Comments on: The Blessed Will Not Care What Angle They Are Regarded From .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-12401 Sergio de Biasi Thu, 17 Mar 2011 07:37:08 +0000 ../../../../.././?p=2408#comment-12401 Oi Ana, Bem, eu acho que defender seriamente que nada se possa afirmar com suficiente rigor (pelo menos não para tomar uma posição) sobre todos esses assuntos é um si mesmo uma coleção considerável de convicções. :-) Isso é diferente de nunca ter pensado sobre essas questões, ou de não ter o que responder quando suas opiniões são questionadas, ou de ter como opinião que "todos os pontos de vista são igualmente válidos". Aliás, muito pelo contrário - o que você esta dizendo é que todos os pontos de vista que você conhece sobre esses assuntos não parecem lá muito convincentes. Por outro lado, dizer que "ninguém me apresenta bons argumentos" corre o risco de soar excessivamente passivo. As pessoas dificilmente conhecem, entendem ou sabem explicar bons argumentos. Então ficar esperando que os outros apresentem bons argumentos com grande probabilidade resultará é mesmo na incerteza total. Se queremos conhecer alguma coisa mais profundamente, em geral só mesmo tomando a iniciativa de irmos cavar ativamente pistas sobre o que já se descobriu sobre a verdade, e na maioria absoluta das vezes não será possível "provar" nada. Não devemos por isso cair na falácia de achar que nada pode ser conhecido. O fato de que não temos certeza lógica não nos impede de fazer julgamentos úteis sobre o que parece mais verossímil dadas as informacões disponíveis. Saudações, Sergio Oi Ana,

Bem, eu acho que defender seriamente que nada se possa afirmar com suficiente rigor (pelo menos não para tomar uma posição) sobre todos esses assuntos é um si mesmo uma coleção considerável de convicções. :-) Isso é diferente de nunca ter pensado sobre essas questões, ou de não ter o que responder quando suas opiniões são questionadas, ou de ter como opinião que “todos os pontos de vista são igualmente válidos”. Aliás, muito pelo contrário – o que você esta dizendo é que todos os pontos de vista que você conhece sobre esses assuntos não parecem lá muito convincentes.

Por outro lado, dizer que “ninguém me apresenta bons argumentos” corre o risco de soar excessivamente passivo. As pessoas dificilmente conhecem, entendem ou sabem explicar bons argumentos. Então ficar esperando que os outros apresentem bons argumentos com grande probabilidade resultará é mesmo na incerteza total. Se queremos conhecer alguma coisa mais profundamente, em geral só mesmo tomando a iniciativa de irmos cavar ativamente pistas sobre o que já se descobriu sobre a verdade, e na maioria absoluta das vezes não será possível “provar” nada. Não devemos por isso cair na falácia de achar que nada pode ser conhecido. O fato de que não temos certeza lógica não nos impede de fazer julgamentos úteis sobre o que parece mais verossímil dadas as informacões disponíveis.

Saudações,
Sergio

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By: Ana Suzuki .././comment-page-1/#comment-12397 Ana Suzuki Thu, 17 Mar 2011 04:47:48 +0000 ../../../../.././?p=2408#comment-12397 Muitas vezes, fico em cima do muro por absoluta convicção de que ali é o meu lugar. Não tenho partido político, não torço para time de futebol, não sei se Deus é bom, não sei se a morte é o descanso eterno ou uma outra trapalhada da alma. Mas, felizmente, tenho liberdade para tudo isso e acho justo não me meter em coisas que não entendo, ou que não tenho como provar. Em compensação, defendo muito bem o meu não-saber, já que ninguém me apresenta bons argumentos. Muitas vezes, fico em cima do muro por absoluta convicção de que ali é o meu lugar. Não tenho partido político, não torço para time de futebol, não sei se Deus é bom, não sei se a morte é o descanso eterno ou uma
outra trapalhada da alma. Mas, felizmente, tenho liberdade para tudo isso e acho justo não me meter em coisas que não entendo, ou que não tenho como provar. Em compensação, defendo muito bem o meu não-saber, já que ninguém me apresenta bons argumentos.

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-12389 Sergio de Biasi Thu, 17 Mar 2011 00:35:13 +0000 ../../../../.././?p=2408#comment-12389 Legal! Valeu! Legal! Valeu!

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By: Florencia Saravia .././comment-page-1/#comment-12383 Florencia Saravia Wed, 16 Mar 2011 22:26:48 +0000 ../../../../.././?p=2408#comment-12383 Curti muito! Curti muito!

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By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-12014 Sergio de Biasi Thu, 10 Mar 2011 15:23:27 +0000 ../../../../.././?p=2408#comment-12014 Oi Albaney, Seus exemplos são todos apropriados, mas eu diria que se formos ser fiéis à metáfora eles apenas reforçam o ponto principal : the blessed will not care what angle they are regarded from. Por que deveríamos ter vergonha de ir ao banheiro? Isso é muito mais um handicap psicológico do que um medo legítimo. E se por um lado de fato existem problemas práticos em proclamar ser ateu num país católico, esses problemas são em princípio todos externos e pragmáticos; quem sente ou não vergonha disso é exclusivamente o próprio sujeito em questão. Então o meu ponto no "não teria problemas" não é exatamente "não teria problemas práticos" e sim "não se sentiria envergonhado em contar". Talvez (dependendo da família) o sujeito até escolhesse não contar porque não compreenderiam, mas se o sujeito estiver bem resolvido, *ele* não teria qualquer problema em contar. Saudações, Sergio Oi Albaney,

Seus exemplos são todos apropriados, mas eu diria que se formos ser fiéis à metáfora eles apenas reforçam o ponto principal : the blessed will not care what angle they are regarded from. Por que deveríamos ter vergonha de ir ao banheiro? Isso é muito mais um handicap psicológico do que um medo legítimo. E se por um lado de fato existem problemas práticos em proclamar ser ateu num país católico, esses problemas são em princípio todos externos e pragmáticos; quem sente ou não vergonha disso é exclusivamente o próprio sujeito em questão. Então o meu ponto no “não teria problemas” não é exatamente “não teria problemas práticos” e sim “não se sentiria envergonhado em contar”. Talvez (dependendo da família) o sujeito até escolhesse não contar porque não compreenderiam, mas se o sujeito estiver bem resolvido, *ele* não teria qualquer problema em contar.

Saudações,
Sergio

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By: Albaney Guedes Baylão .././comment-page-1/#comment-12011 Albaney Guedes Baylão Thu, 10 Mar 2011 14:36:38 +0000 ../../../../.././?p=2408#comment-12011 Com relação a definição inicial de maturidade moral, eu conheço uma versão um pouco diferente, mas um pouco mais adequada, trocando contar no jantar à noite com sendo publicada no jornal no dia seguinte. Fazer sexo com a esposa não é algo que se conte no jantar (ou fazer necessidades no banheiro, ou qualquer outro fato que o costume indique como sendo "comentável"), mas se um jornal publicar no dia seguinte não terei vergonha de ter feito. No entanto, concordo contigo, se o compreendi corretamente, que esta metáfora ainda assim sofre de um problema central, pois fatalmente teremos problemas em admitir publicamente ações que são puníveis socialmente apesar de acreditarmos que elas sejam moralmente corretas. Não há nada moralmente errado em ser ateu em um país católico (e vice-versa) mas não é algo que se admite sem um custo social grande. Mas isto não inviabiliza completamente a história. Se você faz algo que não quer que seja publicado no dia seguinte no jornal que seu pai lê, há grandes chances que o que você está fazendo seja errado, portanto deve ser repensado e verificado se o que você está fazendo é realmente correto ou se é apenas racionalização. Na maior parte das vezes é racionailização... duro é admitir... Com relação a definição inicial de maturidade moral, eu conheço uma versão um pouco diferente, mas um pouco mais adequada, trocando contar no jantar à noite com sendo publicada no jornal no dia seguinte. Fazer sexo com a esposa não é algo que se conte no jantar (ou fazer necessidades no banheiro, ou qualquer outro fato que o costume indique como sendo “comentável”), mas se um jornal publicar no dia seguinte não terei vergonha de ter feito.

No entanto, concordo contigo, se o compreendi corretamente, que esta metáfora ainda assim sofre de um problema central, pois fatalmente teremos problemas em admitir publicamente ações que são puníveis socialmente apesar de acreditarmos que elas sejam moralmente corretas. Não há nada moralmente errado em ser ateu em um país católico (e vice-versa) mas não é algo que se admite sem um custo social grande.

Mas isto não inviabiliza completamente a história. Se você faz algo que não quer que seja publicado no dia seguinte no jornal que seu pai lê, há grandes chances que o que você está fazendo seja errado, portanto deve ser repensado e verificado se o que você está fazendo é realmente correto ou se é apenas racionalização.

Na maior parte das vezes é racionailização… duro é admitir…

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