Comments on: Tanja Krämer e a Assombrosa Falta de Autocrítica .././ Porque só o indivíduo tem consciência Sat, 06 Aug 2011 02:00:55 +0000 hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.1.3 By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2498 Sergio de Biasi Thu, 14 Jan 2010 16:34:04 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2498 Bdelykleon says: <blockquote>Meu filho, 15 artigos é uma produção insignificante para as hard sciences.</blockquote> Para alguém com tanta arrogância, sua incapacidade de distinguir o que está sendo argumentado é embaraçosa. Eu nunca disse que Dawkins teve uma produção maciça de artigos em jornais científicos. O que eu disse foi que é absolutamente ridículo afirmar que ele "não é um cientista". Agora, se você pessoalmente não é fã de Dawkins, seja como cientista, seja como intelectual num sentido mais amplo, ótimo, direito seu. Mas isso não faz com que ele deixe de ser um cientista. <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Denial" rel="nofollow">Just deal with it</a>. Bdelykleon says:

Meu filho, 15 artigos é uma produção insignificante para as hard sciences.

Para alguém com tanta arrogância, sua incapacidade de distinguir o que está sendo argumentado é embaraçosa.

Eu nunca disse que Dawkins teve uma produção maciça de artigos em jornais científicos. O que eu disse foi que é absolutamente ridículo afirmar que ele “não é um cientista”.

Agora, se você pessoalmente não é fã de Dawkins, seja como cientista, seja como intelectual num sentido mais amplo, ótimo, direito seu. Mas isso não faz com que ele deixe de ser um cientista. Just deal with it.

]]>
By: Bdelykleon .././comment-page-1/#comment-2486 Bdelykleon Thu, 14 Jan 2010 02:56:35 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2486 Meu filho, 15 artigos é uma produção insignificante para as hard sciences. Meu filho, 15 artigos é uma produção insignificante para as hard sciences.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2370 Sergio de Biasi Fri, 08 Jan 2010 00:35:52 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2370 Em primeiro lugar, dar aula e divulgar ciência é sim uma atividade perfeitamente razoável e adequada para um cientista. Não sei por que você acha que ele seria "mais" cientista se desse aula de Cálculo 1 do que ocupando o cargo que ocupou. Se isso fosse *tudo* que ele fez, de fato haveria um argumento para dizer que ele não é realmente um cientista, mas absolutamente não é o caso de Dawkins, como extensamente documentado e citado. É como dizer "Veja só, Einstein trabalhava no escritório de patentes quando publicou a teoria da relatividade especial, logo não era um cientista". Ridículo. E dizer que Dawkins publicou "apenas" quinze artigos em jornais científicos relevantes é outro argumento completamente ridículo. É como dizer que um sujeito não é músico porque compôs "apenas" 15 sonatas. Além disso, teorizar seriamente sobre evolução e etologia certamente também é uma atividade científica. Cientista não é só o sujeito que pega o telescópio, é também o sujeito que senta e fica pensando. E sobre a carreira de Dawkins como pesquisador não ter revolucionado a ciência (e eu não vejo ninguém afirmando que tenha revolucionado, não vejo por que a insistência em refutar algo que ninguém está defendendo), esse também é um argumento muito pobre para dizer que ele não é um cientista, especialmente para dizer que ele "não é um cientista em nenhum sentido possível do termo". A maioria absoluta dos cientistas não revolucionam a ciência, eles defendem sua tese de doutorado (a qual para ser aceita já tem que ser considerada como uma contribuição original à ciência), publicam lá uns artigos científicos periodicamente, dão suas aulas e pronto. Ganhar prêmio nobel é para muito poucos. O resto não deixa de ser cientista por causa disso. Enfim, dizer que Dawkins "não é um cientista" é simplesmente ridiculo e patético, é como querer dizer que Glauber Rocha não foi "realmente" um cineasta porque fez "apenas" 9 filmes e nunca ganhou um Oscar. Em primeiro lugar, dar aula e divulgar ciência é sim uma atividade perfeitamente razoável e adequada para um cientista. Não sei por que você acha que ele seria “mais” cientista se desse aula de Cálculo 1 do que ocupando o cargo que ocupou. Se isso fosse *tudo* que ele fez, de fato haveria um argumento para dizer que ele não é realmente um cientista, mas absolutamente não é o caso de Dawkins, como extensamente documentado e citado. É como dizer “Veja só, Einstein trabalhava no escritório de patentes quando publicou a teoria da relatividade especial, logo não era um cientista”. Ridículo.

E dizer que Dawkins publicou “apenas” quinze artigos em jornais científicos relevantes é outro argumento completamente ridículo. É como dizer que um sujeito não é músico porque compôs “apenas” 15 sonatas. Além disso, teorizar seriamente sobre evolução e etologia certamente também é uma atividade científica. Cientista não é só o sujeito que pega o telescópio, é também o sujeito que senta e fica pensando.

E sobre a carreira de Dawkins como pesquisador não ter revolucionado a ciência (e eu não vejo ninguém afirmando que tenha revolucionado, não vejo por que a insistência em refutar algo que ninguém está defendendo), esse também é um argumento muito pobre para dizer que ele não é um cientista, especialmente para dizer que ele “não é um cientista em nenhum sentido possível do termo”. A maioria absoluta dos cientistas não revolucionam a ciência, eles defendem sua tese de doutorado (a qual para ser aceita já tem que ser considerada como uma contribuição original à ciência), publicam lá uns artigos científicos periodicamente, dão suas aulas e pronto. Ganhar prêmio nobel é para muito poucos. O resto não deixa de ser cientista por causa disso.

Enfim, dizer que Dawkins “não é um cientista” é simplesmente ridiculo e patético, é como querer dizer que Glauber Rocha não foi “realmente” um cineasta porque fez “apenas” 9 filmes e nunca ganhou um Oscar.

]]>
By: Marcelo Camanho .././comment-page-1/#comment-2368 Marcelo Camanho Thu, 07 Jan 2010 21:12:37 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2368 Cara, para ela ter gasto esse tempo todo para criticar alguém que nem conhece, simplesmente a partir de um texto que obviamente não entendeu, deve ser porque você tocou em alguma ferida seriíssima da pobre coitada... Cara, para ela ter gasto esse tempo todo para criticar alguém que nem conhece, simplesmente a partir de um texto que obviamente não entendeu, deve ser porque você tocou em alguma ferida seriíssima da pobre coitada…

]]>
By: Bdelykleon .././comment-page-1/#comment-2356 Bdelykleon Thu, 07 Jan 2010 04:10:28 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2356 Na verdade tenho sim. Você ainda não respondeu o que tem de científico o posto que ele ocupa desde 1995, um posto cujo financiamento ele mesmo conseguiu. Além disso, a carreira de publicação do Dawkins em sua área (zoologia) é bem pouco frutífera, 15 artigos científicos, o resto é uma forma de filosofia. A carreira acadêmica não é propriamente gloriosa, "assistant professor" não é professor assistente, mas algo próximo a professor substituto, ele nunca conseguiu ser "professor" de Oxford, foi "lecturer" e "reader", que não são cargos elevados, mas sim inferiores ao posto de "professor". Daí ele inventou esse cadeira de "compreensão pública da ciência" e virou "professor", mas aí de uma coisa bem discutível. Portanto não é nada de absurdo dizer que ele não é um cientista: um acadêmico de pouco brilho em sua área, mas que conseguiu fama e destaque como um intelectual. Apesar de ele se dizer cientista, boa parte das suas obras se qualifica como aquilo que se chama de "divulgação científica". Na verdade tenho sim.
Você ainda não respondeu o que tem de científico o posto que ele ocupa desde 1995, um posto cujo financiamento ele mesmo conseguiu. Além disso, a carreira de publicação do Dawkins em sua área (zoologia) é bem pouco frutífera, 15 artigos científicos, o resto é uma forma de filosofia. A carreira acadêmica não é propriamente gloriosa, “assistant professor” não é professor assistente, mas algo próximo a professor substituto, ele nunca conseguiu ser “professor” de Oxford, foi “lecturer” e “reader”, que não são cargos elevados, mas sim inferiores ao posto de “professor”. Daí ele inventou esse cadeira de “compreensão pública da ciência” e virou “professor”, mas aí de uma coisa bem discutível.

Portanto não é nada de absurdo dizer que ele não é um cientista: um acadêmico de pouco brilho em sua área, mas que conseguiu fama e destaque como um intelectual. Apesar de ele se dizer cientista, boa parte das suas obras se qualifica como aquilo que se chama de “divulgação científica”.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2281 Sergio de Biasi Sun, 03 Jan 2010 05:11:58 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2281 <blockquote>No post antigo você diz “as credenciais acadêmicas do Dawkins” e quais são, cara pálida? Ele não é um cientista em nenhum sentido possível do termo.</blockquote> Ceerrrrto, então ele não é cientista por "nenhum sentido possível do termo". Essa é uma afirmação *extremamente* delirante e desinformada. Aliás, é difícil pensar em alguma interpretação da palavra "cientista" que ele *não* satisfaça. Pois senão vejamos. Ele fez graduação em zoologia em nada menos que o <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Balliol_College,_Oxford" rel="nofollow">Balliol College</a> para então conseguir seu mestrado e seu doutorado sob novamente nada menos que o etólogo ganhador de prêmio Nobel <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Nikolaas_Tinbergen" rel="nofollow">Nikolaas Tinbergen</a> na <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/University_of_Oxford" rel="nofollow">Universidade de Oxford</a>, na qual permaneceu como assistente de pesquisa por mais um ano. É absolutamente quase impossível ter credenciais melhores que essas em termos de formação. Então ele se tornou professor assistente de zoologia em nada menos que <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/University_of_California,_Berkeley" rel="nofollow">Berkeley</a>. Eventualmente ele voltou a Oxford, e depois de 20 anos de pesquisa e publicações científicas, que incluíram papers na <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Science_%28journal%29" rel="nofollow">Science</a> e na <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Nature_%28journal%29" rel="nofollow">Nature</a>, diversos livros de grande impacto que não só divulgaram ciência mas que também introduziram ou extenderam algumas idéias importantes em sua área, foi então promovido a <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Reader_%28academic_rank%29" rel="nofollow">Reader</a>, algo reservado na Inglaterra para aqueles com reconhecida reputação internacional na área acadêmica. Então como pesquisador, como professor, como autor, como membro ativo da comunidade acadêmica com uma carreira reconhecida, por qualquer critério ele é um cientista. Finalmente, ele é fellow da <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Royal_society" rel="nofollow">Royal Society</a> e ganhador de uma respeitável lista de prêmios e doutorados honorarios derivados de sua reputação e impacto tanto como cientista quanto como escritor. Então além de ter todas as credenciais adequadas e de ter tido uma longa carreira acadêmica, além de tudo ele é amplamente, inequivocamente, universalmente e abundantemente reconhecido e prestigiado como cientista. Não que nada disso prove (como já posso prever que alguém toscamente vá querer rebater) que tudo que ele diz seja certo ou alguma bobagem deste tipo. Isso evidentemente não é o caso nem eu estou dizendo que seja. Mas querer dizer que "ele não é um cientista", isso é simplesmente patético e não dá sequer para levar a sério. Quem afirma isso é que não tem a menor noção do que está falando.

No post antigo você diz “as credenciais acadêmicas do Dawkins” e quais são, cara pálida? Ele não é um cientista em nenhum sentido possível do termo.

Ceerrrrto, então ele não é cientista por “nenhum sentido possível do termo”. Essa é uma afirmação *extremamente* delirante e desinformada. Aliás, é difícil pensar em alguma interpretação da palavra “cientista” que ele *não* satisfaça.

Pois senão vejamos. Ele fez graduação em zoologia em nada menos que o Balliol College para então conseguir seu mestrado e seu doutorado sob novamente nada menos que o etólogo ganhador de prêmio Nobel Nikolaas Tinbergen na Universidade de Oxford, na qual permaneceu como assistente de pesquisa por mais um ano. É absolutamente quase impossível ter credenciais melhores que essas em termos de formação.

Então ele se tornou professor assistente de zoologia em nada menos que Berkeley. Eventualmente ele voltou a Oxford, e depois de 20 anos de pesquisa e publicações científicas, que incluíram papers na Science e na Nature, diversos livros de grande impacto que não só divulgaram ciência mas que também introduziram ou extenderam algumas idéias importantes em sua área, foi então promovido a Reader, algo reservado na Inglaterra para aqueles com reconhecida reputação internacional na área acadêmica. Então como pesquisador, como professor, como autor, como membro ativo da comunidade acadêmica com uma carreira reconhecida, por qualquer critério ele é um cientista.

Finalmente, ele é fellow da Royal Society e ganhador de uma respeitável lista de prêmios e doutorados honorarios derivados de sua reputação e impacto tanto como cientista quanto como escritor. Então além de ter todas as credenciais adequadas e de ter tido uma longa carreira acadêmica, além de tudo ele é amplamente, inequivocamente, universalmente e abundantemente reconhecido e prestigiado como cientista.

Não que nada disso prove (como já posso prever que alguém toscamente vá querer rebater) que tudo que ele diz seja certo ou alguma bobagem deste tipo. Isso evidentemente não é o caso nem eu estou dizendo que seja. Mas querer dizer que “ele não é um cientista”, isso é simplesmente patético e não dá sequer para levar a sério. Quem afirma isso é que não tem a menor noção do que está falando.

]]>
By: Bdelykleon .././comment-page-1/#comment-2277 Bdelykleon Sun, 03 Jan 2010 00:22:20 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2277 No post antigo você diz "as credenciais acadêmicas do Dawkins" e quais são, cara pálida? Ele não é um cientista em nenhum sentido possível do termo. No máximo um divulgador de ciência, é essa a posição que ele ocupa em Oxford e é só isso que ele sabe fazer. Além de tudo, ele fala de coisas sobre as quais ele não tem a mínima idéia e o mínimo estudo, e quando você vai ver a bibliografia é coisa como: Wikipedia, Catholic Encyclopedia... Burro ele não é porque consegue persuadir alguns muitos, mas é extremamente ignorante daquilo a que ele se propõe a falar, eu li o "the god delusion" e fiquei constrangido. No post antigo você diz “as credenciais acadêmicas do Dawkins” e quais são, cara pálida? Ele não é um cientista em nenhum sentido possível do termo. No máximo um divulgador de ciência, é essa a posição que ele ocupa em Oxford e é só isso que ele sabe fazer. Além de tudo, ele fala de coisas sobre as quais ele não tem a mínima idéia e o mínimo estudo, e quando você vai ver a bibliografia é coisa como: Wikipedia, Catholic Encyclopedia… Burro ele não é porque consegue persuadir alguns muitos, mas é extremamente ignorante daquilo a que ele se propõe a falar, eu li o “the god delusion” e fiquei constrangido.

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2261 Sergio de Biasi Fri, 01 Jan 2010 19:44:17 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2261 De fato, <a href="../../../.././07/11/dawkins/" rel="nofollow">é extremamente constrangedor alguém achar isso sinceramente</a>, supondo que seja o caso. E como dispositivo retórico é só desonesto e manipulativo. E não é nem que não existam críticas coerentes que poderiam ser feitas a muitas das coisas que Dawkin diz e faz, seja sobre religião, seja em outas áreas. Mas dizer "ele é burrão, hahaha" é só tolo. De fato, é extremamente constrangedor alguém achar isso sinceramente, supondo que seja o caso. E como dispositivo retórico é só desonesto e manipulativo.

E não é nem que não existam críticas coerentes que poderiam ser feitas a muitas das coisas que Dawkin diz e faz, seja sobre religião, seja em outas áreas. Mas dizer “ele é burrão, hahaha” é só tolo.

]]>
By: O Gato Dourado .././comment-page-1/#comment-2259 O Gato Dourado Fri, 01 Jan 2010 18:42:16 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2259 Mas o Dawkins é burrão realmente. É constrangedor. Mas o Dawkins é burrão realmente. É constrangedor.

]]>
By: Paloma .././comment-page-1/#comment-2249 Paloma Fri, 01 Jan 2010 05:35:27 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2249 É evidentemente fã ou amiga do Sette-Câmara e te odeia, vide a quantidade de elogios a ele no blog dela. Sendo assim, tudo faz sentido, ela pegou para si as dores da pessoa que adora, como boa macaca-de-auditório É evidentemente fã ou amiga do Sette-Câmara e te odeia, vide a quantidade de elogios a ele no blog dela. Sendo assim, tudo faz sentido, ela pegou para si as dores da pessoa que adora, como boa macaca-de-auditório

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2237 Sergio de Biasi Thu, 31 Dec 2009 13:30:04 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2237 Oi Claudio, Eu não disse que eu achava rázoável condenar absolutamente o aborto, apenas que algumas pessoas o fazem e mesmo assim não acham que deva ser crime. :-) Meu ponto era apenas que "ser a favor de legalidade do aborto" e "ser a favor do aborto" são duas questões bem separadas. Mas claro, tem todo um espectro de posições intermediárias em ambas as questões. Agora, note, existem de fato países que sob a influência do fundamentalismo católico proíbem por lei o aborto até mesmo no caso de risco de vida para a mãe. :-P Eu pessoalmente acho que é evidentemente besteira chamar um óvulo recém fecundado sequer de "ser humano", e que por outro lado é uma posição razoável argumentar que um feto de 8 meses já o seja. A questão é onde está a transição, e aí como em muitos outros casos (maioridade penal, etc) não há uma resposta "certa", muito menos uma "científica". Qualquer escolha será mais ou menos arbitrária mesmo, mas temos que fazer alguma. Saudações e feliz 2010, Sergio Oi Claudio,

Eu não disse que eu achava rázoável condenar absolutamente o aborto, apenas que algumas pessoas o fazem e mesmo assim não acham que deva ser crime. :-) Meu ponto era apenas que “ser a favor de legalidade do aborto” e “ser a favor do aborto” são duas questões bem separadas. Mas claro, tem todo um espectro de posições intermediárias em ambas as questões. Agora, note, existem de fato países que sob a influência do fundamentalismo católico proíbem por lei o aborto até mesmo no caso de risco de vida para a mãe. :-P

Eu pessoalmente acho que é evidentemente besteira chamar um óvulo recém fecundado sequer de “ser humano”, e que por outro lado é uma posição razoável argumentar que um feto de 8 meses já o seja. A questão é onde está a transição, e aí como em muitos outros casos (maioridade penal, etc) não há uma resposta “certa”, muito menos uma “científica”. Qualquer escolha será mais ou menos arbitrária mesmo, mas temos que fazer alguma.

Saudações e feliz 2010,
Sergio

]]>
By: Claudio .././comment-page-1/#comment-2236 Claudio Thu, 31 Dec 2009 11:53:37 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2236 Concordo com quase tudo, menos a questão como se coloca o aborto que, entendo, ficou meio binária como se fosse possível condenar absolutamente o aborto (exemplo: risco de morte para a mãe) ou aprovar incondicionalmente o aborto (exemplo: late term abortion). Não vejo como alguém pode condenar alguém por fazer um aborto quando sua vida está em sério risco. O código penal de vários países contemplam essa situação. Do mesmo jeito, não vejo como não criminalizar o aborto de um feto de 8 meses (exceto no caso de risco de morte para a mãe). Não consigo imaginar nenhuma linha de raciocínio que justifique tal ato e não o considere criminoso. Aliás, se não me engano, alguns estados americanos permitem o aborto mas se uma grávida for assassinada, o réu responde por duplo homicídio. Não precisa ser gênio para ver o absurdo disso. Feliz 2010! Concordo com quase tudo, menos a questão como se coloca o aborto que, entendo, ficou meio binária como se fosse possível condenar absolutamente o aborto (exemplo: risco de morte para a mãe) ou aprovar incondicionalmente o aborto (exemplo: late term abortion).

Não vejo como alguém pode condenar alguém por fazer um aborto quando sua vida está em sério risco. O código penal de vários países contemplam essa situação.

Do mesmo jeito, não vejo como não criminalizar o aborto de um feto de 8 meses (exceto no caso de risco de morte para a mãe). Não consigo imaginar nenhuma linha de raciocínio que justifique tal ato e não o considere criminoso. Aliás, se não me engano, alguns estados americanos permitem o aborto mas se uma grávida for assassinada, o réu responde por duplo homicídio. Não precisa ser gênio para ver o absurdo disso.

Feliz 2010!

]]>
By: Sergio de Biasi .././comment-page-1/#comment-2231 Sergio de Biasi Thu, 31 Dec 2009 05:30:56 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2231 Oi Ana, Pois é, é impressionante a freqüência com que ao invés de discutir idéias as pessoas vão logo pro lado pessoal. Como estratégia deliberada de manipular o público é só (não que seja pouco) desonesto, mas fazer isso acreditando que está abafando é muita falta de autocrítica. Sobre ela ignorar completamente as coisas que falei sobre os homens, realmente, é impressionante. Sobre o texto relacionado com prostituição, bem, o tema é realmente bastante polêmico, mas pelo ponto de vista das mulheres, eu acho o seguinte : quem defende que prostituição é degradante não pode razoavelmente achar que vai consertar isso PUNINDO quem supostamente é a vítima. Seria como defender que escravidão é degradante e então ao descobrir uma fazenda que usa trabalho escravo alegar isso para mandar todo mundo pra cadeia, inclusive os escravos. Não faz sentido. E se não é degradante para a mulher, então o foco do "problema" seria mesmo o lado do homem. O qual procura a prostituta voluntariamente e dificilmente se pode argumentar que esteja sendo "oprimido". Então seja como for, eu acho que a posição da mulher na questão da prostituição feminina é bem menos complicada que a do homem - a minha posição é que punir as mulheres por se prostituírem é simplemente ridículo e opressivo. Sobre o aborto, existe aí algo que é quase sempre muito mal colocado. Ser contra a criminalização do aborto não significa ser "a favor" do aborto. Eu não conheço ninguém que seja "a favor" do aborto, no sentido de achar que o aborto seja um ato meritório e lindo que deve ser realizado tantas vezes quanto possível. Da mesma forma, ser contra a criminalização das drogas não significa ser a favor das drogas. Significa apenas defender que a forma certa de lidar com a questão não é mandando pessoas pra cadeia. É perfeitamente possível ser radicalmente contra o aborto, assim como radicalmente contra o uso de drogas, e mesmo assim não achar que nenhum dos dois deva ser crime. Agora, claro que além disso, como você colocou, não ver qualquer problema com homossexualismo, ou com uso de drogas, ou com aborto, ou com prostituição, etc, não significa automaticamente que a pessoa seja ou faça nenhuma dessas coisas. Saltar imediatamente da defesa de qualquer posição sobre moral ou comportamento humano em geral para a suposição automática de que no fundo a pessoa só pode mesmo é estar tentando se autojustificar é ridículo. Sobre as pessoas estarem perdendo a capacidade de conversar, sim, sim, sim, concordo plenamente, eu sinto a mesma coisa! A noção de que seja possivel debater idéias e no processo ambos os lados ouvirem sinceramente os argumentos do outro parece que se perdeu. Saudações, Sergio Oi Ana,

Pois é, é impressionante a freqüência com que ao invés de discutir idéias as pessoas vão logo pro lado pessoal. Como estratégia deliberada de manipular o público é só (não que seja pouco) desonesto, mas fazer isso acreditando que está abafando é muita falta de autocrítica.

Sobre ela ignorar completamente as coisas que falei sobre os homens, realmente, é impressionante.

Sobre o texto relacionado com prostituição, bem, o tema é realmente bastante polêmico, mas pelo ponto de vista das mulheres, eu acho o seguinte : quem defende que prostituição é degradante não pode razoavelmente achar que vai consertar isso PUNINDO quem supostamente é a vítima. Seria como defender que escravidão é degradante e então ao descobrir uma fazenda que usa trabalho escravo alegar isso para mandar todo mundo pra cadeia, inclusive os escravos. Não faz sentido. E se não é degradante para a mulher, então o foco do “problema” seria mesmo o lado do homem. O qual procura a prostituta voluntariamente e dificilmente se pode argumentar que esteja sendo “oprimido”. Então seja como for, eu acho que a posição da mulher na questão da prostituição feminina é bem menos complicada que a do homem – a minha posição é que punir as mulheres por se prostituírem é simplemente ridículo e opressivo.

Sobre o aborto, existe aí algo que é quase sempre muito mal colocado. Ser contra a criminalização do aborto não significa ser “a favor” do aborto. Eu não conheço ninguém que seja “a favor” do aborto, no sentido de achar que o aborto seja um ato meritório e lindo que deve ser realizado tantas vezes quanto possível. Da mesma forma, ser contra a criminalização das drogas não significa ser a favor das drogas. Significa apenas defender que a forma certa de lidar com a questão não é mandando pessoas pra cadeia. É perfeitamente possível ser radicalmente contra o aborto, assim como radicalmente contra o uso de drogas, e mesmo assim não achar que nenhum dos dois deva ser crime.

Agora, claro que além disso, como você colocou, não ver qualquer problema com homossexualismo, ou com uso de drogas, ou com aborto, ou com prostituição, etc, não significa automaticamente que a pessoa seja ou faça nenhuma dessas coisas. Saltar imediatamente da defesa de qualquer posição sobre moral ou comportamento humano em geral para a suposição automática de que no fundo a pessoa só pode mesmo é estar tentando se autojustificar é ridículo.

Sobre as pessoas estarem perdendo a capacidade de conversar, sim, sim, sim, concordo plenamente, eu sinto a mesma coisa! A noção de que seja possivel debater idéias e no processo ambos os lados ouvirem sinceramente os argumentos do outro parece que se perdeu.

Saudações,
Sergio

]]>
By: Ana Beatriz .././comment-page-1/#comment-2224 Ana Beatriz Wed, 30 Dec 2009 16:24:36 +0000 ../../../../.././?p=1698#comment-2224 Oi Sérgio, eu me solidarizo com você e acho mesmo muito chato que as pessoas tenham que baixar o nível das discussões assim. Fica dificil discutir opiniões se as pessoas simplesmente passam por cima dos argumentos e preferem tirar conclusões sobre a vida dos outros. Imagino essa moça largando um livro de Kierkegaard antes da terceira página : "já entendi tudo, ele era um mal amado e não pegava ninguém". Não sei mesmo porque ela ficou tão zangada, pois o seu texto realmente não mostrava só o lado dos homens, ao contrário daquele em que você defendia a prostituição (argh!). E mesmo em relação àquele, é possível discordar dele sem ficar atacando a sua vida pessoal, que só interessa a você e aos seus íntimos. Eu, por exemplo, sou contra o aborto (e não por razões religiosas) e conheço várias pessoas que são a favor. Agora imagine se, no meio de uma discussão, eu começar a gritar e chamar meu interlocutor de assassino? Civilidade, por favor! Aliás, ser favorável ao aborto não quer dizer que a pessoa já tenha feito ou mesmo que eu possa perguntar isso sem ser indiscreta. Tudo isso touxe à baila algo em que penso frequentemente; acho que as pessoas estão perdendo a capacidade de conversar. Muitas vezes os amigos saem juntos e só falam de assuntos sobre os quais concordam. Quando surege uma mínima divergência de opinião e parece que a coisa vai ficar divertida, mudam de assunto. É uma forma de solidão. Até mais! Ana Beatriz Oi Sérgio,
eu me solidarizo com você e acho mesmo muito chato que as pessoas tenham que baixar o nível das discussões assim. Fica dificil discutir opiniões se as pessoas simplesmente passam por cima dos argumentos e preferem tirar conclusões sobre a vida dos outros. Imagino essa moça largando um livro de Kierkegaard antes da terceira página : “já entendi tudo, ele era um mal amado e não pegava ninguém”.
Não sei mesmo porque ela ficou tão zangada, pois o seu texto realmente não mostrava só o lado dos homens, ao contrário daquele em que você defendia a prostituição (argh!). E mesmo em relação àquele, é possível discordar dele sem ficar atacando a sua vida pessoal, que só interessa a você e aos seus íntimos. Eu, por exemplo, sou contra o aborto (e não por razões religiosas) e conheço várias pessoas que são a favor. Agora imagine se, no meio de uma discussão, eu começar a gritar e chamar meu interlocutor de assassino? Civilidade, por favor! Aliás, ser favorável ao aborto não quer dizer que a pessoa já tenha feito ou mesmo que eu possa perguntar isso sem ser indiscreta.
Tudo isso touxe à baila algo em que penso frequentemente; acho que as pessoas estão perdendo a capacidade de conversar. Muitas vezes os amigos saem juntos e só falam de assuntos sobre os quais concordam. Quando surege uma mínima divergência de opinião e parece que a coisa vai ficar divertida, mudam de assunto. É uma forma de solidão.
Até mais!
Ana Beatriz

]]>