Mulheres do mundo, vou lhes prestar um grande favor e colocar aqui alguns fatos sobre homens que qualquer homem médio com um mínimo de experiência, introspecção e sinceridade está abundantemente cansado de conhecer mas que a mulher média absolutamente desconhece.
Homens do mundo, vou lhes prestar um grande favor ao dizer explicitamente as coisas que vocês queriam que suas parceiras soubessem mas que por um monte de motivos elas não estão dispostas a ouvir, não é socialmente aceitável dizer, ou que não é dito porque coloca a nós homens numa posição da extrema vulnerabilidade.
Esposas, namoradas, parceiras, ouçam : existe uma grande probabilidade de que você não tenha a mais remota idéia de quão importante sexo é para um homem, ou mais especificamente, para o homem que você ama.
Note, não é que as mulheres em geral não percebam que existe alguma coisa acontecendo com homens e sexo. Elas percebem que os homens falam sobre sexo, e buscam sexo, e as procuram para ter sexo, e etc. Mas elas vezes demais não conseguem entender exatamente o que está acontecendo, e saltam para todo tipo de conclusão equivocada, com conseqüências extremamente negativas para a felicidade geral de ambos os gêneros.
Comecemos com um exercício de desconstruir certos preconceitos. Vou iniciar com alguns fatos concretos. Os homens em geral, muitissíssimo mais do que as mulheres, estupram, consomem pornografia, pagam por sexo, e estão genericamente propensos a todo tipo de comportamento desonesto, ilegal, destrutivo, insensato, absurdo e bizarro para obter de alguma forma acesso a sexo ou mesmo a simulacros de sexo. A questão é : por quê?
Não tendo que andar por aí com seu sangue inundado de testosterona 24 horas por dia, uma grande parte das mulheres tende a concluir que é porque os homens sejam brutos insensíveis, estúpidos egoístas, que por um capricho fútil estão dispostos e felizes em usar os outros sem qualquer consideracão por seus sentimentos, em particular suas mulheres. Bem, evidentemente que existem tais pessoas que não se importam com suas parceiras, mas isso não é privilégio do gênero masculino, e sim decorrente do fato de que uma boa parte (talvez a esmagadora maioria das pessoas) é horrivel mesmo. O mesmo tipo de fenômeno ocorre do lado feminino.
Mas façamos aqui um exercício que acredito que será muito elucidativo. Você, mulher que não entende o comportamento dos homens com relação a sexo, e se sente tentada a concluir que seu homem não se importa, que é um grosseirão que quer apenas objetificá-la, faça o seguinte esforço de imaginação. Tome o comportamento que você observa nos homens – ou no seu homem – e ao invés de concluir que se ele está fazendo tais e quais coisas então ele não tem caráter, pense ao contrário. Você, mulher bem intencionada que se importa sinceramente com o bem estar do seu parceiro que em outros aspectos parece ter grandes qualidades mas não consegue entender o comportamento dele com relação a sexo, parta do princípio de que ele se importa com você tanto quanto você se importa com ele (claro, supondo que você tenha fortes motivos e evidências em outras áreas da vida para concluir que escolheu um parceiro que de fato se importe com você), e tente então se colocar na posição dele. Pense o seguinte : o que *eu* teria que estar passando para apresentar esse tipo de comportamento? Qual o nível de desespero e frustração eu teria que atingir antes de começar a agir dessa forma?
A verdade constrangedora e que coloca os homens extremamente vulneráveis é que os homens precisam desesperadamente de suas mulheres, e sexo é uma parte absolutamente fundamental disso. Um homem médio pode receber de sua companheira um monte de demonstrações de companheirismo e carinho e afeto mas a não ser que esteja patologicamente estressado, deprimido ou bravo – e grande parte das vezes mesmo assim – ele não se sentirá amado (pelo contrário, sentir-se-á rejeitado e alienado, não interessa quantas explicações ouvir) se não receber sexo.
Mas é mais do que isso. Mais do que não se sentir amado, com as naturais conseqüências psicológicas e afetivas, o homem médio se tornará progressivamente ressentido, amargo, desmotivado e destrutivo. Os homens precisam metabolicamente, biologicamente, quimicamente de sexo – pense num nível de um viciado em heroína. Na verdade pior, porque a síndrome de abstinência não passa e vai embora após alguns dias / semanas – ela simplesmente permanece lá, opressivamente, onipresente, constante, insufocável. Tente trabalhar, se relacionar, descansar, viver uma vida produtiva com uma britadeira ligada 24 horas por dia no volume 11 sacudindo seu corpo e sua mente com a urgência de um afogamento dizendo “você precisa ter acesso sexual à sua parceira”. Entenda que esse é o estado biológico normal de grande partes dos homens e entenderá muito sobre os homens – e sobre o seu parceiro que você ama.
Claro, como sempre, indivíduos variam e a média não dita casos particulares. E além disso, a história prévia faz muita diferença – alguém que nunca fez sexo, ou nunca fez sexo satisfatório, dentro de uma relação afetiva estável, não tem com o que comparar, e avaliar corretamente de onde vem toda essa angústia. E uma parcela dos homens, seja por falta de introspecção, mas provavelmente muito mais por uma questão de se preservar, não está disposto a admitir claramente e abertamente com todas as palavras quão séria é essa questão em suas vidas. Mas a verdade é que o homem médio começa a ficar frustrado e incomodado após algo da ordem de 24 horas sem ter acesso sexual à sua parceira. E progressivamente isso cresce em direção ao desespero.
E quando eu digo desespero, é desespero mesmo. É como se as mulheres tivessem a chave da geladeira e os homens só pudessem se alimentar quando elas decidissem permitir. Inclusive eu diria que para a maior parte dos homens gera um grau de desespero e frustração bem maior não ter acesso a sexo do que não ter acesso a comida. Por favor, mulheres do mundo, prestem atenção ao que estou dizendo, e entenderão muito do comportamento masculino, e terão mais compaixão quando um homem tentar explicar que precisa ter sexo com você ou vai ficar louco. A metáfora com estar lhes negando alimento é bastante realista.
Claro, uma mulher pode ter dificuldade de entender como isso possa ser tão intenso e paralisante, e argumentar por exemplo que não ter acesso a sexo não causa a morte, como não ter acesso a comida eventualmente causa. Mas a isso eu respondo : lembre-se de que as nossas necessidades biológicas não se expressam como decisões racionais a nível cognitivo e sim como imperativos psicológicos no nível mais basal a instintivo. Você não decide comer da mesma forma que decide encher o tanque do seu carro, pensando calmamente “Oh, meus níveis de glicose estão baixando, provavelmente está na hora de injetar uns carboidratos no meu sistema.” Não, você *precisa* comer, inicialmente como um leve desejo, então como uma vontade crescente, e finalmente desesperadamente, ansiosamente, avidamente. Se alimentação, ou sono, ou água, ou ar lhe for negado por tempo suficiente, o resultado será o mais completo desespero, no qual todas as outras prioridades serão jogadas às favas até que essa necessidade biológica seja atendida. Isso não é um mecanismo racional que ocorra baseado em considerações lógicas. Se fosse, todos conseguiriam fazer dieta sem problemas. Não é assim que funciona.
Eu estou aqui então relatando algo que é verdade para uma grande fração dos homens com relação a sexo, certamente para o homem médio. Não acredite se seu homem tentar negar este fato por uma questão de dignidade, auto-preservação, pressão social ou porque você não consegue entender ou aceitar que seja assim. Nós homens somos reféns de uma quantidade enorme de testosterona sendo continuamente despejada em nosso sangue. Somos reféns disso e temos que lidar diariamente com isso de algum jeito. Escolher o que fazer diante disso vai depender do caráter e da capacidade para auto-controle de cada um, mas o sentimento visceral e opressivo ao qual o homem médio está sujeito é de que sexo não é opcional. Não tem sequer que ser bom ou agradável, tem que ser feito. Assim como alimentação – em desespero, você catará restos de um sanduíche semi-apodrecido de uma lata de lixo na rua. Não que você queira viver assim; você buscará construir uma vida na qual isso nunca ocorra. Mas é o que grande parte, em desespero, fará se for absolutamente necessário.
Agora, você, mulher que lê este texto, certamente já viu em algum momento um mendigo sem teto catando sanduíches semi-aprodrecidos de latas de lixo no meio da rua. Imagine, quão desesperada você teria que estar para fazer isso? Quanta fome você teria que estar sentindo para sentir alívio e paz ao ingerir um sanduíche semi-comido que você tirou de uma lata de lixo no meio da rua?
Grande parte das mulheres parece acreditar – possivelmente baseadas em como elas próprias vivem sua sexualidade – que a busca constante de sexo por parte dos homens através de todos os meios e artifícios possíveis seria um sinal de futilidade e de busca narcisista de auto-gratificação. Que quando um homem contrata uma prostituta ele estaria pensando “Hehe, eu sou gostosão mesmo, quero pegar todas.” Mas com muito maior probabilidade, o homem médio nessa situação está sendo motivado pelo mais completo desespero, solidão, medo e angústia. Claro, existem exceções, como em tudo. Mas o homem médio nessa situação, independentemente de qualquer imagem estereotipada de garanhão ou pegador que mitologicamente se tenha construído sobre o assunto, é muito mais provavelmente alguém em total desespero. É o mendigo tirando sanduíches da lata de lixo. Claro que é extremamente vexaminoso e deprimente se assumir nessa posição tão vulnerável, então os homens mesmos em geral deixam seguir – e até incentivam – esse mito como forma de preservar um pouco de sua dignidade. Mas na maior parte das vezes a realidade é muito menos glamourosa.
Então pense e reflita, você, mulher que lê este texto : quão desesperada você teria que estar para pagar uma pessoa desconhecida para tocar em você e demonstrar que te aceita e que te recebe como mulher? Quão absurdamente desesperada você teria que estar para gastar dinheiro que você não tem, arriscando sua saúde, sua reputação, seu bem-estar, sua dignidade, em alguns casos sua liberdade e sua vida, para fazê-lo? Quão desesperada você teria que estar para retirar um sanduíche semi-apodrecido do lixo e comê-lo e ainda se sentir aliviada com isso? Para roubar um pão do mercado quando ninguém estivesse olhando?
Mulheres do mundo : por favor não coloquem seus homens nessa condição de desespero. Vocês não têm tanta testosterona quanto nós sendo continuamente despejada no seu sangue e em geral não conseguem sequer começar a compreender por que os homens agem como agem com relação a sexo. Eu estou tentando explicar. Por favor ouçam, e se vocês sinceramente se importam com algum homem em particular, saibam que isso provavelmente é verdade sobre ele também, mesmo que ele nunca tenha articulado, ou mesmo que ele veementemente negue (porque é de fato algo muito complicado de admitir).
Note, não é que seu parceiro não te ame, ou que ele te enxergue apenas como um dispositivo para aliviar suas tensões sexuais. Um homem com o qual valha a pena estar sente sim uma quantidade enorme de afeto e carinho e amor por você, essencialmente como você sente por ele. Mas as necessidades psicológicas e afetivas dele não são necessariamente atendidas da mesma forma que as suas. Assim como você precisa que ele te ouça, e que ele atenda a certos imperativos psicológicos e afetivos muito profundos da sua parte mesmo quando ele estiver cansado, estressado, preocupado ou ocupado, ele precisa de compromisso similar da sua parte. Um homem ao qual sexo é racionado por sua parceira ficará insatisfeito, amargo, e infeliz. Imagine estar continuamente numa posição na qual você não sabe de onde ou quando virá a sua próxima refeição.
Claro, evidentemente você também tem suas próprias questões com relação a sexo, mas compreenda o quão crucialmente importante é que você encontre uma forma de acomodar as dele sem se violentar, e tente compreender quão profundas e intensas provavelmente são as dele, quase com certeza bem mais do que você jamais imaginou ou ele conseguiu te explicar.
Uma certa categoria de mulher talvez se sinta tentada a dizer cinicamente “não é problema meu, lide com isso”. Mas na maioria dos casos nós não temos como “lidar com isso” sem a ajuda de uma mulher. Responder isso a um homem é como responder a uma mulher que diz “eu preciso que você atenda à minha necessidade de ser ouvida” que “não é problema meu, lide com isso”. Não é uma resposta apropriada dentro de uma relação afetiva sólida baseada em respeito, carinho e consideração mútua pela felicidade do outro.
Os homens do mundo com os quais vale a pena estar não estão buscando uma escrava sexual, um eletrodoméstico com um buraco aquecido, não estão querendo receber carinho e afeto e amor sem dar nada em troca. Muito pelo contrário. Eles reconhecerão o seu comprometimento, e motivados por amor, gratidão e carinho farão tudo ao seu alcance para retribuir à altura e prestar atenção a que as suas necessidades também estejam sempre satisfeitas. Mas eles de fato precisam intensamente, de forma muito mais profunda e visceral do que você espontaneamente compreenderia, que você esteja sexualmente receptiva. Tente sinceramente entender isso. Não significa que ele não se importe com você. Muito pelo contrário, qualquer homem com quem valha a pena estar tentará entender também o seu lado, e através de diálogo chegar a uma forma de fazer as coisas que possa funcionar para ambos. E estará não só disposto como determinado a fazer a parte dele quando se tratar de satisfazer as suas outras necessidades afetivas e psicológicas. Mas você precisa compreender o quão fundamental é essa questão de sexo para o homem médio. O quão importante isto é para a sanidade mental dele, para a saúde da relação, para a capacidade dele de ser um ser humano equilibrado e funcional e um bom companheiro.
Antes de mais nada, não assuma que sexo para ele signifique a mesma coisa que significa para você. Se você diz para seu parceiro “Eu te amo e está tudo bem mas eu não estou afim de fazer sexo com você hoje.”, o que ele vai ouvir é : “Eu não te amo mais. Eu não sinto mais atração por você. Eu não gosto mais de você. Eu não sou mais sua mulher.” Um homem razoável conseguirá compreender situações desviantes e exceções, mas isso ocorrer regularmente será inevitavelmente compreendido dessa forma. Esse é um ponto extremamente complexo de explicar ou fazer entender.
Talvez uma comparação ajude. Suponha que seu marido chegue em casa e você esteja cheia de saudade dele e você corra para ele e o abrace esperando naturalmente que ele a abrace de volta. Suponha então que a resposta dele seja ficar ali em pé parado sem esboçar qualquer reação senão um vago ar de desconforto e impaciência. Então você tente beijá-lo e ele vire o rosto. Aí você pergunte “Puxa, o que está havendo?” e ele responda “Nada, está tudo ótimo, eu te amo e sou apaixonado por você, mas neste momento não estou afim de que você encoste em mim.” E suponha que isso ocorresse com considerável freqüência, digamos mais da metade das vezes em que você o procurasse. Você pensaria que está tudo bem, ótimo? Isso seria administrável?
Ou, para fazer uma outra comparação, que talvez fale ainda mais profundamente às mulheres. Suponhamos que seu parceiro chegasse em casa e você estivesse cheia de saudade dele. Então você falasse “Oi querido, que bom que você chegou!” e ele não falasse nada ou falasse “Hm.” e então andasse até você, te virasse de costas, puxasse sua calça para baixo e fizesse sexo com você ali mesmo sem qualquer carinho e sem dizer nada, terminasse, fechasse o zíper, e então fosse para o computador trabalhar te deixando em pé ali no meio da sala. Aí quando você se aproximasse dele para conversar ele dissesse “Que saco, já te disse que não é sempre que estou afim de conversar, só às vezes, me deixa em paz”.
Se essa última história soa simultaneamente realista (embora caricatural) e extremamente frustrante, pense que é *precisamente* assim que os homens se sentem quando após buscarem atender às legítimas necessidades de afeto, carinho e atenção de suas mulheres são então rejeitados sexualmente. As necessidades dos dois parceiros em uma relação de casal não são necessariamente as mesmas, ou sincronizadas. Ambos têm que estar dispostos a fazer compromissos e a não fazerem exatamente o que querem na hora em que querem. Claro, é preciso escolher um parceiro cujas necessidades você tenha condição de satisfazer sem se violentar, e que tenha condições de satisfazer às suas necessidades sem se violentar. Mas muitas vezes um dos dois estará ouvindo o outro, e prestando atenção no outro, e cuidando do outro não porque essa seja a atividade mais divertida do mundo naquele momento, e sim motivado por amor e carinho e comprometimento com a relacão. Se isso for constantemente um sacrifício insuportável, então é claro que não é viável. Mas é infantil e irreal esperar que porque você é apaixonado por alguém automaticamente suas necessidades estarão sempre perfeitamente sincronizadas. É preciso haver a maturidade de ambos saírem do seu caminho para atenderem às necessidades do outro, e cuidarem um do outro. Muitas e muitas vezes estará em suas mãos o poder de fazer seu parceiro ou parceira imensamente feliz e dar a ele eu ela algo que ninguém mais no mundo poderia dar com apenas um moderado e administrável grau de flexibilidade da sua parte. E se ele fizer o mesmo por você, ambos têm muito a ganhar, e na soma estarão muitíssimo mais felizes do que se fossem se fechar em si mesmos e em “eu só faço o que eu quero”. Mas para isso ser possível, é preciso haver comprometimento genuíno de ambas as partes, é preciso haver uma determinação sincera de entender e satisfazer as legítimas necessidades um do outro sem joguinhos e manipulações. Não dá pra construir uma relação na qual os parceiros estejam ambos felizes, satisfeitos e realizados insistindo na atitude “seus problemas não são da minha conta, não são minha responsabilidade, não enche”.
Claro, para muitas pessoas, possivelmente a maioria, tanto homens quanto mulheres, isso não é sequer uma questão. Tais pessoas estarão perfeitamente felizes em ter uma relação medíocre na qual consigam capturar alguém para se submeter a satisfazer a maior quantidade possivel das suas necessidades enquanto dão o mínimo possível em troca. Isso vai do caráter de cada um. Mas para quem não é assim e mira em algo diferente, em particular para as mulheres que querem verdadeiramente uma relação de encontro e amizade e comprometimento mútuo e recíproco com a felicidade alheia, prestem atenção no que estou dizendo. Mulheres bem intencionadas do mundo, não usem sexo como forma de tentar manipular ou controlar seus parceiros. Isso é cruel e perverso e gerará uma quantidade infinita de ressentimento. Não usem sexo como uma forma de puni-los, ou de expressar sua frustração. E não submetam seus parceiros ao sofrimento, solidão e angústia de ouvirem “Não enche, só vamos fazer sexo quando *eu* estiver afim”. Os homens não têm a mesma relacão com sexo que vocês têm. Sexo não significa para os homens o que você mais espontaneamente estaria inclinada a achar que significa, especialmente não se você estiver baseado sua avaliação na sua própria relação com sexo. Da mesma forma, simetricamente, homens bem intencionados do mundo : não submetam suas parceiras ao sofrimento, solidão e angústia de não ouvi-las quando elas precisarem de sua atenção, de ouvirem “Não enche, estou ocupado, só vamos conversar sobre suas histórias, preocupações, planos, sonhos e problemas quando *eu* estiver afim, enquanto isso me deixa em paz.”
Mulheres bem intencionadas do mundo, se você tem um parceiro que por sólidos motivos você acredita que se importe com você mas que tem um comportamento com relação a sexo que você não entende, não caia no equívoco de achar ou de acusá-lo por isso de que “você está interessado apenas no meu corpo”. Esse tipo de “acusação”, além de usualmente ser equivocada no caso de você ter escolhido um parceiro decente que você admira (um homem com quem valha a pena estar jamais estaria com você numa relação séria se não apreciasse a sua personalidade e quem você é), parece implicitamente colocar a questão de que haveria algo de errado ou incorreto em o homem estar sim interessado no seu corpo. É claro que ele está. Isso é normal, saudável, esperado e uma parte integral e fundadora da relação. Sim, seu parceiro espera que você faça sexo com ele, e regularmente, não como um favor, uma exceção ou uma recompensa, da mesma forma que você espera que ele a ouça, e satisfaça outras legitimas e saudáveis necessidades emocionais e afetivas suas, e não apenas quando ele quiser alguma coisa, ou como migalha para você não ir embora. Se ele se furtar a fazê-lo, estará errando muito, e deixando você profundamente infeliz e frustrada. Mas o mesmo vale para o seu lado da relação. Ambos os lados precisam buscar compreender as necessidades insatisfeitas um do outro e buscar sinceramente aprender a satisfazê-las. Ambos os lados! E as necessidades do seu parceiro ou parceira não são necessariamente as que você esperava ou exatamente as mesmas que as suas. Não deixe de acolhê-las por causa disso, e não se furte a buscar satisfazê-las porque elas não fazem sentido para você. Homens e mulheres são biologicamente, quimicamente, metabolicamente diferentes, mas cada um tem em si as ferramentas para fazer o outro mais feliz do que jamais poderemos compreender. Então ouçamos nosso parceiro e abramos ambos mutuamente acesso aos recursos que nós temos inatamente para fazê-lo muito, muito feliz.
Sérgio, acho que faltou um componente na sua análise que ajuda a diminuir a tensão entre um casal na medida em que acalma o homem (ou a mulher, por que não?) de maneira prática, limpa e civilizada, sem coação ou pressão exagerada sobre o outro: a masturbação.
Não dá pra falar de sexo ou excesso de testosterona sem levar isso em consideração.
A observação até é apropriada, mas masturbação não é substituto para sexo com uma mulher; se fosse, a dinâmica entre os sexos e grande parte das estruturas sociais seria completamente diferente (e além disso o instinto sexual masculino não cumpriria sua função biológica). Para uma vasta maioria dos homens, se masturbação fosse remotamente um substituto adequado e satisfatório para uma mulher, eles jamais passariam pela experiência altamente (na maioria dos casos, mitos à parte) degradante, deprimente, perigosa e problemática de contratar prostitutas.
Mas de fato, as diferenças fisiológicas não acabam na questão da testosterona. Masturbação, também, cumpre papéis diferentes para homens e mulheres. As mulheres não devem simplesmente assumir que masturbação masculina seja uma experiência igual à que experimentam ao se masturbarem. O homem está constantemente, incessantemente, implacavelmente enchendo o seu tanque de esperma com o propósito biológico de ser esvaziado dentro de uma mulher. Existe aí um imperativo químico, instintivo, basal que o homem não escolheu e sobre o qual tem muito pouco controle. Novamente, ele de fato tem um considerável grau de controle sobre o que *fazer* sobre o assunto. Mas não tem muita escolha sobre ter que encontrar *alguma forma* de conviver com aquele chamado, aquele grito insufocável estar berrando constantemente na mente dele : você precisa esvazia o seu tanque de esperma dentro de uma mulher. Claro, esvaziar sozinho olhando para imagens de mulheres é um simulacro paliativo que funciona mais ou menos; mas absolutamente não é satisfatório se for a única forma utilizada. No caso do homem ter uma parceira sexual satisfatória, pode até ser que masturbação não seja um ato de frustração, mas no caso de um homem sozinho, ou sexualmente insatisfeito, quase universalmente é.
Então, para resumir, coloquemos assim. A masturbação pode a meu ver ser sim um ingrediente para lidar com as pressões metabólicas a que um homem está sujeito, mesmo dentro de um relacionamento de casal perfeitamente estável e satisfatório para os dois. Mas dificilmente servirá como substituto para sexo. É um paliativo, um acessório. Não dá para tratar pneumonia com aspirina; pode pontualmente ajudar com os sintomas, algo que evidentemente é positivo para o conforto do paciente, mas não vai curá-lo.
Saudações,
Sergio
Sérgio, seu texto parece que foi escrito em inglês e depois traduzido para o português. Arrume um tempo ai para ler os clássicos da língüa. Abraço.
Oi Laura,
Meu português está rapidamente indo para o beleléu. Aproveitem enquanto não fica pior. :-)
Saudações,
Sergio
Não sinto mais vontade de transar. E agora?…
Olá! Vim deixar meu oi e convidá-los a dar um pulinho no #ManualdasEncalhadas Beijoooos…
Naturalmente que se existe uma dessincronia com relação a sexo entre os dois parceiros, ambos devem se engajar em resolvê-la de modo satisfatório, e não simplesmente jogar a questão no colo do outro. Agora, o que não dá é pra qualquer um dos dois parceiros dizer “assim como está, esta bom para mim, então lide com isso que eu não vou fazer nada”…
Saudações,
Sergio
Até é compreensivel, mas a mulher tb não tem que ser a boneca inflável de um homem por causa do seu cio perpetuo… aff!
Toma remédio, pô. Um viagra as avessas, já que esse desejo parece algo tão angustiante de ser resolvido.
Já pensou pelo lado da mulher, ela ter que se submeter p/ que a angustia do homem seja aliviada?
Mercemos ser mais do que o alívio imediato da testoterona masculina.
Oi Valentina,
Certo, até a parte da mulher não ter que ser a boneca inflável do homem é perfeitamente justo. Note, uma boneca inflável de fato fica lá simplesmente disponível num canto para ser usada quando for conveniente e sem receber nada em retorno. Não é absolutamente isso que estou advogando, e sim um encontro entre as complementaridades masculinas e femininas. Os homens têm a capacidade de oferecer coisas que suas mulheres querem – precisam! – mas que eles muitas vezes eles não estão exatamente quicando de vontade de dar espontaneamente – como carinho, afeto e atenção. Já as mulheres têm a capacidade de oferecer coisas que seus homens querem, precisam – como sexo freqüente – mas que muitas vezes elas não estão exatamente quicando de vontade de dar espontaneamente. Meu argumento é que se ambos cederem um pouco e sinceramente se engajarem em fazer o outro feliz, o retorno para ambos será – num relacionamento que funcione – gigantesco, e a felicidade conjunta será muito maior do que se cada um se fechar em “só faço o que quero na hora que quero”. Esperar que mesmo entre pessoas que se amam, mesmo entre pessoas que estão apaixonadas uma pela outra, haja tal coincidência de vontades, gostos e necessidades que ambos satisfaçam mutuamente as necessidades do outro de forma automática e espontânea é uma fantasia total, que se sustentada implacavelmente só levará a desencontro e frustração.
Agora, isso até a parte da “boneca inflável”.
Quanto ao “cio perpétuo… aff!” isso é precisamente a atitude negativa quanto ao assunto que não contribui nada. É tão construtivo quanto afirmar que “as mulheres não gostam de sexo porque não sabem fazer” ou etc. Se você ou outras mulheres se encontram na situação de haver um desencontro de vontades entre a freqüência com que querem fazer sexo e a freqüência com que seus parceiros querem fazer sexo, isso de fato é uma questão e precisa ser equacionada de alguma forma. Agora, ir para o lado ideológico e começar a argumentar (implicitamente mas muito claramente neste curto comentário) que existiria algo de “errado” ou “condenável” ou “reprovável” ou “anormal” com querer sexo, isso é só preconceituoso e ofensivo e não leva a lugar algum. É tão “errado” ou ou “condenável” ou “reprovável” ou “anormal” querer sexo com muita freqüência em sendo homem quanto por vezes querer com menos freqüência, em sendo mulher. Você ficaria feliz de seu parceiro tratar suas legítimas necessidades psicológicas repetidamente como “Que saco, o que você precisa para ser feliz não é problema meu?”. Pois bem, os homens também não ficam.
Mas o comentário fica bem pior logo em seguida : “Toma remédio, pô. Um viagra às avessas, já que esse desejo parece algo tão angustiante de ser resolvido.”
Bem, para começar, “remédios” não são elixires mágicos. O próprio viagra não é uma poção afrodisíaca, mitos populares à parte, e sim primodialmente uma ferramenta para tratar disfunção erétil. Um “viagra ao contrário” seria algo que impedisse um homem de ter uma ereção, algo que em nada resolveria sua questão psicológica (muito pelo contrário). Mas naturalmente, o que você estava imaginando era um remédio para alterar a libido. Bem, só para começar, esse tal “remédio” não existe. Pelo menos não de forma tão inofensiva. Agora, até existem remédios que suprimem brutalmente a função sexual masculina. É isso mesmo que você está advogando para seu parceiro?
Mas suponhamos que *existisse* um “moderador de libido” que fosse eficaz, seguro, suave e reversível. Seria então isso uma “solução”?
Deixe-me inverter a questão. As mulheres também têm pelo seu lado fortes necessidades que com muita freqüência não são compartilhadas pelos homens com igual intensidade. Por exemplo, de falar sobre sentimentos e ser ouvida. Uma grande parte das mulheres fica muito frustrada porque seus parceiros, que estariam perfeitamente felizes em agarrá-las para ter sexo de hora em hora, quando se trata de elas falarem sobre seus planos, sonhos, desejos e sentimentos fazem cara de “argh”, começam a fazer muxoxos de impaciência, se recusam a sequer deixá-las terminar duas frases, viram as coisas e vão dormir, ver televisão, trabalhar. As mulheres psicologicamente, fisiologicamente, biologicamente têm em geral mais necessidade de falar, especialmente sobre sentimentos, do que os homens. Por acaso você quer ver essa legítima necessidade sendo tratada pelos homens como “Que saco, cale a boca, aff?” Que eles respondam com “Isso não é problema meu?”
E então se a mulher argumentar “Puxa, eu te amo, mas eu preciso da sua atenção, você está me deixando muito triste, frustrada e infeliz ao não me ouvir!” Quantas mulheres você conhece nessa situação? Você acha que seria uma resposta *remotamente* adequada para um homem dar dizer “Toma remédio, pô. Já que esse desejo parece algo tão angustiante de ser resolvido.” Que tal essa resposta? De que suas legítimas, normais, universais e saudáveis necessidades psicológicas como mulher não precisam ser atendidas, cuidadas, satisfeitas, e sim tratadas como se fossem uma doença? De “vai tomar um remédio para diminuir sua necessidade de falar”?
Conseguir olhar para o outro e entender e aceitar que as necessidades dele ou dela são tão legítimas quanto as suas (ao invés de tolerá-las ou descartá-las) exige com certeza um alto grau de sair de si mesmo, de empatia e de desprendimento, mas sem isso o resultado é a apoteose do solipsismo egocêntrico (infelizmente não incomum atualmente), o qual ironicamente não serve ao indivíduo em questão nem sequer do ponto de vista pragmático (claro, a não ser que ele se satisfaça perfeitamente com um parceiro disposto a ser tratado de forma abusiva e que estará constantemente infeliz, algo infelizmente também não incomum).
Então se você quer que um homem tome um remédio para “curar” suas necessidades psicológicas ao invés de se engajar em construir uma relação na qual elas estejam satisfeitas, bem, então ironicamente nesse caso é *você* que está querendo um boneco inflável ao seu lado, um ser sem necessidades, disponível apenas quando for conveniente e lhe agradar.
Sim, claro, já pensei pelo lado da mulher. Ou pelo menos tento; nem sempre é fácil entender. E você, já pensou por acaso o lado do homem? Sua resposta “tome aí um remédio” parece indicar que não, pelo menos não de forma empática ao invés de adversarial. De fato, a mulher não “tem” que se submeter a coisa alguma. Aliás, nem o homem. Se ambos pensarem desse forma não existirão casais, pelo menos não casais nos quais haja harmonia e respeito mútuos (raros, admito). Buscar genuinamente compreender e acomodar as necessidades um do outro é uma escolha motivada por um projeto baseado em amor, carinho, empatia e numa vontade sincera de fazer o outro feliz sem se violentar. Claro, esse é um projeto diferente de “preciso capturar um incauto e manipulá-lo a satisfazer ao máximo possível as minhas necessidades dando o menos possível em troca”. Se você está no segundo projeto, sua sugestão faz sentido, e sua simultânea condenação dos homens é perfeitamente coerente. E um homem seguindo esse mesmo projeto diria coerentemente que a mulher tem mesmo é que calar a boca e baixar as calças, e procuraria uma disposta a fazê-lo.
Mas para quem não está advogando esse tipo de atitude, descartar as necessidades do parceiro como “patológicas” ou “ridículas” não faz qualquer sentido. Não, de fato ninguém “tem” que sair do seu caminho para encontrar formas de fazer seu parceiro feliz, seja na cama, seja fora dela. Mas ficar batendo pé e dizendo “que saco, não enche, não é responsabilidade minha fazer você feliz” soa meio mal. Que tal essa resposta vinda do seu parceiro quando você quiser contar para ele que está angustiada com seu trabalho, com um problema na sua família, com uma discussão que teve com alguém?
Para qualquer homem com quem valha a pena estar, você será muito, muito, muito mais do que o “alívio imediato da testosterona masculina”. Será uma amiga, uma parceira, uma companheira e será tratada como tal dentro e fora da cama. Mas sim, para que seu parceiro fique feliz, você se verá na situação de escolher ser *também* o alívio imediato da testosterona masculina. Claro, você não *tem* que fazer isso, e se o fizer, que o faça por amor, carinho, comprometimento e como um investimento em alguém de quem você gosta muito e numa relação que você quer que seja sólida e de qualidade. Não o faça de má vontade, com rancor, se violentando, ou com um discurso de “estou sendo oprimida”. Se for ter essa atitude, melhor mesmo não fazer coisa alguma. Mas nesse caso não espere que a reação do seu parceiro seja ficar satisfeitíssimo. Muito pelo contrário, o homem médio, mesmo o comprometido com a relação, ficará metabolicamente frustrado, infeliz, insatisfeito.
Todos nós, homens e mulheres, temos profundas necessidades psicológicas que precisam de atenção e algumas delas só mesmo nosso parceiro ou parceira estará em posição de atender. E se você o fizer por amor, e numa relação saudável isso evidentemente envolve encontrar formas de fazê-lo sem se violentar, qualquer homem ou mulher com quem valha a pena estar ficará imensamente, infinitamente, transbordantemente grato e sentir-se-á tomado/a de energias e determinação redobrada para demonstrar o mesmo nível de comprometimento e se desdobrar para descobrir como fazê-la/o imensamente feliz.
Saudações,
Sergio
[...] são agora as mulheres que regularmente ignoram as necessidades, desejos, sentimentos e aspirações dos homens. Em tendo conquistado a possibilidade de segurança econômica, social e pessoal que não dependa [...]
Excelente artigo! Falou tudo. As mulheres devem compreender as peculiaridades do nosso comportamento como elas desejam que nós compreendamos as delas.
Caro Sérgio,
De onde vc tirou que as mulheres tèm menos libido do que os homens? E de onde vc tirou que são as mulheres, numa “relação estável” quem tem menos vontade de fazer sexo?
Sexo e casamento não combinam. Uma vez casados, há reclamações de ambos os lados, pelos mais variados motivos. A frequência sexual cai com o tempo nos casamentos, isso é inevitável. Homens casados produzem menos testosterona do que homens solteiros. Isso é fato. E nas mulhreres não é a testosterona que ativa o desejo sexual, pois se fosse assim, mulheres não sentiriam tesão nunca.
[]s,
Nypoa
Infelizmente, de quase todas as pesquisas científicas sobre o assunto. Eu também acho esse fato irritante e trágico.
Não combinam mesmo. O objetivo biológico do casamento é unir esforços para assegurar o sucesso dos filhos, não ter a maior quantidade de sexo possível
Mulheres também têm testosterona, apenas em níveis diferentes que os homens, e a libido das mulheres é fortemente influenciada pelos níveis de testosterona.
Saudações,
Sergio
Olá Sérgio,
Veja a seguinte pesquisa (não tenho agora, de memória, a referência, mas posso te enviar depois): numa universidade americana, uma modelo foi contratada para passar-se por estudante. Ela abordava rapazes sozinhos e dizia aproximadamente o seguinte: “olá, sou nova aqui, tudo bem? por que não nos encontramos mais tarde e vamos prá cama”? Obteve-se 75 de sims, dentre 100 aboradens. O mesmo foi repetido, agora com um modelo masculino abordando estudantes femininas. O número de sims foi precisamente zero. Conclusão: mulheres têm menos libido, caso encerrado. Fácil, não? Sugiro que vc investigue um pouco a história da histeria, sobre o tema da libido feminina. Dentre outras coisas. Achar que as mulhres têm menos libido “naturalmente” é um erro.
Aproveitando que vc gosta de explicações evolutivas, que de fato não passam de curiosidades quando olhadas sob a perspectiva comportamental, nós desenvolvemos uma aversão natural ao muito familiar como forma de evitar o incesto. Isso, dentre outras coisa, torna a monogamia, sob um ponto de vista sexual, um inferno em pouquíssimo tempo.
O casamento não tem motivo biológico, tem motivos culturais. O casamento, a monigamia e a opressão á sexualidade feminina começaram de fato com a agricultura, há aprox 10.000 anos.
Nosso antepassados não se uniam em pares, não havia o que conhecemos por unidade parental pai-mãe-prole. Tanto o sexo como os cuidados com a prole eram divididos pelo e entre grupo. Uma boa justificativa está em que é muito mais vantajoso em termos de sobrevivência ter vários pais e mães, e não apenas um.
Sobre a psiciologia evolutiva, veja http://nypoa.wordpress.com/category/filosofia/psicologia-evolucionista/.
[]s,
Nypoa
Eu conheço essa referência, e não entendo como ela poderia defender o seu ponto. Ela é uma das evidências a favor do que estou dizendo. Claro que sempre se poder dizer que as libidos feminina e masculina se manisfestam de formas diferentes e que portanto esse experimento não seria conclusivo, que ele só provaria por exemplo que as mulheres seriam mais seletivas, não que sua libido seja genericametne menor. Mas por todos os critérios e em quase qualquer contexto imaginável, mulheres quase universalmente buscam na média relações sexuais com menos freqüência do que homens. Não parta tão casualmente do princípio de que eu não “investiguei” os fenômenos que você cita.
E o caso não é que eu “goste” de explicações evolutivas, isso não é uma questão de gosto, é uma questão do que é objetivamente verdade. Eu posso estar errado, mas certamente não estou falando das explicações que eu “gosto” – estou falando das que cientificamente parecem ser verdadeiras . E aliás eu nem sequer gosto delas. Só que gostar ou não gostar é um péssimo critério para avaliar o que é verdade.
Sua explicação para a falta de sexo no casamento padrão absolutamente não é a que predomina na literatura científica, e abundantamente o fenômeno não ocorre com igual intensidade em homens e mulheres. E além disso o casamento tem sim fortíssimos e óbvios motivos biológicos : proteger a prole. Pai e mãe têm um interesse comum em buscar assegurar a propagação do seu material genético. Finalmente, a falácia de que a evolução ocorra primordialmente para beneficiar o indivíduo (ou o grupo) vem sendo seriamente questionada há décadas. Num sistema de reprodução sexuada, não há qualquer motivo para esperar que algo tão efêmero quanto um indivíduo importe em termos evolutivos. O que permanece é o gene. O indivíduo é um truque do gene para fazer mais genes.
mulheres o importante e o que os homens afirmam nao o queremos que seja real,pois bem a mulher qdo se sente traida por qualquer motivo perde o desejo pelo homem ,basta desconfiar…bom mais isso nao e o principal,o problema e continuamos amando do mesmo jeito…entao vale a pena aceitar a concepçao deles em pratica ,porque afinal nos queremos domina-los atraves do sexo e contribuimos para que eles nos traiam ,e dai sofremos ,entao vamos ser honestas com nos mesmas … devemos satisfaze-los independente dos nossos problemas emocionais …e assim podemos continuar um relacionamento, porque ninguem consegue viver sozinho ,entao para que ficar mudadndo de problema ao inves de resolver o proprio…nao esqueça que na biblia sagrada qual e o castigo de eva ,ou seja o castigo das mulheres …e mais ou menos assim : multiplicarei grandente tuas dores e a conceiçao e o teu desejo sera para o homem e ele te dominara… bjs espero que compreendam o que este rapaz sabiamente diz ….mulheres querem sabedoria leiam a biblia sagrada somente o senhor jesus pode realmente te dar
E-mail: ORKUT
poetapaulo2410@hotmail.com
Do poeta: Paulo de Andrade
Como poeta de talento,
Quero aqui comentar,
Eu concordo com essa idéia,
Quando não podemos tocar.
Diante da maldade alheia,
Somos visto como ousado,
E a vida de um casal,
Quando somos desprezado.
Só nos resta mesmo,
Alguém como uma mulhera amante,
Uma boneca inflável,
No sexo uma mulher brilhante.
Sendo assim tocável,
Sem qualquer proibição,
Sempre disposta a acabar,
Com esse nosso tezão.
Diante da beleza nua,
Quero nela me inspirar,
E em pensamento,
Pra ela meus versos cantar.
Sua nudez me ilumina a mente,
Como nas noites de luar,
Seu sexo me inspira,
Basta sua nudez olhar.
Canto em pensamento,
Mesmo sem saber cantar,
Pra melhor me inspirar,
Com esse meu talento.
A boca sem dente,
Anceio com meu sexo beijar,
Não é possível não querer,
Quem sua nudez gosta de mostrar.
Vou vivendo sem viver,
Se vivo sem o sexo dessa mulher,
Como não sei cantar,
Só me resta encantar.
Que uma boneca inflável possa fazer,
Esse mesmo papel nos aliviar,
Acabar com esse meu tezão,
Que faz minha madrugada triste ficar.
Que essa mulher possa ser,
Ardende capaz de me realizar,
Como aquela morena desejada,
Que eu busco com meu olhar.
Recordo com saudade,
Quando nua ela se exibia,
Sem ocultar sua intimidade,
Com sua nudez me seduzia.
Sem razão ela brigou comigo,
Ocultou essa verdade pra me prejudicar,
Por mêdo de ser mal vista,
Pelos amigos o seu erro logo criticar.
Fui seu amigo o bastante,
Para seu erro de fato perdoar,
Sem ter como me defender,
Ela foi capaz de me caluniar.
Fui acusado de calúnia,
Ela foi incapaz de se desculpar,
Como poeta de talento,
Nessa morena busquei me inspirar.