Comments on: Brasil, Uma Nação À Procura De Um Destino .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Bruno Relado .././comment-page-1/#comment-14856 Bruno Relado Tue, 26 Apr 2011 19:53:52 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-14856 Otimo conteúdo! Concordo pleanamente com o acima e não acho que isso irá mudar. Triste. Subscribed! Otimo conteúdo! Concordo pleanamente com o acima e não acho que isso irá mudar. Triste. Subscribed!

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-4896 Sergio de Biasi Sat, 05 Jun 2010 16:22:17 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-4896 http://blogdomrx.blogspot.com/2009/12/das-solucoes-simples.html http://blogdomrx.blogspot.com/2009/12/das-solucoes-simples.html

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2931 Sergio de Biasi Thu, 04 Feb 2010 07:28:15 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2931 http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=22006.0 http://clubecetico.org/forum/index.php?topic=22006.0

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2484 Sergio de Biasi Thu, 14 Jan 2010 01:51:26 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2484 http://realidade.org/forum/index.php?topic=8493.0 http://realidade.org/forum/index.php?topic=8493.0

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2145 Sergio de Biasi Thu, 24 Dec 2009 16:12:15 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2145 Oi André, O brain drain até ocorre, mas ocorre porque o país não tem um número suficiente de posições adequadas para carreiras acadêmicas e/ou de alta qualificação técnica. E adicionalmente (conheço muitas pessoas com bons empregos que deixaram o Brasil especificamente por causa disso) porque não é possível andar até a esquina sem medo de ser atacado por criminosos. Um bom número de pessoas que jamais pediram qualquer bolsa ao governo federal decidem que não querem ser garis com diploma de engenheiro, mestre ou doutor vivendo no meio de uma guerra urbana e então emigram para o Canadá, Austrália, Europa, etc. Mas para impedir esse tipo de brain drain sem consertar certos problemas gravíssimos que os repelem, só mesmo fechando as fronteiras e não dando mais permissão para ninguém sair - estilo Cuba. Agora, tentar evitar o brain drain eliminando bolsas de mestrado no exterior e forçando aqueles que recebem bolsas de doutorado a assinarem um contrato maluco no qual são forçados a voltar para o país depois é simultaneamente hostil e alienante dos próprios recursos humanos que se quer captar (especialmente considerando que entre as pessoas que pedem bolsa, uma boa parte QUER voltar), mas talvez pior ainda, é absolutamente míope quando ao fato de que é BOM, é EXCELENTE para o Brasil ter brasileiros altamente qualificadas ocupando posições em universidades estrangeiras. Saudações, Sergio Oi André,

O brain drain até ocorre, mas ocorre porque o país não tem um número suficiente de posições adequadas para carreiras acadêmicas e/ou de alta qualificação técnica. E adicionalmente (conheço muitas pessoas com bons empregos que deixaram o Brasil especificamente por causa disso) porque não é possível andar até a esquina sem medo de ser atacado por criminosos. Um bom número de pessoas que jamais pediram qualquer bolsa ao governo federal decidem que não querem ser garis com diploma de engenheiro, mestre ou doutor vivendo no meio de uma guerra urbana e então emigram para o Canadá, Austrália, Europa, etc. Mas para impedir esse tipo de brain drain sem consertar certos problemas gravíssimos que os repelem, só mesmo fechando as fronteiras e não dando mais permissão para ninguém sair – estilo Cuba.

Agora, tentar evitar o brain drain eliminando bolsas de mestrado no exterior e forçando aqueles que recebem bolsas de doutorado a assinarem um contrato maluco no qual são forçados a voltar para o país depois é simultaneamente hostil e alienante dos próprios recursos humanos que se quer captar (especialmente considerando que entre as pessoas que pedem bolsa, uma boa parte QUER voltar), mas talvez pior ainda, é absolutamente míope quando ao fato de que é BOM, é EXCELENTE para o Brasil ter brasileiros altamente qualificadas ocupando posições em universidades estrangeiras.

Saudações,
Sergio

]]>
By: André Kenji .././comment-page-1/#comment-2141 André Kenji Thu, 24 Dec 2009 00:51:09 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2141 Obrigado por demolir a falácia do brain drain. ;-) Obrigado por demolir a falácia do brain drain. ;-)

]]>
By: Fábio .././comment-page-1/#comment-2082 Fábio Sat, 19 Dec 2009 23:29:20 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2082 "A religião é a responsável." Hehe. O tema fundamental de reflexão dos maiores sociólogos da história foi o das relações entre religião e ciência. Todos acreditavam que as sociedades só podem manter sua coerência por meio de crenças comuns. Em poucas palavras, eles reconheciam a necessidade das crenças religiosas para a estabilidade social, mas elas estavam sujeitas à erosão devido ao progresso científico. Este problema encontrou expressão diferente em cada um deles, mas, no geral, todos assistiram - entre perplexos e resignados - as "maravilhas" do processo de secularização e suas simpáticas conseqüências. Aí chega um cara e diz: "A religião é a responsável". Simples assim. Talvez este comentário apenas ateste o que o Sérgio disse no post inteiro. “A religião é a responsável.”

Hehe. O tema fundamental de reflexão dos maiores sociólogos da história foi o das relações entre religião e ciência. Todos acreditavam que as sociedades só podem manter sua coerência por meio de crenças comuns. Em poucas palavras, eles reconheciam a necessidade das crenças religiosas para a estabilidade social, mas elas estavam sujeitas à erosão devido ao progresso científico. Este problema encontrou expressão diferente em cada um deles, mas, no geral, todos assistiram – entre perplexos e resignados – as “maravilhas” do processo de secularização e suas simpáticas conseqüências.

Aí chega um cara e diz: “A religião é a responsável”. Simples assim. Talvez este comentário apenas ateste o que o Sérgio disse no post inteiro.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2065 Sergio de Biasi Sat, 19 Dec 2009 15:28:08 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2065 Oi Marcelo, Pois é, o bolsista é encarado desde o começo com desconfiança e suspeita como estivesse a todo momento prestes a cometer algum tipo de fraude. A atitude está errada. As bolsas têm que ser dadas como um investimento nas nossas futuras gerações, com a mesma filosofia que já existe por trás do resto do sistema de ensino financiado pelo governo. Claro, têm que ser dadas para quem parecer ter potencial e disposição de aproveitá-las, mas o assunto não deve ser encarado com essa mesquinheza míope de "mas agora você está me devendo". Sobre nem todos terminarem, bem, nem todos terminam também o ensino fundamental ou a graduação. Veja os índices de evasão escolar. O processo educacional e acadêmico é complexo e há muitos motivos para isso, mesmo no caso de pessoas perfeitamente bem selecionadas e capacitadas. Vamos então agora processar quem desistir no meio do curso de engenharia na UFRJ pedindo todo o dinheiro investido de volta? Sobre a questão do mestrado profissional, a Capes está na total contramão. Essa idéia de que mestrado seja algo primordialmente acadêmico e tenha que resultar numa "dissertação" e seja pré-requisito para o doutorado, etc, etc, tudo isso deriva do fato de que não há no Brasil mercado para pessoas com um certo grau de formação técnica fora da academia. Mas isso é um problema grave a ser resolvido, é uma distorção, não uma situação ideal e desejável a ser preservada. Tudo bem que existe uma profusão de mestrados "lato sensu" no Brasil que de mestrado não têm nada, e é isso que se quer combater, mas simplesmente bater pé e dizer que o único tipo possível de mestrado é aquele que prepara alguém para lecionar em uma universidade ou como primeiro passo em direção a um doutorado bate de frente com a necessidade de formar pessoas capacitadas e ocuparem posições profissionais em indústria de alta tecnologia, as quais supostamente estamos (bem, deveríamos estar) tentando estimular. Ao invés disso literalmente forçamos pessoas com vocação para projetarem aviões, microprocessadores, robôs e satélites a se tornarem professores universitários. Ou melhor, em muitos casos a politica é tão míope que nem isso - formam-se mestres e doutores com ênfase em ensino e pesquisa com a expectativa de que vão preencher... vagas e posições inexistentes no próprio sistema acadêmico. E então eles acabam indo fazer concurso para gari. Saudações, Sergio Oi Marcelo,

Pois é, o bolsista é encarado desde o começo com desconfiança e suspeita como estivesse a todo momento prestes a cometer algum tipo de fraude. A atitude está errada. As bolsas têm que ser dadas como um investimento nas nossas futuras gerações, com a mesma filosofia que já existe por trás do resto do sistema de ensino financiado pelo governo. Claro, têm que ser dadas para quem parecer ter potencial e disposição de aproveitá-las, mas o assunto não deve ser encarado com essa mesquinheza míope de “mas agora você está me devendo”.

Sobre nem todos terminarem, bem, nem todos terminam também o ensino fundamental ou a graduação. Veja os índices de evasão escolar. O processo educacional e acadêmico é complexo e há muitos motivos para isso, mesmo no caso de pessoas perfeitamente bem selecionadas e capacitadas. Vamos então agora processar quem desistir no meio do curso de engenharia na UFRJ pedindo todo o dinheiro investido de volta?

Sobre a questão do mestrado profissional, a Capes está na total contramão. Essa idéia de que mestrado seja algo primordialmente acadêmico e tenha que resultar numa “dissertação” e seja pré-requisito para o doutorado, etc, etc, tudo isso deriva do fato de que não há no Brasil mercado para pessoas com um certo grau de formação técnica fora da academia. Mas isso é um problema grave a ser resolvido, é uma distorção, não uma situação ideal e desejável a ser preservada.

Tudo bem que existe uma profusão de mestrados “lato sensu” no Brasil que de mestrado não têm nada, e é isso que se quer combater, mas simplesmente bater pé e dizer que o único tipo possível de mestrado é aquele que prepara alguém para lecionar em uma universidade ou como primeiro passo em direção a um doutorado bate de frente com a necessidade de formar pessoas capacitadas e ocuparem posições profissionais em indústria de alta tecnologia, as quais supostamente estamos (bem, deveríamos estar) tentando estimular. Ao invés disso literalmente forçamos pessoas com vocação para projetarem aviões, microprocessadores, robôs e satélites a se tornarem professores universitários. Ou melhor, em muitos casos a politica é tão míope que nem isso – formam-se mestres e doutores com ênfase em ensino e pesquisa com a expectativa de que vão preencher… vagas e posições inexistentes no próprio sistema acadêmico. E então eles acabam indo fazer concurso para gari.

Saudações,
Sergio

]]>
By: Marcelo Alves .././comment-page-1/#comment-2050 Marcelo Alves Fri, 18 Dec 2009 18:30:30 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2050 Bem lembrado o assunto das bolsas. O Brasil faz o oposto da maioria dos países da Ásia ao exigir a volta imediata ao país. Um palpite que eu tenho é que na CAPES (e no meio acadêmico) a bolsa para o exterior é vista como um "favor" feito ao bolsista e que ele teria que retribuir. Com essa premissa nada irá dar certo. Uma alegação que se usa muito é que houve no passado gente que recebeu a bolsa e nunca terminou a pós-graduação. Mas não seria o caso de selecionar melhor quem vai? Entendo que há diferentes áreas de conhecimento, com níveis de avanço maior ou menor no Brasil. Em engenharia seria fundamental a existência de pós-graduação voltada para os profissionais que estão nas empresas. Houve a criação do mestrado profissional. Adivinha o que a CAPES fez junto com muita gente nas universidades? Sabotou até não mais poder. Pelo o que eu sei, em engenharia, sobraram dois programas de mestrado profissional que hoje estão sendo fechados. Bem lembrado o assunto das bolsas. O Brasil faz o oposto da maioria dos países da Ásia ao exigir a volta imediata ao país. Um palpite que eu tenho é que na CAPES (e no meio acadêmico) a bolsa para o exterior é vista como um “favor” feito ao bolsista e que ele teria que retribuir. Com essa premissa nada irá dar certo. Uma alegação que se usa muito é que houve no passado gente que recebeu a bolsa e nunca terminou a pós-graduação. Mas não seria o caso de selecionar melhor quem vai?
Entendo que há diferentes áreas de conhecimento, com níveis de avanço maior ou menor no Brasil. Em engenharia seria fundamental a existência de pós-graduação voltada para os profissionais que estão nas empresas. Houve a criação do mestrado profissional. Adivinha o que a CAPES fez junto com muita gente nas universidades? Sabotou até não mais poder. Pelo o que eu sei, em engenharia, sobraram dois programas de mestrado profissional que hoje estão sendo fechados.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2023 Sergio de Biasi Thu, 17 Dec 2009 15:30:14 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2023 Oi Marcelo, Sim, com certeza! Eu vivi a mesma coisa com a lei de reserva de informática. Absurdo, grotesco! Foi um grande salto para trás. O Brasil agora é praticamente um ZERO TOTAL em termos de hardware em informática. Os critérios e políticas da Capes são INACREDITÁVEIS. Pois é, eles DESESTIMULAM as pessoas a irem trabalhar fora das universidades! E tentam impedir as pessoas que fazem pós-graduação de terem qualquer atividade profissional enquanto a fazem. E não reconhecem experiência profissional fora da academia como similar ou em alguns casos até superior à experiência acadêmica. Tem mais um assunto que você não citou que é a política da Capes para bolsas de doutorado no exterior. A politica intolerável que eles têm é de tentar forçar a todo custo as pessoas que vão fazer pós-graduação no exterior a voltarem para o Brasil. O argumento, absurdamente falacioso, é baseado no mesmo tipo de sentimento míope da lei de reserva de mercado em informática : "os estrangeiros maus estão querendo levar o que é nosso". O que eles não enxergam é que é EXTREMAMENTE POSITIVO para o Brasil ter brasileiros com pós-graduação trabalhando no exterior, grande parte das vezes em universidades. Além de ser uma política de relações internacionais que nenhum dinheiro pode comprar, isso facilita INFINITAMENTE no futuro conseguir mais bolsas, financiamentos, recursos e posições para novas gerações de alunos brasileiros que queiram estudar no exterior, sem que a Capes tenha que gastar dinheiro algum. Isso sem falar que estatisticamente grande parte das pessoas quer voltar mesmo. Fazer todas elas assinarem um contrato hostil forçando que terminem seus doutorados em 4 anos e então estarem proibidas de permanecerem no exterior é simultaneamente alienante dos recursos humanos que teoricamente estamos querendo captar e completamente contraproducente como politica para desenvolver o pais. Para quem ainda acha que isso de exigir a volta ao país de quem faz pós-graduação através de algum dos programas da Capes é razoável, pense assim : o mesmo raciocínio deveria então obrigar qualquer um que faz graduação numa universidade do governo ou mesmo numa escola pública a ficar no país. O mesmo raciocínio deveria forçar qualquer um que deixe o país a reembolsar o governo por todos os impostos que foram gastos com seu bem estar até então. Aliás, levada às últimas conseqüências, essa era exatamente a politica dos países sob o domínio da União Soviética (e, aliás, ainda hoje em Cuba) : não pode sair, quem sair é um desertor mau que está roubando recursos de nosso país. Isso é completamente estúpido e míope. Se a Capes vai REALMENTE encarar seu sistema de bolsas como chantagem para captar recursos humanos, então NESSE CASO por que formar brasileiros? Vamos simplesmente pegar esse dinheiro e pagar excelentes pesquisadores para virem ao Brasil, estejam onde estiverem. Hm, epa, só que eles não vão querer vir, porque não há realmente o que eles fazerem aqui. E de qualquer forma a bolsa da Capes é metade do que qualquer universidade americana dá para qualquer aluno iniciante que tenha meramente sido aceito para um PhD. Note, eu pessoalmente acho bom a Capes dar bolsas para brasileiros que queiram estudar no exterior, mas esse programa deveria ser reformulado para parar de paranoicamente tentar forçar a qualquer custo as pessoas a terminarem o doutorado correndo e voltarem para o Brasil. Simplesmente terminar a bolsa após um certo número de anos já seria simultaneamente "incentivo" suficiente para voltar assim como suficientemente protetor dos recursos do programa de bolsas. Saudações, Sergio Oi Marcelo,

Sim, com certeza! Eu vivi a mesma coisa com a lei de reserva de informática. Absurdo, grotesco! Foi um grande salto para trás. O Brasil agora é praticamente um ZERO TOTAL em termos de hardware em informática.

Os critérios e políticas da Capes são INACREDITÁVEIS. Pois é, eles DESESTIMULAM as pessoas a irem trabalhar fora das universidades! E tentam impedir as pessoas que fazem pós-graduação de terem qualquer atividade profissional enquanto a fazem. E não reconhecem experiência profissional fora da academia como similar ou em alguns casos até superior à experiência acadêmica.

Tem mais um assunto que você não citou que é a política da Capes para bolsas de doutorado no exterior.

A politica intolerável que eles têm é de tentar forçar a todo custo as pessoas que vão fazer pós-graduação no exterior a voltarem para o Brasil. O argumento, absurdamente falacioso, é baseado no mesmo tipo de sentimento míope da lei de reserva de mercado em informática : “os estrangeiros maus estão querendo levar o que é nosso”. O que eles não enxergam é que é EXTREMAMENTE POSITIVO para o Brasil ter brasileiros com pós-graduação trabalhando no exterior, grande parte das vezes em universidades. Além de ser uma política de relações internacionais que nenhum dinheiro pode comprar, isso facilita INFINITAMENTE no futuro conseguir mais bolsas, financiamentos, recursos e posições para novas gerações de alunos brasileiros que queiram estudar no exterior, sem que a Capes tenha que gastar dinheiro algum. Isso sem falar que estatisticamente grande parte das pessoas quer voltar mesmo. Fazer todas elas assinarem um contrato hostil forçando que terminem seus doutorados em 4 anos e então estarem proibidas de permanecerem no exterior é simultaneamente alienante dos recursos humanos que teoricamente estamos querendo captar e completamente contraproducente como politica para desenvolver o pais.

Para quem ainda acha que isso de exigir a volta ao país de quem faz pós-graduação através de algum dos programas da Capes é razoável, pense assim : o mesmo raciocínio deveria então obrigar qualquer um que faz graduação numa universidade do governo ou mesmo numa escola pública a ficar no país. O mesmo raciocínio deveria forçar qualquer um que deixe o país a reembolsar o governo por todos os impostos que foram gastos com seu bem estar até então. Aliás, levada às últimas conseqüências, essa era exatamente a politica dos países sob o domínio da União Soviética (e, aliás, ainda hoje em Cuba) : não pode sair, quem sair é um desertor mau que está roubando recursos de nosso país. Isso é completamente estúpido e míope.

Se a Capes vai REALMENTE encarar seu sistema de bolsas como chantagem para captar recursos humanos, então NESSE CASO por que formar brasileiros? Vamos simplesmente pegar esse dinheiro e pagar excelentes pesquisadores para virem ao Brasil, estejam onde estiverem. Hm, epa, só que eles não vão querer vir, porque não há realmente o que eles fazerem aqui. E de qualquer forma a bolsa da Capes é metade do que qualquer universidade americana dá para qualquer aluno iniciante que tenha meramente sido aceito para um PhD.

Note, eu pessoalmente acho bom a Capes dar bolsas para brasileiros que queiram estudar no exterior, mas esse programa deveria ser reformulado para parar de paranoicamente tentar forçar a qualquer custo as pessoas a terminarem o doutorado correndo e voltarem para o Brasil. Simplesmente terminar a bolsa após um certo número de anos já seria simultaneamente “incentivo” suficiente para voltar assim como suficientemente protetor dos recursos do programa de bolsas.

Saudações,
Sergio

]]>
By: Marcelo Alves .././comment-page-1/#comment-2021 Marcelo Alves Thu, 17 Dec 2009 13:48:13 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-2021 Lembro claramente dos danos causados pela reserva de mercado na informática. Eu era estudante de engenharia e na universidade apareceram dois computadores Hyundai (Coreanos) - Eram PCs 386 com co-processador matemático - Nem em sonho havia isto no Brasil. Era algo que a gente via em revista americana que o pai de algum colega trazia de uma viagem. Os computadores só estavam na universidade pois havia uma "brecha" na lei de informática. Hoje eu leciono numa escola de Engenharia e os alunos tem um previlégio impensável nos meus tempos de universidade: Intercâmbio com escolas de Engenharia na Europa, EUA, Canadá, Córeia do Sul - no âmbito da graduação. Existe até duplo diploma o que dá uma chance maior de ter uma carreira de trabalho no exterior. Dou força para que os alunos participem e aproveitem ao máximo esta oportunidade. Sobre a pós-graduação concordo inteiramente com o seu artigo. Só um dado a mais, que não sei se você conhecia, a CAPES que avalia os programas de pós-graduação no Brasil, dá um peso menor se os doutores formados vão trabalhar fora das universidades! Eles acham melhor o sujeito prestar um concurso na Universidade federal do Oeste do Tocantins do que trabalhar numa empresa. Os programas de pós-graduação no Brasil rejeitam alunos que trabalham em atividades profissionais. A pós-graduação no Brasil está destinada a ser pequena e irrelevante para o país, apesar dos recursos públicos que são dispendidos. Lembro claramente dos danos causados pela reserva de mercado na informática. Eu era estudante de engenharia e na universidade apareceram dois computadores Hyundai (Coreanos) – Eram PCs 386 com co-processador matemático – Nem em sonho havia isto no Brasil. Era algo que a gente via em revista americana que o pai de algum colega trazia de uma viagem. Os computadores só estavam na universidade pois havia uma “brecha” na lei de informática.
Hoje eu leciono numa escola de Engenharia e os alunos tem um previlégio impensável nos meus tempos de universidade: Intercâmbio com escolas de Engenharia na Europa, EUA, Canadá, Córeia do Sul – no âmbito da graduação. Existe até duplo diploma o que dá uma chance maior de ter uma carreira de trabalho no exterior. Dou força para que os alunos participem e aproveitem ao máximo esta oportunidade.
Sobre a pós-graduação concordo inteiramente com o seu artigo. Só um dado a mais, que não sei se você conhecia, a CAPES que avalia os programas de pós-graduação no Brasil, dá um peso menor se os doutores formados vão trabalhar fora das universidades! Eles acham melhor o sujeito prestar um concurso na Universidade federal do Oeste do Tocantins do que trabalhar numa empresa. Os programas de pós-graduação no Brasil rejeitam alunos que trabalham em atividades profissionais. A pós-graduação no Brasil está destinada a ser pequena e irrelevante para o país, apesar dos recursos públicos que são dispendidos.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-1964 Sergio de Biasi Tue, 15 Dec 2009 05:08:52 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1964 Oi Marcus, Eu não acho que opiniões divergentes signifiquem que uma delas seja imbecil. É perfeitamente possível pessoas inteligentes discordarem. Por vezes existem bons motivos tanto para acreditar quanto para não acreditar em algo. Quanto à moral, infelizmente eu acho que não há base sólida para uma moral "objetiva", e quanto mais tentamos perseguir uma, mais esbarramos em contradições e arbitrariedades instransponíveis. No final das contas, os conceitos de bem e de mal estão fundamentados primordialmente em sentimentos, os quais simplesmente existem e não precisam de (e com um mínimo de objetividade não realmente admitem) justificativa. Adicionemos a esse protosimulacro de ética um recheio de acidentes históricos, uma cobertura de lavagem cerebral e pensamento de grupo a gosto, sacuda-se, e temos o que usualmente chamamos de moral. Isso não quer dizer que eu não tenha opiniões e idéias sobre o que é certo e errado, mas quando se tenta organizar isso num todo coerente, quanto se tenta constuir uma teoria da moral, quando se tenta encaixar ou formalizar isso num sistema filosófico, começam a sair besteiras, e tantas mais besteiras quanto mais rigoroso e preciso se tenta ser. Isso também não quer dizer que não existam motivos sociais e evolutivos objetivos e pragmáticos para a moral de grupos humanos concretos ser a que é, mas isso é diferente de justificá-la filosoficamente a nível de certo e errado, ou mesmo para realmente se dizer que é por causa desses motivos pragmáticos que eu pessoalmente acho certas coisas certas ou erradas. Certas coisas estão programadas nos nossos genes, e é por causa disso que eu sinto de um certo jeito, não porque seja certo, bom, útil ou conveniente. Saudações, Sergio Oi Marcus,

Eu não acho que opiniões divergentes signifiquem que uma delas seja imbecil. É perfeitamente possível pessoas inteligentes discordarem. Por vezes existem bons motivos tanto para acreditar quanto para não acreditar em algo.

Quanto à moral, infelizmente eu acho que não há base sólida para uma moral “objetiva”, e quanto mais tentamos perseguir uma, mais esbarramos em contradições e arbitrariedades instransponíveis. No final das contas, os conceitos de bem e de mal estão fundamentados primordialmente em sentimentos, os quais simplesmente existem e não precisam de (e com um mínimo de objetividade não realmente admitem) justificativa. Adicionemos a esse protosimulacro de ética um recheio de acidentes históricos, uma cobertura de lavagem cerebral e pensamento de grupo a gosto, sacuda-se, e temos o que usualmente chamamos de moral.

Isso não quer dizer que eu não tenha opiniões e idéias sobre o que é certo e errado, mas quando se tenta organizar isso num todo coerente, quanto se tenta constuir uma teoria da moral, quando se tenta encaixar ou formalizar isso num sistema filosófico, começam a sair besteiras, e tantas mais besteiras quanto mais rigoroso e preciso se tenta ser.

Isso também não quer dizer que não existam motivos sociais e evolutivos objetivos e pragmáticos para a moral de grupos humanos concretos ser a que é, mas isso é diferente de justificá-la filosoficamente a nível de certo e errado, ou mesmo para realmente se dizer que é por causa desses motivos pragmáticos que eu pessoalmente acho certas coisas certas ou erradas. Certas coisas estão programadas nos nossos genes, e é por causa disso que eu sinto de um certo jeito, não porque seja certo, bom, útil ou conveniente.

Saudações,
Sergio

]]>
By: Marcus .././comment-page-1/#comment-1961 Marcus Tue, 15 Dec 2009 03:35:40 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1961 Compreendo. Quando leio os textos de Frederick Copleston, ou C. S. Lewis, percebo muito claramente que o imbecil sou eu. Não que a inteligência desses comprove o que eles acreditam. Mas, se esse é o caso, como encontrar uma base para a moral objetiva? (do 'mas' para a pergunta foi realmente um salto) Uma vez li um texto seu e outro do Pedro. Bons textos, mas antagônicos. Deus em maiúscula e deus em minúscula. Fraterno abraço, Marcus. Compreendo.
Quando leio os textos de Frederick Copleston, ou C. S. Lewis, percebo muito claramente que o imbecil sou eu. Não que a inteligência desses comprove o que eles acreditam. Mas, se esse é o caso, como encontrar uma base para a moral objetiva? (do ‘mas’ para a pergunta foi realmente um salto)
Uma vez li um texto seu e outro do Pedro. Bons textos, mas antagônicos. Deus em maiúscula e deus em minúscula.

Fraterno abraço,
Marcus.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-1957 Sergio de Biasi Mon, 14 Dec 2009 21:15:55 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1957 Oi Marcus, Essa é uma questão complexa. Veja, países como os EUA, mesmo com estado teoricamente (e cada vez menos) laico, são fortemente religiosos, e são inquestionavelmente desenvolvidos. Países como a Coréia do Sul, que tem inclusive uma fortíssima presença católica, deram um salto revolucionário para o primeiro mundo. Enquanto isso, na Rússia soviética, na qual religião foi deliberadamente sufocada, houve um colapso total das instituições que deu quase literalmente nas máfias controlarem tudo. Não estou com isso querendo construir o argumento contrário, de que a religião seja boa ou necessária para a fibra moral de uma sociedade ou qualquer coisa desse tipo. Estou apenas dizendo que não me parece ser que vamos resolver essa questão seja combatendo seja incentivando religião. Eu pessoalmente até concordo com a idéia de que religião faz muito mal às pessoas e ao mundo e deve de fato ser combatida (e deixemos isso absolutamente claro, combatida intelectualmente a nível de livre debate, e não coercitivamente a nível institucional por políticas ou campanhas do governo). Mas daí a atribuir a responsabilidade de nossos problemas como nação à religião e achar que esses se resolverão à medida em que nos livrarmos dela... Veja, a religião de fato estimula e justifica a aceitação de um sistema que impõe uma ortodoxia de pensamento de cima para baixo. Mas ela não é a única forma de fazer isso. Para mim é isso - o confisco e seqüestro da consciência individual pela sociedade e pela autoridade - que tem que ser primordialmente combatido, e não exatamente ou somente a religião, que é apenas uma das formas de isso ocorrer... senão apenas trocaremos de profeta, de Jesus para Marx, de Marx para Ayn Rand, de Ayn Rand para o guru da moda. Saudações, Sergio Oi Marcus,

Essa é uma questão complexa.

Veja, países como os EUA, mesmo com estado teoricamente (e cada vez menos) laico, são fortemente religiosos, e são inquestionavelmente desenvolvidos. Países como a Coréia do Sul, que tem inclusive uma fortíssima presença católica, deram um salto revolucionário para o primeiro mundo. Enquanto isso, na Rússia soviética, na qual religião foi deliberadamente sufocada, houve um colapso total das instituições que deu quase literalmente nas máfias controlarem tudo. Não estou com isso querendo construir o argumento contrário, de que a religião seja boa ou necessária para a fibra moral de uma sociedade ou qualquer coisa desse tipo. Estou apenas dizendo que não me parece ser que vamos resolver essa questão seja combatendo seja incentivando religião.

Eu pessoalmente até concordo com a idéia de que religião faz muito mal às pessoas e ao mundo e deve de fato ser combatida (e deixemos isso absolutamente claro, combatida intelectualmente a nível de livre debate, e não coercitivamente a nível institucional por políticas ou campanhas do governo). Mas daí a atribuir a responsabilidade de nossos problemas como nação à religião e achar que esses se resolverão à medida em que nos livrarmos dela…

Veja, a religião de fato estimula e justifica a aceitação de um sistema que impõe uma ortodoxia de pensamento de cima para baixo. Mas ela não é a única forma de fazer isso. Para mim é isso – o confisco e seqüestro da consciência individual pela sociedade e pela autoridade – que tem que ser primordialmente combatido, e não exatamente ou somente a religião, que é apenas uma das formas de isso ocorrer… senão apenas trocaremos de profeta, de Jesus para Marx, de Marx para Ayn Rand, de Ayn Rand para o guru da moda.

Saudações,
Sergio

]]>
By: Marcus .././comment-page-1/#comment-1956 Marcus Mon, 14 Dec 2009 20:32:09 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1956 A religião é a responsável. Na medida em que o brasileiro se secularizar, a educação melhorará. Abraço, Marcus. A religião é a responsável.
Na medida em que o brasileiro se secularizar, a educação melhorará.

Abraço,
Marcus.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-1953 Sergio de Biasi Mon, 14 Dec 2009 19:42:32 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1953 A gente não sabemos Escolher presidente A gente não sabemos Tomar conta da gente A gente não sabemos Nem escovar os dente Tem gringo pensando Que nóis é indigente... Inútil! A gente somos inútil! Inútil! A gente somos inútil! A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente…

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!

]]>
By: Assis Valente .././comment-page-1/#comment-1949 Assis Valente Mon, 14 Dec 2009 15:08:21 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1949 Brasil, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros que nós queremos sambar. Brasil, esquentai vossos pandeiros, iluminai os terreiros que nós queremos sambar.

]]>
By: Brasil, Uma Nação à Procura de um Destino - O Indivíduo .././comment-page-1/#comment-1922 Brasil, Uma Nação à Procura de um Destino - O Indivíduo Sun, 13 Dec 2009 02:25:30 +0000 ../../../../.././?p=1502#comment-1922 [...] .././ [...] [...] .././ [...]

]]>