Agora que o inverno está acabando por aqui mais uma vez eu me lembro de como não é a única rotina possível tudo estar sempre congelado e ser necessário um sobretudo para ir até a esquina comprar um jornal.
Uma das – várias – experiências inesperadas que eu tive pela primeira vez depois de me mudar para cá foi tentar sair com o carro de manhã e descobrir que a porta não abria. Destrancar, puxar a maçaneta, quebrar uma camada de gelo em pedaços no processo e… nada. Nem chance de a porta abrir. Então olhei com mais cuidado e percebi que não era só a maçaneta. O carro inteiro estava coberto por uma camada de gelo, enclausurado numa caixa transparente feita de gelo. Ah, mas para isso, claro, todo mundo carrega um raspador de gelo, certo? E eu prevenido que sou havia comprado um! Que estava lamentavelmente dentro do carro. Bem, fui até a esquina e comprei *outro* raspador de gelo e quebrei o gelo em volta da porta inteira até ser possível abri-la pensando quão bizarro aquilo era.
Vejam que tempo lindo
E quando está nevando, é necessário ter algo – idealmente uma espécie de vassourinha – para tirar a neve dos vidros do carro antes de começar a dirigir. E novamente, claro, eu prevenido que sou, eu comprei a vassourinha adiantadamente. E aí quando você vai pro estacionamento várias vezes vê os outros ocupados cavando seus carros da neve antes de poderem sair. Pois bem, depois de fazer isso algumas vezes um dia eu estava dirigindo e fui parar num sinal e plooooooooooffffff ! Tomei um susto enorme e meu para-brisas estava de repente todo coberto. Ocorreu que eu não havia tirado a neve do *teto* do carro e quando eu parei ela escorregou toda pra frente. Mais uma pra ir aprendendo.
Evidentemente todos os prédios e todos os carros são aquecidos, mas então o que acontece é que quando a gente entra num prédio rapidamente fica com calor se continuar com todas as roupas que estava antes. Então fica um bota-e-tira roupas contínuo, e a coisa mais comum do mundo é ver luvas perdidas no chão, porque as pessoas tiram as luvas, colocam no bolso do sobretudo, e elas caem.
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Adoro ver seus percursos precisos. :-)
[...] A primeira vez neste inverno. Isso é algo que realmente muda nestas terras de altas latitudes : estações do ano de fato existem. Eu sempre ficara meio surpreso com a fixação dos americanos com previsão do tempo, mas agora [...]
“Percursos precisos”? :-)
Beijos,
Sergio