Comments on: Ainda Ateísmo .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-6917 Sergio de Biasi Sun, 03 Oct 2010 02:34:56 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6917 Oi Almeida, Se formos considerar que o "não-vazio" pré-universo possa ser considerado inteligente ou consciente em algo mais do que potencialidade, então este "não-vazio" automaticamente requererá ele mesmo uma explicação. Como teria surgido esse "não-vazio"? É a mesma questão que com a lei da gravidade. Mesmo que ela seja suficiente para explicar o surgimento de todo o resto, continua requerendo ela mesma uma explicação. Agora, sobre o "não vazio" ser "mais inteligente" ou "mais consciente" do que nós, um dos maiores triunfos da ciência foi precisamente descobrir que isso não é necessariamente verdade. Que existem muitos sistemas nos quais a partir de leis simples e peças intercambiáveis emerge espontaneamente complexidade num nível superior de abstração, sem necessidade de um plano ou de um guia. Inclusive uma compreensão mais moderna do assunto é que isso é não apenas possível como cosmicamente provável - estatisticamente, os sistemas que mais rapidamente aumentam a entropia tendem a prevalecer, e ironicamente sistemas complexos (i.e. de baixa entropia) tendem a ser mais eficientes em aumentar a entropia total do sistema. Mas de fato, seja qual for a natureza do "não vazio" pré-universo, a questão mais fundamental é precisamente essa : de onde veio esse "não vazio"? Do vazio total (inclusive de leis) pode surgir alguma coisa? E eu diria que entender como responder a essa pergunta é o maior desafio de todos. Eu pessoalmente não vejo problemas *lógicos* com algo surgindo do nada, aliás pelo contrário; o nada total é justamente a ausência de leis de qualquer tipo. Alguns resolvem neste ponto querer citar "Ex nihilo nihil fit" como se fosse uma revelação divina, mas isso é um argumento impreciso e falho pelos padrões modernos. Em termos de lógica pura, é perfeitamente possivel sim tirar todo tipo de conseqüências do nada, apenas elas terão que ser todas tautológicas (isto é, logicamente equivalentes ao nada). Então me parece perfeitamente possível um projeto de pesquisa que busque justificar o surgimento do universo a partir do nada completo como sendo logicamente necessário (ou pelo menos permitido) e ao mesmo tempo compatível com a equivalência com o nada ser mantida. Claro, esse é um problema dificílimo, que pode ser sintetizado na necessidade de justificar o que percebemos como quebras de simetria. Mas por outro lado existem já proto-propostas sobre como resolver isso; uma delas é supor que todos os universos logicamente possíveis estão continuamente sendo criados a todo instante e estamos em apenas um deles. Não é uma resposta lá muito satisfatória, mas é logicamente consistente. Saudações, Sergio Oi Almeida,

Se formos considerar que o “não-vazio” pré-universo possa ser considerado inteligente ou consciente em algo mais do que potencialidade, então este “não-vazio” automaticamente requererá ele mesmo uma explicação. Como teria surgido esse “não-vazio”? É a mesma questão que com a lei da gravidade. Mesmo que ela seja suficiente para explicar o surgimento de todo o resto, continua requerendo ela mesma uma explicação.

Agora, sobre o “não vazio” ser “mais inteligente” ou “mais consciente” do que nós, um dos maiores triunfos da ciência foi precisamente descobrir que isso não é necessariamente verdade. Que existem muitos sistemas nos quais a partir de leis simples e peças intercambiáveis emerge espontaneamente complexidade num nível superior de abstração, sem necessidade de um plano ou de um guia. Inclusive uma compreensão mais moderna do assunto é que isso é não apenas possível como cosmicamente provável – estatisticamente, os sistemas que mais rapidamente aumentam a entropia tendem a prevalecer, e ironicamente sistemas complexos (i.e. de baixa entropia) tendem a ser mais eficientes em aumentar a entropia total do sistema.

Mas de fato, seja qual for a natureza do “não vazio” pré-universo, a questão mais fundamental é precisamente essa : de onde veio esse “não vazio”? Do vazio total (inclusive de leis) pode surgir alguma coisa? E eu diria que entender como responder a essa pergunta é o maior desafio de todos.

Eu pessoalmente não vejo problemas *lógicos* com algo surgindo do nada, aliás pelo contrário; o nada total é justamente a ausência de leis de qualquer tipo. Alguns resolvem neste ponto querer citar “Ex nihilo nihil fit” como se fosse uma revelação divina, mas isso é um argumento impreciso e falho pelos padrões modernos. Em termos de lógica pura, é perfeitamente possivel sim tirar todo tipo de conseqüências do nada, apenas elas terão que ser todas tautológicas (isto é, logicamente equivalentes ao nada). Então me parece perfeitamente possível um projeto de pesquisa que busque justificar o surgimento do universo a partir do nada completo como sendo logicamente necessário (ou pelo menos permitido) e ao mesmo tempo compatível com a equivalência com o nada ser mantida. Claro, esse é um problema dificílimo, que pode ser sintetizado na necessidade de justificar o que percebemos como quebras de simetria. Mas por outro lado existem já proto-propostas sobre como resolver isso; uma delas é supor que todos os universos logicamente possíveis estão continuamente sendo criados a todo instante e estamos em apenas um deles. Não é uma resposta lá muito satisfatória, mas é logicamente consistente.

Saudações,
Sergio

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By: Almeida .././comment-page-1/#comment-6894 Almeida Sat, 02 Oct 2010 00:52:48 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6894 Entendo que outra lógica que se impõe é que esse “não-vazio” metafísico, que existia no lugar do nada absoluto, teria de conter em si todas as potencialidades para determinar tudo que efetivamente existe. Do que não é não pode surgir o que é. Ou pode? Nós somos a materialização (desculpe, não consegui evitar o trocadilho) da capacidade da matéria de tomar consciência de si própria; de explicar muito de como funciona a parte de nós mesmos e do resto do universo que não tem essa consciência, e até mesmo ter a incrível capacidade de duvidar se poderemos um dia encontrar aquela ponte entre a matéria e sua própria lógica. Posso concluir que aquele “não-vazio” era mais inteligente e consciente de si que nós mesmos? Chegamos em Deus? Fico muito feliz de ter minhas questões analisadas e respondidas por alguém cujas idéias e formas de apresenta-las admiro muito. Entendo que outra lógica que se impõe é que esse “não-vazio” metafísico, que existia no lugar do nada absoluto, teria de conter em si todas as potencialidades para determinar tudo que efetivamente existe. Do que não é não pode surgir o que é. Ou pode?

Nós somos a materialização (desculpe, não consegui evitar o trocadilho) da capacidade da matéria de tomar consciência de si própria; de explicar muito de como funciona a parte de nós mesmos e do resto do universo que não tem essa consciência, e até mesmo ter a incrível capacidade de duvidar se poderemos um dia encontrar aquela ponte entre a matéria e sua própria lógica.

Posso concluir que aquele “não-vazio” era mais inteligente e consciente de si que nós mesmos?

Chegamos em Deus?

Fico muito feliz de ter minhas questões analisadas e respondidas por alguém cujas idéias e formas de apresenta-las admiro muito.

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By: Edson Vander .././comment-page-1/#comment-6886 Edson Vander Fri, 01 Oct 2010 21:32:05 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6886 Sua colocação é perfeita, você tem razão, dentro do que é real, realmente é mais razoável acreditar que não. Nós humanos tendemos a ver aquilo que gostaríamos de ver, interpretamos cada quadro de acordo com a quantidade de conhecimento pessoal acumulada e de experiências pessoais vividas.Tais como as oficinas de texto, é impressionante a quantidade de interpretações que se extrai de um mesmo texto por pessoas diferentes, que tiverem educação e vivencias diversificadas.. Não cabe em qualquer cerébro por mais inteligente que seja, entender uma coisa que não tenha começo ou fim. Definitivamente o "nada" não cria alguma coisa. Como você colocou em uma resposta mais acima, se leis criaram o universo, elas teriam que existir antes, se existiam, eram alguma coisa e é esta coisa que chamamos de Deus, somente divergimos dos ateus se esta coisa era inteligente ou não. Talvez não seja uma opção pura e seca, mas uma opção do que nos alimenta o espirito. O Amor, o carinho, a carencia a consciência seriam somente instintos de sobrevivência e reações quimicas que surgiram por acaso? Talvez eu queira tanto que Ele exista, talvez eu precise tanto dele para ultrapassar as barreiras surgem em minha vida, talvez eu queira tanto acreditar que alguem mais poderoso que tudo vai me ajudar a superar meus problemas, minhas dores, angustias e necessidades, que meu cerébro criado por acaso, mas com um poder inigualável, me faz acreditar piamente que ele está a meu lado. Saudações e parabens pelo seus textos!! Você é muito bom no que faz e escreve muito bem. Espero que eu esteja certo e que um cérebro tão privilegiado não desapareça simplesmente com a morte. Mas se eu estiver errado, sei que vai deixar muitas heranças intelectuais. Sua colocação é perfeita, você tem razão, dentro do que é real, realmente é mais razoável acreditar que não.
Nós humanos tendemos a ver aquilo que gostaríamos de ver, interpretamos cada quadro de acordo com a quantidade de conhecimento pessoal acumulada e de experiências pessoais vividas.Tais como as oficinas de texto, é impressionante a quantidade de interpretações que se extrai de um mesmo texto por pessoas diferentes, que tiverem educação e vivencias diversificadas..

Não cabe em qualquer cerébro por mais inteligente que seja, entender uma coisa que não tenha começo ou fim. Definitivamente o “nada” não cria alguma coisa. Como você colocou em uma resposta mais acima, se leis criaram o universo, elas teriam que existir antes, se existiam, eram alguma coisa e é esta coisa que chamamos de Deus, somente divergimos dos ateus se esta coisa era inteligente ou não.

Talvez não seja uma opção pura e seca, mas uma opção do que nos alimenta o espirito. O Amor, o carinho, a carencia a consciência seriam somente instintos de sobrevivência e reações quimicas que surgiram por acaso?

Talvez eu queira tanto que Ele exista, talvez eu precise tanto dele para ultrapassar as barreiras surgem em minha vida, talvez eu queira tanto acreditar que alguem mais poderoso que tudo vai me ajudar a superar meus problemas, minhas dores, angustias e necessidades, que meu cerébro criado por acaso, mas com um poder inigualável, me faz acreditar piamente que ele está a meu lado.

Saudações e parabens pelo seus textos!! Você é muito bom no que faz e escreve muito bem. Espero que eu esteja certo e que um cérebro tão privilegiado não desapareça simplesmente com a morte. Mas se eu estiver errado, sei que vai deixar muitas heranças intelectuais.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-6869 Sergio de Biasi Thu, 30 Sep 2010 19:20:29 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6869 O argumento de que "se não é possivel provar algo definitivamente então acreditar ou não é igualmente racional" não é bom. Eu proponho que há neste momento uma nota de dez reais enterrada em algum lugar em Marte. Se eu perguntar se você acredita nisso provavelmente dirá que não. Eu certamente direi que não. Mas nenhum de nós pode *provar* que não haja. Diante disso é apenas uma "escolha" acreditar que não haja? Absolutamente não. Nós lidamos na vida real o tempo todo com situações para as quais não há prova absoluta de nada, aliás a maior parte das situações reais é assim. Então de repente é "apenas uma opção" acreditar que se você não colocar gasolina no tanque o seu carro vai parar de andar? Claro, pode ser que alguém tenha resolvido encher seu tanque durante a noite toda vez que você vai dormir. É logicamente possivel. Só não é muito provável. Em termos do que é real é abundantemente mais razoável é acreditar que não. Saudações, Sergio O argumento de que “se não é possivel provar algo definitivamente então acreditar ou não é igualmente racional” não é bom. Eu proponho que há neste momento uma nota de dez reais enterrada em algum lugar em Marte. Se eu perguntar se você acredita nisso provavelmente dirá que não. Eu certamente direi que não. Mas nenhum de nós pode *provar* que não haja. Diante disso é apenas uma “escolha” acreditar que não haja? Absolutamente não. Nós lidamos na vida real o tempo todo com situações para as quais não há prova absoluta de nada, aliás a maior parte das situações reais é assim. Então de repente é “apenas uma opção” acreditar que se você não colocar gasolina no tanque o seu carro vai parar de andar? Claro, pode ser que alguém tenha resolvido encher seu tanque durante a noite toda vez que você vai dormir. É logicamente possivel. Só não é muito provável. Em termos do que é real é abundantemente mais razoável é acreditar que não.

Saudações,
Sergio

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By: Edson .././comment-page-1/#comment-6868 Edson Thu, 30 Sep 2010 18:58:50 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6868 Este assunto sempre me interessou, mas o grande problema era que a grande maioria dos ateus simplesmente iam contra o Deus apresentado pela religião e não contra o Deus quanto "inteligência Universal". Todos argumentos contras e a favor são possíveis de serem rebatidos até mesmo pela simples negação. O grande argumento que tinhamos era o argumento do raciocínio lógico de que toda criação intelingente sugere um criador inteligente, e nada é mais inteligente que as leis naturais. Mas este argumento não prospera há muito tempo. Diante disso tudo, concluo com certeza absoluta que crer ou não em Deus, é uma questão de escolha, é uma opção. Digo isto porque não há como provar, pelo menos por enquanto, sua existencia ou não. Eu pessoalmente tenho algumas experiências que me fazem acreditar na inteligência fora da matéria, em Deus e na existência pós morte. Mas enfim, o mesmo raciocínio que me leva a crer nisto tudo, as vezes me leva a me questionar se não tenho um certo teor de esquisofrenia. O chato é que a resposta só virá se eu estiver certo, pois se estiver errado eu retornarei à terra, virarei esterco e servirei de alimento a outros serem orgânicos. Este assunto sempre me interessou, mas o grande problema era que a grande maioria dos ateus simplesmente iam contra o Deus apresentado pela religião e não contra o Deus quanto “inteligência Universal”.

Todos argumentos contras e a favor são possíveis de serem rebatidos até mesmo pela simples negação. O grande argumento que tinhamos era o argumento do raciocínio lógico de que toda criação intelingente sugere um criador inteligente, e nada é mais inteligente que as leis naturais. Mas este argumento não prospera há muito tempo.

Diante disso tudo, concluo com certeza absoluta que crer ou não em Deus, é uma questão de escolha, é uma opção. Digo isto porque não há como provar, pelo menos por enquanto, sua existencia ou não.

Eu pessoalmente tenho algumas experiências que me fazem acreditar na inteligência fora da matéria, em Deus e na existência pós morte. Mas enfim, o mesmo raciocínio que me leva a crer nisto tudo, as vezes me leva a me questionar se não tenho um certo teor de esquisofrenia.

O chato é que a resposta só virá se eu estiver certo, pois se estiver errado eu retornarei à terra, virarei esterco e servirei de alimento a outros serem orgânicos.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-6814 Sergio de Biasi Tue, 28 Sep 2010 13:30:28 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6814 Eu concordo, acho que é por aí mesmo, mas por outro lado de onde teria vindo a lei da gravidade? Para mim a única resposta que faz sentido no final das contas é que o universo seria logicamente necessário, a priori, e por isso surgiu. O processo de como surgiu parece mesmo que em algum momento vai dar em matéria e energia surgindo do "nada" mas este "nada" já continha as leis físicas e regras que exigiam (ou pelo menos permitiam) o surgimento de certas coisas e não outras. Então embora vazio de matéria e energia, não era metafisicamente vazio. A questão é conseguir encontrar essa última ponte entre realidade física e necessidade lógica. Isso seria de longe um dos maiores triunfos possíveis da compreensão humana. Não está claro que um dia conseguiremos. :-) Saudações, Sergio Eu concordo, acho que é por aí mesmo, mas por outro lado de onde teria vindo a lei da gravidade?

Para mim a única resposta que faz sentido no final das contas é que o universo seria logicamente necessário, a priori, e por isso surgiu. O processo de como surgiu parece mesmo que em algum momento vai dar em matéria e energia surgindo do “nada” mas este “nada” já continha as leis físicas e regras que exigiam (ou pelo menos permitiam) o surgimento de certas coisas e não outras. Então embora vazio de matéria e energia, não era metafisicamente vazio. A questão é conseguir encontrar essa última ponte entre realidade física e necessidade lógica. Isso seria de longe um dos maiores triunfos possíveis da compreensão humana. Não está claro que um dia conseguiremos. :-)

Saudações,
Sergio

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By: Almeida .././comment-page-1/#comment-6785 Almeida Sun, 26 Sep 2010 16:54:38 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-6785 Prezado, Você concorda com o Dr. Hawking quando diz em seu novo livro que a Lei da Gravidade, ou outra lei do universo, poderia ter trazido o universo do nada? Prezado,

Você concorda com o Dr. Hawking quando diz em seu novo livro que a Lei da Gravidade, ou outra lei do universo, poderia ter trazido o universo do nada?

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-5467 Sergio de Biasi Sat, 24 Jul 2010 16:43:32 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-5467 Oi Joel, Não, eu não pretendo dar uma resposta à resposta à minha resposta... a reposta original já é ruim que chegue. Sabe, uma coisa é ter uma opinião da qual eu discordo, outra é estar falando nonsense total, e ainda por cima desonesto (isto é, representando minhas opiniões de uma forma tão distorcida que não posso conceber que seja um erro sincero). Sobre a causa primeira, olha só, não é que ela não tenha *nada* a ver com o deus das religiões; a questão é que dos argumentos apresentados sobre a necessidade de uma causa primeira num contexto teológico, quase universalmente salta-se então para todo tipo de conclusões sobre propriedades adicionais da causa primeira que não são nem remotamente logicamente necessárias. Por que teria que ser um único deus, e não vários, ou mesmo infinitos? Por que tem que ser um ser com autoconsciência ao invés de simplesmente uma força impessoal da natureza? E como é que ética e moral têm qualquer coisa a ver com isso? Etc, etc. Então é nesse sentido que eu repudio as tentativas de justificar deuses através de argumentos sobre "causas primeiras". Mesmo que aceitemos que uma "causa primeira" seja necessária - e até isso é discutível - daí não decorrem todas as propriedades fantásticas atribuídas aos deuses das religiões. Então se formos entender o conceito de deus como apenas um *nome* para a causa primeira ao invés de como uma figura mitológica que ocorre de cumprir o papel de causa primeira nas religiões, então realmente ele tem muito pouco a ver com os deuses como apresentados pelas religiões do mundo. Saudações, Sergio Oi Joel,

Não, eu não pretendo dar uma resposta à resposta à minha resposta… a reposta original já é ruim que chegue. Sabe, uma coisa é ter uma opinião da qual eu discordo, outra é estar falando nonsense total, e ainda por cima desonesto (isto é, representando minhas opiniões de uma forma tão distorcida que não posso conceber que seja um erro sincero).

Sobre a causa primeira, olha só, não é que ela não tenha *nada* a ver com o deus das religiões; a questão é que dos argumentos apresentados sobre a necessidade de uma causa primeira num contexto teológico, quase universalmente salta-se então para todo tipo de conclusões sobre propriedades adicionais da causa primeira que não são nem remotamente logicamente necessárias. Por que teria que ser um único deus, e não vários, ou mesmo infinitos? Por que tem que ser um ser com autoconsciência ao invés de simplesmente uma força impessoal da natureza? E como é que ética e moral têm qualquer coisa a ver com isso? Etc, etc.

Então é nesse sentido que eu repudio as tentativas de justificar deuses através de argumentos sobre “causas primeiras”. Mesmo que aceitemos que uma “causa primeira” seja necessária – e até isso é discutível – daí não decorrem todas as propriedades fantásticas atribuídas aos deuses das religiões. Então se formos entender o conceito de deus como apenas um *nome* para a causa primeira ao invés de como uma figura mitológica que ocorre de cumprir o papel de causa primeira nas religiões, então realmente ele tem muito pouco a ver com os deuses como apresentados pelas religiões do mundo.

Saudações,
Sergio

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By: Joel Pinheiro .././comment-page-1/#comment-5401 Joel Pinheiro Tue, 13 Jul 2010 19:52:26 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-5401 Sérgio Di Biasi, falem o que falarem, mas um mérito você tem: é um homem paciente, e este post o prova. A tréplica já está lá no site refutatio. Será que teremos mais uma resposta? Bom, na verdade não quero discutir precisamente a existência de Deus, mas só discordar da sua opinião de que os argumentos do tipo "causa primeira" nada tem a ver com o Deus das religiões. Vejamos só: só pelo argumento da causa primeira, já se chega a um ser que: - É a causa de todos os outros - Sem o qual nenhum outro ser existe ou poderia existir - Não depende de nenhum outro ser para sua própria existência, e nem nunca poderia deixar de existir. - É imaterial Dou uma rápida trabalhada no argumento da causa primeira aqui (no caso de suscitar seu interesse): - "Quem Causa a Causa Primeira?" http://tavista.blogspot.com/2010/07/quem-causa-causa-primeira.html Enfim, tanto filósofos quanto crentes aceitariam as caracterizações acima. O grande passo para, digamos, estabelecer a identificação dos dois conceitos seria provar que a Causa Primeira tem que ser inteligente ou algo que o valha; não é uma mera entidade bruta, mas, digamos, uma Razão, um Intelecto. Mas mesmo sem dar esse passo, é possível dizer que não há nada inconciliável entre a Causa Primeira e o Deus das religiões monoteístas. Um católico não veria problema em chamar a Deus de Causa Primeira; ele provavelmente só diria "ok, mas existem mais coisas que podem ser ditas sobre Deus do que diz o argumento da causa primeira", e aí entram sim questões de Fé, que é incompatível com demonstrações, mas não com evidências, e portanto não necessariamente irracional; apenas não racionalmente demonstrável. Sérgio Di Biasi, falem o que falarem, mas um mérito você tem: é um homem paciente, e este post o prova. A tréplica já está lá no site refutatio. Será que teremos mais uma resposta?

Bom, na verdade não quero discutir precisamente a existência de Deus, mas só discordar da sua opinião de que os argumentos do tipo “causa primeira” nada tem a ver com o Deus das religiões. Vejamos só: só pelo argumento da causa primeira, já se chega a um ser que:

- É a causa de todos os outros
- Sem o qual nenhum outro ser existe ou poderia existir
- Não depende de nenhum outro ser para sua própria existência, e nem nunca poderia deixar de existir.
- É imaterial

Dou uma rápida trabalhada no argumento da causa primeira aqui (no caso de suscitar seu interesse): – “Quem Causa a Causa Primeira?” http://tavista.blogspot.com/2010/07/quem-causa-causa-primeira.html

Enfim, tanto filósofos quanto crentes aceitariam as caracterizações acima. O grande passo para, digamos, estabelecer a identificação dos dois conceitos seria provar que a Causa Primeira tem que ser inteligente ou algo que o valha; não é uma mera entidade bruta, mas, digamos, uma Razão, um Intelecto. Mas mesmo sem dar esse passo, é possível dizer que não há nada inconciliável entre a Causa Primeira e o Deus das religiões monoteístas. Um católico não veria problema em chamar a Deus de Causa Primeira; ele provavelmente só diria “ok, mas existem mais coisas que podem ser ditas sobre Deus do que diz o argumento da causa primeira”, e aí entram sim questões de Fé, que é incompatível com demonstrações, mas não com evidências, e portanto não necessariamente irracional; apenas não racionalmente demonstrável.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-5256 Sergio de Biasi Fri, 02 Jul 2010 14:40:07 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-5256 Bem, depende do que você chama de "manifestação religiosa". O que eu acho imprescindível, essencial, importantíssimo combater são as instituições religiosas nos moldes em que usualmente se organizam. E para mim o problema fundamental não é que religião seja irracional (embora obviamente seja), e sim que ela quase universalmente incentiva e exige que os seus seguidores abram mão de seu julgamento pessoal sobre o que é certo e errado, sobre o que é verdadeiro e falso, e o depositem e deleguem a alguma autoridade externa. Isso leva a todo tipo de distorções, intolerência, opressão e a uma quantidade inenarrável de destruição e sofrimento ao longo da história. Agora, é preciso qualificar também esse "combater". Quando digo isso, não é sair por aí queimando templos ou proibindo nada, especialmente não proibir as pessoas de manifestarem civilizadamente suas crenças. Eu continuo achando que cada um tem o direito - e deve ter assegurada a liberdade - de acreditar no que quiser. Quando digo combater, é com convencimento, com idéias, com educação e com argumentos. Mas sendo essas ressalvas colocadas, acho sim que religião deve ser combatida ativamente e que isso é muito importante. Estruturas sociais organizadas seriamente em torno de religião tornam-se com regularidade previsível intoleravelmente totalitárias. Grupos religiosos quase universalmente não apresentam qualquer hesitação em tornar seus mais bizarros preconceitos em lei em obtendo suficiente poder político. Então eu acho que religião deve ser combatida de forma similar a que acho que comunismo deve ser combatido : é um aglomerado de idéias perversas, destrutivas e delirantes, pretensamente justificáveis moralmente em nome da fraternidade e do bem comum, mas que na prática e historicamente produzem totalitarismo, destruição, sofrimento e opressão. Mas apesar disso, deve ter pleno direito de existir, de divulgar suas idéias, de concorrer a presidente, etc. Saudações, Sergio Bem, depende do que você chama de “manifestação religiosa”. O que eu acho imprescindível, essencial, importantíssimo combater são as instituições religiosas nos moldes em que usualmente se organizam. E para mim o problema fundamental não é que religião seja irracional (embora obviamente seja), e sim que ela quase universalmente incentiva e exige que os seus seguidores abram mão de seu julgamento pessoal sobre o que é certo e errado, sobre o que é verdadeiro e falso, e o depositem e deleguem a alguma autoridade externa. Isso leva a todo tipo de distorções, intolerência, opressão e a uma quantidade inenarrável de destruição e sofrimento ao longo da história.

Agora, é preciso qualificar também esse “combater”. Quando digo isso, não é sair por aí queimando templos ou proibindo nada, especialmente não proibir as pessoas de manifestarem civilizadamente suas crenças. Eu continuo achando que cada um tem o direito – e deve ter assegurada a liberdade – de acreditar no que quiser. Quando digo combater, é com convencimento, com idéias, com educação e com argumentos.

Mas sendo essas ressalvas colocadas, acho sim que religião deve ser combatida ativamente e que isso é muito importante. Estruturas sociais organizadas seriamente em torno de religião tornam-se com regularidade previsível intoleravelmente totalitárias. Grupos religiosos quase universalmente não apresentam qualquer hesitação em tornar seus mais bizarros preconceitos em lei em obtendo suficiente poder político. Então eu acho que religião deve ser combatida de forma similar a que acho que comunismo deve ser combatido : é um aglomerado de idéias perversas, destrutivas e delirantes, pretensamente justificáveis moralmente em nome da fraternidade e do bem comum, mas que na prática e historicamente produzem totalitarismo, destruição, sofrimento e opressão. Mas apesar disso, deve ter pleno direito de existir, de divulgar suas idéias, de concorrer a presidente, etc.

Saudações,
Sergio

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By: M. V. M. de Arruda .././comment-page-1/#comment-5234 M. V. M. de Arruda Wed, 30 Jun 2010 05:13:09 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-5234 Sergio, saúde. Confesso gostar dos seus textos; são claros, limpos e com algum humor. Não compreendi isto: "Combater religião ativamente é mais do que prudente e sábio, é um dever moral." Li e entendi que você está atento a um tipo especial de renascimento do fundamentalismo religioso – o especial fica por minha conta – e, portanto, combate nos termos mais honestos possíveis. Sérgio, você toma imprescindível combater toda manifestação religiosa? Com respeito, M. V. M. de Arruda. Sergio,
saúde.
Confesso gostar dos seus textos; são claros, limpos e com algum humor.
Não compreendi isto: “Combater religião ativamente é mais do que prudente e sábio, é um dever moral.”
Li e entendi que você está atento a um tipo especial de renascimento do fundamentalismo religioso – o especial fica por minha conta – e, portanto, combate nos termos mais honestos possíveis.
Sérgio, você toma imprescindível combater toda manifestação religiosa?
Com respeito,
M. V. M. de Arruda.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-4894 Sergio de Biasi Sat, 05 Jun 2010 05:37:37 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4894 http://www.xr.pro.br/VISITANTES/VISITANTES761.HTML http://www.xr.pro.br/VISITANTES/VISITANTES761.HTML

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-4626 Sergio de Biasi Sun, 30 May 2010 19:23:23 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4626 Resposta às minhas observações para quem quiser ler mais no mesmo estilo por mim criticado na primeira parte do presente texto. Resposta às minhas observações para quem quiser ler mais no mesmo estilo por mim criticado na primeira parte do presente texto.

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By: Resposta à tréplica de um Ateu « Refutatio .././comment-page-1/#comment-4625 Resposta à tréplica de um Ateu « Refutatio Sun, 30 May 2010 19:22:03 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4625 [...] Enfim, a resposta em questão se refere ao meu texto Ateísmo Para Principiantes. [...] [...] Enfim, a resposta em questão se refere ao meu texto Ateísmo Para Principiantes. [...]

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-4623 Sergio de Biasi Sun, 30 May 2010 19:09:13 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4623 Bem, você me colocou a pensar sobre o assunto e aí acabei escrevendo isso aqui abaixo :-) <a href="../../.././30/breve-bibliografia-em-filosofia-da-ciencia/" rel="nofollow">../../.././30/breve-bibliografia-em-filosofia-da-ciencia/</a> Saudações, Sergio Bem, você me colocou a pensar sobre o assunto e aí acabei escrevendo isso aqui abaixo :-)

../../.././30/breve-bibliografia-em-filosofia-da-ciencia/

Saudações,
Sergio

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By: Leonardo .././comment-page-1/#comment-4619 Leonardo Sun, 30 May 2010 14:30:26 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4619 No meio de tanta bobagem dita contra o seu texto, registro aqui meus cumprimentos à sua coerência lógica e à sua maturidade com os termos de que dispomos pra construir o nosso conhecimento. Qualquer dia faça um post com uma bibliografia sobre filosofia da ciência, esse é um assunto fascinante. Abraços, Leonardo No meio de tanta bobagem dita contra o seu texto, registro aqui meus cumprimentos à sua coerência lógica e à sua maturidade com os termos de que dispomos pra construir o nosso conhecimento. Qualquer dia faça um post com uma bibliografia sobre filosofia da ciência, esse é um assunto fascinante.

Abraços,

Leonardo

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-4616 Sergio de Biasi Sun, 30 May 2010 03:38:39 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4616 Certo, é tão absolutamente óbvio que deus não existe que não faz sentido algum perder tempo discutindo por causa disso, certo? Não, errado. Ingenuamente, alienadamente, perigosamente errado. Religião absolutamente não é apenas algo delirante, mas inofensivo. Não tenha ilusões do que aconteceria se por exemplo os nazichatólicos tivessem poder político suficiente para imporem sua vontade. Aliás, nem sequer é preciso imaginar - basta observar o que aconteceu todas as vezes em que tiveram. Não tenha ilusões também do quanto diversas religiões, não apenas a seita nazichatólica, luta diariamente para conquistar a maior quantidade possível de poder político com a explícita intenção de então impor seus preconceitos, er, dogmas de fé, er, verdades absolutas reveladas e infalíveis, a toda a sociedade. Finalmente, não tenha ilusões sobre o quanto de fato CONSEGUIRAM e estão conseguindo fazê-lo em vastas partes do mundo HOJE com conseqüências terríveis, e do quando NÃO existe um progresso inevitável no mundo em direção ao abandono da religião. O mundo está passando por um lamentável ressurgimento de fundamentalismo religioso e as conseqüências não são nem um pouco infantis. E as pessoas são ganhas ou perdidas para a causa da liberdade e da autodeterminação individualmente, uma a uma, algo que os religiosos percebem muito bem. Eu não tenho qualquer esperança de "desconverter" as pessoas que vêm aqui dizer que a existência de deus seria auto-evidente (!) mas eu tenho alguma esperança de conseguir suscitar, em quem vê esse tipo de debate, um questionamento crítico das besteiradas religiosas que lhes são enfiadas goela abaixo noite e dia sem muitas vozes se levantando em oposição. Combater religião ativamente é mais do que prudente e sábio, é um dever moral. Saudações, Sergio Certo, é tão absolutamente óbvio que deus não existe que não faz sentido algum perder tempo discutindo por causa disso, certo?

Não, errado. Ingenuamente, alienadamente, perigosamente errado.

Religião absolutamente não é apenas algo delirante, mas inofensivo. Não tenha ilusões do que aconteceria se por exemplo os nazichatólicos tivessem poder político suficiente para imporem sua vontade. Aliás, nem sequer é preciso imaginar – basta observar o que aconteceu todas as vezes em que tiveram. Não tenha ilusões também do quanto diversas religiões, não apenas a seita nazichatólica, luta diariamente para conquistar a maior quantidade possível de poder político com a explícita intenção de então impor seus preconceitos, er, dogmas de fé, er, verdades absolutas reveladas e infalíveis, a toda a sociedade. Finalmente, não tenha ilusões sobre o quanto de fato CONSEGUIRAM e estão conseguindo fazê-lo em vastas partes do mundo HOJE com conseqüências terríveis, e do quando NÃO existe um progresso inevitável no mundo em direção ao abandono da religião.

O mundo está passando por um lamentável ressurgimento de fundamentalismo religioso e as conseqüências não são nem um pouco infantis. E as pessoas são ganhas ou perdidas para a causa da liberdade e da autodeterminação individualmente, uma a uma, algo que os religiosos percebem muito bem. Eu não tenho qualquer esperança de “desconverter” as pessoas que vêm aqui dizer que a existência de deus seria auto-evidente (!) mas eu tenho alguma esperança de conseguir suscitar, em quem vê esse tipo de debate, um questionamento crítico das besteiradas religiosas que lhes são enfiadas goela abaixo noite e dia sem muitas vozes se levantando em oposição.

Combater religião ativamente é mais do que prudente e sábio, é um dever moral.

Saudações,
Sergio

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By: André HP .././comment-page-1/#comment-4612 André HP Sat, 29 May 2010 22:12:31 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4612 Deus não existe e parem de brigar, crianças. Deus não existe e parem de brigar, crianças.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-4600 Sergio de Biasi Thu, 27 May 2010 20:23:57 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4600 É realmente muito cansativo argumentar com quem nem sequer consegue ler o que está escrito. O que eu escrevi foi algo razoavelmente específico : que é ridículo argumentar com base nas categorias metafísicas e na estrutura lógica que prevaleciam na escolástica medieval, não que qualquer coisa que qualquer um tenha escrito sobre qualquer assunto na Idade Média esteja automaticamente errado ou seja ridículo. Então não, eu NÃO disse que "seguir um método organizado de origem medieval seja ridículo". Eu disse que seguir UM certo método medieval específico hoje é ridículo. Mas aparentemente essa distinção "sutil" está além do que é possível fazer compreender aqui, mesmo quando afirmada explicitamente. De fato, só fica mais e mais claro a cada dia quão oportuno foi o meu texto "<a href="../../../.././01/11/citando-aristoteles/" rel="nofollow">Citando Aristóteles</a>". É realmente muito cansativo argumentar com quem nem sequer consegue ler o que está escrito. O que eu escrevi foi algo razoavelmente específico : que é ridículo argumentar com base nas categorias metafísicas e na estrutura lógica que prevaleciam na escolástica medieval, não que qualquer coisa que qualquer um tenha escrito sobre qualquer assunto na Idade Média esteja automaticamente errado ou seja ridículo. Então não, eu NÃO disse que “seguir um método organizado de origem medieval seja ridículo”. Eu disse que seguir UM certo método medieval específico hoje é ridículo. Mas aparentemente essa distinção “sutil” está além do que é possível fazer compreender aqui, mesmo quando afirmada explicitamente.

De fato, só fica mais e mais claro a cada dia quão oportuno foi o meu texto “Citando Aristóteles“.

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By: Pedro Barreto .././comment-page-1/#comment-4599 Pedro Barreto Thu, 27 May 2010 19:48:29 +0000 ../../../../.././?p=1985#comment-4599 Novamente você segue o pecado dos escolásticos decadentes como de outros ao confundir os exemplos das aplicações metafísicas Aristotélicas com o pensamento em si. Ora meu amigo, você disse lá em todas as letras que seguir um método organizado, de origem medieval, é ridículo. Ridículo implica uma valoração muito forte. Citando: "Argumentar no século 21 com base nas categorias metafísicas e na estrutura lógica que prevaleciam na escolástica medieval é RIDÍCULO". Apontei a contradição, pois o que se trata aqui é da Idade, a época mais desconhecida da História entre as pessoas, e não do pensamento em si. Culto acrítico da época de Aristóteles é meio duvidoso. Aristóteles fez uma sistematização de toda a filosofia da época até então, procurando soluções aos problemas que Platão não havia até então resolvido. Esse culto acrítico se dava exatamente porque o acesso a essas obras era só possível a quem possuía dinheiro, sendo que só pôde ser livremente discutido nas Universidade livres da Idade Média. São Tomás não é acrítico perante Aristóteles, e sabe-se muito bem disso. Quanto à lógica formal, isso é curioso, pois mesmo se considerando erradas por muitos, até mesmo seus pressupostos filosóficos, é usada desde dos idealistas aos pressuposicionalistas (um tipo de filosofia reformada). De qualquer forma, apontei a incoerência lá, pois enfatizou-se o século XXI, de modo que se apontou claramente um quê evolucionista, ou positivista, em seu pensamento. Salve! Novamente você segue o pecado dos escolásticos decadentes como de outros ao confundir os exemplos das aplicações metafísicas Aristotélicas com o pensamento em si.
Ora meu amigo, você disse lá em todas as letras que seguir um método organizado, de origem medieval, é ridículo. Ridículo implica uma valoração muito forte. Citando: “Argumentar no século 21 com base nas categorias metafísicas e na estrutura lógica que prevaleciam na escolástica medieval é RIDÍCULO”. Apontei a contradição, pois o que se trata aqui é da Idade, a época mais desconhecida da História entre as pessoas, e não do pensamento em si.
Culto acrítico da época de Aristóteles é meio duvidoso. Aristóteles fez uma sistematização de toda a filosofia da época até então, procurando soluções aos problemas que Platão não havia até então resolvido. Esse culto acrítico se dava exatamente porque o acesso a essas obras era só possível a quem possuía dinheiro, sendo que só pôde ser livremente discutido nas Universidade livres da Idade Média. São Tomás não é acrítico perante Aristóteles, e sabe-se muito bem disso.
Quanto à lógica formal, isso é curioso, pois mesmo se considerando erradas por muitos, até mesmo seus pressupostos filosóficos, é usada desde dos idealistas aos pressuposicionalistas (um tipo de filosofia reformada).
De qualquer forma, apontei a incoerência lá, pois enfatizou-se o século XXI, de modo que se apontou claramente um quê evolucionista, ou positivista, em seu pensamento.

Salve!

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