Comments on: Homem, Sexo Frágil .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-18741 Sergio de Biasi Thu, 23 Jun 2011 23:09:03 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-18741 Eu acho que um parte do que talvez ocorra é que as mulheres hoje em dia estão em uma posição tão socialmente assimetricamente confortável comparada com a dos homens que a mulher média tende a não dar grande valor a preservar ou cultivar seriamente suas relações afetivas - seja de amizade ou românticas - com quem quer que seja. A situação degenerou para uma dinâmica em que uma mulher sabe que se quiser receber atenção, afeto ou validação gratuitos basta ingressar em qualquer ambiente social. Do homem espera-se que forneça isso tudo sem esperar absolutamente nada em troca, e ai do homem que espernear, reclamar, ou observar "epa, peraí, isso é injusto". Se fizer isso, será imediatamente e agressivamente taxado de perdedor, de chorão, de fraco, e muito ironicamente de... pouco masculino. Claro, ter sentimentos é pouco masculino, certo? Então impõe-se ao homem esse padrão desumanizante de conduta social para depois reclamar que os homens são... brutos e insensíveis? Violentos e agressivos? Como é que é? Mulheres do mundo, aquelas entre vocês que estão em busca de um COMPANHEIRO e um AMIGO ao invés de um eletrodoméstico cuja função é fornecer sexo, carinho e companhia *quando* e *se* vocês estiverem afim e cujo papel no resto do tempo é não encher o saco... não esperem que um homem com qualquer grau de sensibilidade e vida interior possa cumprir esse papel sem ficar profundamente insatisfeito. Note-se que essa crítica é fantasticamente similar a que as próprias mulheres, cansadas de serem objetificadas, levantaram (com razão) reiteradamente no passado. E para aquelas mulheres que acham explicitamente que não precisam fazer sua parte na relação porque o mercado está favorável e os homens não podem se dar ao luxo de estabelecer limites ou condições... bem, isso é (1) evil e (2) condutor a uma relação ridícula na qual não existe qualquer cumplicidade. Boa sorte em ser feliz tratando as pessoas como commodities. Agora, claro que muitas pessoas - homens e mulheres - NÃO ESTÃO buscando cumplicidade para começar, não estão buscando compartilhar coisa alguma, nem se darem a conhecer, e muito menos fazer quem quer que seja feliz; estão pensando apenas pragmaticamente em si mesmos e em como aquela relação satisfaz às SUAS necessidade. E nesse caso minhas ressalvas causarão apenas bocejos. Soarão como tentar iniciar um debate sobre imperativos éticos como forma de evitar um estupro. Não, nesse caso meu conselho é para os outros. Eu sugiro que é suicida e indesejável para qualquer um - homem ou mulher - continuar investindo na idéia de desenvolver uma relacão séria e profunda com alguém que pense assim. <img src="../../../../.././wp-content/uploads/2010/08/menfeelings.png"> Saudações, Sergio Eu acho que um parte do que talvez ocorra é que as mulheres hoje em dia estão em uma posição tão socialmente assimetricamente confortável comparada com a dos homens que a mulher média tende a não dar grande valor a preservar ou cultivar seriamente suas relações afetivas – seja de amizade ou românticas – com quem quer que seja. A situação degenerou para uma dinâmica em que uma mulher sabe que se quiser receber atenção, afeto ou validação gratuitos basta ingressar em qualquer ambiente social. Do homem espera-se que forneça isso tudo sem esperar absolutamente nada em troca, e ai do homem que espernear, reclamar, ou observar “epa, peraí, isso é injusto”. Se fizer isso, será imediatamente e agressivamente taxado de perdedor, de chorão, de fraco, e muito ironicamente de… pouco masculino. Claro, ter sentimentos é pouco masculino, certo? Então impõe-se ao homem esse padrão desumanizante de conduta social para depois reclamar que os homens são… brutos e insensíveis? Violentos e agressivos? Como é que é?

Mulheres do mundo, aquelas entre vocês que estão em busca de um COMPANHEIRO e um AMIGO ao invés de um eletrodoméstico cuja função é fornecer sexo, carinho e companhia *quando* e *se* vocês estiverem afim e cujo papel no resto do tempo é não encher o saco… não esperem que um homem com qualquer grau de sensibilidade e vida interior possa cumprir esse papel sem ficar profundamente insatisfeito. Note-se que essa crítica é fantasticamente similar a que as próprias mulheres, cansadas de serem objetificadas, levantaram (com razão) reiteradamente no passado.

E para aquelas mulheres que acham explicitamente que não precisam fazer sua parte na relação porque o mercado está favorável e os homens não podem se dar ao luxo de estabelecer limites ou condições… bem, isso é (1) evil e (2) condutor a uma relação ridícula na qual não existe qualquer cumplicidade. Boa sorte em ser feliz tratando as pessoas como commodities.

Agora, claro que muitas pessoas – homens e mulheres – NÃO ESTÃO buscando cumplicidade para começar, não estão buscando compartilhar coisa alguma, nem se darem a conhecer, e muito menos fazer quem quer que seja feliz; estão pensando apenas pragmaticamente em si mesmos e em como aquela relação satisfaz às SUAS necessidade. E nesse caso minhas ressalvas causarão apenas bocejos. Soarão como tentar iniciar um debate sobre imperativos éticos como forma de evitar um estupro. Não, nesse caso meu conselho é para os outros. Eu sugiro que é suicida e indesejável para qualquer um – homem ou mulher – continuar investindo na idéia de desenvolver uma relacão séria e profunda com alguém que pense assim.

Saudações,
Sergio

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By: Romero .././comment-page-1/#comment-18740 Romero Thu, 23 Jun 2011 21:38:33 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-18740 Muito bom texto. Notem que existe muito mais lealdade nas amizades masculinas do que nas femininas. Talvez seja uma maneira inconsciênte de compensar isso, nas relações sociais masculinas. Muito bom texto. Notem que existe muito mais lealdade nas amizades masculinas do que nas femininas. Talvez seja uma maneira inconsciênte de compensar isso, nas relações sociais masculinas.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-15571 Sergio de Biasi Sat, 07 May 2011 19:45:49 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-15571 Cidadão Preocupado, Para começar, não confundamos "gender roles", que são um construto social imposto a cada um de nós, com as dificuldades intrínsecas de ser homem ou mulher, ou heteressexual ou gay, ou de ter uma personalidade individual para começar. Mas ok, vejamos, supondo que gays se suicidem mais do que não gays - eu não sei e isso é verdade, mas supondo que seja - qual seria a causa mais provável para isso? Não parece absolutamente óbvio que o fator número um de estresse psicológico para um homossexual é a pressão social insuportável para que ele se enquadre e adote um gender role tradicional - nesse caso especificamente no quesito "você só deve se interessar por pessoas de sexo oposto"? Esse argumento só reforça o meu ponto original - de que existe algo quebrado na forma como a sociedade trata gender roles, e exige que as pessoas se violentem para cumprir um papel estereotípico desumanizante. Se nós tivéssemos liberdade de escolher agir de forma desviante do gender role tradicional sem uma fortíssima reação social não haveria a questão para começar. A estrutura do seu argumento é : Ah, quer dizer então que as pessoas deveriam ter mais liberdade para escolherem seu gender role? Então como é que as que tentam exercer essa liberdade encontram problemas? E a resposta é que minha crítica está justamente no fato de que quem tenta exercer essa liberdade - gays ou não - ativa instantaneamente fortíssimos mecanismos de controle social. Saudações, Sergio Cidadão Preocupado,

Para começar, não confundamos “gender roles”, que são um construto social imposto a cada um de nós, com as dificuldades intrínsecas de ser homem ou mulher, ou heteressexual ou gay, ou de ter uma personalidade individual para começar.

Mas ok, vejamos, supondo que gays se suicidem mais do que não gays – eu não sei e isso é verdade, mas supondo que seja – qual seria a causa mais provável para isso? Não parece absolutamente óbvio que o fator número um de estresse psicológico para um homossexual é a pressão social insuportável para que ele se enquadre e adote um gender role tradicional – nesse caso especificamente no quesito “você só deve se interessar por pessoas de sexo oposto”? Esse argumento só reforça o meu ponto original – de que existe algo quebrado na forma como a sociedade trata gender roles, e exige que as pessoas se violentem para cumprir um papel estereotípico desumanizante.

Se nós tivéssemos liberdade de escolher agir de forma desviante do gender role tradicional sem uma fortíssima reação social não haveria a questão para começar. A estrutura do seu argumento é : Ah, quer dizer então que as pessoas deveriam ter mais liberdade para escolherem seu gender role? Então como é que as que tentam exercer essa liberdade encontram problemas? E a resposta é que minha crítica está justamente no fato de que quem tenta exercer essa liberdade – gays ou não – ativa instantaneamente fortíssimos mecanismos de controle social.

Saudações,
Sergio

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By: Cidadão Preocupado .././comment-page-1/#comment-15194 Cidadão Preocupado Sun, 01 May 2011 17:22:35 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-15194 Se os gender roles tradicionais são opressivos, vamos virar gays e lésbicas. Oh, mas gays e lésbicas se suicidam ainda mais que os outros. Ach scheiß! Se os gender roles tradicionais são opressivos, vamos virar gays e lésbicas. Oh, mas gays e lésbicas se suicidam ainda mais que os outros. Ach scheiß!

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-12472 Sergio de Biasi Fri, 18 Mar 2011 15:23:44 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-12472 Oi Pedro, Opa, valeu. Infelizmente esse assunto é muito pouco discutido. Seria preciso trazê-lo um pouco mais para o centro do debate público, porque (na minha opinião) ele é crucial para construirmos uma sociedade mais equilibrada! Saudações, Sergio Oi Pedro,

Opa, valeu. Infelizmente esse assunto é muito pouco discutido. Seria preciso trazê-lo um pouco mais para o centro do debate público, porque (na minha opinião) ele é crucial para construirmos uma sociedade mais equilibrada!

Saudações,
Sergio

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By: Pedro Bruno .././comment-page-1/#comment-12456 Pedro Bruno Fri, 18 Mar 2011 07:32:10 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-12456 Sergio, nossa... Não vou dizer que é um ótimo texto, excelentes escritores estão fadados a isso. Você expressou, com palavras, algo que eu sempre pensei. Não vou fazer um comentário pseudo-erudito, tentando ganhar sua atenção e comentários como vi em alguns comentários. Você foi incrível nesse artigo de opinião. Mas você polemizou muito. Estou ansioso pelos comentários desse texto... E obrigado por nos presentear com esse nível de texto. De verdade. Sergio, nossa… Não vou dizer que é um ótimo texto, excelentes escritores estão fadados a isso. Você expressou, com palavras, algo que eu sempre pensei. Não vou fazer um comentário pseudo-erudito, tentando ganhar sua atenção e comentários como vi em alguns comentários. Você foi incrível nesse artigo de opinião. Mas você polemizou muito. Estou ansioso pelos comentários desse texto…

E obrigado por nos presentear com esse nível de texto. De verdade.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-11969 Sergio de Biasi Wed, 09 Mar 2011 20:16:14 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-11969 http://cristyfontes39.blogspot.com/2011/03/sera.html http://cristyfontes39.blogspot.com/2011/03/sera.html

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-10392 Sergio de Biasi Sat, 05 Feb 2011 20:51:17 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-10392 Oi Vinicius, Olha, com relação à homossexualidade, eu acho que não. Eu acho que isso é algo que é tão profundo na identidade de um ser humano que não dá simplesmente para escolher, por mais frustrado que se esteja. E além disso me parece - posso estar errado - que homossexualidade não é um fenômeno que tenha sofrido algum tipo de pico moderno de ocorrência, hipoteticamente derivado de uma nova dinâmica de relação entre sexos. Se algo mudou foi que hoje se fala muito mais abertamente disso. Isso tendo sido colocado, eu de fato vejo sim reações radicais dos homens a esse modelo social profundamente frustrante. Uma delas, diante da privação de acesso a sexo e contato e afeto humano, é pura e simplesmente o suicídio. Se a taxa de suicídio entre homens já é universalmente maior do que entre as mulheres, a taxa de suicídio entre homens após um divórcio é ainda mais incrivelmente superior do que entre as mulheres após um divórcio. Agora, se por um lado eu não acho que considerar a homossexualidade como caminho para acesso a sexo e a uma relação emocionalmente recompensadora seja uma opção psicologicamente viável para a maior parte dos homens heterossexuais, eu vejo sim claramente que muitos homens modernos escolhem nem sequer tentarem se relacionar com NINGUÉM como reação extrema a um gender role opressivo, frustrante e destrutivo no qual não querem se colocar. E aí nós vamos parar em coisas extremas como esta : http://www.youtube.com/watch?v=gqUhuXzHnYY Claro, é possivel - e obrigatório - questionar quão representativa (ou mesmo heterossexual) seria a sexualidade deste sujeito, e quão preparado ele estaria para ter uma relação afetiva com algo que não fosse um objeto, mas note-se que por outro lado essa relação que ele construiu implica em um comprometimento considerável em *cuidar* de algo, em tratar alguma entidade signiticativa em sua vida com carinho e atenção, e isso dá trabalho e consome energia. Muito nitidamente ele NÃO estava buscando somente algo macio com furos, e o tipo de recompensa emocional e vazio afetivo que ele preenche dessa forma vão muito além do ato sexual em si. Saudações, Sergio Oi Vinicius,

Olha, com relação à homossexualidade, eu acho que não. Eu acho que isso é algo que é tão profundo na identidade de um ser humano que não dá simplesmente para escolher, por mais frustrado que se esteja. E além disso me parece – posso estar errado – que homossexualidade não é um fenômeno que tenha sofrido algum tipo de pico moderno de ocorrência, hipoteticamente derivado de uma nova dinâmica de relação entre sexos. Se algo mudou foi que hoje se fala muito mais abertamente disso.

Isso tendo sido colocado, eu de fato vejo sim reações radicais dos homens a esse modelo social profundamente frustrante. Uma delas, diante da privação de acesso a sexo e contato e afeto humano, é pura e simplesmente o suicídio. Se a taxa de suicídio entre homens já é universalmente maior do que entre as mulheres, a taxa de suicídio entre homens após um divórcio é ainda mais incrivelmente superior do que entre as mulheres após um divórcio.

Agora, se por um lado eu não acho que considerar a homossexualidade como caminho para acesso a sexo e a uma relação emocionalmente recompensadora seja uma opção psicologicamente viável para a maior parte dos homens heterossexuais, eu vejo sim claramente que muitos homens modernos escolhem nem sequer tentarem se relacionar com NINGUÉM como reação extrema a um gender role opressivo, frustrante e destrutivo no qual não querem se colocar.

E aí nós vamos parar em coisas extremas como esta :
http://www.youtube.com/watch?v=gqUhuXzHnYY

Claro, é possivel – e obrigatório – questionar quão representativa (ou mesmo heterossexual) seria a sexualidade deste sujeito, e quão preparado ele estaria para ter uma relação afetiva com algo que não fosse um objeto, mas note-se que por outro lado essa relação que ele construiu implica em um comprometimento considerável em *cuidar* de algo, em tratar alguma entidade signiticativa em sua vida com carinho e atenção, e isso dá trabalho e consome energia. Muito nitidamente ele NÃO estava buscando somente algo macio com furos, e o tipo de recompensa emocional e vazio afetivo que ele preenche dessa forma vão muito além do ato sexual em si.

Saudações,
Sergio

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-10389 Sergio de Biasi Sat, 05 Feb 2011 20:12:22 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-10389 Eu acho que o ponto central no qual o feminismo mais ortodoxo (ou pelo menos mais politicamente ativo) erra é justamente em colocar a mulher como "dominada" pelo homem, e o processo de libertação de um gender role opressivo como libertação dos homens. Isso é extremamente antagônico, raivoso, contraproducente, e talvez até meio surpreendentemente, nem sequer corresponde concretamente à realidade por uma quantidade enorme de critérios bastante objetivos. E nesse paradigma, algumas das "liberdades" que as mulheres almejaram conquistar foram na direção de imitar comportamentos masculinos destrutivos que em imitados não as estariam libertando de coisa alguma, apenas tornando-as prisioneiras de um outro gender role também insatisfatório. Homens e mulheres precisam *ambos* ajudarem um ao outro a se libertarem da camisa de força dos papéis opressivos que a biologia, a sociedade, a historia, a cultura tentam lhes impor. Saudações, Sergio Eu acho que o ponto central no qual o feminismo mais ortodoxo (ou pelo menos mais politicamente ativo) erra é justamente em colocar a mulher como “dominada” pelo homem, e o processo de libertação de um gender role opressivo como libertação dos homens. Isso é extremamente antagônico, raivoso, contraproducente, e talvez até meio surpreendentemente, nem sequer corresponde concretamente à realidade por uma quantidade enorme de critérios bastante objetivos. E nesse paradigma, algumas das “liberdades” que as mulheres almejaram conquistar foram na direção de imitar comportamentos masculinos destrutivos que em imitados não as estariam libertando de coisa alguma, apenas tornando-as prisioneiras de um outro gender role também insatisfatório. Homens e mulheres precisam *ambos* ajudarem um ao outro a se libertarem da camisa de força dos papéis opressivos que a biologia, a sociedade, a historia, a cultura tentam lhes impor.

Saudações,
Sergio

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-10387 Sergio de Biasi Sat, 05 Feb 2011 19:57:32 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-10387 Bom saber que o texto faz alguém se sentir mais compreendido. Eu mesmo me senti muito mais compreendido ao encontrar textos similares escritos por alguns autores modernos; eles me colocaram para pensar enormemente. Eu nunca senti qualquer vontade de antagonizar, dominar ou de qualquer outra forma oprimir ou subjugar as mulheres (ou aliás quem quer que seja), e me ressinto de ver por vezes num automatismo ideológico minha masculinidade ser assumida como portadora e agente de algum tipo de maldade, estupidez ou falta essencial de humanidade que precisaria ser controlada, neutralizada, esterilizada. Saudações, Sergio Bom saber que o texto faz alguém se sentir mais compreendido. Eu mesmo me senti muito mais compreendido ao encontrar textos similares escritos por alguns autores modernos; eles me colocaram para pensar enormemente. Eu nunca senti qualquer vontade de antagonizar, dominar ou de qualquer outra forma oprimir ou subjugar as mulheres (ou aliás quem quer que seja), e me ressinto de ver por vezes num automatismo ideológico minha masculinidade ser assumida como portadora e agente de algum tipo de maldade, estupidez ou falta essencial de humanidade que precisaria ser controlada, neutralizada, esterilizada.

Saudações,
Sergio

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By: Vinícius Cortez .././comment-page-1/#comment-10055 Vinícius Cortez Sat, 29 Jan 2011 00:46:23 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-10055 Ótimo texto, Sérgio! Bem na linha de um que vc já tinha postado antes, bastante tempo atrás, mas este está mais completo! Agora me passou uma ideia bem politicamente incorreta pela cabeça. Sempre tive a impressão de que o número de homossexuais masculinos era mais pronunciado que entre as mulheres. Para lá de todo julgamento hipócrita de certo ou errado, natural ou não, que se poderia fazer sobre isso, vc acha que esse problema apontado por vc, essa constante frustração dos homens em precisar de sexo e não conseguir, pode influenciar nisso? Quer dizer, seria muito errado pensar que alguns homens, não por preferência de nascimento, desistam de se relacionar com mulheres por causa do modelo social frustrante que precisam seguir com elas? Ótimo texto, Sérgio! Bem na linha de um que vc já tinha postado antes, bastante tempo atrás, mas este está mais completo!

Agora me passou uma ideia bem politicamente incorreta pela cabeça. Sempre tive a impressão de que o número de homossexuais masculinos era mais pronunciado que entre as mulheres. Para lá de todo julgamento hipócrita de certo ou errado, natural ou não, que se poderia fazer sobre isso, vc acha que esse problema apontado por vc, essa constante frustração dos homens em precisar de sexo e não conseguir, pode influenciar nisso?

Quer dizer, seria muito errado pensar que alguns homens, não por preferência de nascimento, desistam de se relacionar com mulheres por causa do modelo social frustrante que precisam seguir com elas?

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By: Filipe Liepkan .././comment-page-1/#comment-9917 Filipe Liepkan Wed, 26 Jan 2011 16:04:51 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-9917 Interessante sua análise, mas creio que considera o aspecto meramente ideológico da argumentação opressiva. Diria que o coitadismo reinante no mundo feminista é tão somente a exteriorização de outras regalias então já conquistadas, mas que a longo prazo se mostraram irrelevantes e irresponsáveis. Não é questão de percepção social e independência financeira; falo, antes, de uma percepção meramente competitiva que culmina no antagonismo homem/mulher, rivalidade social e competitividade conjugal, que é em regra algo destrutivo, mas ideologicamente justificável à mulher. Interessante sua análise, mas creio que considera o aspecto meramente ideológico da argumentação opressiva. Diria que o coitadismo reinante no mundo feminista é tão somente a exteriorização de outras regalias então já conquistadas, mas que a longo prazo se mostraram irrelevantes e irresponsáveis. Não é questão de percepção social e independência financeira; falo, antes, de uma percepção meramente competitiva que culmina no antagonismo homem/mulher, rivalidade social e competitividade conjugal, que é em regra algo destrutivo, mas ideologicamente justificável à mulher.

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By: Thiago .././comment-page-1/#comment-9913 Thiago Wed, 26 Jan 2011 15:35:13 +0000 ../../../../.././?p=2353#comment-9913 Deus... ou melhor, Sergio, obrigado por esse texto! Senti-me menos sozinho e melhor entendido com ele. Sim, somos o sexo frágil. Deus… ou melhor, Sergio, obrigado por esse texto! Senti-me menos sozinho e melhor entendido com ele. Sim, somos o sexo frágil.

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