Eu não entendi direito o que você quis dizer com “não há espaço para você, nem para a ONU, nem para a igreja” se logo em seguida você acrescenta que é preciso usar todos os recursos disponíveis combinados – que é exatamente o contrário : todos estão parcialmente corretos. Além disso, minha crítica ao papa não se traduz automaticamente em “a solução para o problema se resume a usar camisinha”. Eu não falei nada nem sequer remotamente parecido com isso. A camisinha é um método mais ou menos bom para evitar gravidez se for usado com cuidado mas eu pessoalmente recomendaria muito mais fortemente o uso da pílula anticoncepcional, disparadamente o método mais confiável. Quanto a usar camisinha para evitar doenças, é quase uma roleta, e depende *muito* do tipo de atividade sexual e do tipo de doença. Achar que vamos parar uma epidemia de AIDS como a de certos países africanos simplesmente tentando convencer as pessoas a usarem camisinhas é de fato delirante. Mas por outro lado aproveitar que há uma epidemia para promover uma agenda neurotizante de que usar métodos anticoncepcionais seria moralmente errado é só oportunista e não ajuda em nada.

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By: bebeto_maya .././comment-page-1/#comment-558 bebeto_maya Sun, 26 Apr 2009 04:11:33 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-558 Textículo: http://sognarelucido.wordpress.com/2007/12/19/com-camisinha-pode-tudo-inclusive-morrer/ Textículo:
http://sognarelucido.wordpress.com/2007/12/19/com-camisinha-pode-tudo-inclusive-morrer/

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By: bebeto_maya .././comment-page-1/#comment-557 bebeto_maya Sun, 26 Apr 2009 04:06:13 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-557 A propósito do proselitismo, o papa está parcialmente certo, mas os proponentes da camisinha estão errados, porque atrelam ao modelo o "pode tudo, desde que se use camisinha"....As estatísticas mostram que a camisinha pode falhar em até 40% dos casos, para o uso típico. Portanto, não é o salvo conduto, como afirma o governo. Porém o uso não inclui a promiscuidade. Interessante que muitos estudos apontam que o uso atrelado a redução de parceiros, um meio termo que simplesmente é ignorado por maniqueístas, é a forma mais eficaz de se erradicar a doença, visto que diante dos índices de falha, algo em torno de 10~40%, são bastante altos. Não, isso não é religião. É ciência. E a camisinha não é "97%" eficaz contra a gravidez. Sr. Biasi, quando for discutir ciência, poste as fontes, ok? Senão é proselitismo, somente. Pegar textos parciais de cientistas não é ciência também, ok? Use artigos revisados: Fontes: ”A maneira mais segura de evitar estas doenças (sexualmente transmissíveis) é não praticar o sexo (abstinência). Outra maneira é limitar o sexo a somente um parceiro que também se compromete a fazer o mesmo (monogamia). As camisinhas não são 100% seguras, mas se usadas devidamente, irão reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS.” (http://www.fda.gov/cdrh/consumer/condom-brochure.pdf) Eficácia no seu uso típico contra a Gravidez Indesejada: O uso típico é o uso do dia-à-dia, portanto é a natureza do que ocorre, de fato. Os estudos realizados mostram uma ineficácia de 16%, na Tailândia e 14% nos EUA. # Eficácia do preservativo contra o HIV: Segundo o estudo, 99% no seu uso ideal (faltam dados referentes ao uso típico). # Eficácia do preservativo contra a gravidez: Uso Ideal 97%. Uso típico: 84% no pior caso (Tailândia) com falha de 14% nos EUA. # Taxa de ruptura: 1 a 13%. # Falha na prevenção contra outras DSTs: * Clamídia e Gonorréia: 20 a 40%. * HPV, herpes, e trícomoniase: Até 70%. The ABC of The AIDS preventions, http://www.usaid.gov/our_work/global_health/aids/News/abcfactsheet.html, 11.05.2008, 8:35hs. Preservativos: Eficácia, http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/ministerio_saude/preservativos/mat2.htm, 11.05.2008, 8:35hs. Preservativos: Reduzindo as barreiras, Qual é a eficácia dos preservativos?, http://www.bibliomed.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=12839&ReturnCatID=499 Como você pode perceber, não há espaço nem para você, nem para a ONU, nem para a Igreja, porque se o método apresenta brechas, ele deve ser complementado com redução de parceiros, não necessariamente abstinência, e isto é ciência, o resto é proselitismo religioso e secularista. A propósito do proselitismo, o papa está parcialmente certo, mas os proponentes da camisinha estão errados, porque atrelam ao modelo o “pode tudo, desde que se use camisinha”….As estatísticas mostram que a camisinha pode falhar em até 40% dos casos, para o uso típico. Portanto, não é o salvo conduto, como afirma o governo. Porém o uso não inclui a promiscuidade.

Interessante que muitos estudos apontam que o uso atrelado a redução de parceiros, um meio termo que simplesmente é ignorado por maniqueístas, é a forma mais eficaz de se erradicar a doença, visto que diante dos índices de falha, algo em torno de 10~40%, são bastante altos.

Não, isso não é religião. É ciência. E a camisinha não é “97%” eficaz contra a gravidez. Sr. Biasi, quando for discutir ciência, poste as fontes, ok? Senão é proselitismo, somente. Pegar textos parciais de cientistas não é ciência também, ok? Use artigos revisados:
Fontes:

”A maneira mais segura de evitar estas doenças (sexualmente transmissíveis) é não praticar o sexo (abstinência). Outra maneira é limitar o sexo a somente um parceiro que também se compromete a fazer o mesmo (monogamia). As camisinhas não são 100% seguras, mas se usadas devidamente, irão reduzir o risco de doenças sexualmente transmissíveis, inclusive AIDS.” (http://www.fda.gov/cdrh/consumer/condom-brochure.pdf)

Eficácia no seu uso típico contra a Gravidez Indesejada:

O uso típico é o uso do dia-à-dia, portanto é a natureza do que ocorre, de fato. Os estudos realizados
mostram uma ineficácia de 16%, na Tailândia e 14% nos EUA.

# Eficácia do preservativo contra o HIV: Segundo o estudo, 99% no seu uso ideal (faltam dados referentes ao uso típico).
# Eficácia do preservativo contra a gravidez: Uso Ideal 97%. Uso típico: 84% no pior caso (Tailândia) com falha de 14% nos EUA.
# Taxa de ruptura: 1 a 13%.
# Falha na prevenção contra outras DSTs:

* Clamídia e Gonorréia: 20 a 40%.

* HPV, herpes, e trícomoniase: Até 70%.

The ABC of The AIDS preventions, http://www.usaid.gov/our_work/global_health/aids/News/abcfactsheet.html, 11.05.2008, 8:35hs.

Preservativos: Eficácia, http://www.vivatranquilo.com.br/saude/colaboradores/ministerio_saude/preservativos/mat2.htm, 11.05.2008, 8:35hs.

Preservativos: Reduzindo as barreiras, Qual é a eficácia dos preservativos?,
http://www.bibliomed.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=12839&ReturnCatID=499

Como você pode perceber, não há espaço nem para você, nem para a ONU, nem para a Igreja, porque se o método apresenta brechas, ele deve ser complementado com redução de parceiros, não necessariamente abstinência, e isto é ciência, o resto é proselitismo religioso e secularista.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-514 Sergio de Biasi Wed, 08 Apr 2009 04:10:41 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-514 <blockquote>A camisinha é um método bastante falho para impedir a gravidez.</blockquote> Bem, com essa eu não posso concordar. Ao contrário do que acontece com a AIDS, a eficácia da camisinha para impedir a gravidez é bem mas estudável e regular. Usada em condições ideais, a eficácia é de uns 97%. A taxas observadas na realidade estão mais próximas de uns 86%. Além disso, naturalmente, pessoas esclarecidas sabem quais são seus períodos férteis, etc, e a combinação do uso apropriado desse conhecimento com o uso da camisinhas multiplica a muito a eficácia de ambos. Ninguém disse que a camisinha precisa ser usada isoladamente ou alucinadamente. E, aliás, não há qualquer motivo para supor que, em sendo usada para impedir gravidez, que será no sexo aleatório com pessoas aleatórias. Muitos casais perfeitamente estáveis desejam controlar quando querem ter filhos e a camisinha evidentemente ajuda nisso. Eu pessoalmente acho que 86% é roleta demais então se o objetivo é impedir a gravidez o método disparadamente mais seguro é a pílula anticoncepcional. Claro que ela também não é 100% garantida, aliás como nada é. Seu carro pode passar numa poça de óleo e capotar. Não acho que a solução para isso seja parar de andar de carro. <blockquote>O espermatozóide vem com a pressão da ejaculação e é 450 vezes maior que um vírus HIV. Com essa pressão, ele passa pelos poros da camisinha.</blockquote> Essa frase não fez muito sentido. Precisamente por ser grande é muito mais fácil reter o espermatozóide dentro da camisinha. E, evidentemente o HIV vem com a mesma pressão que a ejaculação quando ocorre ejaculação. O fato é que é por ser pequeno o HIV passa pela camisinha com muito mais facilidade que o espermatozóide. E de fato AIDS se pega todos os dias, não só quando se está fértil. Agora, estimar as chances exatas de vazar o vírus porém é altamente complexo e depende de muitas coisas, incluindo exatamente que ato sexual você está realizando, se houve ejaculação, sua contagem de vírus.... é muito mais incerto do que gravidez. Seja como forem os números exatos, as estimativas são de que a camisinha proteja só mais ou menos, do tipo, é melhor estar com camisinha do que não estar, mas as chances do vírus passar, especialmente se houver ejaculação, não são nem um pouco desprezíveis. Continua sendo o caso porém de que as chances de contaminação são significativamente menores se você estiver com camisinha; isso é bem estabelecido. Podemos colocar então da seguinte forma. Se você vai tomar um tiro de escopeta, ajuda muito se você estiver com um colete à prova de balas. Ajuda muito mesmo! Possivelmente salvando a sua vida! Mas daí a você decidir se quer correr o risco de ficar tomando tiros de escopeta é outra história. A questão é que a solução "então não se faça sexo" é jogar fora o bebê junto com a água do banho. Existem motivos muito fortes e legítimos para as pessoas quererem fazer sexo. Querer informá-las de que isso pode ser perigoso é uma coisas. Querer convencê-las de que isso seja errado é outra bastante diferente. <blockquote>se alguém for um liberal, cheio de idéias anti-Estado e ter relações com uma aidética, vai pegar Aids do mesmo jeito que um comunista esquerdopata quando o faz</blockquote> Isso é verdade mas não sei o que isso tem a ver com o assunto. A diferença que faz cultivar uma população de pessoas mais esclarecidas não é que elas vão ficar imunes ao vírus e sim que elas vão ter muito melhores condições de tomar decisões construtivas e eficazes sobre seu próprio comportamento, incluindo não se colocar na posição de estar transando com a aidética para começar. <blockquote>E é fato que somente os programas de orientação para abstinência sexual e fidelidade matrimonial fizeram diminuir o número de soropositivos nos países da África onde foi implantado.</blockquote> É absolutamente óbvio que quanto menos sexo as pessoas fizerem menos a epidemia se espalhará. Existem porém aí dois fatores que eu observo para que uma campanha com essas bases tenha sucesso. Um deles é : o quanto é possível convencer as pessoas a não fazerem sexo usando campanhas de lavagem cerebral? Aparentemente isso é mais fácil na África do que digamos na França. O outro fator é : tá, parar de fazer sexo, seja por lavagem cerebral, seja por medo racional de pegar AIDS, isso funciona, mas é uma medida extrema. Para quem vê o sexo como algo errado fica tudo muito bem, mas para quem acha que sexo é algo positivo e construtivo essa solução é uma droga. É óbvio por exemplo que se impusermos toque de recolher o número de assaltos diminuirá mas eu não salto daí para dizer "oba, então vamos decretar toque de recolher!" <blockquote>Além de tudo, toda essa informação que o Sr. sabe sobre a não proteção 100% da camisinha não é repassada ao público</blockquote> Concordo que não é repassada e concordo que isso é um absurdo. Eu não acho que sair distribuir camisinhas seja necessariamente a melhor solução para a África ou para qualquer lugar. Mas para mim ficar ensinando que usar camisinha é "errado" também é absurdo. As pessoas deveriam ser informadas e convencidas não intimidadas e manipuladas, por ambos os lados. <blockquote>A situação da epidemia da Aids no mundo, só vem a confirmar que o método camisinha está sendo um fiasco.</blockquote> Esse seu argumento é completamente absurdo. É como dizer que "o número de acidentes de automóveis com vítimas fatais por trauma mecânico contra o interior do veículo mostra que o cinto de segurança é um fiasco". O cinto de segurança não é mágica, ele só ajuda muito. Não dirigir a 200km por hora bêbado ajuda mais ainda, mas isso é um motivo péssimo para então fazer campanha contra o cinto de segurança. <blockquote>Acho que, o Sr. deve concordar comigo, quando uma tática não dar certo, ou a gente muda,</blockquote> Esse argumento todo é profundamente desonesto por parte dos católicos e similares. O que eles *realmente* querem é combater métodos anticoncepcionais e o sexo fora do casamento, quer isso ajude no combate à AIDS que não. Então vestem a marretadas suas opiniões pre-existentes com um macacão de falsas intenções humanitárias e vão lá na África dizer que quem usar camisinha vai para o inferno. Sinto muito, sou contra. <blockquote>afinal, são vidas de retardados ou não, em jogo e tão humanas como nós</blockquote> O ponto levantando não foi sobre quanto o valor da vida deles varia em eles sendo retardados e sim como muda a forma que funciona de salvar as citadas vidas.

A camisinha é um método bastante falho para impedir a gravidez.

Bem, com essa eu não posso concordar. Ao contrário do que acontece com a AIDS, a eficácia da camisinha para impedir a gravidez é bem mas estudável e regular. Usada em condições ideais, a eficácia é de uns 97%. A taxas observadas na realidade estão mais próximas de uns 86%. Além disso, naturalmente, pessoas esclarecidas sabem quais são seus períodos férteis, etc, e a combinação do uso apropriado desse conhecimento com o uso da camisinhas multiplica a muito a eficácia de ambos. Ninguém disse que a camisinha precisa ser usada isoladamente ou alucinadamente. E, aliás, não há qualquer motivo para supor que, em sendo usada para impedir gravidez, que será no sexo aleatório com pessoas aleatórias. Muitos casais perfeitamente estáveis desejam controlar quando querem ter filhos e a camisinha evidentemente ajuda nisso.

Eu pessoalmente acho que 86% é roleta demais então se o objetivo é impedir a gravidez o método disparadamente mais seguro é a pílula anticoncepcional. Claro que ela também não é 100% garantida, aliás como nada é. Seu carro pode passar numa poça de óleo e capotar. Não acho que a solução para isso seja parar de andar de carro.

O espermatozóide vem com a pressão da ejaculação e é 450 vezes maior que um vírus HIV. Com essa pressão, ele passa pelos poros da camisinha.

Essa frase não fez muito sentido. Precisamente por ser grande é muito mais fácil reter o espermatozóide dentro da camisinha. E, evidentemente o HIV vem com a mesma pressão que a ejaculação quando ocorre ejaculação. O fato é que é por ser pequeno o HIV passa pela camisinha com muito mais facilidade que o espermatozóide. E de fato AIDS se pega todos os dias, não só quando se está fértil.

Agora, estimar as chances exatas de vazar o vírus porém é altamente complexo e depende de muitas coisas, incluindo exatamente que ato sexual você está realizando, se houve ejaculação, sua contagem de vírus…. é muito mais incerto do que gravidez. Seja como forem os números exatos, as estimativas são de que a camisinha proteja só mais ou menos, do tipo, é melhor estar com camisinha do que não estar, mas as chances do vírus passar, especialmente se houver ejaculação, não são nem um pouco desprezíveis.

Continua sendo o caso porém de que as chances de contaminação são significativamente menores se você estiver com camisinha; isso é bem estabelecido. Podemos colocar então da seguinte forma. Se você vai tomar um tiro de escopeta, ajuda muito se você estiver com um colete à prova de balas. Ajuda muito mesmo! Possivelmente salvando a sua vida! Mas daí a você decidir se quer correr o risco de ficar tomando tiros de escopeta é outra história.

A questão é que a solução “então não se faça sexo” é jogar fora o bebê junto com a água do banho. Existem motivos muito fortes e legítimos para as pessoas quererem fazer sexo. Querer informá-las de que isso pode ser perigoso é uma coisas. Querer convencê-las de que isso seja errado é outra bastante diferente.

se alguém for um liberal, cheio de idéias anti-Estado e ter relações com uma aidética, vai pegar Aids do mesmo jeito que um comunista esquerdopata quando o faz

Isso é verdade mas não sei o que isso tem a ver com o assunto. A diferença que faz cultivar uma população de pessoas mais esclarecidas não é que elas vão ficar imunes ao vírus e sim que elas vão ter muito melhores condições de tomar decisões construtivas e eficazes sobre seu próprio comportamento, incluindo não se colocar na posição de estar transando com a aidética para começar.

E é fato que somente os programas de orientação para abstinência sexual e fidelidade matrimonial fizeram diminuir o número de soropositivos nos países da África onde foi implantado.

É absolutamente óbvio que quanto menos sexo as pessoas fizerem menos a epidemia se espalhará. Existem porém aí dois fatores que eu observo para que uma campanha com essas bases tenha sucesso. Um deles é : o quanto é possível convencer as pessoas a não fazerem sexo usando campanhas de lavagem cerebral? Aparentemente isso é mais fácil na África do que digamos na França. O outro fator é : tá, parar de fazer sexo, seja por lavagem cerebral, seja por medo racional de pegar AIDS, isso funciona, mas é uma medida extrema. Para quem vê o sexo como algo errado fica tudo muito bem, mas para quem acha que sexo é algo positivo e construtivo essa solução é uma droga. É óbvio por exemplo que se impusermos toque de recolher o número de assaltos diminuirá mas eu não salto daí para dizer “oba, então vamos decretar toque de recolher!”

Além de tudo, toda essa informação que o Sr. sabe sobre a não proteção 100% da camisinha não é repassada ao público

Concordo que não é repassada e concordo que isso é um absurdo. Eu não acho que sair distribuir camisinhas seja necessariamente a melhor solução para a África ou para qualquer lugar. Mas para mim ficar ensinando que usar camisinha é “errado” também é absurdo. As pessoas deveriam ser informadas e convencidas não intimidadas e manipuladas, por ambos os lados.

A situação da epidemia da Aids no mundo, só vem a confirmar que o método camisinha está sendo um fiasco.

Esse seu argumento é completamente absurdo. É como dizer que “o número de acidentes de automóveis com vítimas fatais por trauma mecânico contra o interior do veículo mostra que o cinto de segurança é um fiasco”. O cinto de segurança não é mágica, ele só ajuda muito. Não dirigir a 200km por hora bêbado ajuda mais ainda, mas isso é um motivo péssimo para então fazer campanha contra o cinto de segurança.

Acho que, o Sr. deve concordar comigo, quando uma tática não dar certo, ou a gente muda,

Esse argumento todo é profundamente desonesto por parte dos católicos e similares. O que eles *realmente* querem é combater métodos anticoncepcionais e o sexo fora do casamento, quer isso ajude no combate à AIDS que não. Então vestem a marretadas suas opiniões pre-existentes com um macacão de falsas intenções humanitárias e vão lá na África dizer que quem usar camisinha vai para o inferno. Sinto muito, sou contra.

afinal, são vidas de retardados ou não, em jogo e tão humanas como nós

O ponto levantando não foi sobre quanto o valor da vida deles varia em eles sendo retardados e sim como muda a forma que funciona de salvar as citadas vidas.

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By: Emanuelle Carvalho Moura .././comment-page-1/#comment-555 Emanuelle Carvalho Moura Wed, 08 Apr 2009 02:19:15 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-555 Sr. Sérgio B., A camisinha é um método bastante falho para impedir a gravidez. Considerando que só quem pode engravidar é a mulher e que, para tanto, precisa estar no seu período fértil ao ter relações sexuais (o que, em média, corresponde a 6 dias em um ciclo de 28 dias), isso é assustador. O espermatozóide vem com a pressão da ejaculação e é 450 vezes maior que um vírus HIV. Com essa pressão, ele passa pelos poros da camisinha. Comparado com um vírus, é quase como uma formiga do lado de um elefante. E, se somente a mulher pode engravidar, é fato que homens e mulheres podem contrair o vírus HIV durante todos os dias em que tiver relações sexuais seja essa mulher fértil ou infértil, o que vale também para o homem (desde que um dos dois portem o vírus, é claro). Considerando que adquirir só um vírus já basta para ser portador do mesmo, isso passa a ser muito assustador, não acha? Quanto a suas opiniões pessoais sobre liberalismo, Estado Interventor, "adestramento" de seres humanos, retardamento mental da massa humana, superioridade pessoal de uns iluminados, enfim, não quero entrar no campo das idéias, mas da realidade dos fatos, da forma mais fria possível, afinal: se alguém for um liberal, cheio de idéias anti-Estado e ter relações com uma aidética, vai pegar Aids do mesmo jeito que um comunista esquerdopata quando o faz. E é fato que somente os programas de orientação para abstinência sexual e fidelidade matrimonial fizeram diminuir o número de soropositivos nos países da África onde foi implantado. Além de tudo, toda essa informação que o Sr. sabe sobre a não proteção 100% da camisinha não é repassada ao público pela grande mídia e nem é de interesse dos donos dessa indústria de condomnes que o publico saiba que "diminuir o risco de" é completamente diferente de "impedir o risco de" (há lucros em manter a contaminação das pessoas. Vender camisinhas hoje é como ser o único vendedor de lápis a 1 real para toda a população da China e ganhar 1 bilhão de dólares periodicamente com isso). Saber dos riscos reais, faria as pessoas pensarem duas vezes antes de ter relações sexuais esporádicas. E, considerando que os dados epidemiológicos demonstram um risco de 30%, seria muita irresponsabilidade confiar em uma borracha dessas, quando sua própria vida fica ameaçada por uma doença hoje incurável. A situação da epidemia da Aids no mundo, só vem a confirmar que o método camisinha está sendo um fiasco. A situação na África é, simplesmente, entristecedora. Acho que, o Sr. deve concordar comigo, quando uma tática não dar certo, ou a gente muda, ou a gente caminha para a falência. Então, é mister rever certos conceitos, afinal, são vidas de retardados ou não, em jogo e tão humanas como nós. Sr. Sérgio B.,

A camisinha é um método bastante falho para impedir a gravidez. Considerando que só quem pode engravidar é a mulher e que, para tanto, precisa estar no seu período fértil ao ter relações sexuais (o que, em média, corresponde a 6 dias em um ciclo de 28 dias), isso é assustador. O espermatozóide vem com a pressão da ejaculação e é 450 vezes maior que um vírus HIV. Com essa pressão, ele passa pelos poros da camisinha. Comparado com um vírus, é quase como uma formiga do lado de um elefante. E, se somente a mulher pode engravidar, é fato que homens e mulheres podem contrair o vírus HIV durante todos os dias em que tiver relações sexuais seja essa mulher fértil ou infértil, o que vale também para o homem (desde que um dos dois portem o vírus, é claro). Considerando que adquirir só um vírus já basta para ser portador do mesmo, isso passa a ser muito assustador, não acha?

Quanto a suas opiniões pessoais sobre liberalismo, Estado Interventor, “adestramento” de seres humanos, retardamento mental da massa humana, superioridade pessoal de uns iluminados, enfim, não quero entrar no campo das idéias, mas da realidade dos fatos, da forma mais fria possível, afinal: se alguém for um liberal, cheio de idéias anti-Estado e ter relações com uma aidética, vai pegar Aids do mesmo jeito que um comunista esquerdopata quando o faz. E é fato que somente os programas de orientação para abstinência sexual e fidelidade matrimonial fizeram diminuir o número de soropositivos nos países da África onde foi implantado. Além de tudo, toda essa informação que o Sr. sabe sobre a não proteção 100% da camisinha não é repassada ao público pela grande mídia e nem é de interesse dos donos dessa indústria de condomnes que o publico saiba que “diminuir o risco de” é completamente diferente de “impedir o risco de” (há lucros em manter a contaminação das pessoas. Vender camisinhas hoje é como ser o único vendedor de lápis a 1 real para toda a população da China e ganhar 1 bilhão de dólares periodicamente com isso). Saber dos riscos reais, faria as pessoas pensarem duas vezes antes de ter relações sexuais esporádicas. E, considerando que os dados epidemiológicos demonstram um risco de 30%, seria muita irresponsabilidade confiar em uma borracha dessas, quando sua própria vida fica ameaçada por uma doença hoje incurável.

A situação da epidemia da Aids no mundo, só vem a confirmar que o método camisinha está sendo um fiasco. A situação na África é, simplesmente, entristecedora. Acho que, o Sr. deve concordar comigo, quando uma tática não dar certo, ou a gente muda, ou a gente caminha para a falência. Então, é mister rever certos conceitos, afinal, são vidas de retardados ou não, em jogo e tão humanas como nós.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-554 Sergio de Biasi Tue, 07 Apr 2009 08:11:49 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-554 Cara Emanuelle, Noto que seu comentário falha em apontar exatamente em quê eu estaria redondamente enganado. Mas vamos por partes. Em primeiro lugar, eu concordo com a afirmação básica de que a forma como as informações sobre a camisinha são apresentadas nas campanhas a favor do seu uso é completamente farsesca e muito pouco informativa. Por um lado, a camisinha usada corretamente funciona bastante bem para impedir gravidez. Mas já para impedir contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, depende enormemente da doença e de muitos, muitos outros fatores. Não é absurdo afirmar que no caso da AIDS o risco de contaminação cai substancialmente com o uso de camisinha. Porém, é muito pouco divulgado que a proteção não é perfeita, nem exatamente quão imperfeita ela é. Um dos motivos é que na prática ninguém sabe ao certo. Novamente, depende de variáveis demais. Existem doenças contra as quais a camisinha resulta em excelente proteção. Existem outras contas as quais ela é praticamente inútil. Além disso, é óbvio que com ou sem camisinha, os hábitos sexuais têm um impacto enorme nas chances de contaminação. Agora, existe uma diferença muito grande entre ser contra promiscuidade porque é um risco à saúde pública e ser contra a promiscuidade genericamente, assim como existe uma enorme, gigantesca diferença entre dizer que a camisinha não funciona tão bem quanto alguns querem fazer acreditar e dizer que seja moralmente errado usá-la, e aliás qualquer outro método anticoncepcional, mesmo sem qualquer relação com doenças ou saúde pública, que é a posição católica. Provavelmente mais do que qualquer dessas coisas todas o que mais contribuiria para melhorar o problema da África seria tirar essas pessoas da mais completa indigência existencial e trazê-las para o rol dos seres humanos pensantes. Ficá-las manipulando com campanhas de lavagem cerebral seja para usar seja para não usar camisinha é intrinsecamente perverso e acaba soando como se fossem bichos de estimação. Infelizmente essa costuma ser a política tanto de católicos quando de esquerdosos estatizantes - vamos dizer às pessoas o que fazer. Por outro lado, existe a possibilidade de que a maior parte das pessoas, na África ou no resto do mundo, seja moralmente e intelectualmente retardada e portadora da mais profunda repulsa a assumir responsabilidade pelas próprias escolhas e queira mais é alguém lhe dizendo o que fazer. O que fazer quando queremos dar autonomia à força a pessoas que não desejam ter autonomia? Não posso deixar de pensar em <a href="http://www.imdb.com/title/tt0342735/" rel="nofollow">Manderlay</a>. Saudações, Sergio Cara Emanuelle,

Noto que seu comentário falha em apontar exatamente em quê eu estaria redondamente enganado.

Mas vamos por partes.

Em primeiro lugar, eu concordo com a afirmação básica de que a forma como as informações sobre a camisinha são apresentadas nas campanhas a favor do seu uso é completamente farsesca e muito pouco informativa.

Por um lado, a camisinha usada corretamente funciona bastante bem para impedir gravidez.

Mas já para impedir contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, depende enormemente da doença e de muitos, muitos outros fatores.

Não é absurdo afirmar que no caso da AIDS o risco de contaminação cai substancialmente com o uso de camisinha. Porém, é muito pouco divulgado que a proteção não é perfeita, nem exatamente quão imperfeita ela é. Um dos motivos é que na prática ninguém sabe ao certo. Novamente, depende de variáveis demais.

Existem doenças contra as quais a camisinha resulta em excelente proteção.

Existem outras contas as quais ela é praticamente inútil.

Além disso, é óbvio que com ou sem camisinha, os hábitos sexuais têm um impacto enorme nas chances de contaminação.

Agora, existe uma diferença muito grande entre ser contra promiscuidade porque é um risco à saúde pública e ser contra a promiscuidade genericamente, assim como existe uma enorme, gigantesca diferença entre dizer que a camisinha não funciona tão bem quanto alguns querem fazer acreditar e dizer que seja moralmente errado usá-la, e aliás qualquer outro método anticoncepcional, mesmo sem qualquer relação com doenças ou saúde pública, que é a posição católica.

Provavelmente mais do que qualquer dessas coisas todas o que mais contribuiria para melhorar o problema da África seria tirar essas pessoas da mais completa indigência existencial e trazê-las para o rol dos seres humanos pensantes. Ficá-las manipulando com campanhas de lavagem cerebral seja para usar seja para não usar camisinha é intrinsecamente perverso e acaba soando como se fossem bichos de estimação. Infelizmente essa costuma ser a política tanto de católicos quando de esquerdosos estatizantes – vamos dizer às pessoas o que fazer.

Por outro lado, existe a possibilidade de que a maior parte das pessoas, na África ou no resto do mundo, seja moralmente e intelectualmente retardada e portadora da mais profunda repulsa a assumir responsabilidade pelas próprias escolhas e queira mais é alguém lhe dizendo o que fazer. O que fazer quando queremos dar autonomia à força a pessoas que não desejam ter autonomia? Não posso deixar de pensar em Manderlay.

Saudações,
Sergio

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By: Emanuelle Carvalho Moura .././comment-page-1/#comment-553 Emanuelle Carvalho Moura Tue, 07 Apr 2009 05:24:16 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-553 Por que o Sr. Sérgio B. está redondamente enganado? Porque a camisinha é, efetivamente, uma farsa. Leiam aqui: http://palestrascatolicas.wordpress.com/2009/02/18/a-falha-dos-preservativos/ Por que o Sr. Sérgio B. está redondamente enganado? Porque a camisinha é, efetivamente, uma farsa.

Leiam aqui:

http://palestrascatolicas.wordpress.com/2009/02/18/a-falha-dos-preservativos/

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-552 Sergio de Biasi Tue, 31 Mar 2009 15:28:26 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-552 Oi Vitoria, Não, não sigo nenhuma religião, mas como grande parte dos brasileiros, sempre tive um contato muito próximo com a religião católica; é de longe a religião que mais esteve presente na minha vida de uma infinidade de formas. Mas nunca segui nenhuma religião, nem a católica. Saudações, Sergio Oi Vitoria,

Não, não sigo nenhuma religião, mas como grande parte dos brasileiros, sempre tive um contato muito próximo com a religião católica; é de longe a religião que mais esteve presente na minha vida de uma infinidade de formas. Mas nunca segui nenhuma religião, nem a católica.

Saudações,
Sergio

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By: Vitoria... .././comment-page-1/#comment-551 Vitoria... Tue, 31 Mar 2009 15:16:20 +0000 ../../../../.././?p=341#comment-551 Sergio...acho que vc fala muito mal da igreja catolica.....uma pergunta basica...vc é de alguma religiao??? Qual??? beijim.. Saudaçoes!!!:P Sergio…acho que vc fala muito mal da igreja catolica…..uma pergunta basica…vc é de alguma religiao???
Qual???
beijim..

Saudaçoes!!!:P

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