Aristóteles dizia que tudo no universo seria composto de combinações de cinco elementos :
- Fogo, que é quente e seco;
- Terra, que é fria e seca;
- Ar, que que quente e úmido;
- Água, que é fria e úmida;
- Éter, que está numa categoria à parte.
Cada um dos quatro elementos teria seu “lugar natural”. Todos seriam em princípio ordenados em torno do centro do universo, mas com diferentes prioridades. Em primeiro lugar viria a terra, em seguida a água, então o ar, e finalmente o fogo. Quando um elemento é colocado fora do seu lugar natural, ele tenderia a apresentar um movimento espontâneo, sem a necessidade de qualquer causa externa, em direção a este lugar. Assim sendo, objetos sólidos (feitos primordialmente de terra) afudam na água (em direção ao que seria o centro do universo). Da mesma forma, bolhas de ar (imersas em água) sobem, a chuva (imersa em ar) cai, enquanto que chamas (imersas em ar) sobem. O éter seria uma substância à parte da qual seriam compostos os corpos celestes, e que apresentaria perpetuamente movimento circular espontâneo.
Consideremos agora as seguintes questões. Podemos chamar a teoria de Aristóteles de científica? Ela faz algum sentido? Ela é uma besteirada delirante ou é intelectualmente respeitável? Ela ainda é intelectualmente relevante hoje em dia? Ela ainda é relevante para fazer ciência hoje em dia?
Alguém com educação e treinamento científico modernos, especialmente em ciências exatas, poderia facilmente argumentar que tudo isso é uma besteirada total, que está não só completamente superado como não faz qualquer sentido. Poderia afirmar que “fogo, ar, terra, água e éter” não descrevem absolutamente a realidade física de como o universo funciona, que esse tipo de explicação é uma sandice mística que não só não explica nada como entulhou o progresso da ciência por mil anos e ainda bem que foi finalmente reconhecida como tal e enterrada entusiasticamente na lata de lixo da história. Sim, alguém educação e treinamenteo científico modernos poderia facilmente, triunfalmente dizer tudo isso.
Enquanto isso, um sujeito sem qualquer educação ou treinamento científico (ou que os rejeitasse), poderia por uma enorme coleção de motivos facilmente aceitar literalmente as teorias de Aristóteles como intelectualmente respeitáveis ainda hoje, e diante disso buscar de fato entender o universo literalmente em termos de fogo, terra, ar, água e éter, e achar que entenderá melhor como o universo funciona lendo não um livro texto de física moderna mas sim um tratado de filosofia natural escrito há dois mil anos. Ao que o sujeito com educação e treinamento científico moderno poderia facilmente, trivialmente comentar : “Que perda de tempo!”.
Qual dos dois está certo?
Quero colocar aqui a resposta de que ambos estão completamente errados. Não apenas um pouco, ou ligeiramente errados, mas muito, profundamente enganados.
Comecemos pelo que (para muitos, especialmente para quem de fato trabalha com pesquisa científica) talvez seja o mais óbvio, que é o segundo caso – do sujeito que insiste em ainda hoje citar Aristóteles como se fosse referência para entender como o universo de fato funciona. Isso é similar a querer estudar em detalhes como uma carroça funciona para melhor entender um carro de fórmula um. Não que carroças sejam inúteis ou irrelevantes. O uso de carroças foi de fato uma enorme revolução tecnológica, uma que ainda hoje tem grande relevância prática ao redor do mundo. Carroças – ao contrário de orar para os deuses ou rogar pragas – de fato funcionam, e podem efetivamente ser usadas como meio eficaz de transporte. E de fato é possível pensar num carro de fórmula um como sendo de alguma forma um descendente distante da carroça. Mas muito, muito, muito se passou desde que carroças eram a vanguarda da técnica humana, e muito pouca compreensão se conseguirá obter sobre um carro moderno estudando uma carroça, mesmo a mais brilhante carroça jamais concebida na história da humanidade. Da mesma forma, o pensamento literal de Aristóteles sobre ciência – em particular sobre fisica, como citado no exemplo acima – é totalmente obsoleto no sentido mais pleno da palavra. Nem ao menos é o caso de que a ciência moderna se fundamente (senão historicamente, e de uma forma distante e vaga, e quando o faz é freqüentemente para contradizê-lo) sobre o pensamento de Aristóteles.
Devemos então descartar Aristóteles como um pateta, um irrelevante?
De forma alguma.
Para começar, ele tem enorme importância histórica, e isso em si mesmo já seria suficiente para torná-lo intelectualmente relevante. Mas ele poderia ter importância histórica e mesmo assim ser um estulto ou completamente delirante (exemplos disso não faltam). Seria o caso?
Novamente, não, absolutamente não.
Voltemos aos aspectos da física de Aristóteles discutidos no começo deste texto. Tomá-los como um modelo literal do universo é risível dado o conhecimento atual. Porém, é preciso ter em conta que Aristóteles não tinha o benefício de séculos de ciência moderna para criar a sua física. Adicionalmente, é preciso tomar *muito* cuidado para não interpretar de forma excessivamente literal o que ele disse (e isso se aplica em geral a textos antigos retirados de seu tempo, seu lugar, e sua cultura), ou teremos um entendimento de suas teorias que o próprio Aristóteles classificaria de ridículo. Mais concretamente, pensemos sobre que tipo de interpretação não absurda poderíamos dar às tentativas de Aristóteles de descrever a realidade.
Para começar, Aristóteles buscava com este modelo descrever sistematicamente e idealmente explicar fatos concretos da realidade cotidiana. Não “fatos” mitológicos como anjos e duendes e fadas, mas fatos concretos como movimento e estrutura objetivamente observáveis e observados. Adicionalmente, para explicá-los, ele postula leis preditivas e universais cuja validade ou falsidade podem ser em princípio ser objetivamente verificadas por qualquer um e que abundantemente admitem logicamente observações que as contradigam (por exemplo, uma pedra que espontaneamente suba ao invés de descer). Isso é muito, radicalmente diferente de apresentar explicações místicas, teológicas ou cheias de exceções arbitrárias. Por esses dois critérios (discursar sobre a realidade observável e apresentar explicações preditivas universais objetivamente falseáveis), o modelo de Aristóteles descrito acima é, sim, perfeitamente científico.
Mas mais do que isso, a física de Aristóteles de fato forma um sistema razoavelmente coerente e integra (mesmo que apenas parcialmente) aspectos importantes de vários dos fenômenos mais visíveis e importantes na realidade da física cotidiana. Entre eles, a atração gravitacional do planeta Terra sobre todos nós, e como isso causa movimento “espontâneo” de matéria sem qualquer interação direta, algo que longe de ser falso, perturbava até Newton, que afirmou algo nas linhas de que “reconhecia as limitações de seu modelo que mesmo propondo uma lei pragmaticamente útil para descrever os efeitos da gravitacão, não fornecia nenhuma teoria ou explicação minimamente razoável para explicar sua origem ou justificar sua forma”, um problema que só veio a ser um pouco mais satisfatoriamente tratado por Einstein, e mesmo assim só em sua teoria da relatividade geral, e mesmo assim até hoje ainda de forma incompleta.
O modelo de Aristótles também inclui alguns aspectos de mecânica clássica que eu não descrevi completamente, como por exemplo a afirmação de que com exceção do movimento “espontâneo” descrito acima, todo movimento requer uma “força” constantemente aplicada ou cessará, algo que parece superficialmente contradizer Newton mas que ne verdade está essencialmente correto num mundo realista com atrito ao invés de no mundo idealizado dos livros de física básica.
Adicionalmente, em sua física Aristóteles propôs (como descrito acima) uma teoria sobre diferentes formas nas quais a matéria poderia existir. Para quem não sabe nada de ciência e resolve ter uma interpretação mística e fundamentalista do modelo acima, o resultado será algo que deixaria o próprio Aristóteles constrangido. Mas talvez surpreendentemente para quem nunca tenha pensado sobre isso, se entendermos a física de Aristóteles como uma teoria científica ao invés de como um oráculo, e buscarmos entender quais fenômenos ele estava descrevendo mesmo sem saber explicá-los, a classificacão de Aristóteles, embora desprovida de uma nomenclatura moderna e de um arcabouço teórico apropriado, é *precisamente igual* à que hoje usamos. Ele descreve cinco possibilidades, em ordem de “afinidade” com o centro do universo : terra, água, ar, fogo e éter. Ora, hoje em dia nós de fato fazemos a mesma classificação, apenas com o nome de “estados” da matéria : sólido, líquido, gás, plasma e vácuo. E sim, hoje em dia estranhamente se acredita que o vácuo não seja exatamente vazio; não é exatamente preenchido de “matéria” no sentido em que estamos acostumados, mas também não é desprovido de propriedades físicas ou de partículas. E os motivos que levaram Aristóteles a fazer essa classificação são, a grosso modo, exatamente os mesmos que nós : claramente uma pedra é diferente de uma poça d’água, que é diferente de um sopro, que é diferente de uma chama, que é diferente do que existe quando olhamos para o céu. O que exatamente são esses estados Aristóteles não foi capaz de compreender, e ele não chegou nem perto de algo parecido de uma compreensão moderna sobre por quê esses estados da matéria existem. Mas ele viu que havia algo ali, e construiu um modelo para capturar essas propriedades.
E de fato, sob um campo gravitacional, a grosso modo esses estados da matéria se comportam como descrito. Inclusive a natureza do campo gravitacional é de atração radial em direção a um centro – algo que permanece a grosso modo verdadeiro nas teorias mais modernas. E de fato a atração gravitacional produz um movimento aproximadamente circular nos corpos celestes mais facilmente observáveis. E ao contrário dos estados da matéria, ainda hoje não temos realmente uma compreensão perfeitamente satisfatória de por quê gravidade exista; apenas sabemos descrever muito melhor como ela funciona. Inclusive, muitos séculos depois de Aristóteles, havia uma quantidade considerável de motivos que não apenas preconceito ou tradição para questionar o abandono da ideia de que a Terra seria o centro do universo (por outro lado isso absolutamente não torna aceitável sair queimando quem ousar questionar a ortodoxia). Sem uma teoria alternativa para interações gravitacionais, muito da física baseada nas idéias de Aristóteles simplesmente para de funcionar.
Então sim, a teoria física de Aristóteles faz total sentido, inclusive pelos padrões mais modernos. E sim, ela é uma teoria científica no sentido de que tenta seriamente fazer previsões concretas sobre como o universo de fato funciona, e tenta criar um modelo teórico que se conforme ao que de fato é observado. As teorias mais modernas sobre o universo, que falam por exemplo sobre matéria escura e energia escura, estão no mesmo estágio especulativo em que Aristóteles estava. Percebe-se que existe algo ali, só nao se sabe exatamente o quê. E portanto não, Aristóteles absolutamente não foi um paspalho, ele conseguiu ordenar numa teoria razoavelmente coerente muitas observações pertinents sobre fatos cuja causa e fundamento só foram ser desvendados muitos séculos depois.
Voltemos agora ao reverso da questão. Isso contradiz a afirmação de que a física de Aristóteles está completamente obsoleta?
Absolutamente não.
A física de Aristóteles é extremamente incompleta, excessivamente vaga, desprovida (pelos padrões modernos) de rigor e de profundidade teórica e em vários pontos factualmente errada. Seu sistema está tão ultrapassado que não tem mais qualquer papel em descrições modernas de como o universo de fato funciona. Sim, ele corretamente identificou e tentou descrever certos fenômenos que hoje em dia compreendemos, como os estados da matéria. Mas o nível de entendimento que ele foi capaz de atingir é tão infinitamente inferior ao atual que seria uma falsificação da verdade decrever suas idéias como algo menos que obsoletas. Não faz qualquer sentido hoje em dia tentar explicar o universo em termos de – literalmente – terra, água, fogo, ar e éter.
E é nesse ponto que aparentemente surge a maior parte da confusão sobre o assunto. Sim, uma criança aprender a falar é algo incrível que requer um nível impressionante de habilidade e inteligência. Isso não quer dizer que agora nós vamos colocar crianças para dar aula de pós-graduação em lingüística. Os primeiros grupos de macacos que começaram a falar eram brilhantes, mas hoje em dia isso não é mais novidade, e linguagem é uma tecnologia que desde então evoluiu muito. Não iríamos pedir a eles por lições de oratória, assim como não iríamos pedir a Isaac Newton conselhos sobre satélites de posicionamento global. Pelo menos não antes de ele fazer um curso de física moderna.
Então se eu critico referências acríticas à relevância de Aristóteles – e ele falou sobre muito mais do que física – é nesse sentido. É preciso entender do que se está falando, é preciso conhecer o que se falou de novo sobre o assunto desde a antigüidade. Mas principalmente e acima de tudo é preciso citar Aristóteles não como um argumento, ou como uma prova, ou como um oráculo. Nada se torna verdadeiro ou falso porque Aristóteles – ou Einstein, ou Newton, ou o Papolino – o disseram. A fundamentação última tem que ser na realidade independentemente verificável. E é na verdade principalmente aí que, me parece, repousa a revolta e a ira dos que se sentem pessoalmente ultrajados com o questionamento da relevância moderna de Aristóteles. Eles não querem verificar independentemente coisa alguma, afinal isso é trabalhoso e – pior ainda – incerto. Eles anseiam ao invés disso por viverem imersos no conforto das certezas absolutas, e dadas as constrangedoras limitações intrínsecas à condição humana para compreender qualquer coisa com qualquer grau de profundidade, precisam postular essa infalibidade oracular fora de si mesmos, em figuras que – grande sorte! – sabem exatamente identificar e às quais têm acesso. Em outras palavras, eles querem viver num mundo em que alguém lhes diga o que pensar e em que acreditar e escolhem como referência quem consigam aliviados enxergarem como suficientemente messiânicos para cumprir esse papel (para o qual naturalmente não faltam pretendentes ou candidatos). Em suma, preferem – nos casos mais sofisticados, deliberada e explicitamente – a segurança emocional das certezas absolutas escandalosamente fajutas à angústia e impotência diante da imensidão do que desconhecemos. Em outras palavras, ficam com a pílula azul.
Mim grande chefe Pele Vermelha. Mim querer saber por onde começar educação de grande chefe. Mim cansado de baboseira da tchurminha que fala difícil mas não fala nada. Indica um tanto grande de livros para pensamento de grande chefe. Saudações a grande chefe Cara Pálida!
Caro Breno,
Infelizmente a maior parte dos “livros-texto” é composto de uma mistura de factóides irrelevantes com verborragia incoerente (ou mesmo errada) que não explica coisa alguma com excesso de laconismo críptico quando são apresentados resultados sólidos. Muitas vezes fica claríssimo que o autor não saberia explicar ou justificar exatamente do que está falando.
Os livros de “divulgacão”, por outro lado, são absurdamente vagos, cheios de analogias superficiais e muito pouco condutores a um real entendimento.
O resultado no final das contas é que não existe substituto para o pensamento crítico. As referências estão aí, e especialmente hoje em dia existe amplo e fácil acesso a muitas delas. Mas é preciso desenvolver a capacidade de tomar um livro e avaliar “ok, esse sujeito está delirando”. E após consultar várias fontes tirar suas próprias conclusões. Claro, isso não é fácil, e envolve muitas vezes tentativa e erro. Mas é muito difícil formar uma opinião sólida e fundamentada sobre qualquer assunto sem passar por esse processo.
Finalmente, seu pedido de recomendação foi meio vago, e não está claro livros sobre o quê. Se forem livros genéricos para reflexão, existem livros demais e citar um ao invés de outro seria quase aleatório. :-)
Saudações,
Sergio
Você citou 5 estados. Tirando o vácuo, há mais 2: Condensado Bose-Einstein e o Gás Fermiônico.
Saudações.
Oi Liliana,
Bem, de fato se formos ser rigorosos “estados da matéria” haveria de incluir mais categorias, e o próprio conceito de “estados da matéria” começa a exigir clarificação. Mas note, meu ponto principal era que as categorias postuladas por Aristóteles de fato correspondem de alguma forma a categorias ainda hoje aceitas como representando conceitos científicos importantes, reais e respeitáveis dentro da mais moderna ortodoxia. Agora, não necessariamente as categorias que ele sugeriu são exaustivas de todos os estados que hoje aceitamos como possíveis. Mas seria pedir demais que Aristóteles tivesse sido capaz de prever matéria degenerada e coisas assim. :-)
Saudações,
Sergio
E quanto à lógica? Ainda é relevante estudar os analíticos anteriores e posteriores hoje em dia?
Oi Otavio,
A resposta curta é que não, não é relevante, não no contexto de aprender lógica em si mesma (em oposição a por exemplo história da lógica ou da filosofia). Essa questão foi repetidamente levantada nos comentários a um texto anterior meu, onde falei um pouco mais sobre o assunto. A lógica moderna é muito mais sofisticada e repousa sobre bases muito mais sólidas e formais do que as propostas por Aristóteles.
Saudações,
Sergio
Fala-se que a utilidade de Aristóteles dentro da lógica ou da física se justifica apenas em uma perspectiva histórica dessas disciplinas, ou no máximo em uma abordagem muito introdutória de alguns dos problemas primordiais que tais disciplinas já enfrentaram e ainda enfrentam. Penso que isso não é pouco, e que é mesmo bem por aí que conseguimos justificar o interesse em Aristóteles no campo da lógica e da física, se alguém não quer se sentir ingrato a ele. Pois de fato, Aristóteles pode ser uma ótima referência para um momento em que a lógica ou a física se definiam e se deparavam com problemas tão primordiais que hoje talvez sejam muito facilmente esquecidos. Às vezes aplicamos técnicas cristalizadas de uma disciplina sem jamais exercitarmos a consciência de quando tais técnicas foram idealizadas, quais os problemas que elas intencionavam resolver quando foram idealizadas, e quais as suas limitações, de onde a pertinência do seu uso possa ser avaliada hoje. Um exemplo é a gramática: muitas vezes falamos em sujeito, objeto, oração assindética, etc. pra tentarmos descrever a linguagem, sem pararmos pra pensar de onde vieram essas categorias e até que ponto elas são eficientes, e até que ponto elas não são. Aristóteles, nesse sentido, pode servir como parte de um aprofundamento da consciência sobre, digamos, a dinâmica entre a lógica, as técnicas que já foram experimentadas em nome dela, e os problemas que ela já enfrentou e ainda enfrenta.
Falando na prática, creio que isso foi exercitado neste post: ao mostrar como é possível enxergar em uma teoria física de Aristóteles um esforço consciente e a grosso modo coerente com várias observações igualmente pertinentes ainda hoje, fica mais fácil termos consciência de quais *problemas* a classificação dos estados de matéria atual procura resolver.
Oi Leonardo,
Pois é, esse foi em grande parte o objetivo que eu buscava com este post; explorar mais a idéia de que o problema não é exatamente citar Aristóteles ponto e sim citar qualquer um acriticamente como se fosse um oráculo fossilizado.
Saudações,
Sergio