Comments on: Definições Políticas .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-3049 Sergio de Biasi Fri, 12 Feb 2010 18:16:59 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-3049 Pois então, esse é o espírito do texto original (que cito no começo) ao descrever os anarco-capitalistas... :-) Saudações, Sergio Pois então, esse é o espírito do texto original (que cito no começo) ao descrever os anarco-capitalistas… :-)

Saudações,
Sergio

]]>
By: Galego .././comment-page-1/#comment-3047 Galego Fri, 12 Feb 2010 17:05:52 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-3047 Gostei dessas comparações. Gostaria de te parabenizar primeiramente pelo bom-senso. Quanto às comparações, eu veria um ultra-liberal ou ancap como aquele que, vendo os sociais-democratas se detonarem pelo abuso dos remédios, chegam à conclusão que as doenças só são causadas pelo uso deles, e, por isso, ficam no caldo de galinha... Gostei dessas comparações. Gostaria de te parabenizar primeiramente pelo bom-senso. Quanto às comparações, eu veria um ultra-liberal ou ancap como aquele que, vendo os sociais-democratas se detonarem pelo abuso dos remédios, chegam à conclusão que as doenças só são causadas pelo uso deles, e, por isso, ficam no caldo de galinha…

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2434 Sergio de Biasi Tue, 12 Jan 2010 08:16:36 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2434 Sim, suicídio. Enfim, meu ponto era apenas que mesmo em situações quando aparentemente seria mais ou menos consensual concordar universalmente sobre certos princípios - como o de que sair matando não dá - quando vamos ao particular e concreto fica tudo muito confuso e pessoal e cada um sente de um jeito. Sim, suicídio.

Enfim, meu ponto era apenas que mesmo em situações quando aparentemente seria mais ou menos consensual concordar universalmente sobre certos princípios – como o de que sair matando não dá – quando vamos ao particular e concreto fica tudo muito confuso e pessoal e cada um sente de um jeito.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2433 Sergio de Biasi Tue, 12 Jan 2010 07:40:34 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2433 http://liepkan.wordpress.com/2010/01/04/chineses-inteligentes/ http://liepkan.wordpress.com/2010/01/04/chineses-inteligentes/

]]>
By: João .././comment-page-1/#comment-2425 João Tue, 12 Jan 2010 00:51:14 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2425 E se a outra pessoa estiver prestes a matar alguém? Legítima defesa E se a pessoa assassinada for eu mesmo? Não entendi. Suicídio? E se a outra pessoa estiver prestes a morrer e sofrendo intensamente? Se ela quiser morrer para escapar da dor, não vejo problema. Fiz isso com meu cachorro (e nem perguntei se ele preferia, dava para perceber que seria o melhor). Agora, refinando melhor a questão, quando digo que é OK, é porque talvez nem seja (certamente, não é em todos os casos), mas, sendo pessoal para pessoal, não estabelecerá um totalitarismo de estado ou de partido - isso, sim, um grande mal para todos. Espero ter conseguido ser mais claro. Saudações E se a outra pessoa estiver prestes a matar alguém?

Legítima defesa

E se a pessoa assassinada for eu mesmo?

Não entendi. Suicídio?

E se a outra pessoa estiver prestes a morrer e sofrendo intensamente?

Se ela quiser morrer para escapar da dor, não vejo problema. Fiz isso com meu cachorro (e nem perguntei se ele preferia, dava para perceber que seria o melhor).

Agora, refinando melhor a questão, quando digo que é OK, é porque talvez nem seja (certamente, não é em todos os casos), mas, sendo pessoal para pessoal, não estabelecerá um totalitarismo de estado ou de partido – isso, sim, um grande mal para todos.

Espero ter conseguido ser mais claro.

Saudações

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2384 Sergio de Biasi Sat, 09 Jan 2010 04:56:18 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2384 Mesmo isso depende. E se a outra pessoa estiver prestes a matar alguém? E se a pessoa assassinada for eu mesmo? E se a outra pessoa estiver prestes a morrer e sofrendo intensamente? Ética é um negócio muito complicado. Mesmo isso depende. E se a outra pessoa estiver prestes a matar alguém? E se a pessoa assassinada for eu mesmo? E se a outra pessoa estiver prestes a morrer e sofrendo intensamente? Ética é um negócio muito complicado.

]]>
By: João .././comment-page-1/#comment-2382 João Fri, 08 Jan 2010 23:40:27 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2382 É como eu disse. É inerente à maioria das pessoas, que - não tem jeito - são gado. Agora, matar uma pessoa é violência contra outra pessoa. Aí, não pode. É como eu disse. É inerente à maioria das pessoas, que – não tem jeito – são gado. Agora, matar uma pessoa é violência contra outra pessoa. Aí, não pode.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2362 Sergio de Biasi Thu, 07 Jan 2010 17:11:41 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2362 É a pílula azul. :-) [youtube 5-odXzS6wTE] É a pílula azul. :-)

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2361 Sergio de Biasi Thu, 07 Jan 2010 17:05:57 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2361 Olhe, no caso de não termos certeza do que fazer e acreditarmos que alguém sabe melhor do que a gente e por isso pedir orientação, não acho que seja fatal, e na verdade é até necessário, pois é impossível entender profundamente de tudo. É o que fazemos quando o mecânico da oficina diz "olha, tem que trocar a válvula termostática". Na maior parte das vezes você não vai lá testar pessoalmente se tem mesmo. A maior parte das pessoas nem sequer faz ideia do que seja. Mas existe uma diferença *muito* grande entre fazer isso por ter noção de suas próprias limitações versus fazer isso como forma de se eximir da responsabilidade das conseqüências de suas próprias escolhas. Especialmente no caso de escolhas com significado ético, uma coisa é pedir "ajuda aos univesitários", outra é fazer cegamente o que eles disserem. Não dá pra dizer "Mãe, será que eu mato esse cara?" e ela dizer "Mata sim!", você matar, e depois dizer pro juiz "Ah, mas minha mãe disse que era pra matar!". Eu acho que grande parte das pessoas, especialmente em questões éticas, está atrás é exatamente disso, e não de fazer o certo, ou fazer o bem, ou nada desse tipo. Elas estão afim é de poder dizer para si mesmas e para os outros : "não foi culpa minha , eu fiz o que me mandaram". Sobre a dependência ser ok desde que não seja do estado, eu discordo muito. Eu acho que esse tipo de dependência, se for uma do tipo que o incentiva a abrir mão do seu próprio julgamento e de sua responsabilidade como agente pensante e independente, é ruim seja qual for a entidade. Tornar-se psicologicamente dependente de qualquer entidade externa como guia para seguir cegamente e tomar certas decisões em última instância instransferíveis é (a meu ver) sempre patológico. Então não precisa ser o estado. Se for uma religião, uma seita, a sua família, seu grupo de amigos, se você começa a simplesmente tomar suas decisões de forma automática segundo critérios alienígenas externos sem parar para pensar no que está fazendo, tem algo ruim acontecendo. Mas isso é a minha opinião e grande parte das pessoas parece ficar imensamente feliz em fazê-lo. Olhe, no caso de não termos certeza do que fazer e acreditarmos que alguém sabe melhor do que a gente e por isso pedir orientação, não acho que seja fatal, e na verdade é até necessário, pois é impossível entender profundamente de tudo. É o que fazemos quando o mecânico da oficina diz “olha, tem que trocar a válvula termostática”. Na maior parte das vezes você não vai lá testar pessoalmente se tem mesmo. A maior parte das pessoas nem sequer faz ideia do que seja.

Mas existe uma diferença *muito* grande entre fazer isso por ter noção de suas próprias limitações versus fazer isso como forma de se eximir da responsabilidade das conseqüências de suas próprias escolhas. Especialmente no caso de escolhas com significado ético, uma coisa é pedir “ajuda aos univesitários”, outra é fazer cegamente o que eles disserem. Não dá pra dizer “Mãe, será que eu mato esse cara?” e ela dizer “Mata sim!”, você matar, e depois dizer pro juiz “Ah, mas minha mãe disse que era pra matar!”.

Eu acho que grande parte das pessoas, especialmente em questões éticas, está atrás é exatamente disso, e não de fazer o certo, ou fazer o bem, ou nada desse tipo. Elas estão afim é de poder dizer para si mesmas e para os outros : “não foi culpa minha , eu fiz o que me mandaram”.

Sobre a dependência ser ok desde que não seja do estado, eu discordo muito. Eu acho que esse tipo de dependência, se for uma do tipo que o incentiva a abrir mão do seu próprio julgamento e de sua responsabilidade como agente pensante e independente, é ruim seja qual for a entidade. Tornar-se psicologicamente dependente de qualquer entidade externa como guia para seguir cegamente e tomar certas decisões em última instância instransferíveis é (a meu ver) sempre patológico. Então não precisa ser o estado. Se for uma religião, uma seita, a sua família, seu grupo de amigos, se você começa a simplesmente tomar suas decisões de forma automática segundo critérios alienígenas externos sem parar para pensar no que está fazendo, tem algo ruim acontecendo. Mas isso é a minha opinião e grande parte das pessoas parece ficar imensamente feliz em fazê-lo.

]]>
By: Paulo Batista .././comment-page-1/#comment-2355 Paulo Batista Thu, 07 Jan 2010 02:05:58 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2355 Como sempre, belo artigo. E comentários de alto nível, ótimo o ponto levantado por Roger Prado. Creio que as pessoas gostam de ser guiadas, do pensamento romântico de que alguém (outro) sabe o que é melhor para si. Escolhas trazem angustias, ignorance is a bliss. Como sempre, belo artigo. E comentários de alto nível, ótimo o ponto levantado por Roger Prado.

Creio que as pessoas gostam de ser guiadas, do pensamento romântico de que alguém (outro) sabe o que é melhor para si. Escolhas trazem angustias, ignorance is a bliss.

]]>
By: João .././comment-page-1/#comment-2351 João Wed, 06 Jan 2010 20:57:49 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2351 "Grande parte das pessoas de fato *quer* alguém lhe dizendo o que fazer. E nem faz muita diferença quem seja, desde que haja alguém. Só não lhes diga que pensem por si mesmas" Sérgio, parafraseando Renato Russo, como bom pseudointelectual (ehehehe), vai ver que é assim mesmo e vai ser assim para frente. Faz parte da insegurança humana que nem todo mundo supera. Ou, às vezes, supera em alguns aspectos, em outros não. Minha mãe e minha irmã, profissionais de nível superior etc. já me perguntaram em quem votar. Em outros aspectos, talvez fosse eu a 'pedir ajuda aos universitários'. O importante, acredito, é que esta dependência não seja do estado (ou dO Prtido, ou algo que o valha, sobre todos). No nível pessoal, acho que é bastante normal até. “Grande parte das pessoas de fato *quer* alguém lhe dizendo o que fazer. E nem faz muita diferença quem seja, desde que haja alguém. Só não lhes diga que pensem por si mesmas”

Sérgio, parafraseando Renato Russo, como bom pseudointelectual (ehehehe), vai ver que é assim mesmo e vai ser assim para frente. Faz parte da insegurança humana que nem todo mundo supera. Ou, às vezes, supera em alguns aspectos, em outros não. Minha mãe e minha irmã, profissionais de nível superior etc. já me perguntaram em quem votar. Em outros aspectos, talvez fosse eu a ‘pedir ajuda aos universitários’.

O importante, acredito, é que esta dependência não seja do estado (ou dO Prtido, ou algo que o valha, sobre todos). No nível pessoal, acho que é bastante normal até.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2348 Sergio de Biasi Wed, 06 Jan 2010 16:58:37 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2348 Sim, sim! Concordo plenamente. É por isso que a segunda emenda americana é tão importante. O direito de ter armas é muito mais importante do que efetivamente ter armas. Aliás ela é muito mal compreendida. Ela não foi concebida para proteger o direito do cidadão de se proteger de um assaltante invadindo sua casa. Não, não. Ela foi concebida tendo em mente que direitos civis e politicos sem poder concreto para se defender de opressão arbitrária são frágeis e facilmente ignorados. Os founding fathers tinham muito claro que o poder estatal se sustenta através da violência coercitiva, e <a href="../../../../.././1999/05/15/os-guardiaes-da-democracia/" rel="nofollow">não é desejável que a sociedade seja deliberadamente reduzida a um bando de coitados indefesos</a>. Sim, sim! Concordo plenamente. É por isso que a segunda emenda americana é tão importante. O direito de ter armas é muito mais importante do que efetivamente ter armas. Aliás ela é muito mal compreendida. Ela não foi concebida para proteger o direito do cidadão de se proteger de um assaltante invadindo sua casa. Não, não. Ela foi concebida tendo em mente que direitos civis e politicos sem poder concreto para se defender de opressão arbitrária são frágeis e facilmente ignorados. Os founding fathers tinham muito claro que o poder estatal se sustenta através da violência coercitiva, e não é desejável que a sociedade seja deliberadamente reduzida a um bando de coitados indefesos.

]]>
By: Roger Prado .././comment-page-1/#comment-2345 Roger Prado Wed, 06 Jan 2010 15:31:17 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2345 Parece que os chineses citados, ao responderem com um "por que eu faria isso", não consideram a diferença entre "fazer isso" e "poder fazer isso". É muito pouco provável que eu saia da minha casa para fazer um protesto numa praça pública. Mas acho importante que essa possibilidade exista. Uma profunda psicologia de botequim poderia explicar que protestar na praça é menos importante do que poder protestar na praça. Partindo da premissa de que a liberdade é algo universalmente desejável, parece residir aqui o enigma na resposta dos chineses: não poder protestar na praça é mais ou menos importante do que não protestar na praça? Parece que os chineses citados, ao responderem com um “por que eu faria isso”, não consideram a diferença entre “fazer isso” e “poder fazer isso”.
É muito pouco provável que eu saia da minha casa para fazer um protesto numa praça pública. Mas acho importante que essa possibilidade exista.
Uma profunda psicologia de botequim poderia explicar que protestar na praça é menos importante do que poder protestar na praça. Partindo da premissa de que a liberdade é algo universalmente desejável, parece residir aqui o enigma na resposta dos chineses: não poder protestar na praça é mais ou menos importante do que não protestar na praça?

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2336 Sergio de Biasi Wed, 06 Jan 2010 03:55:56 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2336 Pois é, fazer lavagem cerebral a favor do pensamento crítico independente é um projeto problemático. :-P Concordo completamente que é preciso escapar a reformas mentais por coerção, lavagem cerebral, propaganda ou manipulação. Nada pior do que querer "conscientizar" as pessoas à força. Concordo plenamente que o combate se deve dar ao que as forma e não a elas. Mas como dar liberdade a elas para que formem seu senso crítico, como protegê-las daqueles que embotam sua percepção e toldam seu julgamento, daqueles que as doutrinam e dogmatizam e escravizam se elas lutam com unhas e dentes para manter sua servidão? Grande parte das pessoas de fato *quer* alguém lhe dizendo o que fazer. E nem faz muita diferença quem seja, desde que haja alguém. Só não lhes diga que pensem por si mesmas. :-P [youtube Zjz16xjeBAA] Pois é, fazer lavagem cerebral a favor do pensamento crítico independente é um projeto problemático. :-P Concordo completamente que é preciso escapar a reformas mentais por coerção, lavagem cerebral, propaganda ou manipulação. Nada pior do que querer “conscientizar” as pessoas à força. Concordo plenamente que o combate se deve dar ao que as forma e não a elas. Mas como dar liberdade a elas para que formem seu senso crítico, como protegê-las daqueles que embotam sua percepção e toldam seu julgamento, daqueles que as doutrinam e dogmatizam e escravizam se elas lutam com unhas e dentes para manter sua servidão? Grande parte das pessoas de fato *quer* alguém lhe dizendo o que fazer. E nem faz muita diferença quem seja, desde que haja alguém. Só não lhes diga que pensem por si mesmas. :-P

]]>
By: João .././comment-page-1/#comment-2335 João Wed, 06 Jan 2010 01:46:19 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2335 Acho que dá, sim, para traçar uma linha, ainda que tênue. Fumar maconha vai contra outra pessoa? Não. Então, não há justificativa para proibir. Andar armado? Aí, confesso que tenho minhas dúvidas, que vão desde a "defesa pessoal x segurança como umas das poucas responsabilidades realmente inerentes ao estado" ao poder da arma, que vai bem além da defesa pessoal Não duvido que "o problema MESMO são as pessoas. Não tem sistema que nos proteja de uma massa de pessoas com mentalidade totalitária". Até aí, nada a reparar. Quanto a dizer que "O que tem que ser reformado mesmo é a cabeça das pessoas", porém, me parece que foi isso que a revolução cultural de Mao tentou fazer (e fez, até certo ponto) e que o gramscianismo petista vem fazendo no Brasil. A "construção do sujeito", o "novo homem", isso tudo foi a base de regimes fascistas e comunistas, totalitários, enfim. Sem a menor certeza, mas com alguma intuição, penso que as massas de pessoas com mentalidade totalitária não se formam espontaneamente, mas justamente por meio dessas reformas mentais. E que o combate deve ser ao que as forma, não a elas - as pessoas, em si. Quanto menos o estado - ou mecanismo que o valha, sejam castas, partidos ou dogmas religiosos - tiver poder de moldar as cabeças das pessoas, acredito que menos haverá pessoas voluntariamente querendo não ser livres. Isto é, passar da liberdade à falta dela. Acho que é mais ou menos isso. Acho que dá, sim, para traçar uma linha, ainda que tênue. Fumar maconha vai contra outra pessoa? Não. Então, não há justificativa para proibir. Andar armado? Aí, confesso que tenho minhas dúvidas, que vão desde a “defesa pessoal x segurança como umas das poucas responsabilidades realmente inerentes ao estado” ao poder da arma, que vai bem além da defesa pessoal

Não duvido que “o problema MESMO são as pessoas. Não tem sistema que nos proteja de uma massa de pessoas com mentalidade totalitária”.

Até aí, nada a reparar. Quanto a dizer que “O que tem que ser reformado mesmo é a cabeça das pessoas”, porém, me parece que foi isso que a revolução cultural de Mao tentou fazer (e fez, até certo ponto) e que o gramscianismo petista vem fazendo no Brasil. A “construção do sujeito”, o “novo homem”, isso tudo foi a base de regimes fascistas e comunistas, totalitários, enfim. Sem a menor certeza, mas com alguma intuição, penso que as massas de pessoas com mentalidade totalitária não se formam espontaneamente, mas justamente por meio dessas reformas mentais. E que o combate deve ser ao que as forma, não a elas – as pessoas, em si. Quanto menos o estado – ou mecanismo que o valha, sejam castas, partidos ou dogmas religiosos – tiver poder de moldar as cabeças das pessoas, acredito que menos haverá pessoas voluntariamente querendo não ser livres. Isto é, passar da liberdade à falta dela. Acho que é mais ou menos isso.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2328 Sergio de Biasi Tue, 05 Jan 2010 19:10:18 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2328 Pois é, só que todo tipo de coisas que se considera largamente aceitável desde "vamos aumentar os impostos" até "vamos proibir as pessoas de andarem na rua com uma metralhadora a tiracolo" ou "é proibido fumar maconha" de fato atentam contra a liberdade alheia, então esse critério não é muito simples de usar. E na verdade é impossivel produzir ordem social sem atentar contra a liberdade alheia. Então quais ataques à liberdade alheia permitiremos, e quais consideraremos "tabu"? A idéia numa democracia é justamente que isso será decidido pela maioria. Daí se a maioria decidir que "<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Sex_toys#Legal_issues" rel="nofollow">é proibido vender sex toys</a>", é proibido e pronto. Então a democracia infelizmente não tem automaticamente esse grau de respeito à liberdade alheia que nós gostaríamos de ver sobre não pisarem no meu sapato. O sistema democrático é mesmo "se a maioria preferir o nazismo, então nazismo será". Agora, especificamente sobre o partido nazista, eu pessoalmente acho que por coerência democrática e libertária ele deve ser permitido, <a href="http://www.americannaziparty.com/" rel="nofollow">como de fato o é nos EUA</a>, e eu acho uma farsa ele ser proibido em muitos países do mundo, inclusive grande parte da "sofisticada" Europa, uma farsa tão ridícula quanto proibir o partido comunista, ou proibir religião, ou qualquer ideologia que não nos agrade. Liberdade de pensamento e de expressão é justamente para as coisas que achamos abomináveis, não para quem quer dizer coisas lindas com as quais concordamos. Então por coerência, um sistema realmente democrático e libertário não pode começar a proibir idéias. Ele pode proibir que você saia por aí matando pessoas, ou até mesmo que você incite ou facilite diretamente alguém a fazê-lo, mas absolutamente não deve mandar para a cadeia quem achar que matar os outros deveria ser permitido por lei em certos casos. Pelo menos não até a maioria concordar democraticamente e incoerentemente em revogar a liberdade de pensamento e expressão. :-P O que nos leva mais uma vez a questão : o problema MESMO são as pessoas. Não tem sistema que nos proteja de uma massa de pessoas com mentalidade totalitária. O que tem que ser reformado mesmo é a cabeça das pessoas. E isso apresenta dilemas muito complexos para um libertário, posto que grande parte das pessoas NÃO QUER ser livre. Pois é, só que todo tipo de coisas que se considera largamente aceitável desde “vamos aumentar os impostos” até “vamos proibir as pessoas de andarem na rua com uma metralhadora a tiracolo” ou “é proibido fumar maconha” de fato atentam contra a liberdade alheia, então esse critério não é muito simples de usar. E na verdade é impossivel produzir ordem social sem atentar contra a liberdade alheia. Então quais ataques à liberdade alheia permitiremos, e quais consideraremos “tabu”? A idéia numa democracia é justamente que isso será decidido pela maioria. Daí se a maioria decidir que “é proibido vender sex toys“, é proibido e pronto. Então a democracia infelizmente não tem automaticamente esse grau de respeito à liberdade alheia que nós gostaríamos de ver sobre não pisarem no meu sapato. O sistema democrático é mesmo “se a maioria preferir o nazismo, então nazismo será”.

Agora, especificamente sobre o partido nazista, eu pessoalmente acho que por coerência democrática e libertária ele deve ser permitido, como de fato o é nos EUA, e eu acho uma farsa ele ser proibido em muitos países do mundo, inclusive grande parte da “sofisticada” Europa, uma farsa tão ridícula quanto proibir o partido comunista, ou proibir religião, ou qualquer ideologia que não nos agrade. Liberdade de pensamento e de expressão é justamente para as coisas que achamos abomináveis, não para quem quer dizer coisas lindas com as quais concordamos. Então por coerência, um sistema realmente democrático e libertário não pode começar a proibir idéias. Ele pode proibir que você saia por aí matando pessoas, ou até mesmo que você incite ou facilite diretamente alguém a fazê-lo, mas absolutamente não deve mandar para a cadeia quem achar que matar os outros deveria ser permitido por lei em certos casos. Pelo menos não até a maioria concordar democraticamente e incoerentemente em revogar a liberdade de pensamento e expressão. :-P

O que nos leva mais uma vez a questão : o problema MESMO são as pessoas. Não tem sistema que nos proteja de uma massa de pessoas com mentalidade totalitária. O que tem que ser reformado mesmo é a cabeça das pessoas. E isso apresenta dilemas muito complexos para um libertário, posto que grande parte das pessoas NÃO QUER ser livre.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2325 Sergio de Biasi Tue, 05 Jan 2010 17:02:56 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2325 É, sei lá... por algum motivo conversas sobre assuntos científicos também são consideradas repulsivamente uncool, pelo menos no Brasil e nos EUA. Possivelmente genericamente é pensar que ficou uncool. Nem sempre foi assim. <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Enlightenment_Era" rel="nofollow">Durante o século 18</a> era considerado não só cool como uma necessidade social para qualquer pessoa com um mínimo de nível ser culta e estar pelo menos superficialmente informada sobre os assuntos científicos da época. Não que as classes menos favorecidas participassem disso. Hoje em dia - no Brasil isso é inequívoco - houve uma espécie de inversão na qual as classes mais abastadas adotaram o discurso e a cultura dos ignorantes e de quem não sabe absolutamente nada sobre coisa alguma. Os miseráveis em geral sempre trataram alta cultura como algo alienígena, até pela falta de contato, acesso e preparo, mas hoje em dia a alta burguesia (especialmente familiares e associados que não estão à frente de qualquer decisão importante), as castas aristocráticas, grande parte dos que ocupam altos cargos políticos - são em grande parte uns indigentes culturais. Pensar e saber coisas é algo deixado para os alienígenas na academia. Ironicamente eu diria que isso tudo é em grande parte resultado da <a href="../../../../.././2009/12/06/educacao-compulsoria-e-totalitarismo/" rel="nofollow">tentativa educar compulsoriamente a todos</a>, cujo maior resultado é a produção de um total desprezo e e hostilidade a qualquer tipo de intelectualidade acadêmica. E como aquela pessoa que foi forçada a ter aulas de piano durante anos quando criança e quando chegou em idade suficiente para dizer "não" simplesmente fechou o instrumento, nunca mais chegou perto dele e tem vontade de chutá-lo quando passa perto de um. É, sei lá… por algum motivo conversas sobre assuntos científicos também são consideradas repulsivamente uncool, pelo menos no Brasil e nos EUA. Possivelmente genericamente é pensar que ficou uncool. Nem sempre foi assim. Durante o século 18 era considerado não só cool como uma necessidade social para qualquer pessoa com um mínimo de nível ser culta e estar pelo menos superficialmente informada sobre os assuntos científicos da época. Não que as classes menos favorecidas participassem disso. Hoje em dia – no Brasil isso é inequívoco – houve uma espécie de inversão na qual as classes mais abastadas adotaram o discurso e a cultura dos ignorantes e de quem não sabe absolutamente nada sobre coisa alguma. Os miseráveis em geral sempre trataram alta cultura como algo alienígena, até pela falta de contato, acesso e preparo, mas hoje em dia a alta burguesia (especialmente familiares e associados que não estão à frente de qualquer decisão importante), as castas aristocráticas, grande parte dos que ocupam altos cargos políticos – são em grande parte uns indigentes culturais. Pensar e saber coisas é algo deixado para os alienígenas na academia. Ironicamente eu diria que isso tudo é em grande parte resultado da tentativa educar compulsoriamente a todos, cujo maior resultado é a produção de um total desprezo e e hostilidade a qualquer tipo de intelectualidade acadêmica. E como aquela pessoa que foi forçada a ter aulas de piano durante anos quando criança e quando chegou em idade suficiente para dizer “não” simplesmente fechou o instrumento, nunca mais chegou perto dele e tem vontade de chutá-lo quando passa perto de um.

]]>
By: João .././comment-page-1/#comment-2322 João Tue, 05 Jan 2010 13:43:59 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2322 A liberdade de gritar contra o filho do brasil em praça pública vem caindo em função de sua popularidade, usada para intimidar a crítica, assim como intentonas autoritárias como est: "A Ancinav fracassou. O CFJ fracassou. O que acontecerá com a Confecom? Fracassará. Mas a imprensa, de bombardeio em bombardeio, de anúncio em anúncio, de chantagem em chantagem, amedronta-se e domestica-se." (Diogo Mainardi, 14 de novembro de 2009). Quanto a se a maioria preferir o nazismo, considero que o que deve ser deixado claro é que toda opinião e associação deve ser tolerada, desde que não ataque a liberdade alheia nem incite à violência física, moral, contra a pessoa ou sua propriedade. Neste ponto, o nazismo, mesmo apoiado por uma maioria, não pode ser adotado nem tolerado contra os que não aderirem. You can do anything, but don't step on my blue suede shoes. A liberdade de gritar contra o filho do brasil em praça pública vem caindo em função de sua popularidade, usada para intimidar a crítica, assim como intentonas autoritárias como est: “A Ancinav fracassou. O CFJ fracassou. O que acontecerá com a Confecom? Fracassará. Mas a imprensa, de bombardeio em bombardeio, de anúncio em anúncio, de chantagem em chantagem, amedronta-se e domestica-se.” (Diogo Mainardi, 14 de novembro de 2009).
Quanto a se a maioria preferir o nazismo, considero que o que deve ser deixado claro é que toda opinião e associação deve ser tolerada, desde que não ataque a liberdade alheia nem incite à violência física, moral, contra a pessoa ou sua propriedade. Neste ponto, o nazismo, mesmo apoiado por uma maioria, não pode ser adotado nem tolerado contra os que não aderirem. You can do anything, but don’t step on my blue suede shoes.

]]>
By: Claudio .././comment-page-1/#comment-2319 Claudio Tue, 05 Jan 2010 09:06:33 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2319 Tenho uma conhecida que foi morar na Europa e ela constantemente reclama que, nas conversas, se fala muito de política. Eu não entendo qual mecanismo tornou a política um assunto que não é apropriado para pessoas legais. Quando vemos alguém no nosso cinema ou TV que se interessa pelo assunto é sempre caricatural, aquele membro de centro acadêmico que quer mudar o mundo e coisas do tipo. Tenho uma conhecida que foi morar na Europa e ela constantemente reclama que, nas conversas, se fala muito de política. Eu não entendo qual mecanismo tornou a política um assunto que não é apropriado para pessoas legais. Quando vemos alguém no nosso cinema ou TV que se interessa pelo assunto é sempre caricatural, aquele membro de centro acadêmico que quer mudar o mundo e coisas do tipo.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2315 Sergio de Biasi Tue, 05 Jan 2010 02:36:33 +0000 ../../../../.././?p=1751#comment-2315 Pois então, seu exemplo pessoal confirma o que eu falei. As pessoas têm uma tendência quase suicida a quererem manter aquilo a que estão acostumadas não interessa o que aconteça. Eu não acho que seja da boca pra fora; as pessoas querem manter o que conhecem mesmo quando é "pior" pra elas segundo parâmetros de quase qualquer um que esteja vendo de fora. Especificamente quanto a casar e namorar, etc, eu não acho que a maior parte das pessoas que cresceu em ambientes com grande repressão sexual repentinamente se sintam "libertadas" ao serem inseridas em outro contexto. Essa é a nossa visão de quem sempre teve esse tipo de liberdade e odiaria perdê-la. Mas para grande parte dessas pessoas, eu acho bem mais provável que ao inseridas num novo país elas fiquem desconfortáveis e até mesmo resolvam tentar reprimir seus filhos e os nativos do que que elas se sintam libertadas. :-P Indianos, por exemplo, freqüentemente vêm solteiros para os EUA e quando chega na "hora de casar" eles importam uma noiva/esposa apropriada da India. Mesma coisa fazem muitos muçulmanos. As pessoas não chegam nos EUA e então automaticamente mudam toda sua cultura e pensam "boate, oba!", da mesma forma que a gente ao chegar aqui não pensa automaticamente "beisebol, oba!" ou "futebol americano, oba!". Pois então, seu exemplo pessoal confirma o que eu falei. As pessoas têm uma tendência quase suicida a quererem manter aquilo a que estão acostumadas não interessa o que aconteça. Eu não acho que seja da boca pra fora; as pessoas querem manter o que conhecem mesmo quando é “pior” pra elas segundo parâmetros de quase qualquer um que esteja vendo de fora.

Especificamente quanto a casar e namorar, etc, eu não acho que a maior parte das pessoas que cresceu em ambientes com grande repressão sexual repentinamente se sintam “libertadas” ao serem inseridas em outro contexto. Essa é a nossa visão de quem sempre teve esse tipo de liberdade e odiaria perdê-la. Mas para grande parte dessas pessoas, eu acho bem mais provável que ao inseridas num novo país elas fiquem desconfortáveis e até mesmo resolvam tentar reprimir seus filhos e os nativos do que que elas se sintam libertadas. :-P

Indianos, por exemplo, freqüentemente vêm solteiros para os EUA e quando chega na “hora de casar” eles importam uma noiva/esposa apropriada da India. Mesma coisa fazem muitos muçulmanos. As pessoas não chegam nos EUA e então automaticamente mudam toda sua cultura e pensam “boate, oba!”, da mesma forma que a gente ao chegar aqui não pensa automaticamente “beisebol, oba!” ou “futebol americano, oba!”.

]]>